sexta-feira, fevereiro 13, 2009
quarta-feira, fevereiro 11, 2009
cada um seguindo seu caminho suas vidas indo para lugares e pontos divergentes longes que às vezes se encontram às vezes não. ramificações... e eu por enquanto aqui, resgatando velhas pinturas que voltaram a ficar novas, mexendo remexendo e percebendo as névoas que encobrem a minha visão. pelo menos aos poucos poucos poucos tudo fica mais claro e eu entendo pelo menos que houve a névoa, não acho mais que faço parte dela que ela sou eu, pelo menos ela vai se dissipando devagarinho devagar . mas continuo aqui resgatando e tecendo. outro dia pensei em fazer um tapete, como será? tecer tear tear que tínhamos quando criança e fazíamos o quê? parece que ninguém se importa com nada. não me importar com ninguém. um tapete é um tecido que cruza e entrecruza. saídas em vão porque a energia se esvai se esvai em nada em desejos de quê? desejos que são névoas pessoas que passam e se cruzam mas não entrecruzam. não acho um espaço para pousar.
domingo, fevereiro 08, 2009
quinta-feira, fevereiro 05, 2009
terça-feira, fevereiro 03, 2009
cada um com seu cinema, chacun son cinema, adorei o episódio do Nanni Moretti, ele falando onde assistiu alguns filmes, sentado em cada cinema, outro dia conversávamos o mesmo, estávamos falando de filmes que gostamos e fomos lembrando, a maioria dos cinemas não existe mais, tão delicado e aconchegante. Outros filmes tb gostei, o que passa no Egito, o do zang ver o nome direito- é o do Lanternas vermelhas, o do ken Loach, o do Lars von Trier...ontem assisti Rumba, uma delícia, no meio da projeção anotei c'est pas grave e achei que lembraria do resto, agora não sei o que era. era alguma ligação com o Mestre da Musica, onde tb se fala c'est pas grave mas ...
domingo, fevereiro 01, 2009
Internet se recusa a andar...fica aquela linguinha azul parada parada tava querendo colocar foto de um quadrinho da Patricia que estava na minha máquina, do meu pé no banheiro do Gomes ( estou com essa mania das minhas" pegadas"- outro dia vi que a Cindy Sherman tb faz isso, hehehe!), etc etc. cheguei em casa e tinha um sapinho no final do corredor. Coitado! fui me aproximando para justamente abrir a porta do atelier para ele fugir mas ele não entendeu nåo sacou minhas boas intenções e saiu pulando até o banheiro não consegui pegá-lo, lógico, mas abri a porta do banheiro para ele fugir pela janela antes que perigosos gatos assassinos de bichinhos o pegasse. Aliás está o maior festival de bichos aqui em casa, além dos gatos, é claro. muitas muitas muitas formigas parece que inseto não é bicho, mas acho que é tudo a mesma coisa, no banheiro, eu não estava entendeeennndo, até que fui tirar 2 quadrinhos que estavam encostados na banheira e haviam milhares delas, em volta sei lá de quê. UUGGGHH!De madrugada acordei e tinham mais dois sapos um festival uma estória longa...
quarta-feira, janeiro 28, 2009
estava feliz da vida louca para entrar no blog e escrever escrever que é uma das coisas que mais gosto de fazer quando deparo com uma censura escrita em cima do meu blog, o que me deixou uma arara!
no ateliê da Patricia percebi como sou caótica, bem tudo emergiu do caos segundo os gregos...talvez eu tenha que ter um atelier longe daqui para que aqui fique só a bagunça papéis caixas diversas telas prontas gessos revistas tecidos cacarecos que não tem nome. tirei umas fotos quando pegar a máquina de volta coloco aqui. ando alternando momentos de até felicidade com momentos de puríssima depressão. Nos de deprê eu durmo e só durmo. Não entendo muito o porquê, talvez não tenha explicação mesmo. Nos outros, como hj, eu consigo sair de casa, mando fazer coisas que preciso, fico feliz em comer meu
arrozinho integral, purê e vagens... bem, isso sempre acontece porque adoro comer! na verdade acho que me contento com pouquinho! comer, livros, gatos...enfim, acho que preciso de uma análise. Ou vou tomar o tal do Rivotril, todo mundo fala (e toma) desse troço!
...talvez eu já devesse estar acostumada, sempre fui instável, sempre. Hj, como estou bem, penso assim, mas nos dias em que só quero dormir e sonhar é foda! Comprei um livro do Edgar Morin e do Michel Cassé, um astrofísico, chamado Filhos do céu, entre vazio, luz e materia. O comecinho é mto bom, que vim lendo no ônibus. Bem, eu preciso de livros de vez em quando! Faz parte de mim - ler.
domingo, janeiro 25, 2009
já tinha feito outras de sombras mas essa ficou esverdeada foi no final final para mim da noite que começou pelas 7 na Gentil vendo Abre-Alas tinham algumas coisas legais o quadro com a cadeira costurada e num angulo meio torto as fotos da Deby as vassouras em pé com o balde e o vaso muito bom depois acabamos indo ver um motel grafitado onde tirei essas fotos meio deprê fechado underground ou eu estava já meio alta entramos na Durex fechada onde tinham fotos que pareciam pinturas em tons violetas/brancos/cinzas boas boas do Andre Alvim que abriu a galeria pra gente e tinham mais 3 mulheres de salto alto e unhas pintadas e uma outra mais normal e acabamos no Gomes e eu fui porque não gosto de bares fechados e ça cést suffit pour moi antes estava cama cama cama não tinha outra alternativa corri antes e ver gente
sábado, janeiro 24, 2009
Ela seria fluida durante toda a vida. Porém o que dominara seus contornos e os atraíra a um centro, o que a iluminara contra o mundo e lhe dera íntimo poder fora o segredo. Nunca saberia pensar nele em termos claros temendo invadir e dissolver a sua imagem. No entanto ele formara no seu interior um núcleo longínquo e vivo e jamais perdera a magia - sustentava-a na sua vaguidão insolúvel como a única realidade que para ela sempre deveria ser a perdida.
Clarice Lispector, O Lustre
Clarice Lispector, O Lustre
quarta-feira, janeiro 21, 2009
tentando me acostumar com o cabelo preto sempre que me vejo levo um susto resolvi me fotografar mas na foto saiu mais claro do que vejo hoje fechei a porta em cima do rabo do Bubu saiu um pedacinho me senti tão mal! o problema é que eles saem e entram e não se vê, depois...tadinho! fui costurar de manhã na casa da Marília fiquei alinhavando porque na máquina sai tudo torto e mas é simpático lá tudo é simpático sempre escrevo assim pareço uma boba estou com problemas de vocabulário acho! chove muito aquela música contínua e consistente da chuva caindo depois de trovões fortíssimos e amedrontadores provavelmente não vou sair mais porque a cidade fica insuportável comprei uma bananada no mercado no rótulo estava escrito Bananada Pura Ouro Velho, parecia tão confiável! Ouro Velho, Pura e uma foto de um cacho de bananas era pura de açúcar não se pode confiar numa simples bananada a coisa mais simples e banal tive um pesadelo horrível de manhã será por isso que o dia?
domingo, janeiro 18, 2009
a casa sempre pensando na casa uma espécie de sonho um desejo uma estória a casa arrumada e já foi assim mas hà tanto tempo tanto tanto que...ano passado algumas tentativas forrei o sofá e as cadeiras poltronas e fiz aquele tapete de pequenos tapetes para disfarçar o chão seco e com tacos soltos mas as coisas não somam não vão fica só um peso no ar e uma certa frustração parece que é uma coisa só minha e é só minha então a contradição está aí. o que eu queria: o chão com cara de chão, sem tacos soltos arranhados manchados, o sofá e poltronas, a mesa com tampo de vidro talvez virar tampo de madeira, as frasqueiras fui limpar hoje estão cheias de mofo tudo está mofado! pintar mas a infiltração e por isso acabei não terminando de arrumar a estante porque ia fazer o sinteco mas a imobiliária não deu as caras ver a lei do inquilinato e eu também não sei se vou ou se fico vou para onde fico aqui alone seria o ideal uma cama nova tirar aquela penteadeira que já foi, a cozinha tinha que dar uma geral radical aos poucos porque não? acho que posso sim fazer aos poucos ver as portas para embaixo da pia e mandar instalar o fogão assumir que quero a casa ao invés de ficar nesse limbo vai não vai mania de ficar sempre esperando
quinta-feira, janeiro 15, 2009
Provavelmente por causa do meu não bom-humor ( com hífen ou sem hífen?) algo tinha que dar errado fui pintar meu cabelo e ficou horrível! só queria escurecer um pouco; no rótulo dizia castanho escuro, mas como sempre sai muito mais claro do que é, achei que finalmente daria certo. Obviamente não deu levei um susto, passei o dia andando de chapéu. Acho que não sei ser essa pessoa de cabelos escuros... arrumar um nome para essa nova pessoa até que tudo volte ao ia escrever normal, mas normal não é uma boa palavra! volte ao que era ao que deveria ser ter sido. hj peguei duas caronas para descer e um táxi para subir; todos falantes ou eu é que estava talvez. o primeiro só foi até o edifício Luiz Hass, aquele edifício super sem querer saiu sper sper interessante na Julio Otoni, pilotis, anos 50; ele me disse que mora lá desde 1957, que os apartamentos são enormes, 120 metros, acho que ele disse, a vista eu imagino maravilhosa aberta para a baía. Desde 1957! a segunda foi num Lada vermelhinho, o que já é uma emoção tem tào poucos por aí, lembro quando eles surgiram e achava charmosérrimos; carros soviéticos. Parece que agora a lada foi comprada pela renault, vão ser fabricados no uruguay e quem projetou o carro foi o pessoal da Fiat. Essas foram as super informaçoes...por último, o motorista do táxi mora na Eliseu Visconti, deu à entender, rua em que morei, e era um velhinho simpático; casa do Sergio Werther, tão bom...antes metrô com chapéu, não trouxe o óculos, coloquei 2 livros na bolsa, junto com todos os moldes do curso, panos, manual, caderno, carteira, réguas...um caos total. encontrei a Rô na saída Ela deu algumas idéias, com seu leve e sutil humor, humor de novo, estou sempre repetindo palavras lá lá lá. saí com André e Claudia, Coca e Coco, cheguei em casa não achava a chave, fiquei procurando o tel da Laura no celular em chamadas recebidas não atendidas etcs nada, tudo pra fora da bolsa, os gatos esperando miando já ia voltar pegar um táxi sei lá quando vi a chave na porta!!! ... alívio bom bom bom. o nome: marialva que eu já fui drica tb antonia por causa de porcos e pérolas valentina talvez no Salman rushdie tinham nomes lindos filhos da meia noite ver
Curadores e críticos de arte estarão reunidos em torno da obra de Alberto da Veiga Guignard no próximo dia 22: a Fundação Iberê Camargo promove o Ciclo de Palestras paralelo à exposição Um mundo a perder de vista – Guignard.
Apresentando análises e discussões recentes sobre a obra e a relação do artista com a pintura contemporânea, o encontro visa aprofundar o debate sobre este que é considerado um dos principais nomes da arte moderna brasileira.
Fundação Iberê Camargo
Av. Padre Cacique 2000
90810-240 | Porto Alegre RS Brasil
tel [51] 3247-8000
www.iberecamargo.org.br
cultural@iberecamargo.org.br
terça-feira, janeiro 13, 2009
O movimento islâmico vai se reforçar'
Ex-subsecretário da ONU critica EUA e Europa e diz que extremismo sai fortalecido do Marrocos à Indonésia
ENTREVISTA Lakhdar BrahimiPARIS. Considerado o “homem para situações difíceis” da ONU, sobretudo no período sob o comando de Kofi Annan, o argelino Lakhdar Brahimi, que já foi subsecretáriogeral, sabe do que está falando quando o assunto é Oriente Médio: entre suas várias missões, foi ele quem presidiu a conferência que criou o governo pós-regime talibã no Afeganistão, em 2001. Brahimi classifica o ataque a Gaza de “guerra de exterminação”, chama europeus de confusos e silenciosos, diz que os americanos não são intermediárioshonestos, pois apoiam tudo o que faz Israel, e alerta que o ataque a Gaza vai reforçar o extremismo islâmico “do Marrocos à Indonésia”.
Deborah Berlinck Correspondente Jornal O Globo/13/01/2009
O GLOBO: Israel justifica o ataque a Gaza como autodefesa, invocando o artigo 51 da Carta da ONU. O senhor acha que os mísseis do Hamas justificam isso? LAKHDAR BRAHIMI: Certamente não. A história não começa em junho de 2008, no momento em que foi feito umacordo de cessar-fogo (entre Israel e o Hamas). É preciso resolver o problema fundamental, que vem desde 1967: a ocupação dos territórios palestinos por Israel. Esqueceu-se muito rápido que o Hamas aplicou um cessar-fogo unilateralmente durante 18 meses. O acordo de junho de 2008 exigia um compromisso dos dois lados: do Hamas, de parar com os mísseis, e de Israel, de suspender o embargo e deixar passar alimentos e medicamentos. Israel não cumpriu nada disso.
Por que Israel ataca Gaza? O Hamas é uma desculpa, então? BRAHIMI: Todo mundo reconhece hoje, mesmo em Israel, que isso tem a ver com as eleições (israelenses, em fevereiro).
Os partidos no governo sabem que estão perdendo para o Likud (principal partido de direita israelense) e que (a ofensiva de Gaza) é uma forma de ter uma chance de ganhar as eleições ou de não perder de forma humilhante. Outro motivo é que não acho que Israel esteja interessado em paz.
Com cerca de 900 palestinos mortos, entre eles, muitos civis, e o impedimento de ajuda humanitária, pode-se falar em crime de guerra? BRAHIMI: A Cruz Vermelha Internacional anunciou que não estão deixando a organização fazer seu trabalho. Há histórias de crianças que durante quatro dias foram abandonadas ao lado dos cadáveres de suas mães.
Os civis são claramente mais da metade dos mortos
Mas pode-se falar em crime de guerra? BRAHIMI: Há certamente violação do direito internacional e do direito humanitário. Isso é crime de guerra, contra a Humanidade, os dois? Cabe a uma investigação determinar ou o recurso a uma corte internacional e, por que não, a um tribunal criminal internacional.
O Hamas e outros grupos extremistas da região vão sair fortalecidos ou destruídos? BRAHIMI: Li no “Haaretz” (jornal israelense) dois artigos dizendo que, na História de Israel, operações como esta nunca contribuíram para enfraquecer extremistas. Acontece exatamente o contrário: saem reforçados.
Escrevem os israelenses que o Hamas estaria ganhando terreno na Cisjordânia. Mahmood Abbas e o Fatah estão cada vez mais encabulados, confusos.
Vários dirigentes do Fatah admitem que estão perdendo terreno.
É certo que o movimento islâmico vai se reforçar do Marrocos à Indonésia, em todos os países. A raiva e o sentimento de frustração diante das imagens empurram os muçulmanos na direção dos islamistas.
Barack Obama vai continuar a apoiar todas as ações de Israel, como no governo Bush? BRAHIMI: No início de sua campanha, Obama fez declarações que pareciam indicar que ele compreende bem a situação no Oriente Médio e sabe que Israel não tem razão em 100%.
Depois mudou suas declarações de forma radical. E num momento assumiu uma linguagem muito mais extremista próisraelense do que seus predecessores.
Agora vamos ver como ele vai fazer. O que estou escutando sobre os nomes que vão assumir o dossiê do Oriente Médio não é encorajador, pois são pessoas que fracassaram nos governos Clinton e Bush, que não fizeram nada e mostraram total parcialidade a favor de Israel. Não vou citar os nomes porque terei que falar com estas pessoas mais tarde.
Os EUA ainda podem ser um intermediário honesto? BRAHIMI: Não, eles não são intermediários honestos. Acho que eles deveriam assumir que estão claramente do lado de Israel, mas como um papel que, defendendo o interesse de Israel, vai aconselhar Israel a fazer a paz com os vizinhos.
Depois disso tudo, pode-se negociar a criação de um Estado palestino? BRAHIMI: Está cada vez mais problemático. Mahmoud Abbas está descredenciado. Ele negociou, e confiou nos americanos e no governo israelense durante anos e não conseguiu absolutamente nada para a população. O muro de Israel está crescendo e roubando cada vez mais terras dos palestinos, a repressão continua na Cisjordânia.
Os dias do Fatah e de Abbas estão contados? O Hamas vai inevitavelmente tomar o poder na Cisjordânia? BRAHIMI: Se a situação atual continuar, não há dúvida que isso vai acontecer. E os que dizem isso são os dirigentes do Fatah.
A Europa pode ter um peso? BRAHIMI: O presidente Sarkozy (França) tomou iniciativas e foi à região. Mas francamente a atitude da Europa é profundamente decepcionante. A Europa econômica existe, a política talvez, mas a Europa diplomática não existe muito. Os países estão divididos e paralisados e não aplicam o que pregam. Os europeus não têm mais o direito de falar nem em direitos humanos ou democracia
Ex-subsecretário da ONU critica EUA e Europa e diz que extremismo sai fortalecido do Marrocos à Indonésia
ENTREVISTA Lakhdar BrahimiPARIS. Considerado o “homem para situações difíceis” da ONU, sobretudo no período sob o comando de Kofi Annan, o argelino Lakhdar Brahimi, que já foi subsecretáriogeral, sabe do que está falando quando o assunto é Oriente Médio: entre suas várias missões, foi ele quem presidiu a conferência que criou o governo pós-regime talibã no Afeganistão, em 2001. Brahimi classifica o ataque a Gaza de “guerra de exterminação”, chama europeus de confusos e silenciosos, diz que os americanos não são intermediárioshonestos, pois apoiam tudo o que faz Israel, e alerta que o ataque a Gaza vai reforçar o extremismo islâmico “do Marrocos à Indonésia”.
Deborah Berlinck Correspondente Jornal O Globo/13/01/2009
O GLOBO: Israel justifica o ataque a Gaza como autodefesa, invocando o artigo 51 da Carta da ONU. O senhor acha que os mísseis do Hamas justificam isso? LAKHDAR BRAHIMI: Certamente não. A história não começa em junho de 2008, no momento em que foi feito umacordo de cessar-fogo (entre Israel e o Hamas). É preciso resolver o problema fundamental, que vem desde 1967: a ocupação dos territórios palestinos por Israel. Esqueceu-se muito rápido que o Hamas aplicou um cessar-fogo unilateralmente durante 18 meses. O acordo de junho de 2008 exigia um compromisso dos dois lados: do Hamas, de parar com os mísseis, e de Israel, de suspender o embargo e deixar passar alimentos e medicamentos. Israel não cumpriu nada disso.
Por que Israel ataca Gaza? O Hamas é uma desculpa, então? BRAHIMI: Todo mundo reconhece hoje, mesmo em Israel, que isso tem a ver com as eleições (israelenses, em fevereiro).
Os partidos no governo sabem que estão perdendo para o Likud (principal partido de direita israelense) e que (a ofensiva de Gaza) é uma forma de ter uma chance de ganhar as eleições ou de não perder de forma humilhante. Outro motivo é que não acho que Israel esteja interessado em paz.
Com cerca de 900 palestinos mortos, entre eles, muitos civis, e o impedimento de ajuda humanitária, pode-se falar em crime de guerra? BRAHIMI: A Cruz Vermelha Internacional anunciou que não estão deixando a organização fazer seu trabalho. Há histórias de crianças que durante quatro dias foram abandonadas ao lado dos cadáveres de suas mães.
Os civis são claramente mais da metade dos mortos
Mas pode-se falar em crime de guerra? BRAHIMI: Há certamente violação do direito internacional e do direito humanitário. Isso é crime de guerra, contra a Humanidade, os dois? Cabe a uma investigação determinar ou o recurso a uma corte internacional e, por que não, a um tribunal criminal internacional.
O Hamas e outros grupos extremistas da região vão sair fortalecidos ou destruídos? BRAHIMI: Li no “Haaretz” (jornal israelense) dois artigos dizendo que, na História de Israel, operações como esta nunca contribuíram para enfraquecer extremistas. Acontece exatamente o contrário: saem reforçados.
Escrevem os israelenses que o Hamas estaria ganhando terreno na Cisjordânia. Mahmood Abbas e o Fatah estão cada vez mais encabulados, confusos.
Vários dirigentes do Fatah admitem que estão perdendo terreno.
É certo que o movimento islâmico vai se reforçar do Marrocos à Indonésia, em todos os países. A raiva e o sentimento de frustração diante das imagens empurram os muçulmanos na direção dos islamistas.
Barack Obama vai continuar a apoiar todas as ações de Israel, como no governo Bush? BRAHIMI: No início de sua campanha, Obama fez declarações que pareciam indicar que ele compreende bem a situação no Oriente Médio e sabe que Israel não tem razão em 100%.
Depois mudou suas declarações de forma radical. E num momento assumiu uma linguagem muito mais extremista próisraelense do que seus predecessores.
Agora vamos ver como ele vai fazer. O que estou escutando sobre os nomes que vão assumir o dossiê do Oriente Médio não é encorajador, pois são pessoas que fracassaram nos governos Clinton e Bush, que não fizeram nada e mostraram total parcialidade a favor de Israel. Não vou citar os nomes porque terei que falar com estas pessoas mais tarde.
Os EUA ainda podem ser um intermediário honesto? BRAHIMI: Não, eles não são intermediários honestos. Acho que eles deveriam assumir que estão claramente do lado de Israel, mas como um papel que, defendendo o interesse de Israel, vai aconselhar Israel a fazer a paz com os vizinhos.
Depois disso tudo, pode-se negociar a criação de um Estado palestino? BRAHIMI: Está cada vez mais problemático. Mahmoud Abbas está descredenciado. Ele negociou, e confiou nos americanos e no governo israelense durante anos e não conseguiu absolutamente nada para a população. O muro de Israel está crescendo e roubando cada vez mais terras dos palestinos, a repressão continua na Cisjordânia.
Os dias do Fatah e de Abbas estão contados? O Hamas vai inevitavelmente tomar o poder na Cisjordânia? BRAHIMI: Se a situação atual continuar, não há dúvida que isso vai acontecer. E os que dizem isso são os dirigentes do Fatah.
A Europa pode ter um peso? BRAHIMI: O presidente Sarkozy (França) tomou iniciativas e foi à região. Mas francamente a atitude da Europa é profundamente decepcionante. A Europa econômica existe, a política talvez, mas a Europa diplomática não existe muito. Os países estão divididos e paralisados e não aplicam o que pregam. Os europeus não têm mais o direito de falar nem em direitos humanos ou democracia
Ontem fui correr primeira corrida do ano depois de passar uma semana en dolce far niente estava meio pesada precisando me livrar de alguns quilos extras de pensamentos incrível como a corrida consegue fazer isso deve sair no suor ou pedaços palavras vão caindo pelo caminho ? passou um caminhão cheio de tijolos e o carona se debruçou na janela e mandou beijinhos para mim! hahaha depois uma piscadela do farol do ônibus uau! maior sucesso pelo menos entre os motoristas ...minha baixa auto estima que estava no joelho deu uma aumentada!lembrei da Ursula vindo da França e comentando que recebera "fius fius na rua e que tinha adorado - o que sempre odiei!- porque lá as pessoas nem se olham, o que é verdade. me lembro da minha primeira vez em Paris de notar assustada isso, no metrô nas ruas as pessoas n-ã-o s-e o-l-h-a-m! quando aqui os olhares sempre se cruzam nos cruzamentos das ruas nem que seja só um reconhecimento tátil homens e mulheres e cachorros ontem passei por caçadores de jacas tem muitos ali no caminho pré-paineiras onde corro e eles me cumprimentaram é tão engracado isso de Santa, tão provinciana `as vezes! De noite fui no Didi e na V, e a estória é: o pai dela tinha dois casamentos ao mesmo tempo, sem que as respectivas famílias e esposas soubessem/ se conhecessem; quando nascia um filho numa família ele colocava o nome com a mesma inicial na outra, prá não se confundir! foi assim que numa família nasceram - nomes não são verdadeiros - Ana, V e Fifi e na outra Eugênio que ele insiste em chamar de Alex, Valmir e Fabio. completamente enlouquecida essa estória...enfim, depois todos se conheceram e se descobriram, e ele já estava com uma terceira esposa, só que dessa vez sem filhos e V. se casou com o Didi que é filho da 3. mulher dele mas não é irmão dela, não sei se dá para entender! Está um dia lindo e quente e o dono do apto de cima me disse ontem que quer cortar as árvores! não consegui ter nenhuma reação de tão tão tão. tento fotografar o rabo do Coco que é genial...
domingo, janeiro 11, 2009
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