quarta-feira, agosto 13, 2008

encontros rápidos não me fazem bem!

processo...acho que está quase chegando ao fim, apesar de algumas dúvidas...se coloca chassis ou deixa com esse ar inacabado, essa cadeira que está muito estranha mas por outro lado talvez seja isso mesmo, enfim, sei lá, mil coisas... a falta de certeza de tudo habitual (ao contrário do Jean!).

Raymundo Collares no MAM

Raymundo Collares ontem no Mam numa mostra do acervo do crítico Wilson Coutinho. Muito bom, fotografei escondido do guarda!

domingo, agosto 10, 2008

agora em casa depois de uma viagem quase surreal `a Buzios onde não ia há séculos para um casamento numa piccola e lindinha igreja no alto de um morrinho com vista linda para a Praia dos Ossos muito bonitinha deu até vontade de casar hahahaha se pudesse usar só como locação e trocar toda aquela liturgia sem sentido por um filósofo falando ou...talvez eu esteja numa fase mais pra analista mesmo! e depois uma festa big festa onde eu não conhecia quase ninguém todos caretas e ricos e passei a noite dançando Barry White e cia numa pista cheia de luz com um primo - o que foi ótimo aliás e bebendo bebendo champagne e uísque e me sentindo bem e me sentindo só, não sei porque não me basto. cai na cama depois como um chumbo, acho que dormi imediatamente e andei um pouquinho na praia dos ossos que também é mínima e charmosa e ontem até dei um mergulhinho restaurador de energias no mar apesar da falta de sol e fui com um vestido lindo da Bel e me maquiei o que não fazia há anos também e... na volta paisagens paisagens e vontade de chegar logo.

sexta-feira, agosto 08, 2008

foi muito gostoso trabalhar na galeria e todos foram e eu fui ficando sozinha trabalhando e "testando" as observações feitas pela Ana e etc e fiquei na minha na minha meio dura? até porque percebi como é difícil perceber o outro e recebê-lo porque sempre estou com uma idéia do que deverá ser do que deveria ser mas chega na hora nas horas e logicamente as coisas são porque tem o outro que não estava no roteiro e que pensa e sente e reage de outra forma! hahahaha ou... é, não deu certo não rolou mas foi o que foi o que pôde ser.

poderia ter falado isso e isso e ... mas só consegui falar o que saiu! isto é, nada. pedaços de palavras ou começos de frases que não se concluiam ou concluiam, meio duras. ponto.

pessoas são deliciosas. vontade de tê-las. fazer uma galeria isso não está muito claro não é tê-las tê-las mas de uma outra forma...

viciada em Coldplay. Yellow. Speed of Sound. 42. Talk.




sexta-feira, agosto 01, 2008

Tenho que fazer coisas que coisas eu ainda não sei não me decidi na verdade não quero mas se não fizer coisas nada anda. eventos. hoje achei que ia ser bom acordar devagar e só mas não foi aquele orgasmo todo não como no outro dia. orgasmo talvez seja uma palavra forte! forte... teria que sair de casa talvez. talvez. ou não. ainda não tive a coragem coragem? de entrar no atelier e olhar tudo e enfrentar. ontem me senti uma estranha naquele evento. poderia não ter me sentido...sei lá. não consegui comunicar me comunicar estabelecer relações. hoje tudo está vago vago vagas ondas achar definições mas como ? exercises...acordei de madrugada sempre acordo a noite escura e densa que aos pouquinhos vai mudando e clareando que horas seriam ? umas cinco, cinco e meia. mutações. que não sei se vão para algum lugar. meus ossos do quadril voltaram `a aparecer para fora, engraçado. estou ? coloquei Amy pra animar uau! Patricia ontem falou do Cortazar é isso que estou precisando, como um remédio achar preciso achar O Jogo da Amarelinha...

domingo, julho 27, 2008

Pegando um restinho de sol aqui no chão do atelier Miranda dorme enroladinha no pufe e é só uma pena porque sei que o sol vai sumir daqui `a pouco e por mim ele não sumia nunca nunca seria um dia eterno de sol eterno sempre no rádio toca um piano levemente romântico o que não é romântico? e sinto um pouco de frio nas costas onde a camisa não chega. Como sinto frio sempre talvez por isso... eu magra agora misteriosamente e não misteriosamente. Os móveis da sala estão lá esperando felizes. tudo parece estar estar. os cadernos amontoados em cima do cavalete olham e esperam e se mostram. esses dias lindos de julho que já está acabando e mal começou e esses dias lindos de maio e de junho e. restos de perna do "nadador" no chão. saudades da. hoje a casa foi só minha desde acordar até agora. só um ritmo o meu e o do sol e dos gatos e das coisas e dos pensamentos e das coisas de novo. em transe escutando Miles Davis Ascenseur pour e a foto da Jeanne Moreau na capa é linda como aquele poster do Jules et Jim que tem na casa da Laura queria para mim sim e não.


sábado, julho 26, 2008

A Banda


Alberto Tassinari / Rodrigo Andrade

Um sofá, uma cadeira, um armário. Onde estão ? Parecem as mobílias de uma mudança. Uma árvore ao fundo, `a esquerda, parece indicar que estão na rua, ao ar livre, num pátio, ou coisa parecida. Mas onde estão os donos ? Onde estão os carregadores ? Ficarão para sempre ali, abandonadas ? Sim. Ali o pintor as dispôs. Ali estão. Então é do próprio abandono que falam. Circunspectas, solitárias, comunicam-se por vizinhança. Mas pouco. Juntá-las reforça o ensimesmado de cada uma. A questão é antiga. Pense-se no quarto de Van Gogh. Mas não é preciso recuar tão longe. As gravuras de Goeldi, certas fases de Iberê, não comunicam também desamparos semelhantes ? São emblemas, sem dúvida. Nos posicionamos no lugar dos objetos. Sós. Uns ao lado dos outros e, entretanto, sós. Um espaço, é verdade, os envolve. Mas esse, então, onde fica ? Os objetos pulam para fora da tela. O convite para ir até eles está mais do que feito. Mas a tela, hoje, recusa introspecções. A manobra do pintor se revira, então, numa espécie de perspectiva `as avessas. O ataque direto `a tela projeta os objetos, e de certo modo o espaço, para fora, não para dentro. Um lugar então aparece. Não é bem lá, nem aqui. Desculpem-me o termo gasto, é um lugar utópico. Tanta luz, tanto isolamento. Entre um e outro vivemos. Como também vive o quadro desse comércio meio estancado entre a fisionomia das grandes massas de cor e a fisionomia das coisas. Ou ainda, como também vive em espaços, ainda que vagos, quase sólidos e objetos que, além, de coisas, são lugares do vazio. Longa história, se a história é da arte, para aí se chegar. Manet, Van Gogh, Picasso, De Chirico, Goeldi, Guston, Iberê. A lista é maior, mas não importa tanto. Rodrigo os junta por subtração. E uma segunda longa história. Longa, se é a de um pintor por volta dos trinta. Dez anos de pintura, e o retorno a si mesmo. É que penso que há aqui o mesmo clima, mas na época meio gráfico, dos seus quadros do ateliê Casa 7. Mas aqui há mais. Um neo-expressionismo agora refletido e indiferente `a última moda. A pintura americana, digamos, vista por Goeldi. Em desvios, meio extemporânea. E, no fim das contas, o quanto isso importa? Importa a coragem do artista, sem dúvida, em desligar-se das modas. Eu, por minha conta, espectador, fico mais é a me indagar sobre o jogo das intensas forças de atração e distanciamento que entre mim e o quadro e também entre suas partes, se estabelece. Essa cadeira de tinta, na qual me sento e já não mais estou. Esses bancos enfileirados, que me impedem de decidir em qual deles me deter. Essas garrafas, ou esses livros, que me somem da mão quando enfim os apalpo. Emblemas, repita-se : sólidas solidões e o vazio do espaço em comum. E suas reversões: solidões que se esvaziam na possibilidade do estar lado a lado.
Alberto Tassinari, pinturas de Rodrigo Andrade, Galeria Anna Maria Niemeyer, novembro de 1994,
Encontrei esse catálogo de uma exposição que gostei muito, na época, e ainda gosto, mas não havia lido o texto. Tem tudo `a ver...

quinta-feira, julho 24, 2008

my tears dry on their own
achei engraçado o PG fazendo uma análise dos piscianos, contando de outros amigos dele - Martin e... e de mim também, de certa forma!, que os piscianos nunca sabem porque estão fazendo as coisas! Sempre estão dizendo "não sei porque estou sentindo isso", "não sei..." e eu me identifiquei, é claro!
agimos mais com o inconsciente... como se.

parecia que eu estava assistindo ao Martin quando ele contou as estórias o Martin era o alemão? e tinha um outro amigo ou amiga estou confundindo esquecendo

eu não sei porque estou na Unirio
eu não sei porque
eu não sei

Fui assistir ao filme A Banda e ao Nome Próprio e adorei os dois
A Banda com seus enquadramentos planos lindos e melancólicos e o filme é sutil e delicado
Nome Póprio é visceral e vivo - acho que estou meio redundante! e blog e procuras e carências em estado puro