domingo, janeiro 30, 2011
Sai para andar, uma vaga vontade de ir comprar o jornal no Guimarães, levando a maquina, vendo os prédios e casinhas e pessoas, mas também uma vontade de andar no "mato', um pra esquerda, outro pra direita, acabei deixando minha bolsa na portaria e fui pelo meu velho caminho, onde corria - o da esquerda, que chamo de pré-paineiras, e que adoro com suas arvores enormes. Fui indo, indo, até chegar numa placa escrito Floresta da Tijuca e resolvi subir, subir, de repente aparece o mar la embaixo e é como uma aparição, o aterro, o dia lindo demais, passei a entrada do mirante dona Marta, resolvi continuar mais um pouco, subindo e subindo, apareceu um pedaço super ampliado da vista que tenho daqui, cruzei com pessoas descendo que perguntaram se faltava muito... Começaram à aparecer carros estacionados, aquele absurdo todo que transformaram aquilo la, pensei que estivesse chegando mas ainda não, bebi uma aguinha numa fonte, cheguei finalmente nas Paineiras orgulhosa de mim, embora minhas pernas doessem um pouco - ja estava à 1 hora e meia andando ou mais, resolvi entrar e tomar um chuveirão ja que estava la. Aquele silencio todo e a paisagem ampla que faz bem so de olhar e estar la, tentava não pensar às vezes, enquanto andava, e deixar uma pausa, um silencio, o mesmo silencio que estava la fora para dentro de mim, tentando parar com a conversa incessante dentro da cabeça. Fui até o segundo chuveirão porque no primeiro tinha fila mas valeu à pena, foi otimo, desci exausta, acabei pegando uma mini carona que adiantou um pouquinho, andei quase 4 horas! Lembrei do F. que atravessa bairros e cidades andando, do Caminhar, uma filosofia que não li ainda, de tudo.
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