terça-feira, maio 08, 2012
tentando voltar pra casa, sempre um processo complicado, demora, entra muita gente, trânsito. e eu sempre querendo voltar pra casa no"desespero". e depois tudo piora; hj estava carregada -maquina, ração, livro, ontem estava carregada, e tudo isso não sei pra quê exatamente. fui fotografando da janela, meio inclinada...
sábado, maio 05, 2012
subindo as escadas da livraria ja sem cracha indo embora quando entrou um francês e me perguntou se eu falava inglês espanhol eu disse francês un peu e indiquei onde estavam os livros que ele queria para aprender português e disse eu ja estava indo acabou meu horario e sai meio perdida como às vezes saio sem saber o que fazer da vida que resta ja que nas horas anteriores eu estava so no automatico robô cumprindo funções às vezes compenetrada às vezes entediada liguei pra A. pra combinar das roupas e vi o francês passando à minha frente acho que não tinha quase nada do que ele queria parei pra esperar o sinal fechar ele surgiu e me convidou para um café prend un café e perguntou se eu falava francês respondi de novo que um pouco e ele ficou decepcionado e perguntou como eu estava ou algo assim e eu fiz uma expressão significando indo e ele disse que viu pelos meus olhos que eu não estava muito bem (?) e perguntou se eu ja tinha 40 e eu disse que sim e ele disse pensamos muito com essa idade e ele tinha 49 embora tenha dito que nascera em 62 e perguntou se eu era de 63 e eu disse que não e andamos mais um pouco e ele disse que morava na Thailandia e estava passeando pelo Brasil e quis colocar cartas num negocio dos correios que tinha na rua e me perguntou se isso funcionava e eu nunca soube se isso funcionava e não acredito que funcione e ele ficou meio surpreso e então eu disse tchau e atravessei a rua indo para o meu ponto de ônibus mas estava meio deprimida e pensei ir para casa porquê sempre vou para casa como um cachorro ou como uma necessidade de ninho mas ia ser horrivel ir para casa e ser tudo sempre igual então fui indo pro metrô e saltei em botafogo e andei nos estações vendo que filmes tinham comendo pão de queijo de um saquinho que tinha comprado na estação otimo quentinho e liguei pro A. e ele me ligou e resolvemos ver Paraisos Artificiais e enquanto estavamos na lanchonete porque dentro do cinema é tudo muito caro vi uma foto que perdi estava sem a maquina olhando pelo vidro o corredor adoro corredores vazios e outro dia com Alcy também o muro cinza da voluntarios e ainda fui pegar o amplificador do papai e as roupas em ipanema fiquei menos estatica paralisada como tenho andado
quinta-feira, maio 03, 2012
Comprei três xicaras tipicas de bar, naquelas lojas que vendem pra restaurantes e adjacências, perto da Marechal Floriano. Quase todas que tinhamos foram quebradas pelo gamba, ou quebraram quebrando por ai. Não sei porquê três e não quatro, rs. Acho que vou voltar la e comprar mais uma... se eu tiver coragem, porque eu estava tão" carregada", depois de uma discussão aos berros na livraria de manhã, mas que ainda estava dentro de mim, que provavelmente o dono da loja sentiu e deixou cair no chão o embrulho, que quebrou, e teve que embrulhar mais três xicaras.
http://www.lucieandsimon.com/works/silent_world
segunda-feira, abril 30, 2012
Trechos da única entrevista feita com Rê Bordosa, em 1985. por Benevides Paixão
Benevides Paixão: Como foi que começou a sua vida de delírios, porres homéricos e carreiras quilométricas?
Rê Bordosa: Eu fui muito presa, sabe?!... Meus pais eram fodinhas, mas um dia esqueceram a porta de casa aberta... saí de lá direto para um bar. No caminho, fui perdendo minha virgindade, minha vergonha, calcinha, sutiã...
BP: Como foi perder sua virgindade? Doeu?
RB: Só na hora que entrou. Na hora que saiu foi gostoso.
BP: E as mulheres de hoje, como você está vendo?
RB: Meu negócio é homem. As mulheres que passaram por esta banheira foram por puro erro de cálculo.
BP: Erro de cálculo? Como é isso?
RB: É quando saio à procura de um pênis e acabo encontrando
um tênis. Nunca fui chegada em roçar no couro de jararaca
e toda vez que aconteceu foi desvio de verbas. Na falta de um coturno do exército a gente usa havaiana. Não tem cheiro e nem solta as tiras.
BP: Quantos erros de cálculo você comete por noite?
RB: Só sei contar até a quinta dose. Depois, só Deus sabe!
BP: Ué? Você acredita em Deus?
RB: Até a décima dose.
BP: Sua vida é um mar de prazeres, sexo, drogas, festas, aventuras... Isso é o paraíso?
RB: Paraíso? Meu chapa... isso é o inferno. Já disse mil vezes que não nasci para ser a cura e sim a doença.
BP: Como você se define? Uma mulher liberada, moderna...
RB: Sou uma barata que resiste a todos os inseticidas.
domingo, abril 29, 2012
sábado, abril 28, 2012
cortei o cabelo depois de pegar cenas da Bibi Anderson no Persona e mostrar pro Val, o cabeleireiro, que disse que não dava pra sacar muito não. ficou legal. depois fiz as unhas e o pé e não conseguia falar nada. e a moça, Gleize, perguntou se eu estava cansada. ela faz massagem no pé e fecho os olhos. voltei à livraria so pra comer bolo e comi duas fatias que me pesaram enormemente. em casa sonoterapia, imediatamente. M. V disse que eu estava com cara de choro e quando tentei explicar, a voz veio cheia de choro, o que é mais constrangedor pra quem escuta. pra mim também. não consegui me concentrar em nada. ontem à noite culpa e vazio e me sentindo presa, deitei no sofa com o vinho horrivel que so consegui beber um pouco ouvindo gotan project, não sei exatamente porquê. alias saber o porquê não é minha especialidade. alias qual é a minha especialidade. outra noite so delirios. F. vai dizer que adoro me fazer de vitima, vicio, bjhbhb. Carlota pula em cima da cômoda e tenta rasgar o saco de ração, peste. A. me escreve dizendo da analise, seria otimo.
quinta-feira, abril 26, 2012
segunda-feira, abril 23, 2012
as vezes meu quarto me sufoca, muitos moveis coisas e não é muito grande, é meio ninho, talvez tirar a televisão pintar o armario de branco ou verde claro e tirar o verniz da mesa ela era muito mais bonita sem crua e rustica assumida e então vim pra sala laptop no colo esperando a bateria da maquina recarregar queria ter tirado mais fotos da exposição e da escada e das lonas mas ai acabou não achar nada isso seria o ideal F. diz que eu falo muito de mim e que não "sei" embarcar em outros assuntos, so quando é uma coisa que sei muito e eu não queria isso e acho que às vezes falo alto sem perceber estranhezas que acontecem e fiquei lendo estudando sobre os cérebros emocional limbico e o cognitivo e etc etc adorei esse estudo hoje e sabado uma meio analise, sexta acabei ficando meio pasma no sofa pensando se ia ou não encontrar a Rô mas não estava muito plena de energia, plena uma boa palavra estava meio esvaziada na verdade e fui ler o Rimbaud depois mas... e agora na duvida do que fazer, como sempre, se termino uma estoria que me perturba ou se tento fazer com que ela deixe de me perturbar sem dar importância o tamanho das coisas do que se sente varia nas horas e depende, pesos e medidas
MORTE EM FAMiLIA, UMA
MORTE EM FAMiLIA, UMA
Esse é o outro livro que saiu agora, do James Agee, e que ganhou um Pulitzer postumo em 1958.
Esse é o outro livro que saiu agora, do James Agee, e que ganhou um Pulitzer postumo em 1958.
MULHER CALADA, A
MULHER CALADA, A
Dar uma olhada. Sylvia Plath me interessa, ou me interessava, quando li A Redoma de Vidro e também a biografia dela.
Dar uma olhada. Sylvia Plath me interessa, ou me interessava, quando li A Redoma de Vidro e também a biografia dela.
ELOGIEMOS OS HOMENS ILUSTRES
ELOGIEMOS OS HOMENS ILUSTRES
Uma vez dei de cara com esse livro, ou mais de uma vez, indo arrumar a sessão de comunicação, e ficava na duvida se ele não deveria estar, também, na sessão de fotografia, e sempre ficava paquerando, pensando se pegava pra dar uma olhada, curiosa, ja que as fotos são do Walker Evans, numa viagem que os dois fizeram ao sul dos Estados Unidos em 1936, depois da Depressão, e ficaram 4 semanas convivendo com roceiros. As fotos são documentais-tragicas-humanas-lindas, e como estava lendo sobre outro livro do mesmo escritor que saiu agora, James Agee, resolvi "guardar" pra ver se não esqueço de pegar os dois livros.
Uma vez dei de cara com esse livro, ou mais de uma vez, indo arrumar a sessão de comunicação, e ficava na duvida se ele não deveria estar, também, na sessão de fotografia, e sempre ficava paquerando, pensando se pegava pra dar uma olhada, curiosa, ja que as fotos são do Walker Evans, numa viagem que os dois fizeram ao sul dos Estados Unidos em 1936, depois da Depressão, e ficaram 4 semanas convivendo com roceiros. As fotos são documentais-tragicas-humanas-lindas, e como estava lendo sobre outro livro do mesmo escritor que saiu agora, James Agee, resolvi "guardar" pra ver se não esqueço de pegar os dois livros.
domingo, abril 22, 2012
segunda-feira, abril 16, 2012
acordei de manhã querendo escrever querendo fazer yoga querendo varrer o quarto mas precisando comer e tomar banho e sair e recaregar o mp3 e então não deu tempo pra nada que eu queria. e no ônibus tentei mas como ele sacoleja muito verdadeiro inferno. e depois que conversei com o Chico percebi como continuo cada vez mais histérica provavelmente não tem fim é um negocio que vai embolando e embolando e aumentando e também como essa coisa nada mais um nada sucessão de nadas todo o meu dia vai indo pra lugar nenhum não me conecto à nada e pronto parece que é isso uma coisa assim meio fatalista sem fim sem solução que não consigo ver. e na sexta ou sabado tanto faz mais horas estéreis inocuas sem sentido ? passei o final de semana me odiando. porque eu permito o nada e não consigo sair dele e criar o tudo ou o alguma coisa, pelo menos. queria dormir e sumir mas não, dormi so o suficiente de sempre e não sumi, como fazer para? fiquei so me odiando desanimada. vi um pedaço do Torremolinos mas não aguentei ver tudo. li jornais, artigos que ja esqueci. tentei ler o Schopenhauer, ja que ele fala do que mais me interessa no momento, que é a vontade, o querer, mas não consegui me concentrar muito. não conseguia me concentrar em nada! acabei vendo um documentario sobre Hitler...buf, que merda. essa tv a cabo é uma porcaria, tenho que cancelar ja que não tenho dinheiro mesmo e cada vez passa menos coisas boas. sensação ruim, mal humor. mesmo assim como, leio, durmo, trabalho, falo.
sexta-feira, abril 13, 2012
conversando sobre filhos e cachorros e gatos e ter alguém para gostar então adoro quando Miranda aparece e fica até de manhã fico feliz feliz isso esta meio bobo eu sou boba e descobri que fico um pouco aterrorizada quando rola a idéia de e significa um não gostar de mim papo cabeça com a minha propria desisto de escrever agora pelo menos
quarta-feira, abril 11, 2012
vendo o Alan Pauls e gostei tanto do Historia do Cabelo a forma como ele escreve um pensamento indo à outro e à outro e depois volta e fecha, paragrafos grandes com muitas virgulas enfim o estilo é tudo ja dizia o Celine numa entrevista que eu guardava e que perdi não importa como alias nem lembro direito as circunstâncias e voltando ao Alan Pauls quero ler o primeiro da trilogia Historia do Pranto e a edição também é muito bonita e queria ter esse livro como outros que li e gostei mas esta dificil de ter talvez isso seja um certo fetiche ter os livros que gostamos como uma identidade nossa que carregamos por ai ao invés de mostrar a carteira ou as fotos da familia mostrar os ultimos livros lidos ou os primeiros olha esse foi o primeiro livro que li e esse é o ultimo e ele fala também do manuel Puig - em outra entrevista - e lembro que tinha la em casa la em casa quer dizer na minha casa de criança tinha Boquitas Pintadas e não lembro se dei uma olhada ou não mas gostava desse titulo e comi uma coalhada das que fiz em casa semana passada orgulhosamente e ficaram muito boas realmente e é o que tem para distrair quando chego em casa e não consigo dormir e por isso não queria voltar pra casa enfim voltei ouvindo musica musica musica e acabei saltando antes e andei um pouco no meio do entardecer quase escuro e fiquei bestamente na rede
segunda-feira, abril 09, 2012
Querido Scott, querida Zelda,
O SEGREDO DE jOE gOULD, a HORA DOS aSSASSINOS
caIxa alta não quer sair de jeito nenhum, não sei como ela começou, lendo numa coluna titulos de livros sobre lunaticos, além do Oliver SACKS E DO DEMONIO DA MEIA NOITE E O OUTRO VI HJ E ME INTERESSEI TENHO QUE ANOTAR SENÃO AS COISAS VÃO INDO E ATROPELAM E PASSAM E NÃO SEI PORQUE ESTOU COM RAIVA vou ligar e desligar o computador pra ver se e corri a maior dificuldade voltar à so consegui 20 minutos e a chuva começou na volta primeiro fraquinha e depois mais forte e foi otimo sbrinfs e ao mesmo tempo de repente vi o ridiculo de tudo e ai
O SEGREDO DE jOE gOULD, a HORA DOS aSSASSINOS
caIxa alta não quer sair de jeito nenhum, não sei como ela começou, lendo numa coluna titulos de livros sobre lunaticos, além do Oliver SACKS E DO DEMONIO DA MEIA NOITE E O OUTRO VI HJ E ME INTERESSEI TENHO QUE ANOTAR SENÃO AS COISAS VÃO INDO E ATROPELAM E PASSAM E NÃO SEI PORQUE ESTOU COM RAIVA vou ligar e desligar o computador pra ver se e corri a maior dificuldade voltar à so consegui 20 minutos e a chuva começou na volta primeiro fraquinha e depois mais forte e foi otimo sbrinfs e ao mesmo tempo de repente vi o ridiculo de tudo e ai
domingo, abril 08, 2012
escutando as musicas do Pina depois de assistir pela segunda vez ontem sempre tenho vontade de me jogar ali la dentro o filme é incrivel o trabalho dela incrivel e emociona muito os nomes são Thom Hanreich Jum Myiake Rene Aubry acordei com uma das musicas na cabeça e o vinho ontem me deu um enjôo durante a noite e agora ainda e acabei tomando um banho de madrugada Miranda corria pelo quintal mas depois sumiu minhas gatas loucas e achei um ingresso do Circo Voador de começo de setembro porque fiquei com novembro na cabeça e essa minha mania detetivesca de reconstituição dos passos
quinta-feira, abril 05, 2012
estava escutando pela segunda vez o Keith Jarrett a gravação do show que ele fez aqui no Rio descobrindo e adorando e quando acabou começou o Nick Cave que esta embaixo que peguei do L. e engraçado como por um lado é bom esse descobrir outras coisas do outro e não ser sempre eu e o que escuto e então mergulhar num outro mundo mas acho que quando mergulho esqueço do meu mundo ou não mergulho fundo o suficiente sei la ontem quando peguei o ônibus pra Taquara ja senti que ia ser uma viagem estranha desde o começo uma criança numa cadeira de rodas com problemas mentais o ônibus não andava Presidente Vargas parada lembrei da Panda porquê? ou foi antes enquanto andava até a praça xv e pensei que ela provavelmente sofreu, de fome? e foi tudo tão desesperador porque eu não tinha dinheiro e não consegui embora tenha ido ao veterinario feito exames e gasto uma grana enfim lembrei e chorei e depois chorei varias vezes mini choros por tristeza minha uma exaustão um homem grande que estava em pé às vezes me olhava rapidamente é meio estranho ver alguém chorar em publico bem eu sou mestra nisso durante a enorme viagem que demorou quase duas horas insuportavel e quente eu escutava a Amy que tocou duas vezes e na terceira rodada parei e lia também sobre Schopenhauer gostando da vida dele e da idéia de representação subjetiva e da vontade que ainda não falou muito depois uma mulher desmaiou o ônibus inteiro falava e estava cheio de pessoas em pé paramos na Upa entrou um enfermeiro deu uma examinada nela e depois a levaram de maca e cheguei logo depois ja eram cinco e tal e na sala de espera tinham umas cinco pessoas e a televisão muito alta dois homens assistiam atentamente folhei uma revista que estava em cima de moda e outra e começou malhação que é muito ruim eu estava de costas mas escutava e tinha uma revista do sheicho no ie que acho é uma religião e me fez bem porque sempre tem palavras bonitas e tranquilizadoras e dormi acordei pensando a minha vida é essa e é assim porque eu quis e então não tenho que ficar achando que não fui atendida rapidamente pelas malucas ana e marina sempre felizes e volta horrivel cheguei em casa pensando na musica que acho que é do John I'm so tired do album branco hoje consegui focar no que tinha que fazer mas ai fico séria séria
domingo, abril 01, 2012
vendo as fotos que tirei no ônibus fase ônibus no mesmo ônibus onde estupidamente perdi minha carteira e tento ver esse momento quando a carteira caiu deslizou ou ficou esquecida no banco mas essa imagem não vem porque ela não existiu não foi gravada na minha mente e achei que poderia estar no quarto também em algum lugar fico perplexa com essas situações que acontecem sem que tenhamos nenhum controle escapou aconteceu e deve ser um retrato do que tem acontecido o que tem acontecido ontem pensava que incrivel consegui estar tão feliz - em alguns momentos, ressalva tão zen nas minhas férias nessa pausa e entrei num turbilhão de carências e impossibilidades e o Bergson diz que a possibilidade não existe e pra mim a possibilidade sempre existiu num canto qualquer então ai deve estar o erro
terça-feira, março 27, 2012
“o
vinho da eternidade”
relendo um pouco de Fante,
O Vinho da Juventude,
na cama
nesse meio de tarde,
meu gato gordo
BEAKER
dormindo ao meu
lado.
a escrita de alguns
homens
é como vasta ponte
que leva você
através
das muitas coisas
que agarram e rasgam.
de Fante a pura e mágica
emoção
se atém à simples
limpa
linha.
e este homem morreu
uma das mais lentas e
mais horríveis mortes
que eu jamais testemunhei
ou ouvi
falar....
deuses não escolhem
favoritos.
ponho o livro no chão
ao meu lado.
livro de um lado,
gato do
outro...
John, conhecer você,
mesmo do jeito que
foi foi o evento da minha
vida. não posso dizer
que eu morreria por
você, eu não saberia lidar
com isso bem.
mas foi bom ter visto você
de novo
esta
tarde.
relendo um pouco de Fante,
O Vinho da Juventude,
na cama
nesse meio de tarde,
meu gato gordo
BEAKER
dormindo ao meu
lado.
a escrita de alguns
homens
é como vasta ponte
que leva você
através
das muitas coisas
que agarram e rasgam.
de Fante a pura e mágica
emoção
se atém à simples
limpa
linha.
e este homem morreu
uma das mais lentas e
mais horríveis mortes
que eu jamais testemunhei
ou ouvi
falar....
deuses não escolhem
favoritos.
ponho o livro no chão
ao meu lado.
livro de um lado,
gato do
outro...
John, conhecer você,
mesmo do jeito que
foi foi o evento da minha
vida. não posso dizer
que eu morreria por
você, eu não saberia lidar
com isso bem.
mas foi bom ter visto você
de novo
esta
tarde.
(Charles
Bukowski)
segunda-feira, março 26, 2012
estava tão estupidamente feliz sem -motivo feliz que sabia que depois tudo ia cair e ia ficar triste triste estupidamente triste e ter uma crise e chorar e chorei um pouco talvez por ter estado antes tão feliz por nada so por andar na rua e a musica tocando e chegar em casa e pintar um pouco até ficar escuro o que foi mais ou menos rapido pîntar um quadro que esta meio ruim talvez ou esta um quadro e talvez não seja novo e escrever também não tem porquê mas preciso e nada tem sentido mas ou pela ansiedade toda e ler hoje também foi estupidamente bom no ônibus minha especialidade ou porquê consegui ficar livre me senti livre alguns momentos sensações somos sensações ambulantes so isso
domingo, março 25, 2012
mudou o estilo da postagem e não sei como voltar ao que era antes e . me liga mas fico um pouco sem graça talvez porque não seja nada de novo jantar beber um vinho queria algo mais louco como ter um filho que provavelmente não posso mais e talvez nunca tenha podido em outros sentidos que tal adotar um bebê agora olho pra todos os que cruzo pelo caminho no colo em carrinhos por ai e gostaria de um no colo como se fosse uma coisa um objeto um objeto de afeto com certeza e olho a janela onde nuvens fatasticas andavam rapidamente andavam se mexiam corriam não sei como me referir ao modo de locomoção delas e talvez elas realmente não andem ja que não tem pernas se deslocam mas agora o céu esta negro e quer dizer que o dia acabou e queria ter pintado na varanda ja que no meu ultimo dia de férias tive a coragem subita de atacar uma tela quase em branco e foi otimo mas nenhuma lâmpada quer funcionar no bocal a revolta sem sentido dos bocais dessa casa primeiro no quarto e agora saiu um café diz o Pedro e pensei muito pensamentos que são pura ansiedade e que não são pensamentos, realmente, e tentar entender o Bergson não achei tão facil como o Chico falou mas bonito talvez pela minha dispersão tenha dificuldades gigantes mortos que ainda não foram enterrados algo assim li no LCohen e mais dois livros que trouxe e então amanhã mas como vou saber o que farei amanhã sexta tentei correr mas veio aquela dor de respiração mal feita parece e então foi so uma introdução e esses dias tudo girando em torno de... e muito sono pelo menos dei uma disfarçada nos cabides e sapatos agora atacar as gavetas vergonhosamente desarrumadas e fico triste com isso de não poder mais poderia tentar mas e outro dia escrevi muito muito no caderno que Pedro me deu meu querido diario enquanto tomava sol no meu quintal so com a parte debaixo do biquini vigiando se havia alguém na casa de cima que estava com a porta fechada e assim permaneceu e escutei musica deitada no chão da sala com as pernas no sofa e andei até o mercado e o pão enquanto ouvia alguns tiros e as pessoas se escondiam atras dos muros e eu passei comendo um maçã e não me escondi em nenhum lugar e acabou esse que foi o dia mais maravilhoso
quinta-feira, março 22, 2012
quarta-feira, março 21, 2012
o blog esta diferente uma tentativa frustrada mais uma me sinto meio ao léu enfim os encaixes se dão de uma maneira não previsivel pelo menos a estante esta arrumada arrumada até demais amanhã dar uma bagunçadinha pelo menos e ainda faltam as gavetas e o armario porque não agora que não consigo dormir provavelmente porque jantei e comida de noite é punk e estou conseguindo me cobrar cobrar cobrar menos vamos ver quando voltar à trabalhar e o dormir porquê porquê glkjfljdjnnkn vou gambas estão fazendo muita bagunça na cozinha ouço daqui
terça-feira, março 20, 2012
Histeria, Charcot, Breuer, Anna O.
A histeria é uma neurose de conversão caracterizada por sintomas físicos (dormência/paralisia de um membro, perda da voz ou cegueira), quando a pessoa desfruta de plena saúde física.
O neurologista francês, Jean Martin Charcot, interessado no tratamento da histeria, a qual considerava como uma verdadeira moléstia que atingia a homens e mulheres, tentou livrar seus pacientes de pensamentos indesejáveis, através de sugestão hipnótica.
Joseph Breuer, médico vienense, também adotava o procedimento da hipnose, não apenas para suprimir sintomas, mas também para descobrir as causas profundas do sofrimento de seus pacientes. Ele percebeu, durante o tratamento da jovem "Anna O." (1880-82), que os resultados tinham um alcance muito maior, ao lhe permitir contar seus pensamentos e sentimentos. Ele chamou de "auto-hipnose" os estados alterados de consciência de Anna, a qual denominou de "cura pela fala" o processo que levava ao desaparecimento de seus sintomas, toda vez que ela conseguia se lembrar dos acontecimentos que os originara.
Durante seus estudos com Charcot (1885), Freud praticou e observou o emprego da hipnose. Em seguida, tornou-se colaborador de Joseph Breuer. Enquanto progressivamente delineava sua teoria sobre a mente, Freud considerava a hipnose mais satisfatória do que a eletroterapia que havia experimentado até 1890.
Através da hipnose, os pensamentos e as lembranças ligadas aos sintomas chegavam eventualmente à consciência. A 'catarse' (purificação, em grego) ocorria através de uma descarga normal de afeto; apesar desse fato, os sintomas tendiam a ser recorrentes.
Primórdios da Psicanálise
Breuer e Freud publicaram suas descobertas e teorias em Estudos sobre a Histeria (1895). Consideravam que os sintomas histéricos ocorriam quando um processo mental caracterizado por intensa carga de afeto ficava bloqueado, impossibilitado de expressão, através da via normal da consciência e dos movimentos. Esse afeto 'estrangulado' percorria vias inadequadas e derramava-se sobre a inervação somática(conversão).
Os autores afirmavam que esses sintomas, substitutos de processos mentais normais, tinham sentido e significado, sendo causados por desejos insconscientes e lembranças soterradas. Dado que essas idéias patogênicas, descritas como traumas psíquicos, eram oriundas de um passado remoto, as histéricas sofriam de 'reminiscências' que não tinham sido elaboradas.
A pedra angular dessa teoria era a hipótese da existência de processos mentais inconscientes, que seguem leis que não se aplicam ao pensamento consciente. Posteriormente, um entendimento mais aprofundado desses processos viria a esclarecer produções psicológicas previamente incompreensíveis, como é o caso dos sonhos.
A Regra Fundamental
Considerando a hipnose inadequada, Freud aprimorou os métodos de Breuer, baseado numa crescente compreensão clínica das neuroses. Ele percebeu que o êxito do tratamento dependia da relação paciente x médico, cabendo a este tornar consciente o inconsciente.
Desenvolveu-se uma relação inteiramente nova entre paciente e médico, a partir de uma mudança na técnica, e os surpreendentes resultados, assim obtidos, estenderam-se a muitas outras formas de neurose. Em 1896, Freud denominou esse procedimento de Psicanálise - a arte da interpretação.
Freud considerava que pensamentos perturbadores e anseios conflitantes eram mantidos inconscientes (repressão), mas mesmo assim causavam fortes sentimentos de culpa e intensa ansiedade, interferindo na atividade mental consciente, consumindo energia psíquica vital em busca de liberação. Por serem incompatíveis com os padrões normais do indivíduo, este se sentiria compelido a defender-se contra essas idéias intrusivas e a liberação desses impulsos, a fim de manter seu equilíbrio interno (mecanismos de defesa).
Como Freud acreditava na sobredeterminação dos eventos psíquicos, supondo que todas as lembranças estavam organizadas numa rede associativa, de forma que uma recordação levaria à outra, e considerando possível recuperar e compreender lembranças cruciais estando consciente, Freud insistia para seu paciente lhe dizer tudo que lhe ocorresse à mente (associação livre), a despeito de quão irrelevante ou potencialmente embaraçosa a idéia pudesse lhe parecer.
Ao entregar-se à sua própria atividade mental insconsciente (atenção flutuante), Freud acompanhava o fluxo inconsciente das produções mentais do paciente, a fim de estabelecer conexões entre o fio associativo das comunicações alusivas e as lembranças esquecidas.
Ocasionalmente, o paciente poderia omitir o material considerado absurdo, irrelevante e vivenciado como desagradável e precisamente essa lacuna na comunicação revelaria que a associação era evitada (resistência) devido ao seu potencial evocativo para trazer lembranças submersas à superfície da consciência, tornando emergente o significado oculto, previamente inacessível.
Freud notou que, na maioria dos seus pacientes, o material mais frequentemente reprimido estava relacionado à idéias perturbadoras referentes à sexualidade. Em 1897, percebeu que, ao invés de serem lembranças de acontecimentos reais, esses eventos eram resíduos de impulsos e desejos infantis (fantasias). E concluiu, portanto, que a ansiedade era consequência da libido reprimida, a qual encontrava expressão em vários sintomas.
Em contato com vivências internas, num estado de regressão, o analisando passava a se relacionar com o analista, como se este fosse uma figura do seu passado (transferência), frequentemente revivendo com grande intensidade emocional 'eventos' esquecidos de longa data.
Freud, então, comunicaria a ligação entre as fantasias e sentimentos do analisando pelo analista e a origem desses pensamentos e emoções nas experiências da infância do paciente (interpretação).
Essa intensa vivência dos conflitos originais era um processo doloroso para o paciente, mas a elaboração desse sofrimento emocional (insight) tornava o tratamento eficaz, devido a um novo equilíbrio e distribuição de energia psíquica, promovendo uma reorganização das estruturas psicológicas, com configurações mentais mais saudáveis.
A histeria é uma neurose de conversão caracterizada por sintomas físicos (dormência/paralisia de um membro, perda da voz ou cegueira), quando a pessoa desfruta de plena saúde física.
O neurologista francês, Jean Martin Charcot, interessado no tratamento da histeria, a qual considerava como uma verdadeira moléstia que atingia a homens e mulheres, tentou livrar seus pacientes de pensamentos indesejáveis, através de sugestão hipnótica.
Joseph Breuer, médico vienense, também adotava o procedimento da hipnose, não apenas para suprimir sintomas, mas também para descobrir as causas profundas do sofrimento de seus pacientes. Ele percebeu, durante o tratamento da jovem "Anna O." (1880-82), que os resultados tinham um alcance muito maior, ao lhe permitir contar seus pensamentos e sentimentos. Ele chamou de "auto-hipnose" os estados alterados de consciência de Anna, a qual denominou de "cura pela fala" o processo que levava ao desaparecimento de seus sintomas, toda vez que ela conseguia se lembrar dos acontecimentos que os originara.
Durante seus estudos com Charcot (1885), Freud praticou e observou o emprego da hipnose. Em seguida, tornou-se colaborador de Joseph Breuer. Enquanto progressivamente delineava sua teoria sobre a mente, Freud considerava a hipnose mais satisfatória do que a eletroterapia que havia experimentado até 1890.
Através da hipnose, os pensamentos e as lembranças ligadas aos sintomas chegavam eventualmente à consciência. A 'catarse' (purificação, em grego) ocorria através de uma descarga normal de afeto; apesar desse fato, os sintomas tendiam a ser recorrentes.
Primórdios da Psicanálise
Breuer e Freud publicaram suas descobertas e teorias em Estudos sobre a Histeria (1895). Consideravam que os sintomas histéricos ocorriam quando um processo mental caracterizado por intensa carga de afeto ficava bloqueado, impossibilitado de expressão, através da via normal da consciência e dos movimentos. Esse afeto 'estrangulado' percorria vias inadequadas e derramava-se sobre a inervação somática(conversão).
Os autores afirmavam que esses sintomas, substitutos de processos mentais normais, tinham sentido e significado, sendo causados por desejos insconscientes e lembranças soterradas. Dado que essas idéias patogênicas, descritas como traumas psíquicos, eram oriundas de um passado remoto, as histéricas sofriam de 'reminiscências' que não tinham sido elaboradas.
A pedra angular dessa teoria era a hipótese da existência de processos mentais inconscientes, que seguem leis que não se aplicam ao pensamento consciente. Posteriormente, um entendimento mais aprofundado desses processos viria a esclarecer produções psicológicas previamente incompreensíveis, como é o caso dos sonhos.
A Regra Fundamental
Considerando a hipnose inadequada, Freud aprimorou os métodos de Breuer, baseado numa crescente compreensão clínica das neuroses. Ele percebeu que o êxito do tratamento dependia da relação paciente x médico, cabendo a este tornar consciente o inconsciente.
Desenvolveu-se uma relação inteiramente nova entre paciente e médico, a partir de uma mudança na técnica, e os surpreendentes resultados, assim obtidos, estenderam-se a muitas outras formas de neurose. Em 1896, Freud denominou esse procedimento de Psicanálise - a arte da interpretação.
Freud considerava que pensamentos perturbadores e anseios conflitantes eram mantidos inconscientes (repressão), mas mesmo assim causavam fortes sentimentos de culpa e intensa ansiedade, interferindo na atividade mental consciente, consumindo energia psíquica vital em busca de liberação. Por serem incompatíveis com os padrões normais do indivíduo, este se sentiria compelido a defender-se contra essas idéias intrusivas e a liberação desses impulsos, a fim de manter seu equilíbrio interno (mecanismos de defesa).
Como Freud acreditava na sobredeterminação dos eventos psíquicos, supondo que todas as lembranças estavam organizadas numa rede associativa, de forma que uma recordação levaria à outra, e considerando possível recuperar e compreender lembranças cruciais estando consciente, Freud insistia para seu paciente lhe dizer tudo que lhe ocorresse à mente (associação livre), a despeito de quão irrelevante ou potencialmente embaraçosa a idéia pudesse lhe parecer.
Ao entregar-se à sua própria atividade mental insconsciente (atenção flutuante), Freud acompanhava o fluxo inconsciente das produções mentais do paciente, a fim de estabelecer conexões entre o fio associativo das comunicações alusivas e as lembranças esquecidas.
Ocasionalmente, o paciente poderia omitir o material considerado absurdo, irrelevante e vivenciado como desagradável e precisamente essa lacuna na comunicação revelaria que a associação era evitada (resistência) devido ao seu potencial evocativo para trazer lembranças submersas à superfície da consciência, tornando emergente o significado oculto, previamente inacessível.
Freud notou que, na maioria dos seus pacientes, o material mais frequentemente reprimido estava relacionado à idéias perturbadoras referentes à sexualidade. Em 1897, percebeu que, ao invés de serem lembranças de acontecimentos reais, esses eventos eram resíduos de impulsos e desejos infantis (fantasias). E concluiu, portanto, que a ansiedade era consequência da libido reprimida, a qual encontrava expressão em vários sintomas.
Em contato com vivências internas, num estado de regressão, o analisando passava a se relacionar com o analista, como se este fosse uma figura do seu passado (transferência), frequentemente revivendo com grande intensidade emocional 'eventos' esquecidos de longa data.
Freud, então, comunicaria a ligação entre as fantasias e sentimentos do analisando pelo analista e a origem desses pensamentos e emoções nas experiências da infância do paciente (interpretação).
Essa intensa vivência dos conflitos originais era um processo doloroso para o paciente, mas a elaboração desse sofrimento emocional (insight) tornava o tratamento eficaz, devido a um novo equilíbrio e distribuição de energia psíquica, promovendo uma reorganização das estruturas psicológicas, com configurações mentais mais saudáveis.
engraçado porque às vezes confundia os dois livros e de repente dou de cara com uma carta entre os dois escritores falando dessa proximidade e pegando sol no meu quintal enquanto costuro almofadas descosturadas...e o tempo infinito que finalmente consegui pegar de volta 3 dias antes de acabarem minhas férias e acabarem os tempos enfim um pouco de temor ontem visitando uma tia que não via ha anos irmã do meu pai e nem sei quase nada sobre a familia do meu pai e então morreu a irmã do meu avõ e eu nem sabia quem era e que era irmã do meu avô e ela me deu um retrado dela e nem sei porquê aceitei se nem a conhecia so lembro de uma vez e eles eram meio brigados papai e ela que coisa ididota e tenho que assumir que sou uma bagunceira começo à fazer as coisas e não termino então ficam começos espalhados pela casa começos de arrumação começos de costura papai dizia que eu nunca terminava nada porque sera? e Rita pergunta se foi bom cobranças que a gente se faz o tempo todo e que quero me livrar delas e quando ele disse vamos namorar não disse nada as coisas acontecem e não sei bem o que muda se precisa de uma permissão verbal pra isso e como ele tem varias outras estorias que acontecem voltamos aos dez anos diz Rita e rio minha barriga inchada hoje livre de obrigações so as minhas pessoais
segunda-feira, março 19, 2012
sexta-feira, março 16, 2012
agora escutando o Paul Mc Cartney e L. também gostou e comprou engraçado isso as ondas que se vão ui que coisa mais cafona e esse livro que eu queria fazer uma peça dele com todas aquelas vozes e o tempo passando talvez teria que estudar mais a virginia woolf e tudo o que passa pela minha cabeça as estorinhas todas que vão sendo narradas o desencanto, na praia outro dia percebi oh como tudo demora! percebi que estava tudo muito cheio de tarefas e obrigações e me vem algumas pessoas decididas à cabeça e sera que sempre vamos indo e agindo empurradas pelas impressões invisiveis jet porque gostava mais quando era uma fantasia preciso sempre de uma fantasia e quando é real e tudo abre e aparece a paisagem sem nenhuma névoa e sinto falta de e de uma excitação que não tenho chove parece e tinha deixado pra ir à praia hj e tinha todo um roteiro e sempre que tenho um roteiro ele não serve pra nada e chove estou em casa dei um branco na tela! uhu incrivel mas isso não é nem o começo realmente e vou cortar o pano as coisas estão indo indo? porque tem que ir e não sei porque Miranda não fica aqui sinto falta de um gato um poder pegar e calorzinho como um corpo grande na cama e dificuldade em dormir sempre porque não estou aterrisada estou em outra imagem whats the use of worrying e quando tinha meu outro blog e não conseguia mais fazer nada e deletei e tenho saudades dele é bom estar em casa e a chuva pela janela e tudo esta ficando branco la fora descobri outra aranha gigantesca na entrada da casa la casa de las aranãs e achei que iam ficar aqueles dias azuis e quentes para sempre sempre gosto dessa no words e é estranho porque cada um vive uma outra estoria totalmente diferente
terça-feira, março 13, 2012
agora toda hora minha pressão baixa ou fico tonta deve ser a mesma coisa e não sei se é pelo calor ou se por alguma outra coisa e que outra coisa poderia ser agora mesmo acabei de levantar do sofa onde tive que deitar um pouco porque minha pressão baixou e não sei porque não convidei varias pessoas pro meu aniversario e isso vem às vezes inutilmente martelar minha cabeça tinha que sair e comprar viveres que estão escasseando mas com esse calor e tudo o mais, tudo o mais podendo significar qualquer coisa e gostaria tanto de poder tocar o piano e vou pedir dinheiro emprestado pra alguém para poder afina-lo e dinheiro emprestado também para tantas outras coisas a palavra que mais repeti coisas coisas coisas e surgiu uma nova marquinha no meu rosto e acho que ela podia ir embora a vista daqui é realmente incrivel ainda descubro ruas e casas que não tinha reparado e outras vezes parece que esta tudo tão calmo e parado apesar da cidade la embaixo sempre se mexendo e nuvens de todas as formas bocas discos voadores explosões de hiroshima cogumelos
domingo, março 11, 2012
sábado, março 10, 2012
toda hora tem que arrumar tudo e colocar no lugar porque as coisas não ficam paradinhas nos seus lugares a gente pega a coisa e olha e pensa e deixa depois em algum outro lugar porque senão toda hora tem que ir até la e pegar e depois deixar e limpar também quando se vê a bancada esta suja e a louça e o chão do banheiro mas tem uma barata que resolveu passar o dia la e então amanhã eu lavo o chão
e passou uma semana e nem vi
e amanhã e todos os dias fico pensando no que fazer
férias é muito tenso, rsrsrs
e passou uma semana e nem vi
e amanhã e todos os dias fico pensando no que fazer
férias é muito tenso, rsrsrs
sexta-feira, março 09, 2012
a estoria é
eu e Cristina estavamos juntas sentadas o corredor da casa daquele fotografo que não lembro o nome, conversando e jogando charme com ele, Fernando
tinhamos, eu e ela, um amigo em comum, Dudu,
e dormimos juntos, naquela noite na propria casa
e ele estava com um certo ar de cachorro abandonado, lembro
e outro dia quando vi o livro /catalogo e disse eu queria ter sido ela, não ela a pessoa mas sim ela a pintora que assumiu a pintura bla bla bla e fez quadros que gosto
e Fernando disse vc queria ser ela mas eu escolhi vc
e nessa época em que eu me vestia como uma inglesa?
com aquela saia preta e a blusa italiana de bolinhas, transparente, que ainda guardo como reliquia e que queimou um pedaço passando à ferro, sem sutiã que alias eu nem tinha e nem usava
e minha pressão baixou um pouco agora
e ontem o que me apavorou ( um pouco) foi a percepção de que mal nos conhecemos e que não podemos cometer essa loucura
engraçado esse desejo, de outra esfera galactica
eu e Cristina estavamos juntas sentadas o corredor da casa daquele fotografo que não lembro o nome, conversando e jogando charme com ele, Fernando
tinhamos, eu e ela, um amigo em comum, Dudu,
e dormimos juntos, naquela noite na propria casa
e ele estava com um certo ar de cachorro abandonado, lembro
e outro dia quando vi o livro /catalogo e disse eu queria ter sido ela, não ela a pessoa mas sim ela a pintora que assumiu a pintura bla bla bla e fez quadros que gosto
e Fernando disse vc queria ser ela mas eu escolhi vc
e nessa época em que eu me vestia como uma inglesa?
com aquela saia preta e a blusa italiana de bolinhas, transparente, que ainda guardo como reliquia e que queimou um pedaço passando à ferro, sem sutiã que alias eu nem tinha e nem usava
e minha pressão baixou um pouco agora
e ontem o que me apavorou ( um pouco) foi a percepção de que mal nos conhecemos e que não podemos cometer essa loucura
engraçado esse desejo, de outra esfera galactica
quinta-feira, março 08, 2012
passei o dia ontem fazendo uma coisa que não deu certo incrivel não ter visto que não estava bom e insisti sem ver problemas de visão gigantescos hoje ressaca existencial depois de uma noite com pessoas teatrais mas ao mesmo tempo vivas e eu sempre distante e não me emociono mais com nada caralho e preciso preciso voltar `a talvez esteja ...talvez mas ainda esta meio longe de saber e provavelmente não estou então porque a preocupação se era isso que eu queria irrefletidamente antes o problema é esse irrefletida e agora deu um tempo para a reflexão e me sentindo inutil ontem não me sentia bem comigo mesma e depois li no Henri Michaux algo parecido so que maior ou mais sem sentido ainda e depois da acupuntura uma leveza como sempre mergulhar num barril de acupuntura para sempre e hoje so dormi dormi virei uma maquina sexual e não vivo para nada terminei o livro finalmente envergonhadamente demorei triste os fins da Milk e do Sr. Singer personagens mais fortes pra mim e que mais gostei ele solitario apesar de todos o procurarem para curarem suas proprias solidões mas ele não os entendia muito e ela e seu mundo interior, largada vagando. e agora não sei as pessoas sempre sabem tudo e amanhã porque hoje foi um dia perdido ver um filme talvez amanhã resgatar algo
quarta-feira, março 07, 2012
a aranha em frente à minha janela placida na mesma posição dorme talvez depois de comer muito algum bichinho preso em sua teia ou o que parece ser a mesma posição apesar de que a vimos numa dança frenética numa manhã dessas ela acordando também a gente no parapeito da janela de novo parapeito e ontem quando conversamos rapidamente sobre minha rabugentisse fiquei mais pesada ainda e triste triste e ainda estou porque me pareceu que tudo estava coberto com isso tudo tudo e não pode ser so isso e toda hora olho pra ela que esta bem no centro e não consigo responder o som pifou tenho que bordar e
terça-feira, março 06, 2012
Simplesmente Doisneau
Simplesmente Doisneau, uma iniciativa da Aliança Francesa do Brasil, é o título da exposição, inédita no país, que celebra o centenário de nascimento de Robert Doisneau. Um dos maiores nomes da história da fotografia mundial, desde o início da carreira ele se mostrou apaixonado pela poesia do cotidiano, a ponto de desenvolver um novo modo de pensamento visual, audácia esta colocada a serviço de um pensamento social rigoroso. Influenciado pelas obras de Henri Cartier-Bresson, Eugène Atget e André Kertész, ganhou fama por fotografar a vida social de Paris e de seus arredores, sem distinção de classe social: uma visão da fragilidade humana e das contradições da vida. Robert Doisneau morreu em 1994.
Curadoria: Agnès de Gouvion Saint-Cyr
De 08/03 a 17/06
Terça a domingo, das 12h às 19h
Galerias do 2º andar CCJF
segunda-feira, março 05, 2012
ganhei dois vestidos lindos uma camisa bacanérrima flores de pano o livro do Bolaño que me fascinou de tão dentro que se fica lendo o entrelaçamento de tudo os catalogos lindos a pessoa que eu disse que queria ser Miranda come feliz Carlota olha de cima da mesa minha vida é sempre medida pelo tempo dos gatos ou eles são uma pausa onde me refugio li o blog do escreve tão denso e bom queria ser escritora densa queria ser pintora densa mas não sou nada disso um sabonetinho verde ficou fora da caixa tão bom receber os amigos poucos tudo nunca mais liguei a televisão tenho que me segurar na sensação de sonho porque sonho é outra coisa que não é essa aqui ou tudo é sonho e não é ao mesmo tempo
tenho que fazer minhas unhas um romance existencial entre pessoas underground do mundo pornô incrivel a textura é bom quando vc se sente la dentro hoje estou realmente sem nenhum compromisso e ler de dia ainda não tinha feito so nas idas e voltas no metrô indo encontrar Ursula praias de sol intenso um tempo suspenso ou à noite uma ou duas o vestido que Ruben me deu jogado no parapeito da janela onde ficamos também algumas vezes ele gosta de parapeitos como li, ou estou confundindo criador e criatura mas é a mesma coisa no fundo hoje não saio de casa para fazer unha nem nada amanhã e toda a casa espera me espera para ser arrumada bluebird
quinta-feira, fevereiro 23, 2012
Um hoje intermediario intermezzo entre - um bichinho verde escala os objetos na mesa, esse bichinho que ja esteve aqui outro dia - entre o abandono do tempo gordo redondo e o tédio de outro dia. consegui começar uma coisa que me alinha um pouco comigo mesma. depois furacão Ursula e eu fiquei um pouco perdida... logico que é otimo. casa do N. inspira apesar da maluquice toda. juntar os espaços.
quarta-feira, fevereiro 22, 2012
pensando tanto nas férias e hoje ela chegou e estou deprimida deprimida
como sempre me sinto so e sem nada
e estava tão cheia de projetos (que fui inventando) mas eles sumiram como se fossem de ar
e que eu achei que ia ser tudo encaixado mas hoje os encaixes se dispersaram por ai
cansada disso tudo desse se-sentir mal-essa-sensação-de-abandono-que-so-pode-ser resgatado-por-alguma-outra-coisapessoasituação e não simplesmente
e não tem essacoisapessoasituação
deve ser um colo que eu quero e preciso
mas não tem tem mas acabou
e em cima da mesa varios livros que começo à ler e vou abandonando pelo caminho
um vento entra pela janela Leonora esta na cama Miranda e Carlota so passam as noites aqui depois vão se vão misteriosamente
e ontem vi Missisipi em chamas e um documentario sobre um fotografo de guerra muito determinado e sério Jim Nacht... e o Abujamra entrevistando um travesti e um pouco do Monobloco e MTV também e o gamba comeu todo o doce de banana espero que ele eles tenham gostado
vou fazer algo praia talvez
como sempre me sinto so e sem nada
e estava tão cheia de projetos (que fui inventando) mas eles sumiram como se fossem de ar
e que eu achei que ia ser tudo encaixado mas hoje os encaixes se dispersaram por ai
cansada disso tudo desse se-sentir mal-essa-sensação-de-abandono-que-so-pode-ser resgatado-por-alguma-outra-coisapessoasituação e não simplesmente
e não tem essacoisapessoasituação
deve ser um colo que eu quero e preciso
mas não tem tem mas acabou
e em cima da mesa varios livros que começo à ler e vou abandonando pelo caminho
um vento entra pela janela Leonora esta na cama Miranda e Carlota so passam as noites aqui depois vão se vão misteriosamente
e ontem vi Missisipi em chamas e um documentario sobre um fotografo de guerra muito determinado e sério Jim Nacht... e o Abujamra entrevistando um travesti e um pouco do Monobloco e MTV também e o gamba comeu todo o doce de banana espero que ele eles tenham gostado
vou fazer algo praia talvez
segunda-feira, fevereiro 20, 2012
importando imagens e a impressão que tenho é que sempre importa as mesmas imagens ele ela a camera ou ele um sistema qualquer que foi pensado por alguém e que age na nossa vida esse tempo elastico que eu estava precisando muito como na Ilha de outra forma esse dia enorme onde cabe tudo encontros pessoas o que vier sem nenhuma tarefa que rouba as horas obrigações é a palavra paroles e isso me faz bem bem sera que isso é...foda-se. as coisa são o que são, não o que tem que ser. ontem sargent peppers bjork simongarfunkel dois cds cat stevens, gold frapp hoje de manhã e mamas and the papas sempre estava tão estressada sexta acho que foi o dia record de loucura tpm a pressão constante da falta de dinheiro a ansiedade pelas férias e arrumar as coisas antes de sair e pré-carnaval ao mesmo tempo e ansiedade com o L. que foi juntando com a irritação e criando um grande monstro verde e gosmento...pelo menos chorei e queria escrever realmente sobre isso mas por enquanto não. bom que esse tempo maravilhoso e enorme de pausa e distância e silêncio de tudo esta sendo otimo uma nova situação libertadora de certa forma de uma maquininha que estava rodando sempre como sempre sempre e que bom que é carnaval antes das férias mesmo porque esse tempo maluco ajuda
domingo, fevereiro 19, 2012
dando uma geral rapida nos emails e as pessoas estão sempre produzindo e criando up to date e eu sempre vagando perdida sem me decidir ali ou aqui e quem são essas pessoas e como conseguem e então me da um pouco de enjôo de tudo e também raiva e frustração sei que isso não é nada bonito de se ter sentir penso Andrea que feio você não tem que ter raiva nem nada e...e não sei mudar a chave da frustração e voltar à fazer essa é a unica forma de mudar e então nas minhas férias que nao começaram mas ja começaram embora seja carnaval e então é so isso e ver a Ursula tenho que pensar bem em tudo o que quero ver e fazer as exposições galeria do lago mam arthur fidalgo graphos e o catalogo da Cristina e praia correr yoga sjdnksdjn mK PARAR RESPIRAR simplesmente sempre escrevo as mesmas coisas correr ler pintar e
terça-feira, fevereiro 07, 2012
hoje enquanto voltava estupidamente pro trabalho aproveitei o transito e tirei fotos otimas naquele novo edificio espelhado da avenida chile...e os blocos de prédios pobres e com infiltração na Lavradio...mas estava sem a maquina fotos mentais semana passada andei com ela todos os dias mas hoje como foi meio uma correria e a pracinha na esquina com a rua do palacio de governo e ver a exposição de bancos e muito mau humor e irritação com tudo e nada para dar uma apaziguada apaziguada palavra sem charme nenhum
domingo, fevereiro 05, 2012
viagem ao redor do meu quarto
nas minhas férias quero acordar a hora que quiser
e ficar arrumando e pensando e guardando e... a casa tudo tudo tudo
ir à praia talvez
ler
voltar a pintar
ver pendencias
ler
dormir
viagem em volta da minha casa
...
e ficar arrumando e pensando e guardando e... a casa tudo tudo tudo
ir à praia talvez
ler
voltar a pintar
ver pendencias
ler
dormir
viagem em volta da minha casa
...
porque o cara colocou o ralo torto é o que sempre me pergunto quando lavo a cozinha e hoje tomamos mais posse da casa que estava meio largada eu por falta de tempo bom e Pedro também + falta de iniciativa e florzinhas de plastico na cozinha e os cds que nunnnccaaa mais arrumei estão meio que esperando e e e os livros as coisas pelo menos o quintal que esta logo na cara e estava - sem palavras ufff não entrar de novo nessa
sábado, fevereiro 04, 2012
fico nervosa e fiz o soro caseiro errado, coloquei uma colher de sopa de sal e uma de açucar e era uma colher de cha... agora acho que nem precisa mais, porque o que dei ja basta pro resto da vida. M. com problemas conjugais, eu com problemas existenciaisfinanceirosfelinos P se separando, F. vivendo uma vida tranquila, A. com panico, R. gasta demais e agora fica em casa até se recuperar, a fauna, edificio master, vida modo de usar.
sexta-feira, fevereiro 03, 2012
cada vez uso mais os oculos, o que me irrita profundamente. depois pensei em não escrever profundamente mas. panda quase não come, se arrasta para ficar embaixo da luz, remédios remédios. agua gelada, disse o veterinario, então coloquei uma xicara hoje na geladeira. geladeira que não gela e o frango estragou, um cheiro horrivel. tudo uma bagunça. hoje so fui trabalhar porque tinha que fazer pedido pra T. vontade era de ir fazer acupuntura pra dar uma levantada na moral levantada. mas cheguei às duas da tarde, sem poder, alias. estava um sol... alias agora so quinta que vem. ou desmarco a dentista, dentista pra que? livros, separei uma pilha pra vender. nada, hoje nada.
terça-feira, janeiro 31, 2012
O romancista ingênuo e o sentimental
"Um romance é uma segunda vida. Como os sonhos de que
fala o poeta francês Gérard de Nerval, os romances revelam cores
e complexidades de nossa vida e são cheios de pessoas, rostos e
objetos que julgamos reconhecer. Assim como no sonho, quando
lemos um romance, às vezes ficamos tão impressionados com a
natureza extraordinária das coisas que nele encontramos que es‑
quecemos onde estamos e nos vemos no meio dos acontecimentos
e das pessoas imaginárias que contemplamos. Em tais ocasiões,
achamos o mundo fictício que descobrimos e apreciamos mais
real que o mundo real. O fato de essa segunda vida nos parecer
mais real que a realidade muitas vezes indica que substituímos a
realidade pelo romance, ou no mínimo o confundimos com a vi‑
da real. Mas nunca lamentamos essa ilusão, essa ingenuidade. Ao
contrário, assim como em alguns sonhos, queremos que o ro‑
mance que estamos lendo prossiga e esperamos que essa segunda
vida continue evocando em nós uma sensação consistente de rea‑
lidade e autenticidade. Apesar do que sabemos sobre a ficção, fi‑
camos irritados e aborrecidos se um romance deixa de sustentar
a ilusão de que é, na verdade, a vida real."...
Orhan Pamuk, O Romancista ingenuo e o sentimental, Companhia das Letras
fala o poeta francês Gérard de Nerval, os romances revelam cores
e complexidades de nossa vida e são cheios de pessoas, rostos e
objetos que julgamos reconhecer. Assim como no sonho, quando
lemos um romance, às vezes ficamos tão impressionados com a
natureza extraordinária das coisas que nele encontramos que es‑
quecemos onde estamos e nos vemos no meio dos acontecimentos
e das pessoas imaginárias que contemplamos. Em tais ocasiões,
achamos o mundo fictício que descobrimos e apreciamos mais
real que o mundo real. O fato de essa segunda vida nos parecer
mais real que a realidade muitas vezes indica que substituímos a
realidade pelo romance, ou no mínimo o confundimos com a vi‑
da real. Mas nunca lamentamos essa ilusão, essa ingenuidade. Ao
contrário, assim como em alguns sonhos, queremos que o ro‑
mance que estamos lendo prossiga e esperamos que essa segunda
vida continue evocando em nós uma sensação consistente de rea‑
lidade e autenticidade. Apesar do que sabemos sobre a ficção, fi‑
camos irritados e aborrecidos se um romance deixa de sustentar
a ilusão de que é, na verdade, a vida real."...
Orhan Pamuk, O Romancista ingenuo e o sentimental, Companhia das Letras
o bolo otimo na Ilha e aqui em casa ele ficou meio desproporcionl além de queimado e hoje Panda fez exame e novo veterinario jovem simpatico embora não tenha falado muito timido? deve ter me achado uma louca mas tão bom ter um direcionamento de tratamento pra ela e agora ela esta aqui quietinha depois de passar 5 horas na casinha ido pra ipanema clinica raspado a barriga ultra depois andamos até onibus do metro e o proprio metro acho que ela nunca havia andado e eu fiquei o tempo todo ou quase todo fazendo carinho nela e no metro um senhor ao meu lado contou que adora gatos e que ja tinha tido alguns e depois onibus de verdade que é mais balancento e outra clinica...chegou em casa exausta e fraquinha e eu nem almocei um sanduiche gorduroso com suco aguado naquela loja ruim em frente e meio perdida na T. e...o dia esta acabando e pedaços de coisas
segunda-feira, janeiro 30, 2012
domingo, janeiro 29, 2012
começo a ler a entrevista com o pamuk e é maravilloso pero me cansa e coloquei ali porque gostei da chamada e vou ler mais depois porque se me cansa não leio agora mas estava pintando a poesia de ...e também estava adorando porque ela é maravilhosa também tudo cheio de maravilhas e coisas estranhas horriveis ao mesmo tempo hoje e ontem dias diferentes tarde inesperada noite meio tensa e manhã desajeitada não importa muito pensar menos ...mas Panda também me deixa muito preocupada e espero conseguir tomar alguma atitude amanhã e hoje J. e a sopa de lentilhas e os livros Giacometti e de fotos das décadas que quero folhear nem lembrava e levou o Damasio e tintin e um terceiro que não lembro childrens corner agora e ler hoje não li nada tenho que recomeçar o Pamuk e ...
fiquei vendo ele se afastar indo pela rua e ficando um pouco mais distante e eu estava parada ali olhando de longe longe alto e chovia um pouco
porque não fico mais à vontade? esse é o problema esse
fiquei vendo ele se afastar indo pela rua e ficando um pouco mais distante e eu estava parada ali olhando de longe longe alto e chovia um pouco
porque não fico mais à vontade? esse é o problema esse
entrevista com Pamuk, El Pais
"¿Soy de veras Pamuk?"
JUAN CRUZ 30/12/2011
El premio Nobel turco Orhan Pamuk publica El novelista ingenuo y el sentimental, un libro sobre las lecturas que hay detrás de su vocación literaria. Los entresijos de la ficción son también el motor de los nuevos ensayos de Umberto Eco, Jorge Volpi y Charles Dantzig.
Orhan Pamuk (Estambul, 1952) llega a las tres y media en punto a su despacho en la Universidad de Columbia; lo que pasa es que en esta puerta no está su nombre, está el nombre de un destacado antropólogo amigo suyo que le ha prestado el sitio para que reciba aquí a sus alumnos y para que, de vez en cuando, converse sobre literatura con aquellos periodistas que se lo pidan. Y aquí está, llegando, abriendo la puerta, desprendiéndose de los abrigos a los que obliga Nueva York, y mostrando, orgulloso, cuánto ha adelgazado en los últimos tiempos. Es curioso: las dos veces que le había entrevistado hasta ahora (cuando ganó el Nobel, en 2006; cuando quisimos que nos hablara del porvenir de Europa, en 2009) lo hicimos en su casa de Estambul, su rostro contra el Bósforo, al atardecer. Y ahora, mientras bajaba el languideciente sol de Nueva York, parecía también su rostro recortado ante aquella atmósfera tan suya, y que de manera tan determinante está en dos de sus grandes libros, Estambul y El museo de la inocencia. En este espacio que ahora ocupa, en una universidad tan lejos de su casa, cerca de espacios míticos del urbanismo sentimental neoyorquino (nos llevó al final al Tom's Diner, que inspiró a Suzanne Vega, a tomar café), dan ganas de preguntarle si es de veras Pamuk, como alguna vez se pregunta a sí mismo en su nuevo libro, El novelista ingenuo y el sentimental (publicado, como los citados, por Mondadori), contando cómo le aborda la gente que ha leído su ficción más reciente, El museo de la inocencia, una romántica historia de amor obsesivo: "Pamuk, ¿es usted el protagonista?". "A veces", me dice, riendo, "yo mismo me pregunto si de veras soy Pamuk".
Quiero saber cómo se hace
Pamuk no quiere que las mujeres hablen de él
Orham Pamuk A FONDO
Nacimiento: 1952
Lugar:
La noticia en otros webs
"Mis héroes son Tolstói y Proust... Creo que 'Ana Karenina' es la mejor novela jamás escrita. La he leído tantas veces..."
"La espina dorsal de la novela está basada en una característica humana, algo que solo tiene humanidad"
Así que ahí está, en este rincón universitario, feliz, se le ve feliz consigo mismo, con su vida, esperando con ilusión, sin aspavientos, llegar a una edad que parece central: los sesenta. Y en ese ambiente conversamos. Empezamos hablando de Internet, porque su libro va sobre la lectura (las novelas que lo hicieron, los libros que le dieron consistencia a su personalidad y por tanto a sus novelas), y por ende es pertinente que le preguntemos por el porvenir del papel en función de la evidente influencia de las nuevas tecnologías en el mundo de los libros.
PREGUNTA. ¿Cómo ve todo esto? Los libros digitales, Internet, la lectura...
RESPUESTA. Internet tiene su lado bueno y su lado malo. Lo bueno es que los precios de los libros están bajando, pero eso no implica que bajen los derechos de autor. Lo malo de los libros digitales es la piratería. Especialmente en Turquía o en China, donde eso no está controlado. De hecho, los Gobiernos de estos países tienden a mirar hacia otro lado y se justifican diciendo que así la gente pobre tiene derecho a la lectura. En mi país, junto a mi editor y muchos otros, he luchado contra la piratería. Todos mis libros tienen su edición pirata. Pero a los Gobiernos no les interesa controlar la piratería.
P. ¿Usted lee digital?
R. La lectura que hago en Internet es anecdótica. Si quiero leer una novela escojo el libro y lo leo. Me gusta sujetarlo. Pero tampoco soy de esos que prefieren el libro por su olor y esas cosas románticas. No soy un detractor de Internet ni de los libros electrónicos. Tampoco soy pesimista. La crítica que hago es que los libros en Internet son muy difíciles de controlar. Esto, por supuesto, no es culpa de Internet, sino de las personas
... Ezra Pound dijo que "la literatura es una noticia que permanece noticia". Con Internet la sensación de estar conectado es mayor. Es decir, se crea la ilusión de estar conectado. Pero la preparación mental que uno hace al leer una novela física está desapareciendo y eso es lo que me preocupa. No soy un pesimista. He sobrevivido en un país en el que no había hábitos de lectura. Si la gente no lee, me motiva a escribir un libro mejor, por si así leen.
P. Hablando de leer. En su libro se pregunta qué estaría leyendo Ana Karenina en la célebre escena de la novela de Tolstói, en el tren...
R. Sí, se lo explicaré. Escribí cinco capítulos para mis charlas en la Universidad de Harvard y decidí escribir un último capítulo allí mismo. Durante una de mis charlas, con la sala llena a rebosar, les pregunté qué libro creían ellos que leía Ana Karenina en esa escena. Muchos de ellos eran profesores de literatura rusa y no tenían respuesta. Algunos decían que leía a George Eliot, pero en realidad nadie lo sabe, ni siquiera los eruditos.
P. Estaba leyendo, esa es la realidad. Y este libro suyo es la confesión de un lector entusiasmado, un libro de libros...
R. En mi libro no solo menciono a Ana Karenina, sino a Cabrera Infante, a Cortázar, a García Márquez, a Julian Barnes. Menciono a este grupo por su inventiva y su mirada. Ellos fueron los que influyeron en mi posmodernidad. Pero mis escritores clásicos, mis héroes, son Tolstói y Proust... Sin embargo, creo que Ana Karenina es la mejor novela jamás escrita. La he leído tantas veces...; esta misma semana he tenido que volver a leerla para preparar una clase en Columbia.
P. ¿Por qué la ama tanto?
R. Hay tantas razones por las que amo esta novela. Pero esencialmente me encanta porque lo que viene a decir la novela es: "Sí, sí, la vida es así". Básicamente, Tolstói hace las preguntas que todas las novelas deberían hacer y estas son: ¿en qué consiste la vida?, ¿qué debo hacer en esta vida?, ¿cuál es el significado de la familia, la amistad, el matrimonio, la sexualidad, la lealtad...? Estas son las grandes preguntas, y Tolstói, de manera generosa, hace que el lector se las haga.
P. Este libro suyo es como un manifiesto a favor de la ficción. Hace 35 años usted decidió dejar la pintura para dedicarse a escribir. Es como pintar, también.
R. Yo tendría 23 años y le dije a mi familia y a mis amigos que no iba a ser el arquitecto o pintor que todos ellos querían, sino un novelista. Todos me dijeron que no lo hiciera, que yo no tenía ni idea de la vida. Creo que pensaban que iba a escribir una sola novela. Pero les dije que existían Borges y Kafka, y que ellos tampoco tenían ni idea de la vida... Las novelas, me parece, son una forma inédita de ver la vida. Solo ahora, después de todo este tiempo, confieso que cuando mi familia me dijo que yo no sabía nada de la vida, tenían razón. En ese momento no sabía nada.
P. Decían que usted vive en un mundo aparte... Pero en su actitud, y en sus novelas, muestra mucho interés por el mundo de los demás. Como si la literatura fuera su espejo ante el paisaje...
R. Estoy de acuerdo en que la novela es un espejo en el paisaje. Sin embargo, la espina dorsal de la novela está basada en una característica humana, algo que solo tiene humanidad. Y es la compasión hacia los demás. La necesidad de entender a los demás. Eso es lo que nos hace humanos y solamente existe en nosotros. Creo que una novela funciona cuando muestra el mundo desde el punto de vista del personaje. Entendemos cómo se siente Ana Karenina en el tren. Está confusa, se siente melancólica mientras ve cómo nieva al otro lado de la ventana. Esa nieve no está allí porque sí. Es una observación psicológica del personaje. La novela funciona cuando el novelista se pone en la piel de los personajes, ya sean estos del sexo contrario o pertenecientes a otra época histórica, cultural... Para mí la novela es la manera que tengo de aproximarme a las personas más pobres de Turquía. Hacer esto, ponerse en la piel de los demás, no es solo un ejercicio respetable sino ético. La humanidad se basa en eso, en la compasión, en entender a los demás.
P. Pero este libro también trata del paso del tiempo, cómo lo detiene la literatura...
R. Los escritores tenemos miles de cosas que contar en una novela. Y esas cosas se parecen a los átomos. El tiempo en la novela es lo que une todas esas cosas. En ese sentido, los momentos en una novela son como las imágenes de una película. No hay historia sin tiempo.
P. Esa conexión del tiempo y la novela está en El museo de la inocencia porque habla del amor y para el amor no existe el tiempo...
R. En El museo de la inocencia hay ocho objetos que personifican el tiempo. Es como si el escritor estuviera pensando en unos objetos que más tarde se exhibirían en un museo. Lo escribí así. Sabía de antemano qué objetos iba a utilizar. Cada objeto que guardamos está ligado a un tiempo, a un momento, y si los colocáramos en fila podríamos ver nuestra biografía, nuestra vida.
P. Menciona usted a Proust haciéndose una pregunta que le haría ahora a usted: ¿es usted Pamuk?
R. Me lo pregunté a veces, cuando me preguntaban si yo era el protagonista de ese libro de ficción: ¿soy Pamuk? Es ficción. Pero sí, yo soy Pamuk, pero no lo tengo en mente al escribir. No escribo pensando: voy a escribir una novela a lo Pamuk. Para mí, la mejor forma de ser novelista es olvidarse de uno mismo. Tampoco pienso en un estilo al escribir, aunque inevitablemente eso surja de manera natural. Cuando escribo sobre alguien que no es como yo, me esfuerzo en ser otro, en ser el personaje. Lo interesante es escribir sobre los demás, desde su punto de vista y escribir sobre uno como si fuese otro. Volviendo a la pregunta de si soy Pamuk... La respuesta es sí y no.
P. ¿Y eso?
R. Coincido con Schiller en que existen algunos escritores que escriben como si Dios les estuviera dictando las palabras. Existen escritores que son un mero vehículo. Simplemente escriben, sin preocuparse de lo ético, lo estético, ni de los poderes comunicativos de sus textos... Hay muchos escritores que son así. Pero también existen escritores como yo.
P. ¿Y usted cómo es, en ese sentido?
R. Yo soy como aquellos a los que nos preocupa si el texto está bien, si es creíble, si tiene calidad, si es demasiado político, si hay demasiados detalles... Los escritores como yo son demasiado conscientes de sí mismos. Creo que no es bueno tener demasiada consciencia ni demasiada candidez. Un escritor debería ser ambas cosas. Por un lado debería dejarse llevar y por otro debería de controlar. Es como un conductor que debe saber las reglas de conducción pero también olvidarlas.
P. En el epílogo de su libro usted menciona el miedo que tuvo al presentarse a dar esas conferencias en Harvard...
R. Debo decir que me acogieron muy bien los profesores y académicos. Mis prejuicios sobre ese mundo académico convencional se desvanecieron por completo. Estando allí me dijeron que la esposa de Calvino acusó a Harvard de la muerte de su esposo. Según ella, Calvino murió de un ataque al corazón debido al estrés que le producía tener que ir a Harvard a dar unas conferencias. Pero yo sobreviví. Pero sí, estaba nervioso.
P. ¿Se conoce mejor después de haber escrito ese libro?
R. Sí. Lo más importante que aprendí fue que es mucho más placentero escribir una novela que escribir un libro teórico.
P. El libro también versa sobre la edad. Llama la atención las veces que dice usted que lleva 35 años escribiendo novelas...
R. Me acuerdo perfectamente del momento en que quise ser escritor. Fue una tarde de marzo o abril, en la primavera de 1973. Agarré un papel y un bolígrafo y me puse a escribir. Así fue. Recuerdo haber leído El extranjero, de Camus, y a pesar de que no influyó en mi escritura pensé que me iba a ayudar a ser escritor...
P. Sorprende la cantidad de escritores en español que menciona entre los que forman parte de sus lecturas... Cortázar, Vargas Llosa, Cabrera Infante...
R. Sí, y debería haber mencionado a Juan Goytisolo. Su manera de escribir y mezclar cosas es parecida a la mía. Sus imágenes son distintas, pero me siento cercano a él.
P. ¿En qué idioma los ha leído?
R. Hablo inglés y leo en inglés. A Borges lo empecé leyendo en inglés. Cortázar, García Márquez, Vargas Llosa, Cabrera Infante, Juan Rulfo, Carlos Fuentes, Javier Marías... Todos estos escritores los he leído en inglés. El boom latinoamericano me inspiró. Creía que si ellos lo habían conseguido, los turcos también teníamos una posibilidad.
P. Ha escrito usted un libro muy entusiasta sobre la novela en un momento en que algunos vaticinan que los días de la ficción están contados...
R. Estadísticamente o sociológicamente hablando, el arte de la novela no está en vías de extinción. Al contrario. Tengo un amigo editor en Shanghái que dice que parece que las novelas estén cayendo del cielo. Allí todos están escribiendo, tengan o no libertad de expresión. Y eso pasa en muchos lugares del mundo. En los últimos cincuenta años, todo aquel que ha demostrado interés en la literatura y quiere expresarse lo está haciendo mediante la novela.
P. En su libro hace una comparación entre Ana Karenina y Don Quijote. Dice que la primera está llena de vida, mientras que el personaje de Cervantes está lleno de ficción.
R. Don Quijote se parece a Madame Bovary en el sentido en el que el protagonista se deja llevar por los libros que lee y por las leyendas que escucha. Admiro a Don Quijote, pero no creo que sea una novela tal y como lo interpretamos hoy día. La interpretación de la novela nace en los años 1830 o 1840 y empieza con Dickens, Balzac... Solo existen dos textos excepcionales escritos antes de esa época y son La historia de Genji y el Quijote. Son libros que se asemejan a la novela pero no llegan a serlo. Son icónicos, emblemáticos, largos y llenos de aventura y se merecen todo mi respeto, pero para mí no son novelas.
P. ¿No tiene miedo de convertirse en un Don Quijote con tanta novela como tiene ahora en la cabeza?
R. Ja, ja, ja. Soy un buen lector y haber leído todas estas novelas me ha hecho muy feliz. Siento la misma hambre por leer como los que viven alejados del centro del mundo. Como Borges. Aunque él por lo menos tenía una biblioteca. En Turquía no existían. Así que leí todo lo que caía en mis manos con ansia, con deseo, con cabreo, con fervor.
P. Habla en su libro del orgullo de lector. ¿Qué libro se ha sentido más orgulloso de leer?
R. Cuando leía Ulises había una vocecita que me susurraba al oído y me decía: "Orhan, Orhan, ¡que estás leyendo Ulises! Aunque no lo entiendas, es igual. Sigue leyendo". Es como cuando vas a un museo. Te sientes orgulloso de estar allí. Ese sentimiento de orgullo también se produce al leer novelas literarias. Y ese orgullo nace del respeto.
P. El año próximo cumplirá sesenta años. ¿Le afecta el cambio del tiempo?
R. Sí. Me doy cuenta de que el tren se va acercando a la última estación. Al mismo tiempo, hay tantos libros que quiero escribir, tantas ventanas por las que quiero mirar... ¿Debo estar preocupado? Sí.
P. Al cumplir los setenta, Vargas Llosa me dijo en una entrevista que su lema era seguir caminando...
R. Tengo casi sesenta y sigo trabajando mucho. Me gusta asumir esa carga. Debería descansar, pero sigo siendo muy ambicioso.
JUAN CRUZ 30/12/2011
El premio Nobel turco Orhan Pamuk publica El novelista ingenuo y el sentimental, un libro sobre las lecturas que hay detrás de su vocación literaria. Los entresijos de la ficción son también el motor de los nuevos ensayos de Umberto Eco, Jorge Volpi y Charles Dantzig.
Orhan Pamuk (Estambul, 1952) llega a las tres y media en punto a su despacho en la Universidad de Columbia; lo que pasa es que en esta puerta no está su nombre, está el nombre de un destacado antropólogo amigo suyo que le ha prestado el sitio para que reciba aquí a sus alumnos y para que, de vez en cuando, converse sobre literatura con aquellos periodistas que se lo pidan. Y aquí está, llegando, abriendo la puerta, desprendiéndose de los abrigos a los que obliga Nueva York, y mostrando, orgulloso, cuánto ha adelgazado en los últimos tiempos. Es curioso: las dos veces que le había entrevistado hasta ahora (cuando ganó el Nobel, en 2006; cuando quisimos que nos hablara del porvenir de Europa, en 2009) lo hicimos en su casa de Estambul, su rostro contra el Bósforo, al atardecer. Y ahora, mientras bajaba el languideciente sol de Nueva York, parecía también su rostro recortado ante aquella atmósfera tan suya, y que de manera tan determinante está en dos de sus grandes libros, Estambul y El museo de la inocencia. En este espacio que ahora ocupa, en una universidad tan lejos de su casa, cerca de espacios míticos del urbanismo sentimental neoyorquino (nos llevó al final al Tom's Diner, que inspiró a Suzanne Vega, a tomar café), dan ganas de preguntarle si es de veras Pamuk, como alguna vez se pregunta a sí mismo en su nuevo libro, El novelista ingenuo y el sentimental (publicado, como los citados, por Mondadori), contando cómo le aborda la gente que ha leído su ficción más reciente, El museo de la inocencia, una romántica historia de amor obsesivo: "Pamuk, ¿es usted el protagonista?". "A veces", me dice, riendo, "yo mismo me pregunto si de veras soy Pamuk".
Quiero saber cómo se hace
Pamuk no quiere que las mujeres hablen de él
Orham Pamuk A FONDO
Nacimiento: 1952
Lugar:
La noticia en otros webs
"Mis héroes son Tolstói y Proust... Creo que 'Ana Karenina' es la mejor novela jamás escrita. La he leído tantas veces..."
"La espina dorsal de la novela está basada en una característica humana, algo que solo tiene humanidad"
Así que ahí está, en este rincón universitario, feliz, se le ve feliz consigo mismo, con su vida, esperando con ilusión, sin aspavientos, llegar a una edad que parece central: los sesenta. Y en ese ambiente conversamos. Empezamos hablando de Internet, porque su libro va sobre la lectura (las novelas que lo hicieron, los libros que le dieron consistencia a su personalidad y por tanto a sus novelas), y por ende es pertinente que le preguntemos por el porvenir del papel en función de la evidente influencia de las nuevas tecnologías en el mundo de los libros.
PREGUNTA. ¿Cómo ve todo esto? Los libros digitales, Internet, la lectura...
RESPUESTA. Internet tiene su lado bueno y su lado malo. Lo bueno es que los precios de los libros están bajando, pero eso no implica que bajen los derechos de autor. Lo malo de los libros digitales es la piratería. Especialmente en Turquía o en China, donde eso no está controlado. De hecho, los Gobiernos de estos países tienden a mirar hacia otro lado y se justifican diciendo que así la gente pobre tiene derecho a la lectura. En mi país, junto a mi editor y muchos otros, he luchado contra la piratería. Todos mis libros tienen su edición pirata. Pero a los Gobiernos no les interesa controlar la piratería.
P. ¿Usted lee digital?
R. La lectura que hago en Internet es anecdótica. Si quiero leer una novela escojo el libro y lo leo. Me gusta sujetarlo. Pero tampoco soy de esos que prefieren el libro por su olor y esas cosas románticas. No soy un detractor de Internet ni de los libros electrónicos. Tampoco soy pesimista. La crítica que hago es que los libros en Internet son muy difíciles de controlar. Esto, por supuesto, no es culpa de Internet, sino de las personas
... Ezra Pound dijo que "la literatura es una noticia que permanece noticia". Con Internet la sensación de estar conectado es mayor. Es decir, se crea la ilusión de estar conectado. Pero la preparación mental que uno hace al leer una novela física está desapareciendo y eso es lo que me preocupa. No soy un pesimista. He sobrevivido en un país en el que no había hábitos de lectura. Si la gente no lee, me motiva a escribir un libro mejor, por si así leen.
P. Hablando de leer. En su libro se pregunta qué estaría leyendo Ana Karenina en la célebre escena de la novela de Tolstói, en el tren...
R. Sí, se lo explicaré. Escribí cinco capítulos para mis charlas en la Universidad de Harvard y decidí escribir un último capítulo allí mismo. Durante una de mis charlas, con la sala llena a rebosar, les pregunté qué libro creían ellos que leía Ana Karenina en esa escena. Muchos de ellos eran profesores de literatura rusa y no tenían respuesta. Algunos decían que leía a George Eliot, pero en realidad nadie lo sabe, ni siquiera los eruditos.
P. Estaba leyendo, esa es la realidad. Y este libro suyo es la confesión de un lector entusiasmado, un libro de libros...
R. En mi libro no solo menciono a Ana Karenina, sino a Cabrera Infante, a Cortázar, a García Márquez, a Julian Barnes. Menciono a este grupo por su inventiva y su mirada. Ellos fueron los que influyeron en mi posmodernidad. Pero mis escritores clásicos, mis héroes, son Tolstói y Proust... Sin embargo, creo que Ana Karenina es la mejor novela jamás escrita. La he leído tantas veces...; esta misma semana he tenido que volver a leerla para preparar una clase en Columbia.
P. ¿Por qué la ama tanto?
R. Hay tantas razones por las que amo esta novela. Pero esencialmente me encanta porque lo que viene a decir la novela es: "Sí, sí, la vida es así". Básicamente, Tolstói hace las preguntas que todas las novelas deberían hacer y estas son: ¿en qué consiste la vida?, ¿qué debo hacer en esta vida?, ¿cuál es el significado de la familia, la amistad, el matrimonio, la sexualidad, la lealtad...? Estas son las grandes preguntas, y Tolstói, de manera generosa, hace que el lector se las haga.
P. Este libro suyo es como un manifiesto a favor de la ficción. Hace 35 años usted decidió dejar la pintura para dedicarse a escribir. Es como pintar, también.
R. Yo tendría 23 años y le dije a mi familia y a mis amigos que no iba a ser el arquitecto o pintor que todos ellos querían, sino un novelista. Todos me dijeron que no lo hiciera, que yo no tenía ni idea de la vida. Creo que pensaban que iba a escribir una sola novela. Pero les dije que existían Borges y Kafka, y que ellos tampoco tenían ni idea de la vida... Las novelas, me parece, son una forma inédita de ver la vida. Solo ahora, después de todo este tiempo, confieso que cuando mi familia me dijo que yo no sabía nada de la vida, tenían razón. En ese momento no sabía nada.
P. Decían que usted vive en un mundo aparte... Pero en su actitud, y en sus novelas, muestra mucho interés por el mundo de los demás. Como si la literatura fuera su espejo ante el paisaje...
R. Estoy de acuerdo en que la novela es un espejo en el paisaje. Sin embargo, la espina dorsal de la novela está basada en una característica humana, algo que solo tiene humanidad. Y es la compasión hacia los demás. La necesidad de entender a los demás. Eso es lo que nos hace humanos y solamente existe en nosotros. Creo que una novela funciona cuando muestra el mundo desde el punto de vista del personaje. Entendemos cómo se siente Ana Karenina en el tren. Está confusa, se siente melancólica mientras ve cómo nieva al otro lado de la ventana. Esa nieve no está allí porque sí. Es una observación psicológica del personaje. La novela funciona cuando el novelista se pone en la piel de los personajes, ya sean estos del sexo contrario o pertenecientes a otra época histórica, cultural... Para mí la novela es la manera que tengo de aproximarme a las personas más pobres de Turquía. Hacer esto, ponerse en la piel de los demás, no es solo un ejercicio respetable sino ético. La humanidad se basa en eso, en la compasión, en entender a los demás.
P. Pero este libro también trata del paso del tiempo, cómo lo detiene la literatura...
R. Los escritores tenemos miles de cosas que contar en una novela. Y esas cosas se parecen a los átomos. El tiempo en la novela es lo que une todas esas cosas. En ese sentido, los momentos en una novela son como las imágenes de una película. No hay historia sin tiempo.
P. Esa conexión del tiempo y la novela está en El museo de la inocencia porque habla del amor y para el amor no existe el tiempo...
R. En El museo de la inocencia hay ocho objetos que personifican el tiempo. Es como si el escritor estuviera pensando en unos objetos que más tarde se exhibirían en un museo. Lo escribí así. Sabía de antemano qué objetos iba a utilizar. Cada objeto que guardamos está ligado a un tiempo, a un momento, y si los colocáramos en fila podríamos ver nuestra biografía, nuestra vida.
P. Menciona usted a Proust haciéndose una pregunta que le haría ahora a usted: ¿es usted Pamuk?
R. Me lo pregunté a veces, cuando me preguntaban si yo era el protagonista de ese libro de ficción: ¿soy Pamuk? Es ficción. Pero sí, yo soy Pamuk, pero no lo tengo en mente al escribir. No escribo pensando: voy a escribir una novela a lo Pamuk. Para mí, la mejor forma de ser novelista es olvidarse de uno mismo. Tampoco pienso en un estilo al escribir, aunque inevitablemente eso surja de manera natural. Cuando escribo sobre alguien que no es como yo, me esfuerzo en ser otro, en ser el personaje. Lo interesante es escribir sobre los demás, desde su punto de vista y escribir sobre uno como si fuese otro. Volviendo a la pregunta de si soy Pamuk... La respuesta es sí y no.
P. ¿Y eso?
R. Coincido con Schiller en que existen algunos escritores que escriben como si Dios les estuviera dictando las palabras. Existen escritores que son un mero vehículo. Simplemente escriben, sin preocuparse de lo ético, lo estético, ni de los poderes comunicativos de sus textos... Hay muchos escritores que son así. Pero también existen escritores como yo.
P. ¿Y usted cómo es, en ese sentido?
R. Yo soy como aquellos a los que nos preocupa si el texto está bien, si es creíble, si tiene calidad, si es demasiado político, si hay demasiados detalles... Los escritores como yo son demasiado conscientes de sí mismos. Creo que no es bueno tener demasiada consciencia ni demasiada candidez. Un escritor debería ser ambas cosas. Por un lado debería dejarse llevar y por otro debería de controlar. Es como un conductor que debe saber las reglas de conducción pero también olvidarlas.
P. En el epílogo de su libro usted menciona el miedo que tuvo al presentarse a dar esas conferencias en Harvard...
R. Debo decir que me acogieron muy bien los profesores y académicos. Mis prejuicios sobre ese mundo académico convencional se desvanecieron por completo. Estando allí me dijeron que la esposa de Calvino acusó a Harvard de la muerte de su esposo. Según ella, Calvino murió de un ataque al corazón debido al estrés que le producía tener que ir a Harvard a dar unas conferencias. Pero yo sobreviví. Pero sí, estaba nervioso.
P. ¿Se conoce mejor después de haber escrito ese libro?
R. Sí. Lo más importante que aprendí fue que es mucho más placentero escribir una novela que escribir un libro teórico.
P. El libro también versa sobre la edad. Llama la atención las veces que dice usted que lleva 35 años escribiendo novelas...
R. Me acuerdo perfectamente del momento en que quise ser escritor. Fue una tarde de marzo o abril, en la primavera de 1973. Agarré un papel y un bolígrafo y me puse a escribir. Así fue. Recuerdo haber leído El extranjero, de Camus, y a pesar de que no influyó en mi escritura pensé que me iba a ayudar a ser escritor...
P. Sorprende la cantidad de escritores en español que menciona entre los que forman parte de sus lecturas... Cortázar, Vargas Llosa, Cabrera Infante...
R. Sí, y debería haber mencionado a Juan Goytisolo. Su manera de escribir y mezclar cosas es parecida a la mía. Sus imágenes son distintas, pero me siento cercano a él.
P. ¿En qué idioma los ha leído?
R. Hablo inglés y leo en inglés. A Borges lo empecé leyendo en inglés. Cortázar, García Márquez, Vargas Llosa, Cabrera Infante, Juan Rulfo, Carlos Fuentes, Javier Marías... Todos estos escritores los he leído en inglés. El boom latinoamericano me inspiró. Creía que si ellos lo habían conseguido, los turcos también teníamos una posibilidad.
P. Ha escrito usted un libro muy entusiasta sobre la novela en un momento en que algunos vaticinan que los días de la ficción están contados...
R. Estadísticamente o sociológicamente hablando, el arte de la novela no está en vías de extinción. Al contrario. Tengo un amigo editor en Shanghái que dice que parece que las novelas estén cayendo del cielo. Allí todos están escribiendo, tengan o no libertad de expresión. Y eso pasa en muchos lugares del mundo. En los últimos cincuenta años, todo aquel que ha demostrado interés en la literatura y quiere expresarse lo está haciendo mediante la novela.
P. En su libro hace una comparación entre Ana Karenina y Don Quijote. Dice que la primera está llena de vida, mientras que el personaje de Cervantes está lleno de ficción.
R. Don Quijote se parece a Madame Bovary en el sentido en el que el protagonista se deja llevar por los libros que lee y por las leyendas que escucha. Admiro a Don Quijote, pero no creo que sea una novela tal y como lo interpretamos hoy día. La interpretación de la novela nace en los años 1830 o 1840 y empieza con Dickens, Balzac... Solo existen dos textos excepcionales escritos antes de esa época y son La historia de Genji y el Quijote. Son libros que se asemejan a la novela pero no llegan a serlo. Son icónicos, emblemáticos, largos y llenos de aventura y se merecen todo mi respeto, pero para mí no son novelas.
P. ¿No tiene miedo de convertirse en un Don Quijote con tanta novela como tiene ahora en la cabeza?
R. Ja, ja, ja. Soy un buen lector y haber leído todas estas novelas me ha hecho muy feliz. Siento la misma hambre por leer como los que viven alejados del centro del mundo. Como Borges. Aunque él por lo menos tenía una biblioteca. En Turquía no existían. Así que leí todo lo que caía en mis manos con ansia, con deseo, con cabreo, con fervor.
P. Habla en su libro del orgullo de lector. ¿Qué libro se ha sentido más orgulloso de leer?
R. Cuando leía Ulises había una vocecita que me susurraba al oído y me decía: "Orhan, Orhan, ¡que estás leyendo Ulises! Aunque no lo entiendas, es igual. Sigue leyendo". Es como cuando vas a un museo. Te sientes orgulloso de estar allí. Ese sentimiento de orgullo también se produce al leer novelas literarias. Y ese orgullo nace del respeto.
P. El año próximo cumplirá sesenta años. ¿Le afecta el cambio del tiempo?
R. Sí. Me doy cuenta de que el tren se va acercando a la última estación. Al mismo tiempo, hay tantos libros que quiero escribir, tantas ventanas por las que quiero mirar... ¿Debo estar preocupado? Sí.
P. Al cumplir los setenta, Vargas Llosa me dijo en una entrevista que su lema era seguir caminando...
R. Tengo casi sesenta y sigo trabajando mucho. Me gusta asumir esa carga. Debería descansar, pero sigo siendo muy ambicioso.
quarta-feira, janeiro 25, 2012
aurora boreal
"A tempestade solar transformou o céu frio do extremo norte da Terra em um show de luzes por causa da intensificação da aurora boreal. Até mesmo observadores mais experientes ficaram surpresos pela intensidade da aurora boreal que varreu o céu à noite no norte da Escandinávia, após a maior erupção solar em seis anos.
"Foi realmente incrível", disse o astrônomo britânico John Mason do convés de um cruzeiro que opera na Noruega. "Eu vi a minha primeira auroraboreal há 40 anos, e esta é um dos melhores", disse Mason à Associated Press.
A aurora boreal é causada pelos ventos solares que carregam as partículas elétricas liberadas nas explosões solares. Ao atingirem o campo magnético da Terra, algumas particulas ficam retidas, provocando luminosidade. "
(Com informações da AP)
depois que li uma postagem no blog da cia das letras que vinha com "trilha sonora", uma sonata para piano de Beethoven, Hammerklavier, fiquei querendo ouvir mais peças para piano dele, que quase não conheço. não me sentia muito atraida a principio acho Beethoven muito pomposo, em geral... enfim, piano é tão intimo e aconchegante e alias meu piano chegou ontem, esta lindo na sala, totalmente desafinado mas lindo, deu uma "dignidade" à sala, vestiu-a. escrever esses artigos depois também é pomposo, vestiu-a, ouvi-lo, e esses dias em que fico tentando me virar sem dinheiro nenhum nenhum nenhum simplesmente porque resolvi ter um mes mais normal, entrei na aula de dança e na acupuntura, além de ter comprado duas calcinhas e um top, tudo barratinho, e então não da fico zerada comendo macarrão e pão todos os dias, vou virar uma baleia, de qualquer forma de todas as formas esta sendo otimo saio da acupuntura levitando com uma sensação de nada, de plenitude vazia, e a dança apesar apesar dos desengonços é uma delicia estar em outro lugar fazendo outra coisa comigo mesma e xjdvhvbxjv jb
terça-feira, janeiro 24, 2012
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