segunda-feira, outubro 31, 2011

li leio por esses dias: Ezra Pound, da Jorge Zahar, por Peter Ackroid, daquela coleção amarelinha, Vidas Literarias; tinha comprado num sebo ha um tempão atras, e agora casou com as poesias que estão "voando". Gostei; começo do século, onde todos estavam fazendo, questionando os limites artisticos, querendo mudar; morou primeiro em Veneza, depois Londres, Paris, e por fim Rapallo, na Italia; era intenso, falante, cheio de energia e personalidade, um "poeta-inventor"(classificação criada por ele), critico, teorico, estudou os poetas provençais, a poesia chinesa, entre outras mil coisas; "derrubou as tradições da poesia de lingua inglesa com um projeto modernista"; conheceu William Carlos Williams, Hemingway, Cocteau, Yeats, sempre ligado e querendo "produzir" seus amigos (Eliot, cummings, etc), escrevendo, editando revistas, polemizando; dei uma folheada no Lustra, que saiu agora em portugues, e também numa edição d'Os Cantos, não achei outros livros dele em portugues, apesar da sua obra grande, procurar mais. Teve um projeto meio megalomaniaco, na minha humilde opinião, que alias outros também tiveram nessa época porém com mais sucesso (Joyce com Ulisses, Eliot com The Waste Land) de escrever uma obra que abarcasse toda a historia da humanidade, seus mitos, cultura, etc, e que foram Os Cantos (The Cantos), que ele escreveu durante anos e anos de sua vida e foi publicando aos poucos; tem pedaços bonitos mas é quase impossivel de ler, porque é uma viagem muito pessoal. Ficou treze anos preso, treze anos!, um exagero, por causa de suas transmissões radiofonicas italianas à favor dos fascistas; no começo numa espécie de jaula vazada em Pisa, um horror, depois num hospital, onde escreveu Os Pisan Cantos; foi transferido para os Estados Unidos, onde ficou num hospital. Depois disso ficou, obviamente, muito abalado e etc etc. Ai, não sei escrever resumos.
amorpoesiasabedoria, do Edgar Morin, primeiro livro que leio dele, très sympa et très petit, li em uma hora. Vou copiar o começo, que fala da contradição que vivemos entre ser sapiens e ser demens, que foi o que me pegou; contradições sempre me interessam.
Estou lendo ainda: Eliot, Poesias, Nova Fronteira, trad. Ivan Junqueira, que leio e no outro dia leio de novo e vou pegando um gosto; e Os Infinitos, John Banville, ainda no começo mas interessante. E deveria estar fazendo um projeto de exposição, mas não consigo, e nem sei porque escrevo isso tudo. Feriado tenho que tentar, juro.

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