sexta-feira, agosto 10, 2012
quinta-feira, agosto 09, 2012
his babys don't care for... sempre vai ser uma zona, penso sobre a casa, enquanto vem a imagem dos ambientes onde se passam os filmes do Woody Allen alta classe levemente cafona talvez justamente por isso misturado com algumas pessoas desajustadas impulsivas as coisas acontecem. é estranho porque gosto das visitas, talvez um pouco raras, sem saber o que é realmente, tem que saber? não sei. so sei isso. teria que não gostar? ponto alto : ele lendo o Leskov, carinhoso, eu sentada no seu colo, estavamos perto um do outro. depois não. voltar para ca, sala, Miranda passa, a maquina aqui ao lado, esperando a tinta secar para clarear mais essa faixa que deixara de ser azul e sim amarelo misturado com branco e areia. lembro de um trabalho do Zerbini que vi anos atras no Parque Lage, bem grande, uma praia também cheia de coisas, areia e um sapato, um tênis talvez colado na tela, acho que naquela sala maior da frente e fiquei impressionada, outros quadros que me impressionaram nessa época, anos 90 por ai, o Rodrigo Andrade que mudou radicalmente depois, mas pintava nessa época pedaços de ambientes, alguns moveis e era o que eu queria fazer, e talvez ainda seja até hoje um pouco. ou não. uma influência, varias, Appel, cristina, tudo se mistura com os anos que vem depois.
semana passada quebraram : uma garrafa grande de suco de uva, o azeite, a garrafa de vinho branco. signos de alguma coisas, provavelmente isso é uma bobagem, Paul Auster.
semana passada quebraram : uma garrafa grande de suco de uva, o azeite, a garrafa de vinho branco. signos de alguma coisas, provavelmente isso é uma bobagem, Paul Auster.
sábado, agosto 04, 2012
fiquei triste porque desde a manhã ja estava pensando no ingresso, e a roupa que vesti, a sapatilha verde e a camiseta um pouco que nunca uso mas achei que poderia variar porque ia la, depois a cerveja estranha que me fez mal definitivamente ja havia decidido que não queria mais participar desses negocios, enfim. (acho que fui meio rispida ?) quando o porteiro falou voce não pode entrar eu fiquei estupefata que otimo poder usar essa palavra que achei que nunca escreveria estupefata. fui embora triste e derrotada. mas foi o resto todo também..
no texto da minha cabeça a conversa era com os livros. a beleza salvara o mundo frase bela e um pouco enigmatica e o fim da vida de Oscar Wilde tão triste sera que por isso comecei à ler o africano levemente lirico e o vila-matas e o fracasso ficaram meio de lado apesar de que, apesar de alguma resistência minha estava gostando. isso deve ser alguma maluquice ou é assim mesmo.
no texto da minha cabeça a conversa era com os livros. a beleza salvara o mundo frase bela e um pouco enigmatica e o fim da vida de Oscar Wilde tão triste sera que por isso comecei à ler o africano levemente lirico e o vila-matas e o fracasso ficaram meio de lado apesar de que, apesar de alguma resistência minha estava gostando. isso deve ser alguma maluquice ou é assim mesmo.
sexta-feira, agosto 03, 2012
sábado, julho 28, 2012
as estorias. que grandes e obviamente a que existe na minha cabeça é unica diferente de qualquer outra que possa existir em cabeças outras se é que existem ou de que jeito são. ou não são, pequenos pedacinhos so. ou é tudo fingido, colocado num outro lugar meio escondido. também. me sinto mais leve agora como se algo tivesse ido embora se libertado. ouvindo qualquer coisa - de 75 - que comprei hoje, depois de chegar com o quadro do caloca que não sei onde colocar. flash rapido: Tuca. fecha o pano. na época acho que as coisas iam indo se atropelando como uma onda trombolhão um caldo a casa esta um caos ou a vida é isso mesmo. começando à me acostumar. your day breaks. olho a foto da Virginia ( nome da minha mãe, penso agora) Woolf, tão belamente pensativa, absorta melancolica. como assim não usar adjetivos? moveis.
sexta-feira, julho 27, 2012
todas as sensações esquisitas ou devo simplesmente relaxar todo esse tempo com pessoas que são de mundos distantes e às vezes canso disso agora o sol ficou firme sem aquele vento até frio que estava quando acordei e por isso não sai nem acordei mesmo fiquei na sala enrolada no lençol tentando me convencer ontem levantei por habito comi por habito variar alguma coisa por outro lado segunda foi delicioso mexendo no quadro etc terça dentista e falamos muito de esse o problema talvez que tenha desencadeado depois quando o vi chegando o sol parece escaldante la fora agora não sei se saio ou se fico.
quinta-feira, julho 26, 2012
Olhando o Beckett que esta na pilha ao lado da cadeira - o personagem andando andando e se relacionando so com ele mesmo, ele é a estoria que esta sendo "não contada", porque tudo é a mesma coisa, uma espécie de lamaçal que não deixa que nada mude muito, penso no Cidade Aberta, onde o personagem principal também sai caminhando a esmo quase todas as noites por Manhattan apos o trabalho, mas que pensa sobre mil coisas, se relaciona, conta varias estorias, tem considerações sobre os assuntos, e talvez isso tenha um lado meio acadêmico, de tese, que me fez desinteressar do livro... não acho que seja flaneur por que ele tem muitas opiniões e se envolve realmente e o flâneur acho que era mais blasé
domingo, julho 22, 2012
Yalo, de Elias Khouri - obrigado à escrever a estoria de sua vida apos ser torturado - em cenas bem violentas, vai tentando entender quem é e o que se tornou sua vida. Pra ele tudo é confuso e embaralhado, numa visão labirintica que é também a forma como o livro é escrito. Num momento caotico de guerra civil no Libano, ele, meio abandonado, foge da mãe que esta enlouquecendo e vai sendo levado pelos acontecimentos. As estorias vão sendo escritas e contadas varias vezes, com acréscimos ou mudanças, é um livro denso, as descrições das torturas é que são um pouco over de se ler, mas estão totalmente dentro do contexto. Quase acabando, parei para respirar um pouco. Capas.
sexta-feira, julho 20, 2012
acordei um pouco tarde para que o dia possa realmente ficar grande, sentir grande. não sei como escrever isso: senti-lo grande, o sentir grande, tudo fica esquisito. meu dente doi um pouco, incomoda, o não dente na verdade; como um pouco do pão rustico que Pedro comprou, que é lindo, e nunca tinha parado para ler escrito no saquinho de papel, cor de papel de pão: linhaça aveia gergelim. e eu pensando que era um simples pão integral. mas tem também estabilizante não sei das quantas e etc. café meio ruim, faço outro depois, não muito bom também. lavo a louça, enquanto Sybill olha o enigmatico bicho que supostamente mora atras da maquina ; colocar uma cortina ali, talvez, pelo menos a bagunça sumiria; olhar os tecidos, comprar...sol la fora. olho o facebook, gmail, pinterest, escuto mammas and the papas, que sempre achei que tivessem morado juntos numa comunidade mas foi tudo uma invenção minha; so um grupo, com brigas internas e etc, embora a mensagem seja sol california alegria. ontem coloquei a foto do sofa/estante no face, varias pessoas gostaram, bonitinho. o face serve pra isso, carências...rs. daqui à pouco trabalhar, sair desse mundo xangri-la que fiquei esses quase 3 dias. um pedaço de giz.
quinta-feira, julho 19, 2012
Charles Baudelaire
Le Spleen de Paris
Reeditado em 1864 sob o titulo Petites Poémes en Prose
L'étranger
"Qui aimes-tu le mieux, homme énigmatique, dis? ton père, ta mère, ta soeur ou ton frère?
- Je n'ai ni père, ni mère, ni soeur, ni frère.
- Tes amis?
- Vous vous servez là d'une parole dont le sens m'est resté jusqu'à ce jour inconnu.
- Ta patrie?
- J'ignore sous quelle latitude elle est située.
- La beauté?
- Je l'aimerais volontiers, déesse et immortelle.
- L'or?
- Je le hais comme vous haïssez Dieu.
- Eh! qu'aimes-tu donc, extraordinaire étranger?
- J'aime les nuages... les nuages qui passent... là-bas... là-bas... les merveilleux nuages!"
acho que sempre quis ter de novo a casa da Bulhoes... que nem existe mais, pelo menos fisicamente. nao sei se essa época, dos 8 aos 12 anos, mais ou menos, as coisas ficam realmente marcadas na nossa mente, ficam marcadas nao sei exatamente onde. aqui nessa casa sinto como se isso estivesse, de novo, esse clima de casa, janelas fechadas, chove la fora, os livros na estante, musica. aconchego, talvez seja isso.
quarta-feira, julho 18, 2012
acho um bilhete de loteria que um moço me entregou na rua, outro dia, sem estar preenchido. e varrendo embaixo da cama um ingresso pro Pina do dia 28 de março, tento achar que dia é esse, se da primeira ou da segunda vez que fui, com significados tao diferentes. o primeiro chuva, repentina, ele meio mal humorado quando chegou, eu estava terminando uma pizza naquela lanchonete mais barata ali do lado chovia e ele meio de mal humor fingi que nao reparei como se eu o tivesse obrigado à estar ali e ele que tinha se convidado mas vai ver se arrependeu depois e o filme maravilhoso fiquei ali dentro voando junto com os bailarinos e desejando ser aquela pessoa que teve esse trabalho tao intenso e desnudador e depois taxi estranho e distante e fiquei emburrada me lembro que ele disse você parece uma menina de treze anos sera que pareço, rs. deixei ele no meio da escuridao perto da rua aarao reis e esqueci de deixar dinheiro e b. ficou tao chateada porque eu disse que queria ir trabalhar na quinta-feira e ela desligou o telefone..? as pessoas me preenchem, deixam o espaço mais gordo, acho que é disso que sinto falta.
estar sem trabalhar é estranho. apesar de que sempre no começo do dia ou no final tanto faz nao estou querendo e so o que quero é estar deitadinha na cama envolvida pelo edredon e meu corpo diz nao e Miranda me olha diretamente nos olhos ou olha diretamente para tudo, eu incluida, eu-toda-amor-por-ela-quarto e nao sei o que mais e ela diz nao também. mas agora que estou aqui penso em la, penso em la ficou estranho. na vitrine que queria olhar mais e nas pessoas e tudo o mais. estou maluca talvez? talvez. e o tempo esta cinza e quieto.
sábado, julho 14, 2012
sexta-feira, julho 13, 2012
hoje fui paquerar o quadro-negro e os cavaletes... ainda na duvida dos dois, principalmente do quadro - negro.
ao mesmo tempo sonho com ele aqui na parede do quarto, escrito à giz. pena que é verde e não negro, negro, como antes.
o cavalete ja quase convencida, ja que o grandão esta meio podre.
Pedro conta de quedas de bicicletas, quer contar, e eu não quero.
hoje estava completamente out, e foi difici, não queria, mergulhei completamente num aconchego fora do mundo e ...fui. sera que deu pra perceber? enfim, não importa.
um problema de tempos.
de climas, sei direito não.
às vezes completamente perdida.
comprei tinta para mudar o cabelo, tenho que mudar algo.
descobri que: um. saio da livraria e fico querendo me compensar de alguma forma, me dar algum tipo de prazer, ansiosa perseguindo o tempo.
dois. venho pra casa imediatamente, casa casa casa como sendo o unico lugar onde posso estar.
ter essa consciência ajuda?
ontem cheguei aqui baqueada - ja estava antes, e isso não deu certo. crise com isso, a casa.
três. não sei se tenho um numero três.
tem, hoje tentei relaxar desse quase compromisso, dessa obrigação comigo mesma que inventei de ter que voltar e vi oculos rapidamente, casa cruz e lojas americanas. depois achei que ja eram coisas demais e voltei para casa - com parada quase surreal na casa do nilton onde gosto mas não relaxo totalmente. acho que não da para relaxar mesmo.
arrumar almofadas maiores pra cama, ou mais travesseiros.
no livro diz para perceber so o presente, sem cobrar como deveria ser, sem perceber as faltas e que ele basta. quando isso vem, como um flash, relaxo.
ao mesmo tempo sonho com ele aqui na parede do quarto, escrito à giz. pena que é verde e não negro, negro, como antes.
o cavalete ja quase convencida, ja que o grandão esta meio podre.
Pedro conta de quedas de bicicletas, quer contar, e eu não quero.
hoje estava completamente out, e foi difici, não queria, mergulhei completamente num aconchego fora do mundo e ...fui. sera que deu pra perceber? enfim, não importa.
um problema de tempos.
de climas, sei direito não.
às vezes completamente perdida.
comprei tinta para mudar o cabelo, tenho que mudar algo.
descobri que: um. saio da livraria e fico querendo me compensar de alguma forma, me dar algum tipo de prazer, ansiosa perseguindo o tempo.
dois. venho pra casa imediatamente, casa casa casa como sendo o unico lugar onde posso estar.
ter essa consciência ajuda?
ontem cheguei aqui baqueada - ja estava antes, e isso não deu certo. crise com isso, a casa.
três. não sei se tenho um numero três.
tem, hoje tentei relaxar desse quase compromisso, dessa obrigação comigo mesma que inventei de ter que voltar e vi oculos rapidamente, casa cruz e lojas americanas. depois achei que ja eram coisas demais e voltei para casa - com parada quase surreal na casa do nilton onde gosto mas não relaxo totalmente. acho que não da para relaxar mesmo.
arrumar almofadas maiores pra cama, ou mais travesseiros.
no livro diz para perceber so o presente, sem cobrar como deveria ser, sem perceber as faltas e que ele basta. quando isso vem, como um flash, relaxo.
quinta-feira, julho 12, 2012
quarta-feira, julho 11, 2012
sempre essa sensação de mil coisas à serem feitas, resolvidas, sensação de falta, incompletude.
me repito.
ansiedade, percebo agora.
voltar à ler livros budistas ou simpatizantes pra lembrar como faz pra pensar diferente, ou melhor, não pensar, deixar ir.... não acho os livros, não da tempo pra tudo, e acabei emprestando dois que tinha adorado - pra Roberta, o Tartang Tulku e outro que não lembro, e o Calma no Caos maravilhoso pro vizinho, que parece, perdeu.
lendo o Cidade Aberta e em algum momento o narrador para pra escutar o Mahler que esta tocando numa loja de musica que vai fechar, acho, e ele então fica la, escutando, e depois a musica continua na cabeça dele mesmo depois que ele sai, a chinoiserie, achei engraçado que ele usa essa expressão, chinoiserie, e agora escuto também o Mahler, que estava no mp3 do Leo, Sinfonia n. 9, não é a mesma que escutei na estréia da OSB no Municipal, a n. 5, que todas as pessoas conheciam, Sacramento e o dândi da bilheteria, alias indignado de que eu não conhecesse.
preciso escutar de nôvo.
me repito.
ansiedade, percebo agora.
voltar à ler livros budistas ou simpatizantes pra lembrar como faz pra pensar diferente, ou melhor, não pensar, deixar ir.... não acho os livros, não da tempo pra tudo, e acabei emprestando dois que tinha adorado - pra Roberta, o Tartang Tulku e outro que não lembro, e o Calma no Caos maravilhoso pro vizinho, que parece, perdeu.
lendo o Cidade Aberta e em algum momento o narrador para pra escutar o Mahler que esta tocando numa loja de musica que vai fechar, acho, e ele então fica la, escutando, e depois a musica continua na cabeça dele mesmo depois que ele sai, a chinoiserie, achei engraçado que ele usa essa expressão, chinoiserie, e agora escuto também o Mahler, que estava no mp3 do Leo, Sinfonia n. 9, não é a mesma que escutei na estréia da OSB no Municipal, a n. 5, que todas as pessoas conheciam, Sacramento e o dândi da bilheteria, alias indignado de que eu não conhecesse.
preciso escutar de nôvo.
"Paris, 2/ de setembro/ 94
Fernando, Andrea,
Ontem e hoje, fizemos, Ursula
e eu, um tour pela arquitetura
e pelos bistrôs, cafés, brasseries
de Saint-Germain, Ile Saint Louis,
Bastille, Marais. Em Montmartre
vi a casa onde morou Satie.
No Bois de Boulogne, o Pré -
Catelan - lindo! Resgates proustianos.
Almoçamos num pub, chamado Certa.
Um pub inglês, que era de portugueses, e,
hoje, de franceses, serve comida
francesa. As francesas são lindas -
parecem inglesas. No mais, a trilha sonora
do brecho era jazz. E, à capela, um trio de
franceses cantava musica medieval. Me sinto em casa.
Beijos
Roberto do Canto"
encontrei.
do outro lado, uma foto de um casal se beijando num café, Cartier-Bresson, Boulevard Diderot, Paris, 1969.
Fernando, Andrea,
Ontem e hoje, fizemos, Ursula
e eu, um tour pela arquitetura
e pelos bistrôs, cafés, brasseries
de Saint-Germain, Ile Saint Louis,
Bastille, Marais. Em Montmartre
vi a casa onde morou Satie.
No Bois de Boulogne, o Pré -
Catelan - lindo! Resgates proustianos.
Almoçamos num pub, chamado Certa.
Um pub inglês, que era de portugueses, e,
hoje, de franceses, serve comida
francesa. As francesas são lindas -
parecem inglesas. No mais, a trilha sonora
do brecho era jazz. E, à capela, um trio de
franceses cantava musica medieval. Me sinto em casa.
Beijos
Roberto do Canto"
encontrei.
do outro lado, uma foto de um casal se beijando num café, Cartier-Bresson, Boulevard Diderot, Paris, 1969.
terça-feira, julho 10, 2012
chegando em casa tudo parece uma correria. o entardecer que quero ver, os ultimos dias, lembro vendo os sapatos na sacola - agora não consigo mais olhar para eles, quero e preciso pensar sobre os dias, e escrever qualquer coisa. escrever. escribir escribir escribir. escutar musica?, aos poucos voltar à uma "coisa" minha, escurece rapidamente, adoro a claridade do dia, acho que é isso que persigo. a minha claridade do dia. o que ainda posso pegar do ar do dia ( agora uma bobagem calhorda passou, ar de Dylan, haha). quero relaxar enquanto corro. isso não vai dar certo. pausa para pegar o cinzeiro, o beque cai e se desmonta, um finalzinho troncho. pena;
no ônibus, ou poderia escrever, na viagem, além da culpa inicial por toda a confusão por ter saido em cima da hora ingenuamente e um certo desespero surreal que foi caminhar em pedaços mal iluminados da Presidente Vargas e os carros e ônibus passando rapidos e os taxis que nãp paravam e eu indo em frente, sempre, indo em frente, fecha parênteses que nem abri, no ônibus vim como que escutando outra pessoa e parecia que ela assumia uma outra dimensão espacial. Mahler Mahler Mahler. não imaginava... depois desliguei um pouco, fiquei so pensando, olhando a paisagem que corria pelas janelas. ficou poético. e depois desisti de não saber mexer no mp3, apesar de que na semi escuridão não era realmente facil ou os oculos ja não estão dando tanta conta e não resolvo isso também. resolver resolver. consegui mais alguma coisa e escutei uma versão cafona do Elton John, uma daquelas musicas conhecidas, Rocket man sei la agora não lembro o nome e Velvet Underground que não tenho certeza sobre quem canta, Lou Reed? tem à ver conceitualmente com Patti Smith e Andy Warhol e Bob Dylan, penso, mesma turma e gosto mas depois é a mesma coisa que se repete e se repete, e um Beatles que talvez nunca pensasse em escutar, Rubber Soul - escuto geralmente o Abbey Road ou algumas musicas da trilha do Across the Universe ou do Album Branco, esta escuro ja e essa musica que toca agora da Gold Frapp é muito triste - engraçado, faz parte "dele" e o imagino escutando, e consegui achar o Band on the Run que tinha pensado que poderia estar la ou o Flaming Pie, finalmente, mas ja entravamos em Paraty. na volta apesar da escuridão eu ja estava mais familiarizada e escutei o Paul e alguns Elton Johns, agora o verdadeiro, e Bob Dylan, o ônibus correndo e tudo embaçado os vidros das janelas e então era so um escuro e o embaçado e algumas luzes que apareciam la fora pensei o ônibus entrando na escuridão, ou algo cafona assim, na hora. e depois cansei e dormi, so acordando com a voz de alguém dizendo chegamos e estava perto da rodoviaria.
o domingo tão estranho, as pessoas ja meio xôxas - cansadas, eu cansada e precisando das minhas referências, como disse P. talvez o mais legal, a conversa no bar e relembrar o Vila-Matas, escribir escribir. e no escribir. e escribir em Paraty. e ser a sombra da sombra e Antonio Tabuchi e os escritores na montanha em relação direta com os mortos e depois no bosque e cada vez mais escritores. e eu não estava feliz com o sapato, o problema foi esse, esse sapato que comprei não sei exatamente porquê, 1 hora e meia antes de viajar e que a atendente não entendeu o que eu queria e desisti e acabei pedindo o 37 bege embora eu quisesse o 36 cinza e ela tivesse voltado com o preto e então desisti porque não havia muito mais tempo e pensei porque não, ficou bom o bege mas depois la achei, no meio do dia, da tarde, que estava estranhissimo, que a cor era horrivel e um tom acima, enfim, talvez o estranhissimo fosse por tudo também, uma estranheza generalizada? sei la, tenho que achar meus rascunhos.
ah, antes estava tudo encaixado e otimo, leio.
agora acho que sim, também
e então teve isso, a confusão que me deixou atônita e o sapato o tempo todo e depois o quarto na casa, a casa
e depois outras coisas
e a casa e o quarto e o som da luta ao lado, as pessoas chegando de um mergulho?, aquelas pedras todas, uma felicidade inicial e também confusa
o mediador é um chato, a invisibilidade
não pensar
pessoa- cidade, pessoa- paris, adorei isso, paisagem, memoria, ruina, Sebald, bairros quadrados (Le Corbusier) e as vielas enviesadas do cérebro, das favelas
depois algumas conversas sobre horta, pães, sopas, alimentação, ser magra, suave ela
Flaubert, Jane Austen de qual é essa anotação?, realismo, personagens que ela continua carregando, gostei disso, essa ligação "cerebral" ou afetiva, apesar dela tão americana e técnica, musica acompanhando a escrita e o desenvolvimento da estoria ou dos personagens
acho que é esse vicio, essa necessidade desse ritual, estar em casa, olhar o mundo com essa perspectiva grande, maior do que o que vejo durante boa parte do dia, espaços reduzidos e fechados e constantes, e o espaço tempo que é meu
ontem so dormi, praticamente, ou pensava quieta, Carlota deitada comigo e Miranda também, alguma parte da noite
e o tempo que resta todo cortado em pedacinhos
no ônibus, ou poderia escrever, na viagem, além da culpa inicial por toda a confusão por ter saido em cima da hora ingenuamente e um certo desespero surreal que foi caminhar em pedaços mal iluminados da Presidente Vargas e os carros e ônibus passando rapidos e os taxis que nãp paravam e eu indo em frente, sempre, indo em frente, fecha parênteses que nem abri, no ônibus vim como que escutando outra pessoa e parecia que ela assumia uma outra dimensão espacial. Mahler Mahler Mahler. não imaginava... depois desliguei um pouco, fiquei so pensando, olhando a paisagem que corria pelas janelas. ficou poético. e depois desisti de não saber mexer no mp3, apesar de que na semi escuridão não era realmente facil ou os oculos ja não estão dando tanta conta e não resolvo isso também. resolver resolver. consegui mais alguma coisa e escutei uma versão cafona do Elton John, uma daquelas musicas conhecidas, Rocket man sei la agora não lembro o nome e Velvet Underground que não tenho certeza sobre quem canta, Lou Reed? tem à ver conceitualmente com Patti Smith e Andy Warhol e Bob Dylan, penso, mesma turma e gosto mas depois é a mesma coisa que se repete e se repete, e um Beatles que talvez nunca pensasse em escutar, Rubber Soul - escuto geralmente o Abbey Road ou algumas musicas da trilha do Across the Universe ou do Album Branco, esta escuro ja e essa musica que toca agora da Gold Frapp é muito triste - engraçado, faz parte "dele" e o imagino escutando, e consegui achar o Band on the Run que tinha pensado que poderia estar la ou o Flaming Pie, finalmente, mas ja entravamos em Paraty. na volta apesar da escuridão eu ja estava mais familiarizada e escutei o Paul e alguns Elton Johns, agora o verdadeiro, e Bob Dylan, o ônibus correndo e tudo embaçado os vidros das janelas e então era so um escuro e o embaçado e algumas luzes que apareciam la fora pensei o ônibus entrando na escuridão, ou algo cafona assim, na hora. e depois cansei e dormi, so acordando com a voz de alguém dizendo chegamos e estava perto da rodoviaria.
o domingo tão estranho, as pessoas ja meio xôxas - cansadas, eu cansada e precisando das minhas referências, como disse P. talvez o mais legal, a conversa no bar e relembrar o Vila-Matas, escribir escribir. e no escribir. e escribir em Paraty. e ser a sombra da sombra e Antonio Tabuchi e os escritores na montanha em relação direta com os mortos e depois no bosque e cada vez mais escritores. e eu não estava feliz com o sapato, o problema foi esse, esse sapato que comprei não sei exatamente porquê, 1 hora e meia antes de viajar e que a atendente não entendeu o que eu queria e desisti e acabei pedindo o 37 bege embora eu quisesse o 36 cinza e ela tivesse voltado com o preto e então desisti porque não havia muito mais tempo e pensei porque não, ficou bom o bege mas depois la achei, no meio do dia, da tarde, que estava estranhissimo, que a cor era horrivel e um tom acima, enfim, talvez o estranhissimo fosse por tudo também, uma estranheza generalizada? sei la, tenho que achar meus rascunhos.
ah, antes estava tudo encaixado e otimo, leio.
agora acho que sim, também
e então teve isso, a confusão que me deixou atônita e o sapato o tempo todo e depois o quarto na casa, a casa
e depois outras coisas
e a casa e o quarto e o som da luta ao lado, as pessoas chegando de um mergulho?, aquelas pedras todas, uma felicidade inicial e também confusa
o mediador é um chato, a invisibilidade
não pensar
pessoa- cidade, pessoa- paris, adorei isso, paisagem, memoria, ruina, Sebald, bairros quadrados (Le Corbusier) e as vielas enviesadas do cérebro, das favelas
depois algumas conversas sobre horta, pães, sopas, alimentação, ser magra, suave ela
Flaubert, Jane Austen de qual é essa anotação?, realismo, personagens que ela continua carregando, gostei disso, essa ligação "cerebral" ou afetiva, apesar dela tão americana e técnica, musica acompanhando a escrita e o desenvolvimento da estoria ou dos personagens
acho que é esse vicio, essa necessidade desse ritual, estar em casa, olhar o mundo com essa perspectiva grande, maior do que o que vejo durante boa parte do dia, espaços reduzidos e fechados e constantes, e o espaço tempo que é meu
ontem so dormi, praticamente, ou pensava quieta, Carlota deitada comigo e Miranda também, alguma parte da noite
e o tempo que resta todo cortado em pedacinhos
terça-feira, julho 03, 2012
Três crianças conduzidas à escola.
Outro deux-chevaux verde-maçã.
Outra revoada de pombos na praça.
Um ônibus 96 passa e pára no ponto de Saint-Sulpice; Geneviève Serreau desce e envereda pela Rue des Canettes. Eu a chamo, batendo no vidro da janela do café; ela se aproxima para me cumprimentar.
Passa um ônibus 70.
Pára de tocar o sino da igreja.
Uma menina come metade de um bolo.
Um homem de cachimbo e valise preta.
Passa um ônibus 70.
Passa um ônibus 63. São duas e cinco da tarde.
A experiência "termina":
Quatro crianças.
Um cão.
Uma nesga de raio de sol.
O ônibus 96. São duas horas.
( Em 1975, o escritor vanguardista Georges Perec decidiu registrar o que acontecia numa só praça parisiense em menos de 24 horas distribuídas ao longo de três dias consecutivos de outubro. Na sua "Tentative d'épuisement d'un lieu parisien - Tentativa de exaustão de um local parisiense", citado em Paris - Biografia de uma Cidade, de Colin Jones) .
Estava sentada ao lado da mini seção Paris, folheando essa "grande" historia da cidade e me diverti com essa lista do Perec, que alias parece um especialista nisso.
Estava sentada ao lado da mini seção Paris, folheando essa "grande" historia da cidade e me diverti com essa lista do Perec, que alias parece um especialista nisso.
Procurando mais alguma informação sobre esse livro do Perec entrei num blog, que não falava nada sobre ele mas falava de outros, não sei se é um blog português, talvez, gostei da descriçao desse livro , onde ele faz uma comparação com o Perec.
Os Nichos, Severin Dayek, 1971 – Editora Unir - Camarões (1922-2011)
Um livreiro observa seus livros se transformarem pela ação dos cupins. Uma a uma obras de Dostoiévski, Gogol, Hemingway, Karel Tchapek, Nicolás Guillén se convertem em um emaranhado de pequenos túneis que, para o narrador, se assemelham a animais, rostos de antigos conhecidos, uma cena bucólica esquecida na infância. Os nichos é uma metáfora da morte e da mudança. A pequena novela do escritor camaronês foi publicada durante as sua estadia na França e logo despertou o interesse de gente como Georges Perec e Nathalie Serraute pelo parentesco com o nouveau roman, embora em Dayek a descrição esteja mais no mundo que existe na cabeça do narrador e, embora mais uma vez, o eu desse narrador se negue como tal. Em um paralelo, o processo descritivo no movimento francês afirma a impessoalidade. Já a obra do camaronês nega a impessoalidade e o seu avesso ao mesmo tempo. Se para o leitor francês o texto já era um caleidoscópio enganoso, em português, aqui na tradução de Odara Mendes, há mais uma transformação, mais uma ação que corrompe e transforma, mata e dá vida. Um livro de Dayek é sempre uma surpresa. Mas o autor foi um homem sem biografia: morto no ano passado, quase não foi publicado. Trechos:
“Eu sou os meus livros. Eu sou todas estas palavras dos outros, o meu corpo não me pertence. Eu não tenho palavras minhas. Vejo o meu corpo ali sendo devorado.”
“Os pequenos túneis são como veias que se apossam do papel e o transformam num objeto mais próximo do ser humano, algo mais orgânico, algo que se assemelha à própria pele, a pele recheada de pequenos escorpiões.”
“A morte sabe o nome de todas as coisas.”
livrosquevoceprecisaler.wordpress.com
quinta-feira, junho 28, 2012
hoje chegou o segundo livro da trilogia do john dos Passos o primeiro gostei muito personagens pré beatnics buscando vivendo indo de um lugar pra outro tentando ganhar algum dinheiro mas sem um compromisso maior (as vezes). Os Informantes da mil voltas vai te envolvendo numa trama fica até um suspense mas pula de uma estoria pra outra de um personagem a outro e nunca chega a nenhum lugar e cansei um pouco apesar de bem escrito então comecei o Julian Barnes estou no comecinho mas gostei, simples. ontem primeiro uma moça em pé no ônibus com uma mochila que quase batia na minha cara meio chato, depois vagou um lugar na janela me esgueirei pra la e ... veio uma moça enorme e se sentou ao meu lado, fiquei meio sufocada a viagem inteira, enfim como diz o Pedro odeio andar de ônibus. ou são os paralelepipedos chacoalhando o ônibus treme todo um tempão toda a descida da Joaquim murtinho + a Silvio Romero não consigo achar nada para escutar tinha que fazer outras coisas fora de casa também... não sei mais escrever, antes fluia eu dava uma mexida aqui e ali, corrigia, mas agora não
sábado, junho 23, 2012
mesa na sala maravilhosa porque fica de frente pra essa janela e essa vista bem melhor do que no quarto, num cantinho, de frente pra parede. nao comprei lâmpadas. estava achando que nao dava pra postar com esse velho mac ja que o meu nao liga enganada que bom estava com saudades de escrever frases vinham e sumiam e eu achando que nao dava. so nao acho o til, além do acento agudo que ja nao tinha no outro mesmo. sempre depois de ver e ler coisas legais me sinto maravilhada como se tivesse participado também vai ver participo. comi quase duzentas gramas de mix de frutas secas etc. vontade de ler também o Julian Barnes e o Teju Cole e continuar o Juan Gabriel Vasquez bom estar proximo deles todos
sexta-feira, junho 15, 2012
quarta-feira, junho 13, 2012
chego em casa exausta livraria punk sempre durmo de tarde ontem então que foi dia dos namorados dormi assim que cheguei hoje demorei mais um pouquinho... depois da um vazio Fernando diz que tenho que abraçar o meu vazio ok estou tentando mas é isso mesmo? vazio sono fome e depois não durmo e depois não consigo acordar. mudei a sala toda pelo menos. segunda foi um dia sui generis nunca achei alias que ia escrever sui generis mas encontrei a Laura no metrô indo pra ipanema Sacramento foi na Travessa contando mil estorias e sai com ele e não sei porque não ficamos mais tempo juntos como o André tinha me ligado retornei e fomos ao cinema mas foi estranho o filme e tudo e fui andando depois até o Zona sul do flamengo pra comprar pão francês que às vezes é bom demais quebra a rotina pão integral pão integral e encontrei a Claudia Gr.! que acabou me trazendo em casa e hoje foi a Ana L. na rua da Carioca. fico rabiscando rabiscando.
domingo, junho 10, 2012
sexta-feira, junho 08, 2012
chego em casa e vontade de fazer muitas coisas varias ao mesmo tempo não as coisas e sim as vontades de fazer e tudo esta esperando também, entre outras que não "estão" porque não existem ainda o armario por arrumar em cima e também os sapatos dentro meio enclausurados coitados meio abandonados porque uso sempre os mesmos 2 ou 3 e os outros tem que esperar quando e na verdade preciso de outro armario, uma arara suspensa talvez e a maquina que esta em cima da cama e algumas roupas e o chapéu que vou dar pra Fernanda (...) e Carlota e o livro da Dulce Maria Cardoso que trouxe os rolinhos forrar ? e a estrutura de cupula de abajur os pseudobordados gravei outro cd do Brad Modern Music tocando com outro pianista Kevin Hays e a capa é linda (também) o que percebi é que tenho que sumir com essa minha mania de querer que as coisas sejam do meu jeito porque não serão ponto inelutavel (e o contrario disso) e humor focar em otras coisas os outros que importam? agora esta muito lindo parecem ondas
quinta-feira, junho 07, 2012
chove tanto e esta azul de fim de tarde la fora. janelas fechadas, sempre gostei, lembra algo da infância, janelas da Bulhões, acho. e rola um ventinho também, porque as arvores se mexem um pouco. lembrando do sonho o apartamento que eu queria e eu tentava comer algo com curry que ficava entalado na minha garganta e depois vi a Carlota deitada em cima do meu pescoço!, acho que era por isso. outro dia eram ondas gigantes levando tudo e acabando com a areia da praia, tenho a impressão de que todo mundo ja sonhou com isso eu pelo menos ja, outras vezes. não esqueci, por enquanto.
domingo, junho 03, 2012
Acabei ficando com o Tchekhov pra mim, porque a gente so ia comprar mesmo no dia de receber e o Chico não foi nesse dia e sumiu, enfim, a estoria é maior mas não tem importância
só que eu adorei li numa tarde praticamente e fiquei feliz de ter lido
como se eu tivesse conhecido uma pessoa nova
achei os personagens e a estoria tão verdadeiros, palavra meio ruim talvez mas não sei qual outra palavra poderia ser
humano sei la
alias tenho gostado do que tenho lido
os dublinenses li varios contos paro às vezes leio unzinho, hoje por exemplo no metrô ( livro de bolso, otimo para ônibus e afins)
um ar, cenas irlandesas, no final muitas pessoas vivendo pequenas coisas
e que se entrelaça com o John dos Passos, também retratos daquela época só que nos Estados Unidos, e um dos personagens principais descendente de irlandeses
e Marcel Duchamp ou o castelo da pureza que esta parado esperando num cantinho depois que me maravilhei com todo o começo - e que me serviu pra escrever pra exposição enfim, tinha um certo enjôo do Duchamp porque ele virou um rei venerado e obrigatorio no meio artistico e nesse livrinho vi um outro lado dele muito mais interessante
irônico brincador etc
e a Llansol que folheio, às vezes amo e às vezes acho muito distante
o Artaud parei uma biografia cansativa cheia de detalhes, embora tenha me feito até comprar um livro com textos dele e amado e ficado com dó dele ter sido tão incompreendido, época errada
nunca mais comer salmão, pesando até agora
hoje pensei : adoro os dias, o ar parece mais leve, a claridade, um silêncio maior, as possibilidades que estão em aberto, muito mais do que a noite, que parece idêntica e parada e um pouco presa
sábado, junho 02, 2012
cansaço total do clima fast-book pessoas grossas e estressadas uma atras da outra desorganização. hoje não fui, dor de cabeça também. chateada com a arrogância... incomunicabilidade entre as pessoas. ainda tentei ficar no baldaço, burrice total. cheguei em casa e dois sanduiches maravilhosos de queijo ja bastaram pra me trazer de volta à vida. li ontem -e hoje terminei - Minha Vida, do Tchekhov amei! simples, humano, toda a questão da violenta sociedade russa dessa época, e que so poderia ser violenta mesmo, ja que a divisão social era absurda, mujiques pobres, servos, e uma nobreza que não fazia nada. corrupção generalizada, fome. lembra questões que Tolstoi ira se preocupar, acho que ele é de uma geração posterior, não sei. e se fazer o que se quer da vida, independente das pressões sociais/ familiares. escritores russos sempre ligados com as questões da época. do Tchekhov conhecia alguns contos, o filme do Louis Malle Tio Vânia em Nova York que amei, a peça As Três Irmãs que vi no CCBB anos atras, da Bia Lessa acho.
quinta-feira, maio 31, 2012
quarta-feira, maio 30, 2012
olhei o jardim jardim selvagem era de manhã e disse oi, como ja fizera algumas vezes e depois fui esquecendo. como a mangueira arrebentou, as plantas só são regadas quando chove, e isso também distanciou minhas estadas no quintal. reguei a salsinha e o alecrim com uma panela, o manjericão que andou lindo e grande do nada secou... e o hortelã que nunca esteve lindo também...outro dia, vendo a horta do vizinho, que tem até tomates e beringela !e ele fez uma quase palestra sobre as diferentes sementes que eu nem sabia que existiam. na descida uma planta virada pra escada, querendo escapar. depois, o filhotinho de gato que esta sempre meditando no parapeito da varanda mais embaixo, fofo, concentrado. os lagartos que correm ao minimo barulho, embora eu tente dizer não, fica aqui, vamos conversar. bobagens. ontem e hoje uma neblina branca de manhã, cobrindo quase tudo. depois fiquei na duvida do meu vestido xadrez, estava tão classica os outros dias mas acho que ele é muito bonitinho sim. comprei 3 mamões. largo da carioca uma loucura : carrinhos diversos, evangélicos alucinados, muitas fotos mentais. concurso de fotos mentais. descreva as fotos que você viu hoje. amanhã sair mais cedo levando a maquina. estou gostando mais do outro diario da Llansol, com reticências. algumas frases incriveis. hoje comprei potinhos e não achei agulha de bordar...querendo fazer experiências.
terça-feira, maio 29, 2012
domingo, maio 27, 2012
ontem fui voltei pra la pra ca sem saber bilheteira do Municipal três vezes em busca dos ingressos desaparecidos. enquanto isso, vi as fotos do Yann Arthurs-Bertrand que estão na Cinelândia, sair do nosso pequenissimo mundo ao ver tantos outros lugares e pessoas e labutas o mundo é imenso e diverso e lindo e procurei o que comer, ia e voltava sem me decidir porque queria ir no Ruben mas a bilheteria so iria abrir finalmente às 3 e as opções eram pf no verdinho, macdonalds e café da Justiça Federal que não passou meu cartão; casa do Ruben rapido, entrei estava tocando uma musica da trilha do Pina e ganhei o cd do Jun Miyake, estou ouvindo agora e algumas musicas estão na trilha, alguém canta em português as plantas que crescem na minha janela cada vez maiores Miranda dorme com a barriga pra cima e é a coisa mais linda do mundo. hoje tirei a mesa da sala que vive soltando o pé e coloquei a redonda no lugar preciso de um cesto para colocar os catalogos revistas Roberta ligou é engraçado falar com ela. dia lindo esplendoroso.
sábado, maio 26, 2012
queria pintar como o Cy Twombly ( risos). queria pintar. queria qualquer coisa. voltei a pintar mas não consegui acreditar muito...no primeiro e segundo dia sim, mas depois empacou e achei que não era aquilo. parei. praticamente não tenho lugar, a varanda mas de noite esta sem luz, ja esqueci o motivo. ah, o fio soltou, tem que desligar tudo pra tentar consertar. o cavalete quebrou. quase não tenho tintas nem pincéis. sei la. as vezes vejo coisas de que gosto e penso quero fazer isso. mas é so um pensamento. armazenar palavras com acento para que depois possa ir pegando. essa semana voltei todos os dias pra casa ja que não havia mais nada pra fazer. ontem uma depressão profunda, sensação de falta de envolvimento com qualquer coisa. afeto talvez. dormi cedissimo não que estivesse com sono e sim entediada, acordava, dormia, sonhos agitados. na hora de acordar não queria, apesar de ter dormido muito. hoje pelo menos programa diferente, Schubert Mahler, momentos incriveis, massas sonoras. pizza horrivel no Amarelinho ao lado de uma mesa de flamenguistas barulhentos, o que ja é uma redundância. separei um livrinho de comida vegetariana, tenho que voltar à ter (pequenos) prazeres, cozinhar era um deles.
sexta-feira, maio 25, 2012
Liguei o computador e o fundo da tela estava mudado!? Outro dia tb tinham 2 programas que não lembrava de ter baixado. ???
no caminho andando da lapa até a sete fazendo fotos mentais. depois até tirei algumas reais, mas tinham tantas coisas na mochila e estava levemente atrasada que fiquei na duvida se tirava ou não. fotos mentais também são fotos. ir, voltar, descer, subir, tentar.
me entupi de goiabada e de bolo seco. depois me da dor na barriga.
no caminho andando da lapa até a sete fazendo fotos mentais. depois até tirei algumas reais, mas tinham tantas coisas na mochila e estava levemente atrasada que fiquei na duvida se tirava ou não. fotos mentais também são fotos. ir, voltar, descer, subir, tentar.
me entupi de goiabada e de bolo seco. depois me da dor na barriga.
quinta-feira, maio 24, 2012
segunda vestido "meu", manchado- azul com florzinha, modelo meio boneca, terça vestido 70', coloridão, estava na arara de roupas que não jogo fora mas que virou um baú, usei com meia preta pra quebrar a cor, quarta o vestido xadrez que comprei no saara por 20,00 reais! e ficou bonitinho, hoje desastre total com o vestido que Rubens me deu, sera que encolheu? me senti mal com ele. fiz coalhada e farofa e feijão para comer amanhã. horas olhando fotos e escrevendo. idéias pintar etc.
O Umbigo dos Limbos
"Lá onde outros propõem suas obras, eu não pretendo fazer outra coisa senão mostrar meu espirito.
A vida é de queimar as questões.
Eu não concebo nenhuma obra separada da vida.
Eu não gosto da criação separada. Eu não concebo tampouco o espirito como separado de si próprio. Cada uma de minhas obras, cada um dos planos de mim mesmo, cada uma das florações glaciais de minha alma interior baba sobre mim.
Eu me reencontro tanto em uma carta escrita para explicar a contração intima de meu ser e a castração insensata de minha vida, quanto em um ensaio que é exterior à mim mesmo, e que se me aparece como uma gravidez indiferente de meu espirito.
Eu sofro porque o Espirito não está na vida e porque a vida não seja o Espirito, eu sofro por causa do Espirito-orgão, do Espirito-tradução, ou do Espirito-intimidação-das-coisas para fazê-las entrar no Espirito.
Este livro, eu o ponho em suspensão na vida, eu quero que ele seja mordido pelas coisas exteriores e, em primeiro lugar, por todos os sobressaltos em cisalhas, todas as cintilações de meu eu por vir.
Todas as páginas se espalham como pedras de gelo no espirito. Que me desculpem minha liberdade absoluta. Eu me recuso a fazer diferenças entre qualquer dos minutos de mim mesmo. Eu não reconheço plano em meu espirito.
É preciso acabar com o Espirito assim como com a literatura. Eu digo que o Espirito e a vida comunicam em todos os graus. Eu gostaria de fazer um Livro que perturbasse os homens, que fosse como uma porta aberta e que os levasse lá onde jamais consentiriam em ir, uma porta simplesmente aberta para a realidade.
E isto não é mais prefacio a um livro do que todos os poemas, por exemplo, que o balizam ou a enumeração de todas as raivas do mal-estar.
Isto não é mais que uma pedra de gelo, também mal engolida."
Antonin Artaud, tirado de" Linguagem e Vida", ed. Perspectiva, tradução de J. Guinsburg
A vida é de queimar as questões.
Eu não concebo nenhuma obra separada da vida.
Eu não gosto da criação separada. Eu não concebo tampouco o espirito como separado de si próprio. Cada uma de minhas obras, cada um dos planos de mim mesmo, cada uma das florações glaciais de minha alma interior baba sobre mim.
Eu me reencontro tanto em uma carta escrita para explicar a contração intima de meu ser e a castração insensata de minha vida, quanto em um ensaio que é exterior à mim mesmo, e que se me aparece como uma gravidez indiferente de meu espirito.
Eu sofro porque o Espirito não está na vida e porque a vida não seja o Espirito, eu sofro por causa do Espirito-orgão, do Espirito-tradução, ou do Espirito-intimidação-das-coisas para fazê-las entrar no Espirito.
Este livro, eu o ponho em suspensão na vida, eu quero que ele seja mordido pelas coisas exteriores e, em primeiro lugar, por todos os sobressaltos em cisalhas, todas as cintilações de meu eu por vir.
Todas as páginas se espalham como pedras de gelo no espirito. Que me desculpem minha liberdade absoluta. Eu me recuso a fazer diferenças entre qualquer dos minutos de mim mesmo. Eu não reconheço plano em meu espirito.
É preciso acabar com o Espirito assim como com a literatura. Eu digo que o Espirito e a vida comunicam em todos os graus. Eu gostaria de fazer um Livro que perturbasse os homens, que fosse como uma porta aberta e que os levasse lá onde jamais consentiriam em ir, uma porta simplesmente aberta para a realidade.
E isto não é mais prefacio a um livro do que todos os poemas, por exemplo, que o balizam ou a enumeração de todas as raivas do mal-estar.
Isto não é mais que uma pedra de gelo, também mal engolida."
Antonin Artaud, tirado de" Linguagem e Vida", ed. Perspectiva, tradução de J. Guinsburg
listas
segunda arroz integral, purê de batata baroa com cenoura, brocolis refogado
terça arroz , torta de queijo do pedro, salada de tomatinhos
quarta fiz bolinhos com o purê e fritei na manteigaazeite de manhã, arroz, vagem
quinta que é hoje, vagem, resto da torta de queijo, novo arroz que fiz de manhã e que eu achei que tivesse ficado grudado, um pouco, mas talvez o micro-ondas tenha secado
vontade zero de ir trabalhar, me senti estranha o dia todo, uma merda, o vestido não tinha nada à ver, ridicula também, nada tinha à ver, hoje era essa a sensação, não so de estar ali como de estar em qualquer lugar,
antes me sentia cheia de entusiasmo porque tinha idéias pras vitrines e fantasias, queria arrumar tudo
sumiu, estou borocoxô
tento "visualizar" pessoas animadas e penso : é tão bom ...
deveria ter ido na acupuntura, talvez, apesar de que a idéia de que tenho que me "curar" me irrita
(vergonha de quando não tem os livros ou cds)
o unico engraçado são as "cantadas", pelo menos posso rir um pouco de tão absurdo
terça arroz , torta de queijo do pedro, salada de tomatinhos
quarta fiz bolinhos com o purê e fritei na manteigaazeite de manhã, arroz, vagem
quinta que é hoje, vagem, resto da torta de queijo, novo arroz que fiz de manhã e que eu achei que tivesse ficado grudado, um pouco, mas talvez o micro-ondas tenha secado
vontade zero de ir trabalhar, me senti estranha o dia todo, uma merda, o vestido não tinha nada à ver, ridicula também, nada tinha à ver, hoje era essa a sensação, não so de estar ali como de estar em qualquer lugar,
antes me sentia cheia de entusiasmo porque tinha idéias pras vitrines e fantasias, queria arrumar tudo
sumiu, estou borocoxô
tento "visualizar" pessoas animadas e penso : é tão bom ...
deveria ter ido na acupuntura, talvez, apesar de que a idéia de que tenho que me "curar" me irrita
(vergonha de quando não tem os livros ou cds)
o unico engraçado são as "cantadas", pelo menos posso rir um pouco de tão absurdo
quarta-feira, maio 23, 2012
peguei Eric Dolphy para escutar, pesquisas. mas não é nada do que imaginava, sei la o que imaginava, mas agora escutando não fiquei com a sensação "é isso que eu queria escutar". não, não é isso que eu quero escutar. fui fazer as unhas e na fatidica pergunta vc vai pintar de qual cor, arrisquei um lilas. quando vi estava roxo, impossivel pra mim, ela colocou um lilas por cima e disse que estava lindo, elas sempre dizem que esta lindo, cheguei em casa tirei tudo. acho que estou meio mrs. dalloway, finalmente entendi, ja que também so trivialidades. elas é que são. hoje quando atravessei a rio branco e passei entre uma van e um carro estacionado, parecia que esse pequenino espaço era o espaço, o intervalo, instante que fotografei fugaz. não ir mais por esse caminho, senti falta da amplidão do largo da carioca e do sol. quando fui pagar a sombrancelha, 25 reais, nunca mais faço. desisti de tudo o mais depois disso, desanimei. andei até a gomes freire ja que a carioca estava parada. depois peguei o 214 mesmo e vim andando, via os ônibus passando lotados. impossivel chegar rapido em santa teresa sem ser um sufôco, prefiro então demorar mas pelo menos não é tão ruim e só depende de mim. acho que esta meio nada isso. desisto.
segunda-feira, maio 21, 2012
boa a foto com os moveiszinhos, vontade de "estar" mais com "eles". colocar aspas em tudo.
essa experiência deixou claro pra mim o que não quero, mais forte essa sensação de que não é por ai, uma experiência vazia. Carlota dorme enrolada, sera que é o mesmo que enrodilhada? fui uma antipatica na reunião; como fazer? as pessoas são meio cri-cri, acho que não tem plural...crri-cris?
amanhã poderia ficar ( tinha escrito estar) em casa o dia inteiro.
mas quando sair, andar até la, aproveitar e passar na loja dos passaros.
essa experiência deixou claro pra mim o que não quero, mais forte essa sensação de que não é por ai, uma experiência vazia. Carlota dorme enrolada, sera que é o mesmo que enrodilhada? fui uma antipatica na reunião; como fazer? as pessoas são meio cri-cri, acho que não tem plural...crri-cris?
amanhã poderia ficar ( tinha escrito estar) em casa o dia inteiro.
mas quando sair, andar até la, aproveitar e passar na loja dos passaros.
recebo uma mensagem Andrea tentei falar com você e não consegui me ligue até às 18:00 hs, não estava assinada, respondi o.k. mas quem é? ingenuamente liguei e era do cartão de crédito, vc pode saldar sua divida em 24 parcelas de setenta reais ou 200 de qualquer coisa, desliguei quando saí não achei meu vale transporte provavelmente perdi no sabado, fico repassando as ultimas cenas, sempre parece que são signos de alguma coisa, as perdas, estou cheia de signos pois sempre some tudo estão dizendo o quê ? seja mais atenta ou não viaje tanto nas coisas? não faça coisas que não precisa ou outra moralidade qualquer. tudo esta meio nada uma contradição ou nada esta meio tudo o nada esta dentro de tudo minha vidinha besta acordar ficar na cama enrolando com Miranda em cima de mim tomar café ou banho primeiro nenhuma ordem escolher a roupa às vezes é um grande acontecimento ja que vou decidir quem serei nesse dia esperar o ônibus podem acontecer varias coisas e todas as pessoas que estarão ou não dentro dele subir e descer escadas guardando livros e atendendo ao telefone conversar no "clubinho" que não é, almoçar rapidamente ler alguns comecinhos de livros hoje devolvi a Llansol diarios são dificeis de ler e não bateu peguei linguagem e vida do Artaud ja que estou lendo a biografia tb vim lendo alguns textos surrealistas no transito absurdamenteirritantemente lento da rua da carioca gomes freire comi tres pedaços de goiabada com queijo e yoga nunca mais daqui à pouco meu corpo estara feio e pesado a preocupação constante com tudo porque não se despreocupar e não ligar para nada? abro a internet como se algo fosse acontecer algo como a mensagem acima, parecia muito pessoal e esperançosa, hehehe.
domingo, maio 20, 2012
sábado, maio 19, 2012
"Você acreditaria em mim, Henri Thomas, se eu lhe dissesse que não venho deste mundo, que não sou como os outros homens , nascido de um pai e de uma mãe, que me recordo da continuação infinita das vidas anteriores ao meu suposto nascimento, em Marselha, em 4 de setembro de 1896, na rua do Jardin des Plantes, 4". ( XIV - Ouevres complètes de Antonin Artaud, Gallimard )
"O registro civil do homem que sou e que se chama Antonin Artaud tem como data problematica de nascimento 4 de setembro de 1896 às oito horas da manhã. E como lugar de meu ingresso nesta vida, Marselha, Bouches-du-Rhône, França, rua do Jardin-des-Plantes, 4, no 4. andar. Porém, eu absolutamente não concordo com tudo isso, pois foi preciso muito mais tempo, digo, tempo concreto, patente, verificado, atual, autêntico, para me tornar o cabeçudo rebelde e incoercivel que sou." ( XXIV )
"O registro civil do homem que sou e que se chama Antonin Artaud tem como data problematica de nascimento 4 de setembro de 1896 às oito horas da manhã. E como lugar de meu ingresso nesta vida, Marselha, Bouches-du-Rhône, França, rua do Jardin-des-Plantes, 4, no 4. andar. Porém, eu absolutamente não concordo com tudo isso, pois foi preciso muito mais tempo, digo, tempo concreto, patente, verificado, atual, autêntico, para me tornar o cabeçudo rebelde e incoercivel que sou." ( XXIV )
estava escrevendo ontem ene coisas na minha cabeça e falando isso e aquilo comigo mesma e como não pude escrever talvez por isso não conseguisse dormir porque ja é quase uma necessidade construir algo. terminei o livro e fiquei com uma sensação tão "americana" dos personagens talvez não pudesse ser diferente de qualquer forma gostei de acompanha-los até um certo momento e no final me afastei um pouco até porque o personagem que mais gostei ficou numa fase só deprimido e ela era muito feliz e cheia de regras ...enfim, caretas ou o que chamo de ser americano, mas é uma estoria bem construida, dublinenses li os três primeiros e o ultimo que poderia ser menor o que mais gostei nos 4 a simplicidade a leveza e a beleza que veio disso e então agora quero voltar à biografia do Artaud que peguei e deixei de lado e talvez seja isso mesmo que quero fazer no momento e então porque não? ler e me concentrar mais numa coisa simples ontem exercicio de estranheza por um lado ( de novo) a sensação do outro com suas manias - talvez isso que me afaste, as manias que não me interessam, melhor não ter nenhuma se é que é possivel e dificil se encaixar com uma outra estoria e prefiro ficar so numa ou nenhuma só a minha que basta um certo enjôo, isso concluo agora depois de assistir - o que teve de positivo, outra postura diante da vida mas a intimidade que é minha não tenho vontade mais de compartilhar do zero e deu vontade de contar mas é so para mim mesmo porque ele não entenderia deu vontade de falar o que temos o andar na avenida chile falando qualquer estoria atrasados e poderiamos ter esperado o ônibus mas simplesmente fomos andando quase despreocupados, eu pelo menos. ou no ônibus escutando o Paul tranquilos. e comendo omelete pão. e você dormindo imediatamente após de barriga pra cima. ou nosso "ritual" matutino. talvez poucas vezes ou pouco tempo ou não importa afinal para quê classificações mas é nosso e gosto mas não vou contar ou vou contar de outra forma
quarta-feira, maio 16, 2012
parece que só listas mas também relaxei e isso foi o melhor que as angustias dos outros dias que agora esqueci de certa forma, como quarta que engasguei ao falar e começo à escrever pra um amigo que perguntou como vão as coisas e fiquei sem saber porque tenho então que parar e ver as coisas separadas na minha frente uma por uma e analisa-las e antes descobrir quais são as coisas as cores das coisas e por agora a coisa tem sido escutar sempre os ciclos elegiacos e querer ler ler ler Madeleine Leonard Mitchell - que é o que fiquei com menos simpatia, tenho até um pouco de pena de não me identificar tanto assim com ele e vontade de fazer as unhas e fiz um bolo pro aniversario do Pedro mas me deu a impressão de que ele ia desandar e ainda não sei ele esta coradinho la no forno esperando o aniversariante e às vezes parece que la na l. temos um clubinho que é uma gelatina que ondula pra la mais ou menos e as fotos do Oberto Ogili me deslumbrei de novo
terça-feira, maio 15, 2012
depois de ficar tres dias praticamente lendo depois de chegar em casa, domingo o dia inteiro chovia e não havia nada melhor à fazer do que ficar na cama com o edredon e ler, ler ler so levantei para comer um pouco, estava exausta da sextasabado, ontem também foi o que fiz na verdade estava achando que hoje era quarta mas ainda é terça então tem um dia a mais que não sei o que fazer com ele, e quando se mergulha em um romance é tão bom, nem sei se esse livro é bom mas me pegou por enquanto apesar de algumas reservas, hoje como queria dormir e tomar café e comer e fazer yoga tudo ao mesmo tempo quando cheguei em casa estava exausta nem sei porque acabei tomando um café repelente que fiz e comi muitos e muitos pedaços de pão e coloquei o cd do Brad de 1999 que so estou escutando agora em 2012 e gostando cada vez mais Elegiac Cycle e pensei ha quanto tempo não faço isso estar so escutando musica aproveitando cada minuto sem nenhuma cobrança do que deveria estar fazendo e escrevi e olhei a casa e percebi que estava tudo meio largado moveis nos lugares errados objetos largados e etc etc e fiquei fazendo listas do que deveria fazer e eu tambem estou largada e fiquei fazendo listas
domingo, maio 13, 2012
comprei fronhas porque as minhas sumiram misteriosamente sempre sumiços são misteriosos mas elas são de um azul hospital e ficaram esquisitas sempre as cores, as roupas que marcam os dias então lembro que segunda estava usando o vestido que Bel me deu azul piscina que ja havia usado no sabado porque achei que ficou bonito e terça a saia aoquadrado de gomos com o colete com capuz bege mas ficou estranho? quando encontrei ele na lanchonete onde ja tomamos café porque queria tomar um suco de laranja pensando que quase não estava comendo frutas e no finalzinho do suco ele chegou e ficou nervosissimo falando sem parar e eu fui me sentindo mal mal mal ele cheio de coisas e eu tão ao léu nesse dia que voltei fotografando no ônibus acho angustiada e quarta estava com a outra saia que a Bel me deu cinza com um "rabo" grande e disse à ele que não gostava mais dele e ele disse vem aqui mas não fui porque fiquei enfurnada fazendo os pedidos pra Amazonia aproveitando a sala vazia e fomos no dentista e como sempre conversamos horas e F. disse que tenho que aceitar meu vazio e não lutar contra ele e quinta estava com o vestido de brecho violeta e fiz o maior sucesso satisfação boba que preciso e depois fui na Saraiva e comprei os cds com meu vale e fui andando até a Camerino pela Teofilo Otoni pensando em fotografar mas não fotografei e depois a moça me disse que achava que a poeira dos pregos enferrujados tinha sido pensada porque o Duchamp também tinha gostado da poeira sobre o vidro e eu singelamente ingenuamente disse que não, que tinha pensado nos pregos por causa do ferro de passar mas isso eu pensei depois e depois me deu uma duvida se o ferro de passar é dele mesmo na verdade fiquei feliz mas sem dar a menor importância ou por isso mesmo e assisti um pouco à palestra absurda do cara e queria sair mas fiquei sem graça e adiei um pouco e nem fotografei minha caixa quando fui embora passei no hortifruti limpinho naquela rua suja perto da central decadente e sexta fui com a saia envelope que esta larga e não ficou muito bom cheguei em casa tentando não sucumbir li o Paris a festa continua no sofa da sala e dormi e de noite coloquei o vestido preto de malha sempre duvidas com o corpo e se estou engordando ou não baiaca ou não e ele veio e disse que gosta de me ver quando esta feliz eu disse você não fica muito feliz oh como sou chata e ele tão lindinho? ou foi so uma cena sei la não sei de nada so que sempre dormimos pouco e sempre temos pouco tempo mas me faz bem simples
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