O DIREITO DE PASSAGEM
Transitando com a idéia posta
em nada deste mundo
a não ser o direito de passagem
eu desfruto a estrada por
efeito de lei
vi
um homem de idade
que sorriu e desviou o olhar
para o norte, além de uma casa
uma mulher de azul
que estava rindo e se
inclinando para a frente
a fim de olhar o rosto meio
voltado do homem
e um menino de uns oito anos que
olhava para o meio da
barriga do homem
para uma corrente de relógio
A suprema importância
deste inominado espetáculo
fez com que eu acelerasse
ao passar por eles sem palavra
Por que me importaria o rumo?
e lá fui rodando sobre as
quatro rodas do meu carro
pela estrada molhada até
que vi uma moça com uma perna
sobre o parapeito de um balcão.
(trad. José Carlos Paes)
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