quarta-feira, agosto 31, 2011

não suporto chuva, vento, frio
voltando do Francisco que não deu a menor bola pras minhas tristezas, altos e baixos, instabilidades, ansiedades
não deve ser pra dar mesmo
escreveu um remédio no computador, imprimiu,
é assim mesmo disse, voce é é dispersa
como uma pizza com a mão esquerda enquanto dedilho com um dedo so da direita
e eu pirando feliz com uma gravidez imaginaria, tudo imaginario?, pela mudança e novidade e ultima chance, as pessoas comentando voce esta bonita e eu achando que era isso, a surpresa, depois que saiu o resultado tudo caiu, fiquei péssima, hehehe
agora da até pra ver como foi um sonho estranho, fomes, cansaços
hormonios? sei la, achei que ia ter uma resposta mas não tive, não existem respostas, é e não é, koan zen budistas
ignatia amara o remédio e nada mais disse
e ontem o Wisnick que fala prazeirosamente, e quando cheguei dei de cara com ele e fiquei sem graça, dei uma ré, fiquei olhando a expo sobre o Merquior, sem o menor interesse e sem saber
o problema é esse, a expontaneidade perdi perdi
não interferencia da mente, "um espaço entre as açoes, uma interrupção"

mas hoje com chuva e frio não fui

domingo, agosto 28, 2011

fico imaginando horas e horas coisas vagas que não são
e saudades da casa que agora não é mais a mesma e às vezes não quero vir
quero estar em outro lugar mais quente e agitado
não foi essa frase que pensei antes, era mais legal
minha barriga esta inchada e essa semana em que tive duas crises
uma de choro e um ataque histerico
olhar de longe, olhar de longe para não se identificar
e fiquei paralisada na quinta, de certa forma, porque não consegui imaginar nada
Miranda me deu duas cabeçadas lindas
e comecei à ler o borges oral e gostando, antes tentei ficciones mas não rolou
e insonia de novo apesar do sono

sábado, agosto 27, 2011

Melancholia!

Olhei na Internet, estava na livraria, sessão às 16:30, sai 5 minutinhos antes, andando rapido, metro, aquela velha e esquecida sensação de entrar numa sala de cinema, sentar numa cadeira na frente, olhar aquela tela grande e silenciosa ainda.
Foda o ultimo filme do Lars von Trier, primeiros dez minutos de tirar o folego, enfim, frase cliche, e vontade de ver de novo; e a abertura do Tristão e Isolda idem.

terça-feira, agosto 23, 2011

vontade de ficar deitada no chão
talvez precisando de um anteparo solido
fase dos sapatos que machucam
sempre o pé direito
e ontem quebrei uma unha, uma rachadinha
deve ser minha forma de exteriorizar
desde criança sempre machucados nas mãos
e pé acho que é de peixes
Miranda ontem não apareceu e dormi e depois insonia
e confuso
hoje uma roupa nada à ver, isso ajuda também
fase das roupas nada à ver

domingo, agosto 21, 2011

JOIA (soneto-poliedro)


Este soneto-poliedro (algo inspirado nos quadrados mágicos da idade média) tenta reproduzir a ideia prismática de uma jóia lapidada. A escolha de um quadrado 7x7 não foi aleatória, uma vez que a simbologia do número parece remeter a própria origem do quadrado mágico e à arte da lapidação. Seus versos devem (ou podem) ser lidos da esquerda para a direita e de cima para baixo, sem ordem fixa. Pode-se pular os versos ou continuar horizontal/verticalmente de onde se terminou o anterior. As combinações são inúmeras. A partir disso, quis criar um paralelo com o lance de dados mallarmaico, uma vez que a joia burilada é tb esse dado que "assente sorte alguma".

http://intradoxos.blogspot.com

guardando coisas eu não tinha nem um ferro de passar
despossuida
coisas que dão pertencimento
e dai
saudades do meu piano desafinado
P. deu a entender que escrevo influenciada por Clarice, talvez seja dificil não ser, mas não acho que eu seja tão copia assim, acho que devo ter copiado outros também, hehehe, incorporado. Quando criança e escrevi meu livro inacabado que a editora Atica queria publicar mas que nunca terminei e hoje vejo que era tão ingênuo, copia um pouco de tudo o que eu lia, Monteiro Lobato Ligia Bojunga A fada que tinha idéias e outros que não lembro mais. Como eu adorava todos, e adoro ainda!
Apesar de minhas leituras sobre Buda e o budismo, ainda não consigo controlar ataques de ansiedade gigantescos, e isso é como que o básico no budismo, trishna.
Na sala separando cartões de minha velha coleção, deu uma vontade de escutar Gotan Project por que essas vontades que de repente aparecem de onde vem e escutando aqui no quarto nesse dia frio e cinza em que não da vontade de fazer nada do que pensei, tipo atividades físicas mas também não quero ficar na cama como o Pedro esta agora cobertor gatos
Ontem dois sanduiches de queijo com pepininhos exagerei e revi Celebridades mas é muito frenético como um painel e o Kenneth Branagh espectador de cenas lembrei do Mastroianni na Dolce Vita e junto as estorinhas dele e da ex-mlher que não consegui lembrar o nome da atriz pesquisar e ele fala como Woody Allen não é dos meus filmes preferidos dele e no Futura depois passando Paris, Texas! E não consegui rever muito apesar de querer não consigo mais dormir muito tarde é foda outro ritmo outra densidade de cada cena e onde estará Nastassja Kinski linda maravilhosa sempre aqueles desertos emocionais e

sábado, agosto 20, 2011

Chick Corea & Hiromi - Place To Be (Piano Jazz Duet)

Tenho de sair do sol
Boca seca e toalha vermelha enrolada
na cabeça
subindo a pé, gritando, cantando, ah, girassol
Onde a jornada do viajante
Fechei meus olhos esta feito no
Buraco negro ali
Doce descanso tão tão longe
Subindo a ladeira de pedra onde
Bimbisara deixou seus exércitos
Desceu de seu elefante
E caminhou para encontrar Napoleão Buda andando para la e para ca
Para la e para ca na plataforma
De tijolos vermelhos na saliência do rochedo de pedra
Mirando de olhos fechados abaixo
A abrasadora luz do sol
Zangada com o reinado de Rajgir abaixo
Rodas de formigas dentro de rodas do império
Casas carroças ruas mensageiros
Fontes e agua fluindo
Para passado e futuro simultâneos
Reinos aqui e idos em Jupiter
O distante raio X da piscada de um olho
Miriades de cidades de tijolos na terra e sob ela
Nova York Chicago Palenque Jerusalém
Delfos Machu Pichu Acco
Herculanum Rajagriha
Aqui abaixo tudo ventoso com o trinar
De pássaros e rochas azuis
Inclinando-se sob o céu azul –
Pico do Abutre tijolos desolados
Moscas nas sombras dos joelhos quentes
Gritos de corvos e rajada de vento
Sobre as colinas de planícies desertas
No sul em direção a Bodh Gaya

Allen Ginsberg, Indian Journals

quarta-feira, agosto 17, 2011

a foto da rua ficou meio inclinada, isso vive acontecendo, e não consigo desinclinar depois. O laptop liga uma espécie de ventoinha que faz um barulinhho, parece que vamos decolar à qualquer momento. São 4:43 da madrugada, e ja estive na sala um pouco com a Panda, pensando sentada no sofa. Pensamentos pensamentos que eram outros, uma ansiedade talvez, esmiuçando e esmiuçando, como se isso fosse adiantar algo. Talvez adiante. Venta. A luz do telefone pisca zero zero zero sem parar, e acho que não era assim. as luzes la fora também piscam e eram assim. porque as coisas não dão certo, ou não mudam? F. diria não existe o dar certo ou o dar errado...talvez não exista nada, mas quando da certo é muito bom, hehehe. para colocar o sofa em frente à vista teria que arrumar estantezinhas cortadas ao meio. e uma mesa no meio dos livros.

terça-feira, agosto 16, 2011


Mais do mesmo


Irmãos Karamazov

Fiodor Pavlovitch Karamazov - pai de Dmitri, Ivan e Aliocha
Dmitri Fiodorovitch Karamazov -Mitia, irmão mais velho, filho da primeira esposa
Ivan Fiodorovitch Karamazov - Vania, irmão do meio, filho da segunda esposa
Alieksiei F. Karamazov - Aliocha, irmão menor da segunda esposa
Adelaida Ivanovna Miussova - primeira esposa, que fugiu para se casar com Fiodor e depois o abandonou
Sofia Ivanovna - segunda esposa, orfã, filha de um obscuro diacono, que crescera na casa de sua benfeitora, uma velha nobre e viuva do general Vorokhov, que depois levou os 2 irmãos menores quando ela morreu e deixou um dote para eles; morreu logo depois tb
Piotr Alieksandrovitch Miussov - primo de Adelaida Ivanovna, tutor de Dmitri apos o abandono da mãe
Grigori Vassilievitch Kutuzov - criado de Fiodor Pavlovitch
Iefim Pietrovitch Polionov - tutor de Ivan e Aliocha
quando li Em Busca do Tempo Perdido (não todo...) também tinha um caderninho anotado com todos os personagens, assim eles ficam mais proximos

segunda-feira, agosto 15, 2011


ja quis ser escritora, e quando criança escrevi um livro que quase foi publicado...acho que escrevo como desabafo, mas não sou uma escritora. não sei se conseguiria escrever sobre outro assunto que não fosse eu mesma.
então escrever para que?
e fotografar para que? essas fotos tem um enquadramento que me agrada, mas tudo ja foi feito.
crise.
chegeuei em casa um cheiro de bolor, coloquei uma cortininha para afastar a bagunça do armario, tenho que rearrumar essas telas, djfssdlf.
irritada com esse encontro estupido, perdi duas preciosas horas de meu amado final de tarde, e ele agressivo e arrogante. enfim...deve ter algum significado qualquer, moral da estoria, não desperdice seu tempo? não sei o que as pessoas esperam de mim, ou como me veem. acho que ele achava qualquer coisa que não sou, uma super colocação, super qualquer coisa. e quando cheguei em casa vi o cartão do papai falando de Cabourg, como um cartão de um amigo e não de um pai e que mostrei pro L., naquele acordar desajeitado, e dormir também foi. ... tinha que ter ligado pro advogado e pro D. e mais mil e outras coisas que sempre esqueço. acho que fiquei com raiva de mim. De 94 o cartão, eu com 30 anos, tinha ido à Paris naquele ano pela primeira vez, depois de pedir demissão da Globo apos 5 anos em que não sabia exatamente o que estava fazendo ali, e papai quis ir depois e convenceu sua mãe à pagar sua passagem. entra um frio pela janela, como se fosse um objeto. Pedro chegou cansado com os problemas. R. esteve la no sabado e ve outros problemas, estéticos, mas não os cotidianos. estava fazendo uma retrospectiva rapida de quando o conheci enquanto subia minha ladeira, na praiadepois numafestaedepoisnacasadeM.C., famosa noite do chapeuzinho, e ele era mais porra-louca e conheceu minha irmã e eles foram à Niteroi algumas vezes pra casa da ex dele e tiveram um namoro qualquer, e ficou amigo do papai também, e o sofa no estoque era dele, do papai, e dai? e dai nada, so porque L. disse que eu era da diretoria, como as pessoas me enxergam e nunca me enxerguei assim, sera que deveria. depois casei com o Ale e fomos pro Chile e PeruBolivia e moramos em Santa num casamento fracassado. morei quase 1 ano com papai no Cosme Velho e tinha o recado na secretaria eletronica em que ele lia Shakespeare em ingles, e conheci Fernando. rapidamente fomos pra botafogo naquele apartamento horroroso e então então é uma palavra horrivel que nunca deveria ser usada então fomos morar na casa do Sergio W. e era linda eu trabalhava na Globo e ganhava bem, talvez. F. em crise gravando fitinhas cassetes e colocando capinhas, tinhamos um vasto repertorio erudito Villa-lobos Debussy Ravel Schoenberg e... e nessa época do começo do meu casamento voltamos à nos ver, fomos para Ouro Preto duas vezes e ele começou com a A. e depois nos afastamos de novo e sempre aproxima e afasta e agora anda bem afastado acho que esgarçou e não volta mais? e ao mesmo tempo gosto de estar la, de estar la trabalhando com as idéias e os livros apesar de tudo.

quinta-feira, agosto 11, 2011

Eu Amo Escrever

Eu Amo Escrever
cheguei em casa, a casa, poeira no chão da sala, os vidros, os vidros tem que ser limpos, louça na pia, o fogão, tem que fazer um arroz lentilha batatas talvez o espinafre ainda esteja vivo, as gavetas abertas no quarto, a cama por fazer, coisas espalhadas pela mesa, pelos cantos que não são cantos, vontade de nada disso, queria um chocolate e relaxar, achei um biscoito pelo menos, gatos felizes comeram pate, eu fiquei mal-humorada o que sei que no fundo é bobagem, sei la.

segunda-feira, agosto 08, 2011

na verdade não consegui me vestir direito no sabado, o primeiro vestido que achei otimo, quase novo, mas que não casava com nenhum casaco e sai e achei que talvez estivesse frio e as pernas de fora e voltei, troquei pelo vestido comprido mas depois achei que não, voltei com o primeiro, e na rua depois vi que realmente estava frio e fiquei sentada na cama baixa meio sem jeito porque queria esticar as pernas e não dava muito e todos os outros outras de calça comprida e vestido idem, as vezes achava que tinha falado alto demais ou algo muito pessoal e que so tinha interesse para mim, quando sai ja meio desajeitada algumas horas depois não queria atravessar aquelas duas pistas até o ponto longe e grande e nada convidativo, andei até o Largo do Machado, as luzes amareladas da noite, das lampadas que dão uma sensação meio suja e espessa, tinha que passar em casa para reabastecer, para estar em contato com o fio terra, e fiz um cha e fiquei com meus pequenininhos e troquei de roupa novamente e essa também ficou muito esquisita, a saia verde e rosa de lã, o tenis rosa de bolinha...acho que eu que estava errada, não a roupa, e a outra festa também estava longe.

domingo, agosto 07, 2011




gatos sentaram em cima e não consegui escrever mais nada, estava uma disputa entre Panda e Carlota, uma em cima da outra e em cima do laptop! acabei fechando, porque estava muita zona. eu saio e fico não me sentindo nem la nem ca em nenhum lugar, deve ser ansiedade, expectativas, estranho como me sinto sem assunto e acho que sai tudo diferente.

sexta-feira, agosto 05, 2011

sempre musica sempre, agora Bill Evans Piano Player, apos KInd of Blue foda, e Shirley Horn... sempre. o que falar depois disso? No words. antecipando. caraca, tanta cois

quinta-feira, agosto 04, 2011

chego em casa, muita bagunça, vontade nenhuma de arrumar, a musica de Anouar Brahen tocando na minha cabeça sem parar, em elipse, tocou tantas vezes hoje na livraria que parece que ja faz parte do meu corpo, coloco o cd como um vicio um desejo que tem que ser satisfeito mas o aparelho diz que não, venho para o quarto, coloco no computador, o sol se pondo. me entupi de goiabada e café, combinação prosaica. tantas coisas para organizar, arrumar e sempre vou fingindo que não. gatos querem alguma coisa que não tem. ontem pela segunda vez o filme do Woody Allen, tão encantador, pena que perdi o começo com aquelas tomadas de tirar o folego. vou ter que ver pela terceira vez.

segunda-feira, agosto 01, 2011

me vejo no espelho (e me sinto também) mais gorda, pesada, outra pessoa diferente daquela magrinha do ano passado que, (me) parecia, tinha uma energia concentrada no corpo que era ele mesmo e so. realmente tudo esta sempre mudando e nada é permanente. pensamentos budistas, hehehe. ainda por cima comprei barras de chocolate e fiz um bolo...pelo menos comprei também um vaso com um pé de tomilho lindo que vou passar para o jardim. acho que minha batata esta assando...aprender à ter paciencia, é para isso esse trabalho. hoje fiquei analisando os pensamentos, é incrivel fazer isso. sei la, mil coisas.