quarta-feira, março 21, 2012
o blog esta diferente uma tentativa frustrada mais uma me sinto meio ao léu enfim os encaixes se dão de uma maneira não previsivel pelo menos a estante esta arrumada arrumada até demais amanhã dar uma bagunçadinha pelo menos e ainda faltam as gavetas e o armario porque não agora que não consigo dormir provavelmente porque jantei e comida de noite é punk e estou conseguindo me cobrar cobrar cobrar menos vamos ver quando voltar à trabalhar e o dormir porquê porquê glkjfljdjnnkn vou gambas estão fazendo muita bagunça na cozinha ouço daqui
terça-feira, março 20, 2012
Histeria, Charcot, Breuer, Anna O.
A histeria é uma neurose de conversão caracterizada por sintomas físicos (dormência/paralisia de um membro, perda da voz ou cegueira), quando a pessoa desfruta de plena saúde física.
O neurologista francês, Jean Martin Charcot, interessado no tratamento da histeria, a qual considerava como uma verdadeira moléstia que atingia a homens e mulheres, tentou livrar seus pacientes de pensamentos indesejáveis, através de sugestão hipnótica.
Joseph Breuer, médico vienense, também adotava o procedimento da hipnose, não apenas para suprimir sintomas, mas também para descobrir as causas profundas do sofrimento de seus pacientes. Ele percebeu, durante o tratamento da jovem "Anna O." (1880-82), que os resultados tinham um alcance muito maior, ao lhe permitir contar seus pensamentos e sentimentos. Ele chamou de "auto-hipnose" os estados alterados de consciência de Anna, a qual denominou de "cura pela fala" o processo que levava ao desaparecimento de seus sintomas, toda vez que ela conseguia se lembrar dos acontecimentos que os originara.
Durante seus estudos com Charcot (1885), Freud praticou e observou o emprego da hipnose. Em seguida, tornou-se colaborador de Joseph Breuer. Enquanto progressivamente delineava sua teoria sobre a mente, Freud considerava a hipnose mais satisfatória do que a eletroterapia que havia experimentado até 1890.
Através da hipnose, os pensamentos e as lembranças ligadas aos sintomas chegavam eventualmente à consciência. A 'catarse' (purificação, em grego) ocorria através de uma descarga normal de afeto; apesar desse fato, os sintomas tendiam a ser recorrentes.
Primórdios da Psicanálise
Breuer e Freud publicaram suas descobertas e teorias em Estudos sobre a Histeria (1895). Consideravam que os sintomas histéricos ocorriam quando um processo mental caracterizado por intensa carga de afeto ficava bloqueado, impossibilitado de expressão, através da via normal da consciência e dos movimentos. Esse afeto 'estrangulado' percorria vias inadequadas e derramava-se sobre a inervação somática(conversão).
Os autores afirmavam que esses sintomas, substitutos de processos mentais normais, tinham sentido e significado, sendo causados por desejos insconscientes e lembranças soterradas. Dado que essas idéias patogênicas, descritas como traumas psíquicos, eram oriundas de um passado remoto, as histéricas sofriam de 'reminiscências' que não tinham sido elaboradas.
A pedra angular dessa teoria era a hipótese da existência de processos mentais inconscientes, que seguem leis que não se aplicam ao pensamento consciente. Posteriormente, um entendimento mais aprofundado desses processos viria a esclarecer produções psicológicas previamente incompreensíveis, como é o caso dos sonhos.
A Regra Fundamental
Considerando a hipnose inadequada, Freud aprimorou os métodos de Breuer, baseado numa crescente compreensão clínica das neuroses. Ele percebeu que o êxito do tratamento dependia da relação paciente x médico, cabendo a este tornar consciente o inconsciente.
Desenvolveu-se uma relação inteiramente nova entre paciente e médico, a partir de uma mudança na técnica, e os surpreendentes resultados, assim obtidos, estenderam-se a muitas outras formas de neurose. Em 1896, Freud denominou esse procedimento de Psicanálise - a arte da interpretação.
Freud considerava que pensamentos perturbadores e anseios conflitantes eram mantidos inconscientes (repressão), mas mesmo assim causavam fortes sentimentos de culpa e intensa ansiedade, interferindo na atividade mental consciente, consumindo energia psíquica vital em busca de liberação. Por serem incompatíveis com os padrões normais do indivíduo, este se sentiria compelido a defender-se contra essas idéias intrusivas e a liberação desses impulsos, a fim de manter seu equilíbrio interno (mecanismos de defesa).
Como Freud acreditava na sobredeterminação dos eventos psíquicos, supondo que todas as lembranças estavam organizadas numa rede associativa, de forma que uma recordação levaria à outra, e considerando possível recuperar e compreender lembranças cruciais estando consciente, Freud insistia para seu paciente lhe dizer tudo que lhe ocorresse à mente (associação livre), a despeito de quão irrelevante ou potencialmente embaraçosa a idéia pudesse lhe parecer.
Ao entregar-se à sua própria atividade mental insconsciente (atenção flutuante), Freud acompanhava o fluxo inconsciente das produções mentais do paciente, a fim de estabelecer conexões entre o fio associativo das comunicações alusivas e as lembranças esquecidas.
Ocasionalmente, o paciente poderia omitir o material considerado absurdo, irrelevante e vivenciado como desagradável e precisamente essa lacuna na comunicação revelaria que a associação era evitada (resistência) devido ao seu potencial evocativo para trazer lembranças submersas à superfície da consciência, tornando emergente o significado oculto, previamente inacessível.
Freud notou que, na maioria dos seus pacientes, o material mais frequentemente reprimido estava relacionado à idéias perturbadoras referentes à sexualidade. Em 1897, percebeu que, ao invés de serem lembranças de acontecimentos reais, esses eventos eram resíduos de impulsos e desejos infantis (fantasias). E concluiu, portanto, que a ansiedade era consequência da libido reprimida, a qual encontrava expressão em vários sintomas.
Em contato com vivências internas, num estado de regressão, o analisando passava a se relacionar com o analista, como se este fosse uma figura do seu passado (transferência), frequentemente revivendo com grande intensidade emocional 'eventos' esquecidos de longa data.
Freud, então, comunicaria a ligação entre as fantasias e sentimentos do analisando pelo analista e a origem desses pensamentos e emoções nas experiências da infância do paciente (interpretação).
Essa intensa vivência dos conflitos originais era um processo doloroso para o paciente, mas a elaboração desse sofrimento emocional (insight) tornava o tratamento eficaz, devido a um novo equilíbrio e distribuição de energia psíquica, promovendo uma reorganização das estruturas psicológicas, com configurações mentais mais saudáveis.
A histeria é uma neurose de conversão caracterizada por sintomas físicos (dormência/paralisia de um membro, perda da voz ou cegueira), quando a pessoa desfruta de plena saúde física.
O neurologista francês, Jean Martin Charcot, interessado no tratamento da histeria, a qual considerava como uma verdadeira moléstia que atingia a homens e mulheres, tentou livrar seus pacientes de pensamentos indesejáveis, através de sugestão hipnótica.
Joseph Breuer, médico vienense, também adotava o procedimento da hipnose, não apenas para suprimir sintomas, mas também para descobrir as causas profundas do sofrimento de seus pacientes. Ele percebeu, durante o tratamento da jovem "Anna O." (1880-82), que os resultados tinham um alcance muito maior, ao lhe permitir contar seus pensamentos e sentimentos. Ele chamou de "auto-hipnose" os estados alterados de consciência de Anna, a qual denominou de "cura pela fala" o processo que levava ao desaparecimento de seus sintomas, toda vez que ela conseguia se lembrar dos acontecimentos que os originara.
Durante seus estudos com Charcot (1885), Freud praticou e observou o emprego da hipnose. Em seguida, tornou-se colaborador de Joseph Breuer. Enquanto progressivamente delineava sua teoria sobre a mente, Freud considerava a hipnose mais satisfatória do que a eletroterapia que havia experimentado até 1890.
Através da hipnose, os pensamentos e as lembranças ligadas aos sintomas chegavam eventualmente à consciência. A 'catarse' (purificação, em grego) ocorria através de uma descarga normal de afeto; apesar desse fato, os sintomas tendiam a ser recorrentes.
Primórdios da Psicanálise
Breuer e Freud publicaram suas descobertas e teorias em Estudos sobre a Histeria (1895). Consideravam que os sintomas histéricos ocorriam quando um processo mental caracterizado por intensa carga de afeto ficava bloqueado, impossibilitado de expressão, através da via normal da consciência e dos movimentos. Esse afeto 'estrangulado' percorria vias inadequadas e derramava-se sobre a inervação somática(conversão).
Os autores afirmavam que esses sintomas, substitutos de processos mentais normais, tinham sentido e significado, sendo causados por desejos insconscientes e lembranças soterradas. Dado que essas idéias patogênicas, descritas como traumas psíquicos, eram oriundas de um passado remoto, as histéricas sofriam de 'reminiscências' que não tinham sido elaboradas.
A pedra angular dessa teoria era a hipótese da existência de processos mentais inconscientes, que seguem leis que não se aplicam ao pensamento consciente. Posteriormente, um entendimento mais aprofundado desses processos viria a esclarecer produções psicológicas previamente incompreensíveis, como é o caso dos sonhos.
A Regra Fundamental
Considerando a hipnose inadequada, Freud aprimorou os métodos de Breuer, baseado numa crescente compreensão clínica das neuroses. Ele percebeu que o êxito do tratamento dependia da relação paciente x médico, cabendo a este tornar consciente o inconsciente.
Desenvolveu-se uma relação inteiramente nova entre paciente e médico, a partir de uma mudança na técnica, e os surpreendentes resultados, assim obtidos, estenderam-se a muitas outras formas de neurose. Em 1896, Freud denominou esse procedimento de Psicanálise - a arte da interpretação.
Freud considerava que pensamentos perturbadores e anseios conflitantes eram mantidos inconscientes (repressão), mas mesmo assim causavam fortes sentimentos de culpa e intensa ansiedade, interferindo na atividade mental consciente, consumindo energia psíquica vital em busca de liberação. Por serem incompatíveis com os padrões normais do indivíduo, este se sentiria compelido a defender-se contra essas idéias intrusivas e a liberação desses impulsos, a fim de manter seu equilíbrio interno (mecanismos de defesa).
Como Freud acreditava na sobredeterminação dos eventos psíquicos, supondo que todas as lembranças estavam organizadas numa rede associativa, de forma que uma recordação levaria à outra, e considerando possível recuperar e compreender lembranças cruciais estando consciente, Freud insistia para seu paciente lhe dizer tudo que lhe ocorresse à mente (associação livre), a despeito de quão irrelevante ou potencialmente embaraçosa a idéia pudesse lhe parecer.
Ao entregar-se à sua própria atividade mental insconsciente (atenção flutuante), Freud acompanhava o fluxo inconsciente das produções mentais do paciente, a fim de estabelecer conexões entre o fio associativo das comunicações alusivas e as lembranças esquecidas.
Ocasionalmente, o paciente poderia omitir o material considerado absurdo, irrelevante e vivenciado como desagradável e precisamente essa lacuna na comunicação revelaria que a associação era evitada (resistência) devido ao seu potencial evocativo para trazer lembranças submersas à superfície da consciência, tornando emergente o significado oculto, previamente inacessível.
Freud notou que, na maioria dos seus pacientes, o material mais frequentemente reprimido estava relacionado à idéias perturbadoras referentes à sexualidade. Em 1897, percebeu que, ao invés de serem lembranças de acontecimentos reais, esses eventos eram resíduos de impulsos e desejos infantis (fantasias). E concluiu, portanto, que a ansiedade era consequência da libido reprimida, a qual encontrava expressão em vários sintomas.
Em contato com vivências internas, num estado de regressão, o analisando passava a se relacionar com o analista, como se este fosse uma figura do seu passado (transferência), frequentemente revivendo com grande intensidade emocional 'eventos' esquecidos de longa data.
Freud, então, comunicaria a ligação entre as fantasias e sentimentos do analisando pelo analista e a origem desses pensamentos e emoções nas experiências da infância do paciente (interpretação).
Essa intensa vivência dos conflitos originais era um processo doloroso para o paciente, mas a elaboração desse sofrimento emocional (insight) tornava o tratamento eficaz, devido a um novo equilíbrio e distribuição de energia psíquica, promovendo uma reorganização das estruturas psicológicas, com configurações mentais mais saudáveis.
engraçado porque às vezes confundia os dois livros e de repente dou de cara com uma carta entre os dois escritores falando dessa proximidade e pegando sol no meu quintal enquanto costuro almofadas descosturadas...e o tempo infinito que finalmente consegui pegar de volta 3 dias antes de acabarem minhas férias e acabarem os tempos enfim um pouco de temor ontem visitando uma tia que não via ha anos irmã do meu pai e nem sei quase nada sobre a familia do meu pai e então morreu a irmã do meu avõ e eu nem sabia quem era e que era irmã do meu avô e ela me deu um retrado dela e nem sei porquê aceitei se nem a conhecia so lembro de uma vez e eles eram meio brigados papai e ela que coisa ididota e tenho que assumir que sou uma bagunceira começo à fazer as coisas e não termino então ficam começos espalhados pela casa começos de arrumação começos de costura papai dizia que eu nunca terminava nada porque sera? e Rita pergunta se foi bom cobranças que a gente se faz o tempo todo e que quero me livrar delas e quando ele disse vamos namorar não disse nada as coisas acontecem e não sei bem o que muda se precisa de uma permissão verbal pra isso e como ele tem varias outras estorias que acontecem voltamos aos dez anos diz Rita e rio minha barriga inchada hoje livre de obrigações so as minhas pessoais
segunda-feira, março 19, 2012
sexta-feira, março 16, 2012
agora escutando o Paul Mc Cartney e L. também gostou e comprou engraçado isso as ondas que se vão ui que coisa mais cafona e esse livro que eu queria fazer uma peça dele com todas aquelas vozes e o tempo passando talvez teria que estudar mais a virginia woolf e tudo o que passa pela minha cabeça as estorinhas todas que vão sendo narradas o desencanto, na praia outro dia percebi oh como tudo demora! percebi que estava tudo muito cheio de tarefas e obrigações e me vem algumas pessoas decididas à cabeça e sera que sempre vamos indo e agindo empurradas pelas impressões invisiveis jet porque gostava mais quando era uma fantasia preciso sempre de uma fantasia e quando é real e tudo abre e aparece a paisagem sem nenhuma névoa e sinto falta de e de uma excitação que não tenho chove parece e tinha deixado pra ir à praia hj e tinha todo um roteiro e sempre que tenho um roteiro ele não serve pra nada e chove estou em casa dei um branco na tela! uhu incrivel mas isso não é nem o começo realmente e vou cortar o pano as coisas estão indo indo? porque tem que ir e não sei porque Miranda não fica aqui sinto falta de um gato um poder pegar e calorzinho como um corpo grande na cama e dificuldade em dormir sempre porque não estou aterrisada estou em outra imagem whats the use of worrying e quando tinha meu outro blog e não conseguia mais fazer nada e deletei e tenho saudades dele é bom estar em casa e a chuva pela janela e tudo esta ficando branco la fora descobri outra aranha gigantesca na entrada da casa la casa de las aranãs e achei que iam ficar aqueles dias azuis e quentes para sempre sempre gosto dessa no words e é estranho porque cada um vive uma outra estoria totalmente diferente
terça-feira, março 13, 2012
agora toda hora minha pressão baixa ou fico tonta deve ser a mesma coisa e não sei se é pelo calor ou se por alguma outra coisa e que outra coisa poderia ser agora mesmo acabei de levantar do sofa onde tive que deitar um pouco porque minha pressão baixou e não sei porque não convidei varias pessoas pro meu aniversario e isso vem às vezes inutilmente martelar minha cabeça tinha que sair e comprar viveres que estão escasseando mas com esse calor e tudo o mais, tudo o mais podendo significar qualquer coisa e gostaria tanto de poder tocar o piano e vou pedir dinheiro emprestado pra alguém para poder afina-lo e dinheiro emprestado também para tantas outras coisas a palavra que mais repeti coisas coisas coisas e surgiu uma nova marquinha no meu rosto e acho que ela podia ir embora a vista daqui é realmente incrivel ainda descubro ruas e casas que não tinha reparado e outras vezes parece que esta tudo tão calmo e parado apesar da cidade la embaixo sempre se mexendo e nuvens de todas as formas bocas discos voadores explosões de hiroshima cogumelos
domingo, março 11, 2012
sábado, março 10, 2012
toda hora tem que arrumar tudo e colocar no lugar porque as coisas não ficam paradinhas nos seus lugares a gente pega a coisa e olha e pensa e deixa depois em algum outro lugar porque senão toda hora tem que ir até la e pegar e depois deixar e limpar também quando se vê a bancada esta suja e a louça e o chão do banheiro mas tem uma barata que resolveu passar o dia la e então amanhã eu lavo o chão
e passou uma semana e nem vi
e amanhã e todos os dias fico pensando no que fazer
férias é muito tenso, rsrsrs
e passou uma semana e nem vi
e amanhã e todos os dias fico pensando no que fazer
férias é muito tenso, rsrsrs
sexta-feira, março 09, 2012
a estoria é
eu e Cristina estavamos juntas sentadas o corredor da casa daquele fotografo que não lembro o nome, conversando e jogando charme com ele, Fernando
tinhamos, eu e ela, um amigo em comum, Dudu,
e dormimos juntos, naquela noite na propria casa
e ele estava com um certo ar de cachorro abandonado, lembro
e outro dia quando vi o livro /catalogo e disse eu queria ter sido ela, não ela a pessoa mas sim ela a pintora que assumiu a pintura bla bla bla e fez quadros que gosto
e Fernando disse vc queria ser ela mas eu escolhi vc
e nessa época em que eu me vestia como uma inglesa?
com aquela saia preta e a blusa italiana de bolinhas, transparente, que ainda guardo como reliquia e que queimou um pedaço passando à ferro, sem sutiã que alias eu nem tinha e nem usava
e minha pressão baixou um pouco agora
e ontem o que me apavorou ( um pouco) foi a percepção de que mal nos conhecemos e que não podemos cometer essa loucura
engraçado esse desejo, de outra esfera galactica
eu e Cristina estavamos juntas sentadas o corredor da casa daquele fotografo que não lembro o nome, conversando e jogando charme com ele, Fernando
tinhamos, eu e ela, um amigo em comum, Dudu,
e dormimos juntos, naquela noite na propria casa
e ele estava com um certo ar de cachorro abandonado, lembro
e outro dia quando vi o livro /catalogo e disse eu queria ter sido ela, não ela a pessoa mas sim ela a pintora que assumiu a pintura bla bla bla e fez quadros que gosto
e Fernando disse vc queria ser ela mas eu escolhi vc
e nessa época em que eu me vestia como uma inglesa?
com aquela saia preta e a blusa italiana de bolinhas, transparente, que ainda guardo como reliquia e que queimou um pedaço passando à ferro, sem sutiã que alias eu nem tinha e nem usava
e minha pressão baixou um pouco agora
e ontem o que me apavorou ( um pouco) foi a percepção de que mal nos conhecemos e que não podemos cometer essa loucura
engraçado esse desejo, de outra esfera galactica
quinta-feira, março 08, 2012
passei o dia ontem fazendo uma coisa que não deu certo incrivel não ter visto que não estava bom e insisti sem ver problemas de visão gigantescos hoje ressaca existencial depois de uma noite com pessoas teatrais mas ao mesmo tempo vivas e eu sempre distante e não me emociono mais com nada caralho e preciso preciso voltar `a talvez esteja ...talvez mas ainda esta meio longe de saber e provavelmente não estou então porque a preocupação se era isso que eu queria irrefletidamente antes o problema é esse irrefletida e agora deu um tempo para a reflexão e me sentindo inutil ontem não me sentia bem comigo mesma e depois li no Henri Michaux algo parecido so que maior ou mais sem sentido ainda e depois da acupuntura uma leveza como sempre mergulhar num barril de acupuntura para sempre e hoje so dormi dormi virei uma maquina sexual e não vivo para nada terminei o livro finalmente envergonhadamente demorei triste os fins da Milk e do Sr. Singer personagens mais fortes pra mim e que mais gostei ele solitario apesar de todos o procurarem para curarem suas proprias solidões mas ele não os entendia muito e ela e seu mundo interior, largada vagando. e agora não sei as pessoas sempre sabem tudo e amanhã porque hoje foi um dia perdido ver um filme talvez amanhã resgatar algo
quarta-feira, março 07, 2012
a aranha em frente à minha janela placida na mesma posição dorme talvez depois de comer muito algum bichinho preso em sua teia ou o que parece ser a mesma posição apesar de que a vimos numa dança frenética numa manhã dessas ela acordando também a gente no parapeito da janela de novo parapeito e ontem quando conversamos rapidamente sobre minha rabugentisse fiquei mais pesada ainda e triste triste e ainda estou porque me pareceu que tudo estava coberto com isso tudo tudo e não pode ser so isso e toda hora olho pra ela que esta bem no centro e não consigo responder o som pifou tenho que bordar e
terça-feira, março 06, 2012
Simplesmente Doisneau
Simplesmente Doisneau, uma iniciativa da Aliança Francesa do Brasil, é o título da exposição, inédita no país, que celebra o centenário de nascimento de Robert Doisneau. Um dos maiores nomes da história da fotografia mundial, desde o início da carreira ele se mostrou apaixonado pela poesia do cotidiano, a ponto de desenvolver um novo modo de pensamento visual, audácia esta colocada a serviço de um pensamento social rigoroso. Influenciado pelas obras de Henri Cartier-Bresson, Eugène Atget e André Kertész, ganhou fama por fotografar a vida social de Paris e de seus arredores, sem distinção de classe social: uma visão da fragilidade humana e das contradições da vida. Robert Doisneau morreu em 1994.
Curadoria: Agnès de Gouvion Saint-Cyr
De 08/03 a 17/06
Terça a domingo, das 12h às 19h
Galerias do 2º andar CCJF
segunda-feira, março 05, 2012
ganhei dois vestidos lindos uma camisa bacanérrima flores de pano o livro do Bolaño que me fascinou de tão dentro que se fica lendo o entrelaçamento de tudo os catalogos lindos a pessoa que eu disse que queria ser Miranda come feliz Carlota olha de cima da mesa minha vida é sempre medida pelo tempo dos gatos ou eles são uma pausa onde me refugio li o blog do escreve tão denso e bom queria ser escritora densa queria ser pintora densa mas não sou nada disso um sabonetinho verde ficou fora da caixa tão bom receber os amigos poucos tudo nunca mais liguei a televisão tenho que me segurar na sensação de sonho porque sonho é outra coisa que não é essa aqui ou tudo é sonho e não é ao mesmo tempo
tenho que fazer minhas unhas um romance existencial entre pessoas underground do mundo pornô incrivel a textura é bom quando vc se sente la dentro hoje estou realmente sem nenhum compromisso e ler de dia ainda não tinha feito so nas idas e voltas no metrô indo encontrar Ursula praias de sol intenso um tempo suspenso ou à noite uma ou duas o vestido que Ruben me deu jogado no parapeito da janela onde ficamos também algumas vezes ele gosta de parapeitos como li, ou estou confundindo criador e criatura mas é a mesma coisa no fundo hoje não saio de casa para fazer unha nem nada amanhã e toda a casa espera me espera para ser arrumada bluebird
quinta-feira, fevereiro 23, 2012
Um hoje intermediario intermezzo entre - um bichinho verde escala os objetos na mesa, esse bichinho que ja esteve aqui outro dia - entre o abandono do tempo gordo redondo e o tédio de outro dia. consegui começar uma coisa que me alinha um pouco comigo mesma. depois furacão Ursula e eu fiquei um pouco perdida... logico que é otimo. casa do N. inspira apesar da maluquice toda. juntar os espaços.
quarta-feira, fevereiro 22, 2012
pensando tanto nas férias e hoje ela chegou e estou deprimida deprimida
como sempre me sinto so e sem nada
e estava tão cheia de projetos (que fui inventando) mas eles sumiram como se fossem de ar
e que eu achei que ia ser tudo encaixado mas hoje os encaixes se dispersaram por ai
cansada disso tudo desse se-sentir mal-essa-sensação-de-abandono-que-so-pode-ser resgatado-por-alguma-outra-coisapessoasituação e não simplesmente
e não tem essacoisapessoasituação
deve ser um colo que eu quero e preciso
mas não tem tem mas acabou
e em cima da mesa varios livros que começo à ler e vou abandonando pelo caminho
um vento entra pela janela Leonora esta na cama Miranda e Carlota so passam as noites aqui depois vão se vão misteriosamente
e ontem vi Missisipi em chamas e um documentario sobre um fotografo de guerra muito determinado e sério Jim Nacht... e o Abujamra entrevistando um travesti e um pouco do Monobloco e MTV também e o gamba comeu todo o doce de banana espero que ele eles tenham gostado
vou fazer algo praia talvez
como sempre me sinto so e sem nada
e estava tão cheia de projetos (que fui inventando) mas eles sumiram como se fossem de ar
e que eu achei que ia ser tudo encaixado mas hoje os encaixes se dispersaram por ai
cansada disso tudo desse se-sentir mal-essa-sensação-de-abandono-que-so-pode-ser resgatado-por-alguma-outra-coisapessoasituação e não simplesmente
e não tem essacoisapessoasituação
deve ser um colo que eu quero e preciso
mas não tem tem mas acabou
e em cima da mesa varios livros que começo à ler e vou abandonando pelo caminho
um vento entra pela janela Leonora esta na cama Miranda e Carlota so passam as noites aqui depois vão se vão misteriosamente
e ontem vi Missisipi em chamas e um documentario sobre um fotografo de guerra muito determinado e sério Jim Nacht... e o Abujamra entrevistando um travesti e um pouco do Monobloco e MTV também e o gamba comeu todo o doce de banana espero que ele eles tenham gostado
vou fazer algo praia talvez
segunda-feira, fevereiro 20, 2012
importando imagens e a impressão que tenho é que sempre importa as mesmas imagens ele ela a camera ou ele um sistema qualquer que foi pensado por alguém e que age na nossa vida esse tempo elastico que eu estava precisando muito como na Ilha de outra forma esse dia enorme onde cabe tudo encontros pessoas o que vier sem nenhuma tarefa que rouba as horas obrigações é a palavra paroles e isso me faz bem bem sera que isso é...foda-se. as coisa são o que são, não o que tem que ser. ontem sargent peppers bjork simongarfunkel dois cds cat stevens, gold frapp hoje de manhã e mamas and the papas sempre estava tão estressada sexta acho que foi o dia record de loucura tpm a pressão constante da falta de dinheiro a ansiedade pelas férias e arrumar as coisas antes de sair e pré-carnaval ao mesmo tempo e ansiedade com o L. que foi juntando com a irritação e criando um grande monstro verde e gosmento...pelo menos chorei e queria escrever realmente sobre isso mas por enquanto não. bom que esse tempo maravilhoso e enorme de pausa e distância e silêncio de tudo esta sendo otimo uma nova situação libertadora de certa forma de uma maquininha que estava rodando sempre como sempre sempre e que bom que é carnaval antes das férias mesmo porque esse tempo maluco ajuda
domingo, fevereiro 19, 2012
dando uma geral rapida nos emails e as pessoas estão sempre produzindo e criando up to date e eu sempre vagando perdida sem me decidir ali ou aqui e quem são essas pessoas e como conseguem e então me da um pouco de enjôo de tudo e também raiva e frustração sei que isso não é nada bonito de se ter sentir penso Andrea que feio você não tem que ter raiva nem nada e...e não sei mudar a chave da frustração e voltar à fazer essa é a unica forma de mudar e então nas minhas férias que nao começaram mas ja começaram embora seja carnaval e então é so isso e ver a Ursula tenho que pensar bem em tudo o que quero ver e fazer as exposições galeria do lago mam arthur fidalgo graphos e o catalogo da Cristina e praia correr yoga sjdnksdjn mK PARAR RESPIRAR simplesmente sempre escrevo as mesmas coisas correr ler pintar e
terça-feira, fevereiro 07, 2012
hoje enquanto voltava estupidamente pro trabalho aproveitei o transito e tirei fotos otimas naquele novo edificio espelhado da avenida chile...e os blocos de prédios pobres e com infiltração na Lavradio...mas estava sem a maquina fotos mentais semana passada andei com ela todos os dias mas hoje como foi meio uma correria e a pracinha na esquina com a rua do palacio de governo e ver a exposição de bancos e muito mau humor e irritação com tudo e nada para dar uma apaziguada apaziguada palavra sem charme nenhum
domingo, fevereiro 05, 2012
viagem ao redor do meu quarto
nas minhas férias quero acordar a hora que quiser
e ficar arrumando e pensando e guardando e... a casa tudo tudo tudo
ir à praia talvez
ler
voltar a pintar
ver pendencias
ler
dormir
viagem em volta da minha casa
...
e ficar arrumando e pensando e guardando e... a casa tudo tudo tudo
ir à praia talvez
ler
voltar a pintar
ver pendencias
ler
dormir
viagem em volta da minha casa
...
porque o cara colocou o ralo torto é o que sempre me pergunto quando lavo a cozinha e hoje tomamos mais posse da casa que estava meio largada eu por falta de tempo bom e Pedro também + falta de iniciativa e florzinhas de plastico na cozinha e os cds que nunnnccaaa mais arrumei estão meio que esperando e e e os livros as coisas pelo menos o quintal que esta logo na cara e estava - sem palavras ufff não entrar de novo nessa
sábado, fevereiro 04, 2012
fico nervosa e fiz o soro caseiro errado, coloquei uma colher de sopa de sal e uma de açucar e era uma colher de cha... agora acho que nem precisa mais, porque o que dei ja basta pro resto da vida. M. com problemas conjugais, eu com problemas existenciaisfinanceirosfelinos P se separando, F. vivendo uma vida tranquila, A. com panico, R. gasta demais e agora fica em casa até se recuperar, a fauna, edificio master, vida modo de usar.
sexta-feira, fevereiro 03, 2012
cada vez uso mais os oculos, o que me irrita profundamente. depois pensei em não escrever profundamente mas. panda quase não come, se arrasta para ficar embaixo da luz, remédios remédios. agua gelada, disse o veterinario, então coloquei uma xicara hoje na geladeira. geladeira que não gela e o frango estragou, um cheiro horrivel. tudo uma bagunça. hoje so fui trabalhar porque tinha que fazer pedido pra T. vontade era de ir fazer acupuntura pra dar uma levantada na moral levantada. mas cheguei às duas da tarde, sem poder, alias. estava um sol... alias agora so quinta que vem. ou desmarco a dentista, dentista pra que? livros, separei uma pilha pra vender. nada, hoje nada.
terça-feira, janeiro 31, 2012
O romancista ingênuo e o sentimental
"Um romance é uma segunda vida. Como os sonhos de que
fala o poeta francês Gérard de Nerval, os romances revelam cores
e complexidades de nossa vida e são cheios de pessoas, rostos e
objetos que julgamos reconhecer. Assim como no sonho, quando
lemos um romance, às vezes ficamos tão impressionados com a
natureza extraordinária das coisas que nele encontramos que es‑
quecemos onde estamos e nos vemos no meio dos acontecimentos
e das pessoas imaginárias que contemplamos. Em tais ocasiões,
achamos o mundo fictício que descobrimos e apreciamos mais
real que o mundo real. O fato de essa segunda vida nos parecer
mais real que a realidade muitas vezes indica que substituímos a
realidade pelo romance, ou no mínimo o confundimos com a vi‑
da real. Mas nunca lamentamos essa ilusão, essa ingenuidade. Ao
contrário, assim como em alguns sonhos, queremos que o ro‑
mance que estamos lendo prossiga e esperamos que essa segunda
vida continue evocando em nós uma sensação consistente de rea‑
lidade e autenticidade. Apesar do que sabemos sobre a ficção, fi‑
camos irritados e aborrecidos se um romance deixa de sustentar
a ilusão de que é, na verdade, a vida real."...
Orhan Pamuk, O Romancista ingenuo e o sentimental, Companhia das Letras
fala o poeta francês Gérard de Nerval, os romances revelam cores
e complexidades de nossa vida e são cheios de pessoas, rostos e
objetos que julgamos reconhecer. Assim como no sonho, quando
lemos um romance, às vezes ficamos tão impressionados com a
natureza extraordinária das coisas que nele encontramos que es‑
quecemos onde estamos e nos vemos no meio dos acontecimentos
e das pessoas imaginárias que contemplamos. Em tais ocasiões,
achamos o mundo fictício que descobrimos e apreciamos mais
real que o mundo real. O fato de essa segunda vida nos parecer
mais real que a realidade muitas vezes indica que substituímos a
realidade pelo romance, ou no mínimo o confundimos com a vi‑
da real. Mas nunca lamentamos essa ilusão, essa ingenuidade. Ao
contrário, assim como em alguns sonhos, queremos que o ro‑
mance que estamos lendo prossiga e esperamos que essa segunda
vida continue evocando em nós uma sensação consistente de rea‑
lidade e autenticidade. Apesar do que sabemos sobre a ficção, fi‑
camos irritados e aborrecidos se um romance deixa de sustentar
a ilusão de que é, na verdade, a vida real."...
Orhan Pamuk, O Romancista ingenuo e o sentimental, Companhia das Letras
o bolo otimo na Ilha e aqui em casa ele ficou meio desproporcionl além de queimado e hoje Panda fez exame e novo veterinario jovem simpatico embora não tenha falado muito timido? deve ter me achado uma louca mas tão bom ter um direcionamento de tratamento pra ela e agora ela esta aqui quietinha depois de passar 5 horas na casinha ido pra ipanema clinica raspado a barriga ultra depois andamos até onibus do metro e o proprio metro acho que ela nunca havia andado e eu fiquei o tempo todo ou quase todo fazendo carinho nela e no metro um senhor ao meu lado contou que adora gatos e que ja tinha tido alguns e depois onibus de verdade que é mais balancento e outra clinica...chegou em casa exausta e fraquinha e eu nem almocei um sanduiche gorduroso com suco aguado naquela loja ruim em frente e meio perdida na T. e...o dia esta acabando e pedaços de coisas
segunda-feira, janeiro 30, 2012
domingo, janeiro 29, 2012
começo a ler a entrevista com o pamuk e é maravilloso pero me cansa e coloquei ali porque gostei da chamada e vou ler mais depois porque se me cansa não leio agora mas estava pintando a poesia de ...e também estava adorando porque ela é maravilhosa também tudo cheio de maravilhas e coisas estranhas horriveis ao mesmo tempo hoje e ontem dias diferentes tarde inesperada noite meio tensa e manhã desajeitada não importa muito pensar menos ...mas Panda também me deixa muito preocupada e espero conseguir tomar alguma atitude amanhã e hoje J. e a sopa de lentilhas e os livros Giacometti e de fotos das décadas que quero folhear nem lembrava e levou o Damasio e tintin e um terceiro que não lembro childrens corner agora e ler hoje não li nada tenho que recomeçar o Pamuk e ...
fiquei vendo ele se afastar indo pela rua e ficando um pouco mais distante e eu estava parada ali olhando de longe longe alto e chovia um pouco
porque não fico mais à vontade? esse é o problema esse
fiquei vendo ele se afastar indo pela rua e ficando um pouco mais distante e eu estava parada ali olhando de longe longe alto e chovia um pouco
porque não fico mais à vontade? esse é o problema esse
entrevista com Pamuk, El Pais
"¿Soy de veras Pamuk?"
JUAN CRUZ 30/12/2011
El premio Nobel turco Orhan Pamuk publica El novelista ingenuo y el sentimental, un libro sobre las lecturas que hay detrás de su vocación literaria. Los entresijos de la ficción son también el motor de los nuevos ensayos de Umberto Eco, Jorge Volpi y Charles Dantzig.
Orhan Pamuk (Estambul, 1952) llega a las tres y media en punto a su despacho en la Universidad de Columbia; lo que pasa es que en esta puerta no está su nombre, está el nombre de un destacado antropólogo amigo suyo que le ha prestado el sitio para que reciba aquí a sus alumnos y para que, de vez en cuando, converse sobre literatura con aquellos periodistas que se lo pidan. Y aquí está, llegando, abriendo la puerta, desprendiéndose de los abrigos a los que obliga Nueva York, y mostrando, orgulloso, cuánto ha adelgazado en los últimos tiempos. Es curioso: las dos veces que le había entrevistado hasta ahora (cuando ganó el Nobel, en 2006; cuando quisimos que nos hablara del porvenir de Europa, en 2009) lo hicimos en su casa de Estambul, su rostro contra el Bósforo, al atardecer. Y ahora, mientras bajaba el languideciente sol de Nueva York, parecía también su rostro recortado ante aquella atmósfera tan suya, y que de manera tan determinante está en dos de sus grandes libros, Estambul y El museo de la inocencia. En este espacio que ahora ocupa, en una universidad tan lejos de su casa, cerca de espacios míticos del urbanismo sentimental neoyorquino (nos llevó al final al Tom's Diner, que inspiró a Suzanne Vega, a tomar café), dan ganas de preguntarle si es de veras Pamuk, como alguna vez se pregunta a sí mismo en su nuevo libro, El novelista ingenuo y el sentimental (publicado, como los citados, por Mondadori), contando cómo le aborda la gente que ha leído su ficción más reciente, El museo de la inocencia, una romántica historia de amor obsesivo: "Pamuk, ¿es usted el protagonista?". "A veces", me dice, riendo, "yo mismo me pregunto si de veras soy Pamuk".
Quiero saber cómo se hace
Pamuk no quiere que las mujeres hablen de él
Orham Pamuk A FONDO
Nacimiento: 1952
Lugar:
La noticia en otros webs
"Mis héroes son Tolstói y Proust... Creo que 'Ana Karenina' es la mejor novela jamás escrita. La he leído tantas veces..."
"La espina dorsal de la novela está basada en una característica humana, algo que solo tiene humanidad"
Así que ahí está, en este rincón universitario, feliz, se le ve feliz consigo mismo, con su vida, esperando con ilusión, sin aspavientos, llegar a una edad que parece central: los sesenta. Y en ese ambiente conversamos. Empezamos hablando de Internet, porque su libro va sobre la lectura (las novelas que lo hicieron, los libros que le dieron consistencia a su personalidad y por tanto a sus novelas), y por ende es pertinente que le preguntemos por el porvenir del papel en función de la evidente influencia de las nuevas tecnologías en el mundo de los libros.
PREGUNTA. ¿Cómo ve todo esto? Los libros digitales, Internet, la lectura...
RESPUESTA. Internet tiene su lado bueno y su lado malo. Lo bueno es que los precios de los libros están bajando, pero eso no implica que bajen los derechos de autor. Lo malo de los libros digitales es la piratería. Especialmente en Turquía o en China, donde eso no está controlado. De hecho, los Gobiernos de estos países tienden a mirar hacia otro lado y se justifican diciendo que así la gente pobre tiene derecho a la lectura. En mi país, junto a mi editor y muchos otros, he luchado contra la piratería. Todos mis libros tienen su edición pirata. Pero a los Gobiernos no les interesa controlar la piratería.
P. ¿Usted lee digital?
R. La lectura que hago en Internet es anecdótica. Si quiero leer una novela escojo el libro y lo leo. Me gusta sujetarlo. Pero tampoco soy de esos que prefieren el libro por su olor y esas cosas románticas. No soy un detractor de Internet ni de los libros electrónicos. Tampoco soy pesimista. La crítica que hago es que los libros en Internet son muy difíciles de controlar. Esto, por supuesto, no es culpa de Internet, sino de las personas
... Ezra Pound dijo que "la literatura es una noticia que permanece noticia". Con Internet la sensación de estar conectado es mayor. Es decir, se crea la ilusión de estar conectado. Pero la preparación mental que uno hace al leer una novela física está desapareciendo y eso es lo que me preocupa. No soy un pesimista. He sobrevivido en un país en el que no había hábitos de lectura. Si la gente no lee, me motiva a escribir un libro mejor, por si así leen.
P. Hablando de leer. En su libro se pregunta qué estaría leyendo Ana Karenina en la célebre escena de la novela de Tolstói, en el tren...
R. Sí, se lo explicaré. Escribí cinco capítulos para mis charlas en la Universidad de Harvard y decidí escribir un último capítulo allí mismo. Durante una de mis charlas, con la sala llena a rebosar, les pregunté qué libro creían ellos que leía Ana Karenina en esa escena. Muchos de ellos eran profesores de literatura rusa y no tenían respuesta. Algunos decían que leía a George Eliot, pero en realidad nadie lo sabe, ni siquiera los eruditos.
P. Estaba leyendo, esa es la realidad. Y este libro suyo es la confesión de un lector entusiasmado, un libro de libros...
R. En mi libro no solo menciono a Ana Karenina, sino a Cabrera Infante, a Cortázar, a García Márquez, a Julian Barnes. Menciono a este grupo por su inventiva y su mirada. Ellos fueron los que influyeron en mi posmodernidad. Pero mis escritores clásicos, mis héroes, son Tolstói y Proust... Sin embargo, creo que Ana Karenina es la mejor novela jamás escrita. La he leído tantas veces...; esta misma semana he tenido que volver a leerla para preparar una clase en Columbia.
P. ¿Por qué la ama tanto?
R. Hay tantas razones por las que amo esta novela. Pero esencialmente me encanta porque lo que viene a decir la novela es: "Sí, sí, la vida es así". Básicamente, Tolstói hace las preguntas que todas las novelas deberían hacer y estas son: ¿en qué consiste la vida?, ¿qué debo hacer en esta vida?, ¿cuál es el significado de la familia, la amistad, el matrimonio, la sexualidad, la lealtad...? Estas son las grandes preguntas, y Tolstói, de manera generosa, hace que el lector se las haga.
P. Este libro suyo es como un manifiesto a favor de la ficción. Hace 35 años usted decidió dejar la pintura para dedicarse a escribir. Es como pintar, también.
R. Yo tendría 23 años y le dije a mi familia y a mis amigos que no iba a ser el arquitecto o pintor que todos ellos querían, sino un novelista. Todos me dijeron que no lo hiciera, que yo no tenía ni idea de la vida. Creo que pensaban que iba a escribir una sola novela. Pero les dije que existían Borges y Kafka, y que ellos tampoco tenían ni idea de la vida... Las novelas, me parece, son una forma inédita de ver la vida. Solo ahora, después de todo este tiempo, confieso que cuando mi familia me dijo que yo no sabía nada de la vida, tenían razón. En ese momento no sabía nada.
P. Decían que usted vive en un mundo aparte... Pero en su actitud, y en sus novelas, muestra mucho interés por el mundo de los demás. Como si la literatura fuera su espejo ante el paisaje...
R. Estoy de acuerdo en que la novela es un espejo en el paisaje. Sin embargo, la espina dorsal de la novela está basada en una característica humana, algo que solo tiene humanidad. Y es la compasión hacia los demás. La necesidad de entender a los demás. Eso es lo que nos hace humanos y solamente existe en nosotros. Creo que una novela funciona cuando muestra el mundo desde el punto de vista del personaje. Entendemos cómo se siente Ana Karenina en el tren. Está confusa, se siente melancólica mientras ve cómo nieva al otro lado de la ventana. Esa nieve no está allí porque sí. Es una observación psicológica del personaje. La novela funciona cuando el novelista se pone en la piel de los personajes, ya sean estos del sexo contrario o pertenecientes a otra época histórica, cultural... Para mí la novela es la manera que tengo de aproximarme a las personas más pobres de Turquía. Hacer esto, ponerse en la piel de los demás, no es solo un ejercicio respetable sino ético. La humanidad se basa en eso, en la compasión, en entender a los demás.
P. Pero este libro también trata del paso del tiempo, cómo lo detiene la literatura...
R. Los escritores tenemos miles de cosas que contar en una novela. Y esas cosas se parecen a los átomos. El tiempo en la novela es lo que une todas esas cosas. En ese sentido, los momentos en una novela son como las imágenes de una película. No hay historia sin tiempo.
P. Esa conexión del tiempo y la novela está en El museo de la inocencia porque habla del amor y para el amor no existe el tiempo...
R. En El museo de la inocencia hay ocho objetos que personifican el tiempo. Es como si el escritor estuviera pensando en unos objetos que más tarde se exhibirían en un museo. Lo escribí así. Sabía de antemano qué objetos iba a utilizar. Cada objeto que guardamos está ligado a un tiempo, a un momento, y si los colocáramos en fila podríamos ver nuestra biografía, nuestra vida.
P. Menciona usted a Proust haciéndose una pregunta que le haría ahora a usted: ¿es usted Pamuk?
R. Me lo pregunté a veces, cuando me preguntaban si yo era el protagonista de ese libro de ficción: ¿soy Pamuk? Es ficción. Pero sí, yo soy Pamuk, pero no lo tengo en mente al escribir. No escribo pensando: voy a escribir una novela a lo Pamuk. Para mí, la mejor forma de ser novelista es olvidarse de uno mismo. Tampoco pienso en un estilo al escribir, aunque inevitablemente eso surja de manera natural. Cuando escribo sobre alguien que no es como yo, me esfuerzo en ser otro, en ser el personaje. Lo interesante es escribir sobre los demás, desde su punto de vista y escribir sobre uno como si fuese otro. Volviendo a la pregunta de si soy Pamuk... La respuesta es sí y no.
P. ¿Y eso?
R. Coincido con Schiller en que existen algunos escritores que escriben como si Dios les estuviera dictando las palabras. Existen escritores que son un mero vehículo. Simplemente escriben, sin preocuparse de lo ético, lo estético, ni de los poderes comunicativos de sus textos... Hay muchos escritores que son así. Pero también existen escritores como yo.
P. ¿Y usted cómo es, en ese sentido?
R. Yo soy como aquellos a los que nos preocupa si el texto está bien, si es creíble, si tiene calidad, si es demasiado político, si hay demasiados detalles... Los escritores como yo son demasiado conscientes de sí mismos. Creo que no es bueno tener demasiada consciencia ni demasiada candidez. Un escritor debería ser ambas cosas. Por un lado debería dejarse llevar y por otro debería de controlar. Es como un conductor que debe saber las reglas de conducción pero también olvidarlas.
P. En el epílogo de su libro usted menciona el miedo que tuvo al presentarse a dar esas conferencias en Harvard...
R. Debo decir que me acogieron muy bien los profesores y académicos. Mis prejuicios sobre ese mundo académico convencional se desvanecieron por completo. Estando allí me dijeron que la esposa de Calvino acusó a Harvard de la muerte de su esposo. Según ella, Calvino murió de un ataque al corazón debido al estrés que le producía tener que ir a Harvard a dar unas conferencias. Pero yo sobreviví. Pero sí, estaba nervioso.
P. ¿Se conoce mejor después de haber escrito ese libro?
R. Sí. Lo más importante que aprendí fue que es mucho más placentero escribir una novela que escribir un libro teórico.
P. El libro también versa sobre la edad. Llama la atención las veces que dice usted que lleva 35 años escribiendo novelas...
R. Me acuerdo perfectamente del momento en que quise ser escritor. Fue una tarde de marzo o abril, en la primavera de 1973. Agarré un papel y un bolígrafo y me puse a escribir. Así fue. Recuerdo haber leído El extranjero, de Camus, y a pesar de que no influyó en mi escritura pensé que me iba a ayudar a ser escritor...
P. Sorprende la cantidad de escritores en español que menciona entre los que forman parte de sus lecturas... Cortázar, Vargas Llosa, Cabrera Infante...
R. Sí, y debería haber mencionado a Juan Goytisolo. Su manera de escribir y mezclar cosas es parecida a la mía. Sus imágenes son distintas, pero me siento cercano a él.
P. ¿En qué idioma los ha leído?
R. Hablo inglés y leo en inglés. A Borges lo empecé leyendo en inglés. Cortázar, García Márquez, Vargas Llosa, Cabrera Infante, Juan Rulfo, Carlos Fuentes, Javier Marías... Todos estos escritores los he leído en inglés. El boom latinoamericano me inspiró. Creía que si ellos lo habían conseguido, los turcos también teníamos una posibilidad.
P. Ha escrito usted un libro muy entusiasta sobre la novela en un momento en que algunos vaticinan que los días de la ficción están contados...
R. Estadísticamente o sociológicamente hablando, el arte de la novela no está en vías de extinción. Al contrario. Tengo un amigo editor en Shanghái que dice que parece que las novelas estén cayendo del cielo. Allí todos están escribiendo, tengan o no libertad de expresión. Y eso pasa en muchos lugares del mundo. En los últimos cincuenta años, todo aquel que ha demostrado interés en la literatura y quiere expresarse lo está haciendo mediante la novela.
P. En su libro hace una comparación entre Ana Karenina y Don Quijote. Dice que la primera está llena de vida, mientras que el personaje de Cervantes está lleno de ficción.
R. Don Quijote se parece a Madame Bovary en el sentido en el que el protagonista se deja llevar por los libros que lee y por las leyendas que escucha. Admiro a Don Quijote, pero no creo que sea una novela tal y como lo interpretamos hoy día. La interpretación de la novela nace en los años 1830 o 1840 y empieza con Dickens, Balzac... Solo existen dos textos excepcionales escritos antes de esa época y son La historia de Genji y el Quijote. Son libros que se asemejan a la novela pero no llegan a serlo. Son icónicos, emblemáticos, largos y llenos de aventura y se merecen todo mi respeto, pero para mí no son novelas.
P. ¿No tiene miedo de convertirse en un Don Quijote con tanta novela como tiene ahora en la cabeza?
R. Ja, ja, ja. Soy un buen lector y haber leído todas estas novelas me ha hecho muy feliz. Siento la misma hambre por leer como los que viven alejados del centro del mundo. Como Borges. Aunque él por lo menos tenía una biblioteca. En Turquía no existían. Así que leí todo lo que caía en mis manos con ansia, con deseo, con cabreo, con fervor.
P. Habla en su libro del orgullo de lector. ¿Qué libro se ha sentido más orgulloso de leer?
R. Cuando leía Ulises había una vocecita que me susurraba al oído y me decía: "Orhan, Orhan, ¡que estás leyendo Ulises! Aunque no lo entiendas, es igual. Sigue leyendo". Es como cuando vas a un museo. Te sientes orgulloso de estar allí. Ese sentimiento de orgullo también se produce al leer novelas literarias. Y ese orgullo nace del respeto.
P. El año próximo cumplirá sesenta años. ¿Le afecta el cambio del tiempo?
R. Sí. Me doy cuenta de que el tren se va acercando a la última estación. Al mismo tiempo, hay tantos libros que quiero escribir, tantas ventanas por las que quiero mirar... ¿Debo estar preocupado? Sí.
P. Al cumplir los setenta, Vargas Llosa me dijo en una entrevista que su lema era seguir caminando...
R. Tengo casi sesenta y sigo trabajando mucho. Me gusta asumir esa carga. Debería descansar, pero sigo siendo muy ambicioso.
JUAN CRUZ 30/12/2011
El premio Nobel turco Orhan Pamuk publica El novelista ingenuo y el sentimental, un libro sobre las lecturas que hay detrás de su vocación literaria. Los entresijos de la ficción son también el motor de los nuevos ensayos de Umberto Eco, Jorge Volpi y Charles Dantzig.
Orhan Pamuk (Estambul, 1952) llega a las tres y media en punto a su despacho en la Universidad de Columbia; lo que pasa es que en esta puerta no está su nombre, está el nombre de un destacado antropólogo amigo suyo que le ha prestado el sitio para que reciba aquí a sus alumnos y para que, de vez en cuando, converse sobre literatura con aquellos periodistas que se lo pidan. Y aquí está, llegando, abriendo la puerta, desprendiéndose de los abrigos a los que obliga Nueva York, y mostrando, orgulloso, cuánto ha adelgazado en los últimos tiempos. Es curioso: las dos veces que le había entrevistado hasta ahora (cuando ganó el Nobel, en 2006; cuando quisimos que nos hablara del porvenir de Europa, en 2009) lo hicimos en su casa de Estambul, su rostro contra el Bósforo, al atardecer. Y ahora, mientras bajaba el languideciente sol de Nueva York, parecía también su rostro recortado ante aquella atmósfera tan suya, y que de manera tan determinante está en dos de sus grandes libros, Estambul y El museo de la inocencia. En este espacio que ahora ocupa, en una universidad tan lejos de su casa, cerca de espacios míticos del urbanismo sentimental neoyorquino (nos llevó al final al Tom's Diner, que inspiró a Suzanne Vega, a tomar café), dan ganas de preguntarle si es de veras Pamuk, como alguna vez se pregunta a sí mismo en su nuevo libro, El novelista ingenuo y el sentimental (publicado, como los citados, por Mondadori), contando cómo le aborda la gente que ha leído su ficción más reciente, El museo de la inocencia, una romántica historia de amor obsesivo: "Pamuk, ¿es usted el protagonista?". "A veces", me dice, riendo, "yo mismo me pregunto si de veras soy Pamuk".
Quiero saber cómo se hace
Pamuk no quiere que las mujeres hablen de él
Orham Pamuk A FONDO
Nacimiento: 1952
Lugar:
La noticia en otros webs
"Mis héroes son Tolstói y Proust... Creo que 'Ana Karenina' es la mejor novela jamás escrita. La he leído tantas veces..."
"La espina dorsal de la novela está basada en una característica humana, algo que solo tiene humanidad"
Así que ahí está, en este rincón universitario, feliz, se le ve feliz consigo mismo, con su vida, esperando con ilusión, sin aspavientos, llegar a una edad que parece central: los sesenta. Y en ese ambiente conversamos. Empezamos hablando de Internet, porque su libro va sobre la lectura (las novelas que lo hicieron, los libros que le dieron consistencia a su personalidad y por tanto a sus novelas), y por ende es pertinente que le preguntemos por el porvenir del papel en función de la evidente influencia de las nuevas tecnologías en el mundo de los libros.
PREGUNTA. ¿Cómo ve todo esto? Los libros digitales, Internet, la lectura...
RESPUESTA. Internet tiene su lado bueno y su lado malo. Lo bueno es que los precios de los libros están bajando, pero eso no implica que bajen los derechos de autor. Lo malo de los libros digitales es la piratería. Especialmente en Turquía o en China, donde eso no está controlado. De hecho, los Gobiernos de estos países tienden a mirar hacia otro lado y se justifican diciendo que así la gente pobre tiene derecho a la lectura. En mi país, junto a mi editor y muchos otros, he luchado contra la piratería. Todos mis libros tienen su edición pirata. Pero a los Gobiernos no les interesa controlar la piratería.
P. ¿Usted lee digital?
R. La lectura que hago en Internet es anecdótica. Si quiero leer una novela escojo el libro y lo leo. Me gusta sujetarlo. Pero tampoco soy de esos que prefieren el libro por su olor y esas cosas románticas. No soy un detractor de Internet ni de los libros electrónicos. Tampoco soy pesimista. La crítica que hago es que los libros en Internet son muy difíciles de controlar. Esto, por supuesto, no es culpa de Internet, sino de las personas
... Ezra Pound dijo que "la literatura es una noticia que permanece noticia". Con Internet la sensación de estar conectado es mayor. Es decir, se crea la ilusión de estar conectado. Pero la preparación mental que uno hace al leer una novela física está desapareciendo y eso es lo que me preocupa. No soy un pesimista. He sobrevivido en un país en el que no había hábitos de lectura. Si la gente no lee, me motiva a escribir un libro mejor, por si así leen.
P. Hablando de leer. En su libro se pregunta qué estaría leyendo Ana Karenina en la célebre escena de la novela de Tolstói, en el tren...
R. Sí, se lo explicaré. Escribí cinco capítulos para mis charlas en la Universidad de Harvard y decidí escribir un último capítulo allí mismo. Durante una de mis charlas, con la sala llena a rebosar, les pregunté qué libro creían ellos que leía Ana Karenina en esa escena. Muchos de ellos eran profesores de literatura rusa y no tenían respuesta. Algunos decían que leía a George Eliot, pero en realidad nadie lo sabe, ni siquiera los eruditos.
P. Estaba leyendo, esa es la realidad. Y este libro suyo es la confesión de un lector entusiasmado, un libro de libros...
R. En mi libro no solo menciono a Ana Karenina, sino a Cabrera Infante, a Cortázar, a García Márquez, a Julian Barnes. Menciono a este grupo por su inventiva y su mirada. Ellos fueron los que influyeron en mi posmodernidad. Pero mis escritores clásicos, mis héroes, son Tolstói y Proust... Sin embargo, creo que Ana Karenina es la mejor novela jamás escrita. La he leído tantas veces...; esta misma semana he tenido que volver a leerla para preparar una clase en Columbia.
P. ¿Por qué la ama tanto?
R. Hay tantas razones por las que amo esta novela. Pero esencialmente me encanta porque lo que viene a decir la novela es: "Sí, sí, la vida es así". Básicamente, Tolstói hace las preguntas que todas las novelas deberían hacer y estas son: ¿en qué consiste la vida?, ¿qué debo hacer en esta vida?, ¿cuál es el significado de la familia, la amistad, el matrimonio, la sexualidad, la lealtad...? Estas son las grandes preguntas, y Tolstói, de manera generosa, hace que el lector se las haga.
P. Este libro suyo es como un manifiesto a favor de la ficción. Hace 35 años usted decidió dejar la pintura para dedicarse a escribir. Es como pintar, también.
R. Yo tendría 23 años y le dije a mi familia y a mis amigos que no iba a ser el arquitecto o pintor que todos ellos querían, sino un novelista. Todos me dijeron que no lo hiciera, que yo no tenía ni idea de la vida. Creo que pensaban que iba a escribir una sola novela. Pero les dije que existían Borges y Kafka, y que ellos tampoco tenían ni idea de la vida... Las novelas, me parece, son una forma inédita de ver la vida. Solo ahora, después de todo este tiempo, confieso que cuando mi familia me dijo que yo no sabía nada de la vida, tenían razón. En ese momento no sabía nada.
P. Decían que usted vive en un mundo aparte... Pero en su actitud, y en sus novelas, muestra mucho interés por el mundo de los demás. Como si la literatura fuera su espejo ante el paisaje...
R. Estoy de acuerdo en que la novela es un espejo en el paisaje. Sin embargo, la espina dorsal de la novela está basada en una característica humana, algo que solo tiene humanidad. Y es la compasión hacia los demás. La necesidad de entender a los demás. Eso es lo que nos hace humanos y solamente existe en nosotros. Creo que una novela funciona cuando muestra el mundo desde el punto de vista del personaje. Entendemos cómo se siente Ana Karenina en el tren. Está confusa, se siente melancólica mientras ve cómo nieva al otro lado de la ventana. Esa nieve no está allí porque sí. Es una observación psicológica del personaje. La novela funciona cuando el novelista se pone en la piel de los personajes, ya sean estos del sexo contrario o pertenecientes a otra época histórica, cultural... Para mí la novela es la manera que tengo de aproximarme a las personas más pobres de Turquía. Hacer esto, ponerse en la piel de los demás, no es solo un ejercicio respetable sino ético. La humanidad se basa en eso, en la compasión, en entender a los demás.
P. Pero este libro también trata del paso del tiempo, cómo lo detiene la literatura...
R. Los escritores tenemos miles de cosas que contar en una novela. Y esas cosas se parecen a los átomos. El tiempo en la novela es lo que une todas esas cosas. En ese sentido, los momentos en una novela son como las imágenes de una película. No hay historia sin tiempo.
P. Esa conexión del tiempo y la novela está en El museo de la inocencia porque habla del amor y para el amor no existe el tiempo...
R. En El museo de la inocencia hay ocho objetos que personifican el tiempo. Es como si el escritor estuviera pensando en unos objetos que más tarde se exhibirían en un museo. Lo escribí así. Sabía de antemano qué objetos iba a utilizar. Cada objeto que guardamos está ligado a un tiempo, a un momento, y si los colocáramos en fila podríamos ver nuestra biografía, nuestra vida.
P. Menciona usted a Proust haciéndose una pregunta que le haría ahora a usted: ¿es usted Pamuk?
R. Me lo pregunté a veces, cuando me preguntaban si yo era el protagonista de ese libro de ficción: ¿soy Pamuk? Es ficción. Pero sí, yo soy Pamuk, pero no lo tengo en mente al escribir. No escribo pensando: voy a escribir una novela a lo Pamuk. Para mí, la mejor forma de ser novelista es olvidarse de uno mismo. Tampoco pienso en un estilo al escribir, aunque inevitablemente eso surja de manera natural. Cuando escribo sobre alguien que no es como yo, me esfuerzo en ser otro, en ser el personaje. Lo interesante es escribir sobre los demás, desde su punto de vista y escribir sobre uno como si fuese otro. Volviendo a la pregunta de si soy Pamuk... La respuesta es sí y no.
P. ¿Y eso?
R. Coincido con Schiller en que existen algunos escritores que escriben como si Dios les estuviera dictando las palabras. Existen escritores que son un mero vehículo. Simplemente escriben, sin preocuparse de lo ético, lo estético, ni de los poderes comunicativos de sus textos... Hay muchos escritores que son así. Pero también existen escritores como yo.
P. ¿Y usted cómo es, en ese sentido?
R. Yo soy como aquellos a los que nos preocupa si el texto está bien, si es creíble, si tiene calidad, si es demasiado político, si hay demasiados detalles... Los escritores como yo son demasiado conscientes de sí mismos. Creo que no es bueno tener demasiada consciencia ni demasiada candidez. Un escritor debería ser ambas cosas. Por un lado debería dejarse llevar y por otro debería de controlar. Es como un conductor que debe saber las reglas de conducción pero también olvidarlas.
P. En el epílogo de su libro usted menciona el miedo que tuvo al presentarse a dar esas conferencias en Harvard...
R. Debo decir que me acogieron muy bien los profesores y académicos. Mis prejuicios sobre ese mundo académico convencional se desvanecieron por completo. Estando allí me dijeron que la esposa de Calvino acusó a Harvard de la muerte de su esposo. Según ella, Calvino murió de un ataque al corazón debido al estrés que le producía tener que ir a Harvard a dar unas conferencias. Pero yo sobreviví. Pero sí, estaba nervioso.
P. ¿Se conoce mejor después de haber escrito ese libro?
R. Sí. Lo más importante que aprendí fue que es mucho más placentero escribir una novela que escribir un libro teórico.
P. El libro también versa sobre la edad. Llama la atención las veces que dice usted que lleva 35 años escribiendo novelas...
R. Me acuerdo perfectamente del momento en que quise ser escritor. Fue una tarde de marzo o abril, en la primavera de 1973. Agarré un papel y un bolígrafo y me puse a escribir. Así fue. Recuerdo haber leído El extranjero, de Camus, y a pesar de que no influyó en mi escritura pensé que me iba a ayudar a ser escritor...
P. Sorprende la cantidad de escritores en español que menciona entre los que forman parte de sus lecturas... Cortázar, Vargas Llosa, Cabrera Infante...
R. Sí, y debería haber mencionado a Juan Goytisolo. Su manera de escribir y mezclar cosas es parecida a la mía. Sus imágenes son distintas, pero me siento cercano a él.
P. ¿En qué idioma los ha leído?
R. Hablo inglés y leo en inglés. A Borges lo empecé leyendo en inglés. Cortázar, García Márquez, Vargas Llosa, Cabrera Infante, Juan Rulfo, Carlos Fuentes, Javier Marías... Todos estos escritores los he leído en inglés. El boom latinoamericano me inspiró. Creía que si ellos lo habían conseguido, los turcos también teníamos una posibilidad.
P. Ha escrito usted un libro muy entusiasta sobre la novela en un momento en que algunos vaticinan que los días de la ficción están contados...
R. Estadísticamente o sociológicamente hablando, el arte de la novela no está en vías de extinción. Al contrario. Tengo un amigo editor en Shanghái que dice que parece que las novelas estén cayendo del cielo. Allí todos están escribiendo, tengan o no libertad de expresión. Y eso pasa en muchos lugares del mundo. En los últimos cincuenta años, todo aquel que ha demostrado interés en la literatura y quiere expresarse lo está haciendo mediante la novela.
P. En su libro hace una comparación entre Ana Karenina y Don Quijote. Dice que la primera está llena de vida, mientras que el personaje de Cervantes está lleno de ficción.
R. Don Quijote se parece a Madame Bovary en el sentido en el que el protagonista se deja llevar por los libros que lee y por las leyendas que escucha. Admiro a Don Quijote, pero no creo que sea una novela tal y como lo interpretamos hoy día. La interpretación de la novela nace en los años 1830 o 1840 y empieza con Dickens, Balzac... Solo existen dos textos excepcionales escritos antes de esa época y son La historia de Genji y el Quijote. Son libros que se asemejan a la novela pero no llegan a serlo. Son icónicos, emblemáticos, largos y llenos de aventura y se merecen todo mi respeto, pero para mí no son novelas.
P. ¿No tiene miedo de convertirse en un Don Quijote con tanta novela como tiene ahora en la cabeza?
R. Ja, ja, ja. Soy un buen lector y haber leído todas estas novelas me ha hecho muy feliz. Siento la misma hambre por leer como los que viven alejados del centro del mundo. Como Borges. Aunque él por lo menos tenía una biblioteca. En Turquía no existían. Así que leí todo lo que caía en mis manos con ansia, con deseo, con cabreo, con fervor.
P. Habla en su libro del orgullo de lector. ¿Qué libro se ha sentido más orgulloso de leer?
R. Cuando leía Ulises había una vocecita que me susurraba al oído y me decía: "Orhan, Orhan, ¡que estás leyendo Ulises! Aunque no lo entiendas, es igual. Sigue leyendo". Es como cuando vas a un museo. Te sientes orgulloso de estar allí. Ese sentimiento de orgullo también se produce al leer novelas literarias. Y ese orgullo nace del respeto.
P. El año próximo cumplirá sesenta años. ¿Le afecta el cambio del tiempo?
R. Sí. Me doy cuenta de que el tren se va acercando a la última estación. Al mismo tiempo, hay tantos libros que quiero escribir, tantas ventanas por las que quiero mirar... ¿Debo estar preocupado? Sí.
P. Al cumplir los setenta, Vargas Llosa me dijo en una entrevista que su lema era seguir caminando...
R. Tengo casi sesenta y sigo trabajando mucho. Me gusta asumir esa carga. Debería descansar, pero sigo siendo muy ambicioso.
quarta-feira, janeiro 25, 2012
aurora boreal
"A tempestade solar transformou o céu frio do extremo norte da Terra em um show de luzes por causa da intensificação da aurora boreal. Até mesmo observadores mais experientes ficaram surpresos pela intensidade da aurora boreal que varreu o céu à noite no norte da Escandinávia, após a maior erupção solar em seis anos.
"Foi realmente incrível", disse o astrônomo britânico John Mason do convés de um cruzeiro que opera na Noruega. "Eu vi a minha primeira auroraboreal há 40 anos, e esta é um dos melhores", disse Mason à Associated Press.
A aurora boreal é causada pelos ventos solares que carregam as partículas elétricas liberadas nas explosões solares. Ao atingirem o campo magnético da Terra, algumas particulas ficam retidas, provocando luminosidade. "
(Com informações da AP)
depois que li uma postagem no blog da cia das letras que vinha com "trilha sonora", uma sonata para piano de Beethoven, Hammerklavier, fiquei querendo ouvir mais peças para piano dele, que quase não conheço. não me sentia muito atraida a principio acho Beethoven muito pomposo, em geral... enfim, piano é tão intimo e aconchegante e alias meu piano chegou ontem, esta lindo na sala, totalmente desafinado mas lindo, deu uma "dignidade" à sala, vestiu-a. escrever esses artigos depois também é pomposo, vestiu-a, ouvi-lo, e esses dias em que fico tentando me virar sem dinheiro nenhum nenhum nenhum simplesmente porque resolvi ter um mes mais normal, entrei na aula de dança e na acupuntura, além de ter comprado duas calcinhas e um top, tudo barratinho, e então não da fico zerada comendo macarrão e pão todos os dias, vou virar uma baleia, de qualquer forma de todas as formas esta sendo otimo saio da acupuntura levitando com uma sensação de nada, de plenitude vazia, e a dança apesar apesar dos desengonços é uma delicia estar em outro lugar fazendo outra coisa comigo mesma e xjdvhvbxjv jb
terça-feira, janeiro 24, 2012
domingo, janeiro 22, 2012
sábado, janeiro 21, 2012
hoje desanimo total ontem tão animada cheia de projetos "arrumatorios" para a casa e para mim acho que é sempre assim um dia animação no outro desanimo depois ... depois não sei e Panda deitadinha na sala quase não levanta mais tadinha coloco no colo, hoje comprei franguinho mas...talvez tenha passado o efeito da acupuntura que realmente tem me deixado mais energizada sera que tenho que fazer mais vezes por semana? e hoje quando o B. me chamou para ir à praia me deu uma tristeza porque me sinto completamente incapaz de estar num lugar com muitas pessoas sindrome de medianeras não me sinto nem um pouco bem, bem hoje não estou me sentindo bem em nenhum lugar anyway
sexta-feira, janeiro 20, 2012
Acabei de ler um livrinho delicioso, "Sobretudo de Proust", de Lorenza Foschini, ed. Rocco, contando as estorias de um colecionador atras de fragmentos, cartas, os "restos" de Proust, que estavam sendo jogados fora impiedosamente pela viuva do irmão dele, Robert, e as estorias são muito saborosas... coincidencia, os moveis do quarto dele que estão no Musée Carnavalet, e que fotografei anos atras, foram doados por esse mesmo colecionador, Jacques Guerin! Gostei também da brincadeira com o nome, sobre tudo sem o artigo, e sobretudo casaco. Embaixo uma foto muito ruim ( tirada por mim!) do quarto dele sem os moveis, no Boulevard Haussmann.
domingo, janeiro 15, 2012
Olho para Cabourg, pro menino de louça quebrado escuto Schubert não sei que peça mas seeeempre vou lembrar do Gerard Depardieu falando que não aguenta mais Schubert com a tonica no ber como os franceses falam naque filme Trop belle que toi e eu amava tanto ver esses filmes franceses B, delicados e intimos em uns anos que não lembro quais foram, o do luthier do Claude Sautet com a Emanuelle Beart e varios do Patrice Leconte, com Daniel Auteuil que eu amava, e outras atrizes e atores franceses que eu ja me achava intima e porque estou gostando do Periplo de Baldassare porque é em forma de diario que eu gosto mesmo em geral e pelos periplos, as aventuras meio atrapalhadas e engraçadas e tristes também dava um super filme e os nomes Esmirna Alepo Quio Hatem nomes e sempre gosto de nomes diferentes como a mãe do Chagall Feta-Ita e Bella e
terça-feira, janeiro 10, 2012
domingo, janeiro 08, 2012
quinta-feira, janeiro 05, 2012
lavei dois copos, uma xicara branca, alguns talheres entre eles uma faca grande que usei para abrir o saco de terra com humus que comprei ha meses e que estava até com um capinzinho nascido, o que mais? ah o pote onde guardava a farinha pra quando tiver outra farinha ele estiver esperando bonitinho, e plantei a salvia e o hortelã e por isso abri o saco de terra pra aproveitar o vasinho e hoje fui numa acupuntura que eu nunca havia ido em nenhuma pra ver se fico mais animada da vida com a vida e foi engraçado porque primeiro fiz uma ficha com dois acupunturistas um anotando sentado, a outra em pé olhando e escutando, e os dois examinaram minha lingua e meu pulso e depois entrou uma terceira médica e o primeiro disse à ela algumas coisas do que eu havia contado um resumo de mim e ela também olhou a minha lingua e o meu pulso, me mandou ficar de bruços e colocou uma agulha em cada pulso, uma nas costas na altura da cintura acho porque não vi, so senti uma picadinha e duas nos pés, uma doeu um pouquinho e fiquei la quinze minutos deitada e deu uma relaxada ao menos e tenho que voltar la segunda e quinta e quando voltei fui até em cima procurar a Miranda que sumiu desde segunda mas meus chamados deram em nada e depois que fiz tudo o que escrevi antes que não é muito.
quarta-feira, janeiro 04, 2012
segunda-feira, janeiro 02, 2012
segunda-feira, dezembro 26, 2011
adoro esse coro feminino do Tous les matins du monde, de repente se esta em outro lugar, Troisieme Leçon de Tenebres à 2 voix, François Couperin, XVII seculo, Sainte Colombe, as fotos poucas que tirei ficaram ruins... hoje sem sentido nenhum na T., agora fiquei viajando numa vitrine quem sabe, sdkvbn vdsqueria tanto escrever, com estorias na cabeça e agora nada,
sábado, dezembro 24, 2011
sol ou o que percebo é o calor gigantesco, deixa de ser calor e passa a ser um ar tão abafado e denso que te envolve como uma bolha e voce esta dentro dessa bolha eu estou dentro e andar na rua, uma experiencia surrealista, parecia tudo tão diferente e cheio, flutuando. cigarras cantam e eu 1. sem conseguir nem sair para ver pessoas por exaustão fisica e falta de interesse também e 2. não gostando de ficar em casa também, isso tudo igual à insatisfação preciso preciso arrumar outras vidas para escapar de viver so essa, ontem o Kafka do Crumb e identificação, apesar de antes ter me irritado com ele egocentrico nas cartas para Felice e medroso medroso, mas sim pelo "é e não é" uma coisa, e a culpa por tudo que não é e supostamente deveria ser; e irritação também. ao mesmo tempo comi um figo e adorei, chego em casa as coisas chamam, as roupas na cama e na cadeira, o chão para varrer, poeiras, poeiras nas coisas fora do lugar, e livros também me chamam vontade de deitar na rede e ler, ou pensar, e não dar a menor bola pro outros que estão chamando ... enfim, escrever também estava pulsando enquanto andava no sol escaldante; agora um banho de mangueira, desci um pouco à terra. O Pamuk aqui do meu lado, a pintura da capa é bonita, de Vilhelm Hammershoi, parece um detalhe, vou procurar saber quem é e a diarista quando veio foi otimo tudo tão arrumadinho e não precisaria desperdiçar meu precioso tempo, mas estranho que sumiram as minhas moedas do I-Ching que ficavam numa caixinha, anos e anos... vontade de mandar algumas pessoas catarem coquinho o exame deu negativo então é so uma dor muscular? e os sonos? uma certa depressão, deve ser.
domingo, dezembro 18, 2011
fico deitada na cama olhando pra Panda que dorme, olhos fechados, velhinha velhinha, a respiração parece ofegante, e que quase não sai mais do lugar, de noite à vejo entrando no quarto para comer ... nos domingos gosto de ficar com ela. ontem me deu um certo alivio quando, depois de beber umas cervejas e voltar pra casa, senti voltar a dor do lado direito, nas costas; realmente estou com algum problema que acho que é nos rins, e talvez isso explique tudo? o sono todas as tarde, acordar de madrugada, a falta de energia, o desanimo. ou eu esteja querendo que explique tudo, rs. mas senti como tudo esta ligado, o corpo e a cabeça e as sensações e pensamentos, tudo uma coisa so. e a cabeça confusa; ontem a cerveja ajudou a desconfusionar; na verdade minhas irritações livrescas são tão pessoais (e no fundo não servem para nada) ...e quero parar de dar importancia à elas, a unica coisa que é mais dificil é a falta de grana. o chato é que, pelo jeito, não posso mais usar desse artificio que relativiza tudo, que é beber. espero conseguir falar com o Francisco na segunda para ver se ele viu o resultado do exame e também marcar ou não o transporte do piano. sera que vai rolar Ilha Grande e como? dfgjdfjgdkfb
quinta-feira, dezembro 15, 2011
De onde vem esta ternura?
Não são os teus primeiros cabelos
Que afago, e ja conheci labios
Mais sombrios do que os teus labios.
Brilharam estrelas, depois ficaram palidas
(de onde vem esta ternura?)
brilharam olhos, tão perto dos meus olhos,
depois, quase se apagaram.
Melhores cantos que estes
ouvi eu no coração da noite
(de onde vem esta ternura?)
gravados no peito do cantor.
De onde vem esta ternura?
E que vem fazer com ela, o tu,
o astucioso, o estrangeiro de passagem?
E as tuas pestanas, as mais longas que ja vi?
(Marina Tsetaieva, trad Antonio Mega Ferreira)
Não são os teus primeiros cabelos
Que afago, e ja conheci labios
Mais sombrios do que os teus labios.
Brilharam estrelas, depois ficaram palidas
(de onde vem esta ternura?)
brilharam olhos, tão perto dos meus olhos,
depois, quase se apagaram.
Melhores cantos que estes
ouvi eu no coração da noite
(de onde vem esta ternura?)
gravados no peito do cantor.
De onde vem esta ternura?
E que vem fazer com ela, o tu,
o astucioso, o estrangeiro de passagem?
E as tuas pestanas, as mais longas que ja vi?
(Marina Tsetaieva, trad Antonio Mega Ferreira)
E Cantou como canta a Tempestade
Musica
Para Dmitri Dmitrievitch Shostakovich
O vestigio de um milagre arde dentro dela,
e so o seu olhar, multiplo e brilhante,
me dirige a palavra, fala-me de perto,
quando outros receiam aproximar-se.
Quando o ultimo dos amigos despediu de mim o olhar,
ela veio deitar-se no tumulo ao meu lado
e cantou como canta a tempestade,
como se todas as flores começassem a falar.
Anna Akhmatova, 1958.
Para Dmitri Dmitrievitch Shostakovich
O vestigio de um milagre arde dentro dela,
e so o seu olhar, multiplo e brilhante,
me dirige a palavra, fala-me de perto,
quando outros receiam aproximar-se.
Quando o ultimo dos amigos despediu de mim o olhar,
ela veio deitar-se no tumulo ao meu lado
e cantou como canta a tempestade,
como se todas as flores começassem a falar.
Anna Akhmatova, 1958.
o mais estranho é que depois dos trovões assustadores, choveu uns dez minutinhos, ou um pouco mais, e depois parou.
hoje chuva de novo, meus sapatos encharcados, acho que me faço de vitima, ando sem animação nenhuma. desanimação.
ainda por cima final do ano, com essa energia toda no ar.
sei la mil coisas.
hoje chuva de novo, meus sapatos encharcados, acho que me faço de vitima, ando sem animação nenhuma. desanimação.
ainda por cima final do ano, com essa energia toda no ar.
sei la mil coisas.
quarta-feira, dezembro 14, 2011
chove muito muito e caem raios assustadores ou os trovões que são assustadores
essa casa me parece meio fragil quando chove, a porta da cozinha não fecha direito, os panos ficaram la fora e não da, entra um pouco de agua por debaixo da porta de vidro da sala
espero que não acabe a luz
Panda ficou assustada
chego em casa e como ameixas, hoje, ontem, outro dia, parece até um ritual
o dia esta cinza claro, um grande céu cinza, as nuvens ja se desfizeram em agua
e hoje me enrolei com o exame, sempre me enrolo, apesar de ter feito tudo
e um grande tédio e vontade fisica de não fazer nada
e vontade de fazer e estar com disposição
mas não tenho
essa casa me parece meio fragil quando chove, a porta da cozinha não fecha direito, os panos ficaram la fora e não da, entra um pouco de agua por debaixo da porta de vidro da sala
espero que não acabe a luz
Panda ficou assustada
chego em casa e como ameixas, hoje, ontem, outro dia, parece até um ritual
o dia esta cinza claro, um grande céu cinza, as nuvens ja se desfizeram em agua
e hoje me enrolei com o exame, sempre me enrolo, apesar de ter feito tudo
e um grande tédio e vontade fisica de não fazer nada
e vontade de fazer e estar com disposição
mas não tenho
domingo, dezembro 11, 2011
Vontade de ler A Lebre com olhos de Ambar
Borges que quase não li, outro dia uma cliente falou de um conto no Livro de Areia
Istambul, do Pamuk
um livrinho que vi com poemas da Marina Tsetaeva e da Anna Akhmatova que não lembro o nome
biografia da Tsetaeva que o Pedretti falou, do Todorov
A Beleza salvara o Mundo, do Todorov
Ascensão e queda do Comunismo
Alain de Botton
Rimbaud
...
Borges que quase não li, outro dia uma cliente falou de um conto no Livro de Areia
Istambul, do Pamuk
um livrinho que vi com poemas da Marina Tsetaeva e da Anna Akhmatova que não lembro o nome
biografia da Tsetaeva que o Pedretti falou, do Todorov
A Beleza salvara o Mundo, do Todorov
Ascensão e queda do Comunismo
Alain de Botton
Rimbaud
...
sábado, dezembro 10, 2011
Como sempre, me aproximo de alguns livros e não de outros, não sei exatamente porque, alguns me atraem piscando no meio da bancada, dou uma olhadela como um gato cheirando outro gato, meio desconfiada, um pouco curiosa; e então, num desses namoros, resolvi levar para casa o primeiro livro da trilogia Os Sonambulos, do Hermann Broch; é engraçado!, absurdo, os delirios que so acontecem na cabeça dele, as duvidas, um entre ... muito bom até agora . Engraçado como essa época - fim do século/começo do século 20, surgiram esses escritores austriacos, alemães como Kafka, Walser, Thomas Mann, Schnitzler, Musil, com uma escrita tão pessoal (não sei se existem escritas não pessoais, enfim...),tão significantes de uma época de mudanças...obvio tudo isso, enfim. Na verdade, desses que falo, o Thomas Mann nunca rolou, O Musil ainda não li, enfim de novo.
sexta-feira, dezembro 09, 2011
Lidos/não lidos
Tarantula, por causa do filme do Almodovar, thriller estranho, um pouquinho diferente do filme, legalzinho
Os Irmãos Tanner, maravilhoso, adorei o Walser, meio naif, completamente anarquista, verdadeiro, pessoal
Bartleby, Melville, maravilhoso, tem à ver com o Walser, o personagem que faz o que quer e diz não mas o Walser é aberto pra vida e o Bartleby não
Jacob von Gunten, idem
Anticancer, gostei muito, pesquisas alternativas de tratamento, as estorias são legais, de mudança e superação, e também o relato do conservadorismo e protecionismo médico
O Fim do Sofrimento, gostei, é legal a mistura da historia da vida dele com o interesse pelo desaparecimento do budismo na India e a pesquisa que ele faz sobre isso, a historia do Buda, é muito bonito
Calma no Caos, foi o primeiro livro budista que li, aplicação pratica do budismo na vida diaria dele, muito bom, emprestei, tenho que pegar de volta
O Instante Continuo e Jeff em Veneza, morte em Varanasi, do Geoff Dyer, adorei, o primeiro pela estorias fotograficas, o segundo é um humor ingles, agil saboroso
Doutor Pasavento, Vila Matas (nt) e Historia abreviada da Literatura Portatil (não terminei), no começo amei, depois não sai mais daquilo, do autor que quer desparecer, repete, repete, e e então cansei, e o Historia Abreviada também fica aquela mesma coisa...
A Love Supreme, legalzinho, sobre a gravação do disco maximo do Coltrane
folheada no Atlas do Romance Europeu
Diario da Queda, gostei, escrita pessoal, um acerto de contas com o pai, tenho que achar a critica, hehehe
Dois Rios, bom, duas estorias parecidas, gostei do recurso das pausas quando os personagens "dançam", pausas são sempre boas
A Chave de Casa, bonzinho
A invenção de Morel, Adolfo Bioy Casares, otimo
O Mal ronda a Terra, Tony Judt, deixei de ler porque peguei algum outro livro e agora fica dificil voltar, toda uma analise historica que ele vai construindo sobre o desaparecimento do estado do Bem estar Social, muito bom, vontade de ler outros livros dele
Comecinho do Richard Rorty, Contingencia, ironia e sociedade, dificil
Comer Carne, Jonathan Safran Foer, importantissimo e corajoso pelas descrições terriveis da industria da carne, legal
pedaços do Cidades Invisiveis, não consigo ler o Calvino, acho bom mas não me "pega",
comecei Os Irmãos Karamazov mas parei, adorei Crime e Castigo e O Adolescente, mas esse é mais cansativo, os personagens discutem o tempo todo, enfim tenho que voltar
Aprender a Viver, Luc Ferry,que infelizmente parei e quero retomar, estava gostando
Do que eu falo quando falo de corrida, Apos o anoitecer e Kafka à Beira-mar, Murakami, tem um mistério que é legal mas enjoa um pouco, legal
Historia do Cabelo, yes!, frases longas cheias de pensamentos, correlações subjetivas, gostei muito do Alan Pauls
heisenberg, sim, as descrições das discussões e passeios e a "saga" da fisica quantica, Bohr, Schrodinger, etc
Sabedoria Incomum, o percurso do Fritjof Capra na década de 50/60/70, contracultura e as pessoas que ele conheceu, legal
Borges Oral, alguns gostei mais outros menos
Ezra pound, gostei bastante de conhecer a historia da vida dele, junto com analises de pedaços de poemas
eliot, sim!
amorpoesiasabedoria, legal
memoria de elefante, otimo
a liberdade oculta da mente, Tartang Thulku, budismo,otimo
poesias Eliot, Cummings, Pound, William Carlos Williams, Ana C, ...
o espirito zen
biografia da Anna Akhmatova
...
Tarantula, por causa do filme do Almodovar, thriller estranho, um pouquinho diferente do filme, legalzinho
Os Irmãos Tanner, maravilhoso, adorei o Walser, meio naif, completamente anarquista, verdadeiro, pessoal
Bartleby, Melville, maravilhoso, tem à ver com o Walser, o personagem que faz o que quer e diz não mas o Walser é aberto pra vida e o Bartleby não
Jacob von Gunten, idem
Anticancer, gostei muito, pesquisas alternativas de tratamento, as estorias são legais, de mudança e superação, e também o relato do conservadorismo e protecionismo médico
O Fim do Sofrimento, gostei, é legal a mistura da historia da vida dele com o interesse pelo desaparecimento do budismo na India e a pesquisa que ele faz sobre isso, a historia do Buda, é muito bonito
Calma no Caos, foi o primeiro livro budista que li, aplicação pratica do budismo na vida diaria dele, muito bom, emprestei, tenho que pegar de volta
O Instante Continuo e Jeff em Veneza, morte em Varanasi, do Geoff Dyer, adorei, o primeiro pela estorias fotograficas, o segundo é um humor ingles, agil saboroso
Doutor Pasavento, Vila Matas (nt) e Historia abreviada da Literatura Portatil (não terminei), no começo amei, depois não sai mais daquilo, do autor que quer desparecer, repete, repete, e e então cansei, e o Historia Abreviada também fica aquela mesma coisa...
A Love Supreme, legalzinho, sobre a gravação do disco maximo do Coltrane
folheada no Atlas do Romance Europeu
Diario da Queda, gostei, escrita pessoal, um acerto de contas com o pai, tenho que achar a critica, hehehe
Dois Rios, bom, duas estorias parecidas, gostei do recurso das pausas quando os personagens "dançam", pausas são sempre boas
A Chave de Casa, bonzinho
A invenção de Morel, Adolfo Bioy Casares, otimo
O Mal ronda a Terra, Tony Judt, deixei de ler porque peguei algum outro livro e agora fica dificil voltar, toda uma analise historica que ele vai construindo sobre o desaparecimento do estado do Bem estar Social, muito bom, vontade de ler outros livros dele
Comecinho do Richard Rorty, Contingencia, ironia e sociedade, dificil
Comer Carne, Jonathan Safran Foer, importantissimo e corajoso pelas descrições terriveis da industria da carne, legal
pedaços do Cidades Invisiveis, não consigo ler o Calvino, acho bom mas não me "pega",
comecei Os Irmãos Karamazov mas parei, adorei Crime e Castigo e O Adolescente, mas esse é mais cansativo, os personagens discutem o tempo todo, enfim tenho que voltar
Aprender a Viver, Luc Ferry,que infelizmente parei e quero retomar, estava gostando
Do que eu falo quando falo de corrida, Apos o anoitecer e Kafka à Beira-mar, Murakami, tem um mistério que é legal mas enjoa um pouco, legal
Historia do Cabelo, yes!, frases longas cheias de pensamentos, correlações subjetivas, gostei muito do Alan Pauls
heisenberg, sim, as descrições das discussões e passeios e a "saga" da fisica quantica, Bohr, Schrodinger, etc
Sabedoria Incomum, o percurso do Fritjof Capra na década de 50/60/70, contracultura e as pessoas que ele conheceu, legal
Borges Oral, alguns gostei mais outros menos
Ezra pound, gostei bastante de conhecer a historia da vida dele, junto com analises de pedaços de poemas
eliot, sim!
amorpoesiasabedoria, legal
memoria de elefante, otimo
a liberdade oculta da mente, Tartang Thulku, budismo,otimo
poesias Eliot, Cummings, Pound, William Carlos Williams, Ana C, ...
o espirito zen
biografia da Anna Akhmatova
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