take two fui visitar o set do pra frente brasil e fiquei la pra sempre e ai passei a querer ser fotografa Dib me levou ao mecado das flores e comprei uma Leica linda que burramente vendi alguns anos depois, ah o Dib tao gentil e engraçado morava naquela casa encantadora com o pe direito muito alto e o chao de tabuas corridas e me deu um banquinho indigena que sumiu em alguma mudança...e minha carreira de fotografa nunca deslanchou muito era tudo muito caro revelar as fotos e etc
e quando vi a exposiçao como vai vc geracao 80 eu amei e entrei no Parque Lage fui fazer aulas com o Aquila e eu adorava e ele tambem era muito educado e me dava força me contratou como assistente dele e eu nao soube aproveitar muito mamae morreu no meio dessa estoria acho que nunca soube aproveitar fiquei baqueada baqueada e casei com o Ale logo depois um casamento meio inventado mas eu precisava de alguem e alguem de fora pra me tirar de toda aquela vida de cinema perdida e sexo rs e sei la o que e que parecia meio va fui pro Peru Bolivia e tres meses no Chile tentei estudar artes la ideia do Ale mas nao consegui a bolsa voltei e ele veio um pouco depois fomos morar em Santa Teresa achavamos moveis pelas ruas lembro de um biombo feito com duas portas e o Xandao e a Bia emprestaram alguns moveis tambem nessa epoca eramos ligados por causa do Ale mas depois o casamento nao deu certo eu era muito instavel e me apaixonei pelo pintor da mostra que ele organizou no Sergio Porto enfim fiz coisas horriveis e no final dessa epoca acho que eu frequentava vernissages e conheci a Lia na exposiçao sobre Arquitetura na Historia em Quadrinhos e depois a encontrei de novo na Thomas Cohn e foi muita coincidencia e fomos fazer o filme do Caca eu como estagiaria e adorei cenografia e me apaixonei pela Lia e entao acabei indo pra Globo com ela e ja estava na Unirio ou entrei nessa epoca nao lembro mas tive que trancar pois as aulas eram a tarde e continuava com o fantasma de pintar de voltar a ter aulas e voltei um pouco a noite com o Mollica mas acho que so uns dois ou tres meses desenho de modelo era legal parque lage sempre era magico embora...mas eu nao tinha muito tempo trabalhava muito e era um trabalho industrial e envolvente entao depois de cinco anos pedi demissao porque nao era o que queria embora nao soubesse o que queria eu tinha 30 anos, dei uma festa na casa recem pintada e fui visitar a Ursula na França nunca tinha ido pras Europas e la foi maravilhoso papai morava la em casa nesses tempos deixei ele e Fernando rs e nessa epoca que ele estava se separando da Denise e tinha varias namoradas e ficava ouvindo jazz Fernando nao aguentou muito tempo acho e quando voltei eu dormia o dia inteiro porque nao sabia o que fazer da vida e lembro que o que me motivava a acordar era ler o jornal talvez isso nao tenha muito sentido hoje que nem existe mais quase jornal mas sempre gostei desse habito acho que vivia atraves da leitura e isso me realizava e comecei a fazer uma terapia indicada pela Claudia e era uma descoberta redescoberta! eu ia subindo a gavea por dentro ate chegar numa rua de casas e as vezes o Franklin estava tocando piano e isso eu adorava e eu morria de tesao rsrs e acabamos tendo um caso e parei a terapia e comecei a trabalhar em livrarias ate rimou lembro da Rebeca Schwartz passando pelas bancadas e apontando os livros passei na prova mas acho que eu era dificil e nao suportava regras e etc apesar de que ela pagava bem pagava o almoço de sabado - que era o dia inteiro e fui trabalhar na livraria do CCBB e era horrivel comparado com a Marcabru eu nao tinha muitas responsabilidades e nao curtia muito o Roberto que uma vez ate roubou um livro para mostrar que nao prestavamos atençao na segurança e eu achava isso o fim e entao pedi pra voltar pra Marcabru,,, e depois fui despedida! talvez tenha sido nessa epoca que voltei a pintar tinha aulas com a Monica que morava no mesmo edificio na Oitis e foi bom porque ela dava exercicios mais tecnicos e acho que minha primeira pintura em tela foi com ela (ou nao)e nao sei mais tanta coisa tanta coisa nessa vida que me perco