Un último paseo por la nieve

estava na rede me divertindo lendo Enrique Vila-Matas com a Panda feliz se coçando no meu colo, queria escrever também mas o que pensava não vai ainda direto para a tela e o laptop longe. tocou o telefone 2 vezes, levantei mas ele parou. pensava...em ter uma loja - ou seria uma anti-loja? onde livros estivessem ali e fossem trocados ad eternum; e discos também. teriam poltronas onde todos poderiam se sentar e... pensando que do alto aqui de cima é como se eu visse vilas cidades (na minha imaginação, obvio, porque nem é tão alto aqui e o que vejo são ruas que estão aqui e la), mas outro dia vi um bairro longe e pensei numa cidadezinha que eu não conhecia e que eu poderia descobrir talvez andando até ali, la. e tem um pontinho aqui na tela e eu achei que era um ponto no texto. e estou gostando do Vila-Matas que vi a capa e li a contra-capa e gostei mas fiz isso com o Javier Marias(não a capa, mas tinha gostado da entrevista no jornal e do começo) e depois não gostei nem um pouco, e também devolvi Florença um caso delicado por ser principalmente delicado mais do que tudo e não era isso que queria escrever isso quis escrever outro dia
e joguei I-Ching e quando fui procurar qual seria o hexagrama naquele quadradinho da pagina final onde estão todas as combinações ja abri no hexagrama certo, hum, ficou confuso isso
e o Javier Marias estaria na minha loja não loja porque outras pessoas poderiam gostar e teria que pegar todos os livros que vendi para o Beringela de volta...e outros
as nuvens estão incriveis e um passaro passou decidido estão sempre decididos

Acho que não é possivel viver sem gatos e sem vista, sem essa vista.

Escuto a Ella Fitzgerald numa gravação ao vivo, um show, imagino o delirio, o extase das pessoas que assistiram `a essas pessoas geniais que estavam acontecendo naquela hora, ou talvez fosse mais profundo e existencial?, penso isso também porque tenho vontade de ler o livro sobre John Coltrane e a gravação do Love Supreme e acho que tem também sobre o Kind of Blue...assim que rolar algum dinheiro...
escurece.
quando temos 14 anos o mundo é vasto demais, sem fronteiras. era assim para mim, vivia na Shangri-la inventada pela mamãe e so fui descobrindo limites e barreiras e que não era bem assim devagarzinho, devagar demais talvez.

tem um sapinho morando perto da geladeira onde esta a infiltração que hoje Jorge veio ver e descobriu e colocou as barras e etc e quando vi eu estava separando os pregos bons dos enferrujados da caixa de ferramentas e com dor de cabeça depois de 2 chopps e meio ontem quando M. disse que lembra de mim ha 32 anos e eu não sabia o que dizer, disse que a vida não passou para mim, ?, fiquei feliz mas ao mesmo tempo tão non-sense tudo, parecia que eu não lembrava da minha propria vida e acabei não aproveitando muito mais do que isso do feriado dormi à tarde porque demorei à achar a neosaldina so depois e agora Dingo e a cozinha ficou melhor com as coisas suspensas...

pelo caminho (tentativas)

Fotografar as pessoas que trabalham na Travessa, quero fazer tipo portrait, por enquanto é so um ensaio, tudo é sempre um ensaio, achei que tivesse sem foco e fiquei feliz de ve-los...pessoal que trabalha no cadastro/devolução/encomendas, no começo achava meio assustador, so homens num subsolo falando codigos e besteiras o dia todo num clima meio "mafia", mas são muito simpaticos: Ed, Francisco, "Maurice", Filipi e Pitete.

outro livro que tenho vontade de ler: Caminhar, uma filosofia, do Frederic Gros
parar de ter vontades, assim não me frustro
e eu caminhava tanto antes, hoje como parei no mercado voltei andando ate aqui, tão bom
entardecer, teve um momento que parecia que o caminho vinha para cima de mim, de encontro à mim
bom que quebrei o encanto de voltar direto pra casa, sempre
e agora so tenho cinco reais
amanhã tenho que levar as caixinhas na Bel, tenho tenho

e além da caixa que não sabia contar e que antes de me atender deu uma mordida num sanduiche de pão frances meio embrulhado num guardanapo e um gole num copo de coca-cola e antes havia desejado duas vezes boa-noite ao casal dos pacotes e antes a moça do açougue com uma expressão não muito esperta pesou o figado de frango e colocou num saco que ficou meio sujo de sangue, colou a etiqueta de preço de qualquer jeito e me deu e eu pedi que ela colocasse em outro saco plastico e ela riu, surpresa e quando cheguei aqui o carrinho estava para subir com 3 pessoas atras, uma delas a moça que não é tão moça que me deu o po de café assim que instalaram o meu gas e que disse que compra livros franceses da Folio na Travessa
e Panda vomitou a ração no chão do quarto e hoje comprei agua de coco porque fico muito preocupada com ela, velhinha, adorada, e que me acordou hoje, acho que sabe que eu tenho que me levantar e isso não acontecia
e Miranda deixou uma barata no meio da sala com a barriga para cima, balançando as perninhas, coitada, mas hoje de manhã não havia sinal dela
e o gamba comeu todo meu pão integral que esqueci em cima da bancada, ou foram varios, imagino uma confraternização na minha cozinha, todos se deliciando, não sobrou nem uma casquinha
e por isso fui tomar café no Gaucho, pão na chapa, média, suco de laranja sem gelo

ontem varri a sala, o quarto, passei um pano na cozinha, lavei a louça,arrumei um pouco a bancada da pia, limpei o chão e o box do banheiro, comecei à varrer o quintal, descobri um coco de gato perto do tanque, limpei um pano de chão que estava de molho, coloquei roupas para lavar, fui almoçar com a Rita que chegou de viagem - vi fotos, filminho, ouvi muitas estorias, bebemos quase uma garrafa de vinho, comemos um peixinho, sufle de queijo, salada, sorvete de sobremesa, ganhei presentinhos, foi otimo, na volta comprei baguete com gergelim no Zona Sul, entrei no ex-sendas do Largo do Machado procurando figado de frango que não tinha no outro, fiquei um tempão numa fila onde a caixa contava com a mão, separando um por um o que havia em todos os pacotes do cara da frente - pacotes com 12 biscoitos, 12 sabonetes, etc, voltei pra casa 10 da noite, ufa!, pendurei as roupas no varal, chazinho, musica, sei la. hoje passei um pano na sala, limpei e arrumei a parte do armario onde ficam os sapatos, guardei roupas que estavam em cima de 2 cadeiras, separando as sujas, arrumei 2 gavetas de camisas, dobrei todas as roupas de cama de uma forma melhor, dobrei todos os panos de prato e toalhas de mesa, terminei de varrer o quintal, a varanda e a escada, tirei alguns capins, descobri que o pé detras do sofa esta bambo, peguei rolos de exercicios de desenho vivo para jogar fora...e os dois outros quartos quase não arrumei nada porque estou cansada e ainda vou tentar fazer 2 São Sebastiões. pior é que gosto e é bom arrumar, mas no dia em que vier uma diarista aqui serei muito feliz, hehehe.

fotos sem foco

essa tragédia de Friburgo me deixa triste. prefiro não ver as fotos, as estorias são terriveis.
sensação de deja vu... (so que à cada ano é pior).

resolvi não ficar com o livro do romantismo. muito especifico e não li quase nada que ele cita. o que me atraiu também foi a idéia de mapa. ando espacial. hoje comecei à fazer mentalmente um mapa/estoria das pessoas que moram aqui.

Comprei feijão branco e coloquei de molho, mas agora lembro que preciso também do tomilho e do cravo, pra ficar maravilhoso como papai fazia. ganhei dois cadernos, o maior estava com um defeitinho numa caixa com coisas assim na Travessa, foi a primeira coisa que vi e não quis procurar mais, todos estavam procurando ansiosos, e o do Andy Warhol Rita comprou no Moma de San Francisco. Agora preciso usa-los, depois que joguei minha pilha de antigos cadernos toda fora... chegaram novos, não tem como. Rita e sua adaptabilidade, andou de gondola num local que imitava Veneza em Las Vegas!Foi bom ir la e ouvir suas estorias, senão viro maniaca de nunca sair de casa. E ela me deu 20,00, agora tenho a fantastica soma de 30,00 para viver até dia 30. Varios trinta. Da 2,00 por dia, uau! à ver o que vai acontecer. e falei com Ursulinha linda. rola um forro em algum lugar. terei que me entupir de musica musica musica. pensei em fazer um blog de fotos como aquele a painting a day, enfim, a idéia não é nova mas gosto mesmo assim, porque tiro fotos todos os dias, simples. outro dia me deu um branco se a letra x era antes ou depois do w. acho que estou pifando, rs.

So a luz do laptop e uma luzinha na mesinha. E a vista, lógico, como na pintura, a pintura que há anos adoro do Kaspar David Friedrich e que me sinto dentro dela, quase. que me atraiu também na capa do livro sobre romantismo na literatura – além dessa pintura na capa o tema ainda não sei porque bem porque. gostei do pouco que li. E agora a idéia dessa pintura esta aqui, todos os dias, na minha frente. engraçado perceber isso. vontade de fotografar as pessoas da Travessa. um equilíbrio delicado. será que exagerei nas palavras. as palavras e as coisas. voltas e densidades. Acho que meu óculos esta com uns arranhõeszinhos. hoje voltando à me sentir bem como no dia em que corri e lia o Jeff em Veneza etc. Sabados, domingos, preciso deles. arrumar a casa ler despreocupadamente. tem a questão da sintonia então nem sei se / pessoas. so como idéia, sei la. acho que é como "desansiosar", que não é a mesma coisa que relaxar. rola uma batucada de escola de samba ao longe, carnaval deve ser aqui dentro tb, rs.

fotos chuvosas e molhadas

Chove à cantaros.

queria fotografar a chuva grossa escorrendo pela vidraça, não consegui, ficou quase abstrata a imagem.

reflexos