quarta-feira, abril 03, 2013







comprei um sapato mas não sei se gosto dele e nem se é feio ou bonito. há dois dias olho pra ele sem reconhecer quem ele é, afinal, se meu ou de uma pessoa que eu achei que talvez fosse mas que não sou.
dúvidas. tinha acabado de ler sobre as casas incendiadas no Istambul - aliás, que livro melancólico! e  acontece o incêndio da Caçula.  acho que foi na mesma noite. talvez por isso tenha me incomodado tanto? não consegui passar em frente, outro dia estava por ali e evitei.

quinta-feira, março 28, 2013

domingo, março 24, 2013

escutando paintbox ou julia`s dreams e virou uma minha estorinha embora eu não saiba a estorinha verdadeira da musica e vontade de saber mais sobre eles talvez tenha algum livro. pesquisar amanhã. tentar só procurar o "bom". começou tudo de novo pink moom is on his face. fiz uma massa de pão. e quando as coisas são todas meio desencaixadas e procuro então voltar `a "eu" e tudo bem mas de manhã estava questionando isso. ufa! tão cansativo.
como se tivesse algo certo.
já sei:  a sensação de que as escolhas são sempre erradas
outras vezes o contrário,  tudo é possível ao infinito

a ponte está sumindo num branco gelo
chuva que não pára domingo lento gatos encolhidinhos eu encolhidinha mas não está muito bom não. o que é bom também não sei. precisando de luz na casa. as bolinhas de luz nos morros se juntando e lembram trabalhos bordados círculos caucasianos. lembrança das casas, as impossibilidades,  pode ser o nome. av. são sebastião o terraço para onde nosso apartamento dava e a gente via o quarto grande que era também a sala, e os quartos embaixo, lembro vagamente de um natal com tias, escuro, o que eu lembro exatamente não é nada, só uma imagem. acordar e não conseguir abrir o olho. eu e André éramos "namorados" e eu tinha 5 anos talvez. talvez eu ache o endereço certo em algum lugar. uma nuvem cinza e grande. sei lá. meu I-Ching sumiu. aquele livro sério com capa azul profundo. agora... emprestei, talvez.? olho os cantos da casa tantos cantos ou poucos na verdade a estante várias vezes afasto o sofá dentro do armário cômoda branca que já não é.

sábado, março 23, 2013

verão de 1942

"Não havia absolutamente nenhuma razão para levantar de manhã. Meu estúdio ficava no último andar de um prediozinho de três andares na Ninth Street, com uma clarabóia no teto, uma cama grande no canto e um telefone no chão. Nenhum outro móvel - nem um relógio. A luz me acordava. Eu não sabia as horas e não estava especialmente interessado. Meu dinheiro se limitava a uma moeda de cinco centavos. Eu não ia me mexer enquanto o telefone não tocasse e alguém sugerisse algo como um almoço, um trabalho ou pelo menos um empréstimo. O telefone se recusava a tocar, mas minha barriga gritava. Entendi que qualquer tentativa de dormir seria inútil.
Rolei na cama e vi que a senhoria tinha enfiado três cartas por baixo da porta. Durante as últimas semanas, minha única correspondência era da companhia telefônica ou da companhia elétrica, então o mistério da terceira carta me tirou da cama.
Claro, uma das cartas era da Consolidated Edison. A segunda era do Departamento de Justiça, informando que eu, Robert Capa, ex-húngaro, no momento sem nacionalidade definida, passava a ser classificado como estrangeiro potencialmente inimigo e como tal deveria entregar minhas câmeras, binóculos e armas de fogo e teria de solicitar uma permissão especial para qualquer viagem que me levasse a mais de quinze quilômetros de Nova York. A terceira carta era do editor da revista Colliers. Ele dizia que, depois de analisar durante dois meses meu portfólio, a Colliers chegara `a súbita conclusão de que eu era um grande fotógrafo de guerra e que seria uma grande satisfação me contratar para um trabalho especial, que havia sido feita uma reserva para mim em um navio que partiria para a Inglaterra dentro de 48 horas e que anexo estava um cheque de 1500 dólares de adiantamento....
...Sugeri almoçarmos.
Fomos ao Carlton e tivemos de tomar muitos dry martinis antes de conseguir uma mesa. Meu companheiro se animou consideravelmente e comecei `a sentir que, além da Colliers, o adido e o Império Britânico teriam de me aguentar. Quando enfim conseguimos uma mesa, peguei o menu e pedi uma dúzia de ostras Blue Points para cada um, como entrada. Ora, cinco anos antes, eu havia investido pesadamente em minha educação etílica e me lembrava de que, em toda história de mistério inglesa onde lorde Peter Wimsey tinha alguma coisa a dizer, ostras eram acompanhadas por aquele maravilhoso borgonha branco chamado Montrachet. O Montrachet 1921 estava no fim da lista e era bem caro. Foi uma escolha feliz. Meu companheiro me disse que, quinze anos antes, quando fora passar a lua de mel na França, impressionara sua noiva com aquele mesmo vinho, de forma que ao terminar a garrafa estávamos falando de nosso amor pela França - e pelo Montrachet. Durante a segunda garrafa, concordamos que sentíamos com igual força que era preciso arrancar os alemães de la belle France ..."
(Robert capa,  Ligeiramente fora de foco, CosacNaify)
Lembra papai, que certamente participaria de um almoço assim.

domingo, março 17, 2013


escurece foto da portaria ficou classuda embora falte uma presença. muita tristeza por causa da Mirequinha espero espero muito que ela volte mas como saber de um gato? outro dia falando disso pro P. mas ele não entendeu incrivel isso talvez não seja muito sensível e também não escuta muito o outro,
blálálá incrível são quase sete da noite e já está muito escuro. ia escrever minhas memórias mas elas só aparecem na minha cabeça em outros momentos longe da escrita. mas agora sinto tudo tão descontinuado sem ligação que nem sei. esscrevo errado todas as horas ainda não me acostumei com o novo teclado.

terça-feira, março 12, 2013

 de noite pensei vou usar ela estava usando o mesmo vestido da aula anterior havaianas unhas dos pés vermelhas e por causa dele lembrei do meu eu que ja fui a rainha dos vestidos vestidos meio menina outras pessoas do grupo o parque é um encanto realmente o resto não consigo ler agora as fotos ficam
(as estorias) na cabeça e talvez mudar de projeto a casa a casa onde fiquei mergulhada nas férias e o condominio é muito bucolico agora penso poderia fotografar aquela casa fechada daqui  mas volto pra ca outras dimensões se abrem em alguns momentos outras dimensões é muito clichê e ruim mas o que seria melhor desdobram não me perder e hoje consegui entrar mais e até gostar de estar la tomando contato aos poucos ainda minha barriga inchada desde sabado? e depois voltou na segunda a vontade de pão de queijo etc domingo desmaiada prostrada com o calor não fiz nada nada nada ja estava sob os efeitos da volta provavelmente com minha digestão lenta dormi dormi e comi um pão de passas é isso apareceram todos os culpados

sábado, março 09, 2013

medo sempre de que tenha algum gato preso dentro do armario ou não sei onde e como Miranda não esta saio abrindo gavetas e portas Sybil misteriosa não se mexe continua como uma esfinge branca em cima do muro da escada olhando não sei exatamente o quê banana pancake versão carmen miranda uma delicia

sexta-feira, março 08, 2013

ficar o dia todo na casa fazendo coisas pra la pra ca pensando sentando arrumando olhando fazendo e depois ver que ja esta entardecendo e as luzes vão acendendo mas ainda tem um azul profundo do dia
quarta-feira não conseguia reagir o muro da horta que amo tanto que conversava todos os dias o muro caido espatifado no chão galhos terra
varro tento levantar vou mudando o cenario de destruição e tinha até pensado em ir na aula mas não
e então não consegui ler o Paul Bowles por alguns dias porque sentia que o Port ia morrer e tinha gostado dele entendendo não entendendo a passividade da Kit e demorei à pensar o que ia fazer com o muro também e
ontem li toda a parte dela o livro é incrivel
duro também
1949 essas datas magicas pra quem não viveu

quinta-feira, março 07, 2013

então as férias que foram magicas como sempre são ( não teve o fascinio da praia como antes quase um lugar meio selvagem) apesar do começo triste tentando esqucer a mão pesada da T. e isso demorou alguns dias e nesses dias fui mergulhando completamente na arrumação das coisas tirei elas as coisas dos armarios tudo do quartinho no quintal e dias e dias sem chover céu azul maravilhoso foi surgindo um outro espaço e outras idéias onde poderiam ficar as coisas e isso não vai acabar e teve a aula de ioga e visitas do J. so porque? e arrumações na casa do N. aquele lugar louco construir uma narrativa e minha playlist e os pães e a festa e o dia mesmo que passei otima dançando e. tempestades loucas (duas) pink floyd syd barrett pink moom mas agora voltando um pouco aquela raiva e isso é chato. como não se deixar chatear pelas pessoas situações. estando em casa é facil.

terça-feira, março 05, 2013

e também a sensação de que a arrumação é interminavel e que nunca terminara
apesar dos clics, encaixes
preciso de um bau cesto grande de mais um lugar que talvez ficasse sempre um caos
frustra cansa algo assim amanhã ir de novo ao Parque
uma pergunta
processo processo
oculos cai no chão e da uma leve quebradinha. parece que o mundo real esta voltando de manhã quando acordei pensei vou sair hoje finalmente apos dias e dias sem quase sair e as poucas que houveram meio opressivas e queria voltar logo pra ca pra casa pra minha shangri-la mas hoje não hoje senti que não dava mais pra ficar aqui - apesar de ontem ter sido um dia delicioso em que acordei leve não não acho a palavra então porque não? disse a mim mesma porque sempre escrevem à mim mesma se so posso ser eu e não outra estranha a apresentação um pouco constrangedora e achei meio estupido o que falei ( pra mim os outros provavelmente não se importaram) e resolvi fazer apesar das duvidas duvidas crueis e até porque nem sei o que ainda tem de dinheiro nos bancos simplesmente vou vivendo e então tenho que fazer contas. e sai um pouco perdida procurando um lugar pra comer e depois iria pro Charles mas depois pensei que eu não tinha como fazer o Charles mesmo de novo mesmomesma e que estava morta de sono ja estava no ônibus que iria pela praia saltei andei um pouco me arrastando arrastando uma longa cauda comi duas esfihas no arabe e um mate da casa delicioso e voltei pra ca shangri-la gatos me receberam por um momento achei que estivesse chovendo mas foi so uma alucinação sonora dormi no sofa ou antes dei uma olhada nos emails face bobagens de sempre.

segunda-feira, março 04, 2013

acordei o gatinho mordia o edredon me mordia se enrolava com a barriga pra cima uma energia louca e então o expulso do quarto fecho a porta. levanto às 8 com sinfonia de miados atras da porta Miranda e Fred pedaços do rolo de papel higiênico destroçado espalhados pelo banheiro. duas ou três torradas de pão integral com manteiga, café que estava um pouco forte. um dia brutal la fora. uma louça pra lavar vou jogando fora a salada pegando as formas tentando arrumar um pouco a bancada. o que mais? mamão; depois acho o celular jogado em baixo do sofa não consigo ligar me acho incomunicavel. rs.  são dez horas. vejo as mensagens no face ja tem varias engraçado isso. depois consigo ligar. ouço minha playlist danço acendo o back feito pela Tathy.  penso em fazer um purê e um refogado com abobrinhas champignon etc. deito no chão. não sei muito o que fazer. sol inclemente la fora. tento achar os bordados coloco tudo no quarto caos total de novo penso que não consegui ir muito adiante nisso e talvez não dê para ir adiante em tudo? depois de almoçar (tarde) vou ler esse livro otimo tão envolvente que me da medo do que vai acontecer e então paro às vezes. ler na cama hoje foi otimo a sensação de que as férias estão acabando esse tempo infinito e não sei o que vai ser porque como me liguei tanto à esse espaço e por isso consegui tomar conta dele de forma maior maior maior e como sou espacial e isso é determinante pra mim. engraçado que é um dos filmes do Bertolucci que não amei. rever e amo todos geralmente. mexo na playlist coloco mais coisas tiro. e por isso comecei à. quando levanto parece que dormi efeito do livro.  mexo na tela um pouco. Pedro chega e diz que ouço musica o dia todo. uma critica, parece.

sexta-feira, março 01, 2013

separando os tecidos varias vezes indo dos montõess de tecidos que foram separados em "montes" que eram alguma coisa e outros como possibilidades e varios foram embora e agora separando montinhos de cada roupa. funciono assim, por etapas lentamente.

quinta-feira, fevereiro 28, 2013


"Acordou, abriu os olhos. o quarto significava quase nada para ele; ainda se encontrava profundamente imerso no não-ser do qual acabara de emergir. Se não tinha força para se localizar no espaço e no tempo, faltava-lhe, também, o desejo. Encontrava-se em determinado local, retornara de lugar nenhum, cruzando vastas regiões; havia a convicção de uma tristeza infinita no âmago de sua consciência, mas era uma tristeza tranquilizadora, por ser singularmente familiar. Não precisava mais de consolo. Permaneceu deitado em conforto total, completamente relaxado, absolutamente imovel durante algum tempo, para cair de novo num daqueles cochilos que se seguem a um sono longo e profundo. De repente abriu os olhos outra vez e olhou para o relogio de pulso. Foi um ato puramente reflexo, pois ao ver as horas ficou apenas confuso."
O Céu que nos protege, Paul Bowles, 1949, editora Rocco.
primeira coisa varrer os cadaveres de barata, o gatinho deixa perto da cama geralmente.  ele e miranda dão corridas que so eles entendem. nick drake, folk deprimido, ficou deprimido deprimido acabou tomando uns remédios e não acordou mais. anos 70. biografia do dostoievski acabou ficando aqui e nem toquei. li... entrevista com gerhard richter que me fez ficar horas olhando o site dele, hrabal que não amei como solidão ruidosa que é fantastico. a sumiu, j entediadissimo, não entendo.

terça-feira, fevereiro 26, 2013

Marina Abramovic Meet Ulay

hoje fui à praia por obrigação o céu ruge depois da tempestade da tarde mas se não tivesse ido agora estaria me culpando sempre os contrarios fiquei perdida na praia perdida na hora de voltar indo sempre em frente apesar disso mas meio contrariada o que queria mesmo e so descobri depois era voltar pra casa correndo mas não sabia como muito bem e ficar aqui em shangri-la com todos os seus problemas. engraçado que arrumação arrumação (e às vezes parece que as coisas se encaixam) e também o apto do tio dele aquele cenario enlouquecedor e isso encaixou também; medo de quando a vida voltar ao normal, como disse na acupuntura. e a sensação de que as coisas ficam pelo meio, so na bordinha, foi issso afinal a praia. e que tenho que ir mais. minha barriga estranhamente inchada, deve ser muita lentilha e feijão branco e pão e pão de queijo. hoje não lembrei da couve. suco de manga.

quinta-feira, fevereiro 21, 2013

"Quanto mais trabalhava, mais entendia que a manutenção daquela estrada  era a manutenção da minha propria vida, a qual, quando eu a examinava em retrospecto, agora, parecia ter acontecido a outra pessoa. A minha vida até aquele momento parecia um romance, um livro escrito por um estranho, ainda que so eu tivesse a chave dele, so eu fosse a sua testemunha e a cada extremidade da minha vida o mato e as ervas daninhas também avançassem constantemente. Mas, enquanto usava  pa e enxada na estrada, usava a memoria para manter aberta no passado a estrada da minha vida, para que os meus pensamentos retrocedessem até o ponto de onde eu queria começar a lembrar..."
Eu servi o rei da Inglaterra, Bohumil Hrabal, Companhia das Letras.

quarta-feira, fevereiro 20, 2013

trânsito ruim no sentido santa barbara laranjeiras. um avião cruza o céu indo na direção leste ou o que eu acho que seja leste. pura invenção. uma borboleta passa amarelinha clara. um som de cidade que às vezes parece um mar ecos de um mar rugindo sempre. chocolate durinho demais pegar a coalhada maravilhosa com mel. teria que sair mas não sei não. dor no ombro esquerdo principalmente depois de ontem trabalho de jardineiro- homem- braçal; depois um prazer enorme de ter feito. varias coisas feitas. lapis verde que o gato mordeu ontem gato louco endiabrado que foi expulso do quarto de manhã devia ser umas 6 ele não parava de pular.  a barata em cima da cama ui. hoje é terça ou quarta? gravei resumos sobre alguns fotografos e escuto minha voz lenta. bom escutar minha voz e aprender sobre ela.

quinta-feira, fevereiro 14, 2013

uma sentadinha vejo a vista tinha esquecido dela dentro dos meus pensamentos nebulosos envolventes enquanto varro o quintal arrumando uma bolsa que comprei ha muito tempo porque queria copiar e acho que comecei? mas aonde não sei, concretizar às vezes é uma batalha verniz cabides etc etc olho pras prateleiras penso as proximas serão vcs e isso me da prazer não adiar fazer o que quero tudo mexer e vontade zero de sair disso.

segunda-feira, fevereiro 11, 2013

como faço para não me arrepender de não ter levado a maquina no lavatorio de carros um filme incrivel acontecendo. se voltar la vai ser outra coisa. enfim, minha primeira saida  de casa em férias, desajeitada talvez. o papa vai renunciar, pedro conta como se isso fosse muito importante. lembro da época em que eram envenenados, e também reis e cardeais e principes. perigoso viver nessa época. as musicas não tocam na sequência, blur 13.

sábado, fevereiro 09, 2013

apagador
apontador afinador
uma tristeza depois de ler sobre a vida do Nick Drake, num texto mal escrito
e ouvindo outra noite que foi a primeira vez porque ele fica acima do pink floyd o disco pink moon e resolvi escutar pa papa jornal nacional porque escutamos outro dia também voltando e ai esse ficou como pano de fundo da noite e agora que escuto mesmo
talvez às vezes não seja bom procurar informações
syd barrett gostei mais de ler

sexta-feira, fevereiro 01, 2013

edgarcasper passa ronronando o tempo todo passa por entre meu rosto e minha cabeça me da mordidinhas no queixo e no nariz antes dando uma espécie de beijo esfregando o seu nariz no meu não para passa pra la e pra ca faz bagunça com o edredon se enrolando nele volta à andar por cima de mim sempre feliz e enquanto isso durmo tento dormir dou beijinhos nele quando ele passa por cima do meu rosto ronronando sempre ronronando até que resolvo levantar que é isso que ele quer afinal.

terça-feira, janeiro 29, 2013

às vezes vontade de

cortar o cabelo ou ler dostoievsky ou sebald que abandonei no começo amo mas interrompo pra fazer algo e depois não volto mais duas vezes

ou

esqueci as fotos la freud explica provavelmte


desço a ladeira sinto uma espécie de "saudades" daquela corporificação de energia, preocupado em dar tudo aquilo gostando de ser um professor Mihalyi fala do flow estado da Jacqueline du Pré do Keith Jarrett do alpinista e um momento em que fiquei emocionada com tudo aquilo possibilidades como outros espaços se abrindo que ainda não sei quais isso não importa
e ter recordado as diferenças entre os dois diferença de abordagem (mamãe teria dito aproach aquela cafonice dos anos 70 de misturar palavras de outras linguas e eu e Dudu também faziamos isso) e essa diferença era a minha vida porque eu não teria como ter feito essa aula naquela época
e acho que ele ficou meio mexido
pintei meu cabelo e não sei ainda como ficou
e sem saber porque deixei acontecer o encontro de ontem enfim eu ri isso foi bom o problema foi

segunda-feira, janeiro 28, 2013

tres dias intensos com Charles e no que isso vai dar ou não combina um pedacinho com a logoterapia vc esta vivendo a vida da sua mãe e não a sua e me livrar de toda essa forma de viver que herdei... não sei se possivel. o que acontece com todo o seu passado. um encontro que não significou muito so uns sorrisos pra la e pra ca. e fico entre deixa a vida rolar no seu tempo ou não, vamos vivê-la agora, direcionar. sempre serve pra arrumar o quarto. vida. informação inutil problemas e varias formas de resolver, pensamento divergente. esforço. curiosidade. curiosidade formulação de problemas igual percepção das respostas que estão no mundo ( insight). retroalimentação negativa. processo evolutivo não tem nenhuma finalidade. James Lovell.  Michael Landy. flow fluxo Mihalyi. talento é potencial possibilidades imanência. disciplina é o que precisamos para equilibrar os os picos de energia emocionais. motivação extrinsica em busca de aprovação. meu pai não me levou pra pescar. o agir leva à certeza.

segunda-feira, janeiro 21, 2013

de repente na kombi um bichinho verde sobe meu braço esse bichinho eu ja tinha visto no quarto achei que era bom isso esse bichinho ter me escolhido e ele ficou um tempo parado em cima do dedo da mão depois quando vi estava na alça da mochila e veio assim aqui pra casa. agora não sei mais porque Sybill resolveu dormir em cima da mochila e ele sumiu voou talvez. davi da portaria disse que é um percevejo não sei se isso é ruim ou não percevejo pelo nome parece ruim; chove todos os dias, incrivel esse tudo molhado sempre no final do dia ou de manhã. Miranda vem desconfiada lentamente como se algo estranho estivesse acontecendo, sera que ela não enxerga muito bem? como eu alias. eu e a. hoje parecidas, fiquei me sentindo meio desconjuntada. talvez pela diferença de idade. tenho que esquecer isso mas sera que é esquecivel? não sei. importa e não.

sábado, janeiro 19, 2013

so garotos da Patti Smith não conhecia quase nada dela so o nome que ja tinha visto por ai ele ja conhecia pelas fotos estetiticas até dizer chega e a estoria dos dois é linda da busca por fazer o que realmente queriam do processo que foi dando em outras coisas e da verdade dos dois. passaram fome, perdidos, foram morar juntos num quartinho, depois no lendario Chelsea, conheceram varias pessoas que circularam por la em pleno anos 70, e continuaram juntos mesmo indo em direções diferentes.as fotos dos dois ou so dela são lindas, eles combinavam, pareciam quase a mesma pessoa.

domingo, janeiro 13, 2013

ouvindo Bob Dylan e me lembrei o ônibus dando aquela voltinha a estrada que apareceu na minha frente, a sensação de estrada. e quando cheguei o bonitinho estava na porta e coloquei o fone no ouvido dele ou foi em outra tarde e depois e a estrada foi tudo o que eu queria e outras coisas também não importava a chegada o lugar, simplesmente mudar de lugar.
primeiro livro Pobre gente depois o Duplo depois alguns contos em 49 prisão depois de reuniões onde se discutia sobre os servos etc pai assassinado escola Natural Gogol!

sábado, janeiro 12, 2013


nada de muito interessante no jornal obras faraônicas etc etc. ultimos dois dias chatos, estranhos sem nada. comendo chocolate bolo besteiras. daqui ha pouco viro uma bola. madame bovary também é chato, rs. ela uma sonhadora entediada, ele um ser mediano. e descrições descrições minuciosas de tudo. tédio total. não gostando de ficar em casa o quarto uma bagunça e desconfortavel muitos moveis preciso tirar a mesa urgente. quarta e quinta e sexta até a noite estava tudo otimo depois degringolou.

escrito num papel Clark Gable/Sophia Loren. não sei o que é. uma foto ? estava feliz com tudo hoje. depois... as falsas expectativas, como sempre. sem problemas. tirar férias permanente e sempre. dormi alucinadamente acordei às 11 e fiz pedacinhos de coisas um pouquinho de. preguiça muita.

domingo, janeiro 06, 2013



tento achar dont' explain tocada pelo Bill evans acho que não existe e eu estava escutando outra musica dele achando que era essa e então fui procurar e nada gostavamos de saber de algumas coisas bouvard e agora tantas coisas madame bovary dostoievski historia o que resta arte.

sexta-feira, janeiro 04, 2013

os sonhos estranhos uma escada interminavel escada rolante e antes não era tudo tinha se transformado para alguma ocasião e eu tinha que sair correndo mas não tinha como pegar o dinheiro pro taxi que estava na minha bolsa que estava em algum lugar que agora depois das transformações eu não tinha como pegar e depois  vi que dava sim para pegar o taxi mas e o dinheiro para dar ao n. no dia seguinte eu não teria e tinha algo à ver com ana l., tudo. outros sonhos estranhos na mesma noite, so lembro desse. acordei quase àas 11, loucura!  e a sensação de que poderia ficar horas conversando.
existe uma fusão entre as pessoas don't explain you're my joie you're my pain antes ne me quitte pas  gosto porque é tão teatral e uma estorinha dentro de um espaço espaço. yemanja peguei uma frase, como chamava não lembro previsões vinte centavos. marche de cabeça erguida, confiante, venceras todos os obstaculos da caminhada. e se for ferido, lembre-se que as cicatrizes serão luzes que marcarão sua vitoria. acenda 1 vela. não fotografei o barquinho. ir visitar, talvez? não. saudades de poesia, por isso. hoje corri dormindo. necessidade de prazer, como chama? instinto.

quarta-feira, dezembro 26, 2012

fb diz adiciona sua escola ou qualquer coisa assim. não sei qual é a minha escola ou qual foi. esquecer isso. diane keaton e a familia. confundo annie hall com manhattan, os dois maravilhosos. quando minha cabeça começa à entrar em parafuso... tenho que sair e ai tudo sai junto. o problema é que nem sempre da pra sair.

domingo, dezembro 23, 2012

Na realidade, a fim de descobrir a verdadeira natureza do desenvolvimento nós precisamos retornar para os verdadeiros significados da palavra. A palavra “desenvolvimento” é constituída por três elementos:
    • des- = prefixo que significa “remover”, “libertar” ou “soltar”     • envolve = do Latin volupe na queda de Roma, significando “aquelas coisas que nos colocam pra baixo”     • -mento = sufixo que significa “o processo de
    Então desenvolvimento pode ser definido como “o processo que nos liberta dos fatores que nos mantem pra baixo”. Desenvolvimento verdadeiro, por sua própria natureza envolve libertação e liberdade, fatores que nós iremos voltar a considerar mais tarde.
    Assim como nós não entendemos a natureza do desenvolvimento, nós também não entendemos a natureza do processo de educação. As pessoas confundem educação com instrução.
    Instrução vem do verbo instrúere que se formou do prefixo in- e do verbo strúere, no itálico vinculado ao tema STREU, alargamento de grau zero da raiz indo-européia STER- cuja acepção era a de “estender, espalhar”. Na língua de Cícero, strúere era entendido semanticamente como “amontoar materiais, ajuntar”. É um processo baseado na premissa da ignorância de um aprendiz e o conhecimento do instrutor, uma transferência de aprendizagem que também tem o significado de “disciplinar, trazer sob controle, deliberadamente treinar ou acostumar”. Muitas pessoas erroneamente acreditam que a educação termina quando a instrução formal também para.
    Isto está longe da verdade. A educação é, sempre tem sido e sempre será, um processo vitalício, desde o berço até o túmulo. A palavra educação vem de:• e-ducare = latim - verbo com sentido de “criar”. Etimologicamente significando “trazer à luz a idéia”, ou ainda, “tirar o que está dentro”.     • -ção = sufixo significando “a ação de”

    Educação, portanto, significa “ação de alcançar o potencial interior”, ao invés de ter algo adicionado por meio da instrução ou do treino.
aceitar o erro. isso seria o relaxar que não consigo.
nenhum encontro entre pessoas tem dado certo.
e me angustia meu não agir, parece que estou presa numa rede.

quarta-feira, dezembro 19, 2012

sábado, dezembro 15, 2012

Petrônio nasceu cercado de privilégios vivia nas nuvens mudou radicalmente qdo conheceu um escravo Siro que havia trabalhado em um circo e começou à lhe contar coisas historias fantasticas e depois Petronio resolveu escrever as estorias escreveu dezesseis livros de sua invenção leu-os para Siro que ria como louco e resolveram levar à cabo as aventuras composta por esse, disfarçaram-se e fugiram da cidade vivendo as aventuras a vida que ele havia escrito imaginado renunciando para sempre à escrita.

sexta-feira, dezembro 14, 2012

"o caos demoniaco de cada palavra isolada, de cada conhecimento , de cada coisa (...) esse caos o assaltava agora, a esse caos estava entregue (...). Oh, cada um esta ameaçado pelas palavras indomaveis e seus tentaculos, pela ramagem das palavras, pelas palavras de ramo que se enredando entre si o enredam, que crescem disparadas, cada uma para seu lado, e tornando a retorcerem-se umas nas outras, demoniacas em sua individualização, palavras de segundos, palavras de anos, palavras que se entrelaçam na trama do mundo, na trama dos tempos, incompreensiveis e impenetraveis em sua rugiente mudez."
Hermann Broch, A Morte de Virgilio

sábado, dezembro 08, 2012

tenho que escrever no caderno e ler mas so agora consegui me reencaixar. parecia um transe fui hipnotizada ou unhas terriveis peso na barriga. amanhã se eu conseguir correr porque so na segunda que passou apesar do calor senegalesco. o chapéu também do senegal.

sábado, novembro 24, 2012

quando stolz resolve ir conversar seriamente com olga, me parece que eu também tenho que tomar uma decisao importante. todos tem questões que se passam so em suas cabeças, e se enrolam com elas, principalmente oblomov, obviamente. sou um pouco ele. oblomov c'est moi, apesar de que não li madame bovary. leo disse que é chato. esta aqui. esperando para dar uma corrida, me aliviar no esforço e na respiração e no caminho e no suor. e em outras coisas que não sei. como no sonho, corria num espaço de dunas e areias. parece que o peito que vai na frente, puxando levando.

sexta-feira, novembro 23, 2012

resumo escolar

Frantisek Kupka, The yellow scale, 1907, oleo s/ tela, Museum of Fine Arts, Houston, Texas, Usa
(autoretrato), além de estudos sobre a vibração das cores ( Goethe,...), estudava ocultismo, partiu de uma arte simbolista à abstração, participando do orfismo junto com Leger e Robert Delaunay,

terça-feira, novembro 20, 2012

como se tivesse começado uma nova historia mas que ainda não começou so como pensamento abstrato
porque também essa obrigação de que tem que dar em algo tem que dificuldade em ser simplesmente sem essa concretude invisivel mas envolvente voltou the ever evolving etude embora escutando a.c. lendo sobre o anuar brahem os que escuto mais esses dias um tunisiano e um israelense
tinha esquecido do inicio do coração tão branco quando a filha se mata no banheiro durante o almoço um tiro no peito caida no banheiro imagem forte e dramatica para um começo e que depois é abandonada essa imagem essa historia e depois isso ficou esquecido e leyla au pays du carrousel dejà la nuit rue du depart nomes bonitos ficou esquecido por mim outro dia que é uma maneira boa de se começar algo se começar uma frase mas não era dia e sim noite não se começa com outra noite ontem a mulher que fez minhas unhas era enorme e estavamos numa sacada um mezanino tudo ficava maior ainda a sensação de anormalidade e fazia comentarios sobre as coisas os flamenguistas por exemplo ou o goleiro bruno e então outra noite comecei à tremer tenho isso de vez em quando começo à tremer nervosismo sei la esse cedilha ç ao lado do à me da nervoso parece um a vazado ao contrario e entra um frio pela janela que não consigo fechar um la fora que eu queria isolar miranda entra e fala qualquer coisa que não entendo e so digo o que é curucucu esta sentada no pé da cama olhando diversas possibilidades em cima da mesa que quero tirar o quadro negro o apagador giz dentro de um rolinho de filme rescue dois envelopes com contas que tem que ser vistas e organizadas e nunca são celular caixa de fosforo isqueiro bauzinho caneta dois ou tres tubinhos de cremes pen drive oculos luminaria foto da mamãe papel pelo menos a pilhinha de livros e cadernos coloquei em cima da cômoda no fundo esta bom bom com pitadas de ruim

sexta-feira, novembro 16, 2012

as tartarugas vieram todas me ver as filhotes sempre juntas mas não aconteceu nada de excepcional era so eu sem nenhuma comida ( batata!) ou presente lindas mesmo assim enquanto esperava olhando e depois ouvi atentamente e calma e olhei olhos fixos. acabei trazendo o sebald e a l.h. ? the ever evolving etude

quinta-feira, novembro 15, 2012

alguma informação sobre Billie Holliday você achou o ginzburg a pilhinha dele serena dom quixote  varias pessoas chamam ele de gordinho oblomov tem um criado pessoal as pessoas nem se vestiam não faziam absolutamente nada e os criados nem recebiam salario! não tem muito charme as musicas que tocam la porque não avishai cohen? poems elizabeth bishop you don't know what love is
Matéria de estrelas

Porque é tudo para sempre, mesmo a efémera morte,
encontrar-nos-emos eternamente
e nunca mais nos veremos.
O impossivel volta a ser impossivel. Para sempre.

Impossivel é cada manhã aberta,
um deus sonha consigo através de nos.
às vezes quase posso toca-lo, ao deus,
surpreendê-lo no seu sono, também ele real e efémero.

Matéria, alma do nada,
os mortos ouvem a tua musica solida
pela primeira vez, como uma respiração de estrelas.
A sua intranquilidade transforma-se em si mesma, musica.
chegou o Pina fiquei tão feliz pela epopéia veio de Portugal! de fora d'além mar e ver a caixa em cima da mesa da portaria e abrindo no carrinho
agora não sei

leio
aonde guardar um botão pequeno, um elastico de cabelo em forma de fio de telefone enroscado que a ana claudia "audrei" me deu e o pé do porta-retrato de madeira que soltou a foto da mamãe  desaparecendo lentamente sépia
varios blogs abandonados tenho que cancelar alguns por falta de uso incorpora-los aqui e robinson crusoé obtendo significados numa ilha ontem o cliente que havia entrado desesperado pedindo um livro no outro dia e esta gostando do enamoramentos que indiquei adorei e o philip k. dick tenho que arrumar esse livro fahrenheit ainda não olhei e talvez por isso tenha gostado do tia julia e o escrevinhador por causa dessa mistura entre ficção e vida vontade de falar isso ao ricardo piglia ei vc esqueceu de citar esse porque? para o meu memorial que não anda arquivinho ou o fichario dar uma olhada na viola spolin porque não obviamente estou fantasiando como com tudo como agora conversando imaginariamente como se ele fosse o meu namorado haha parece coisa de criança que tem um amigo ou um irmão imaginario ou sempre temos na verdade e isso é uma falta? depois me culpando depois liberando o problema maior é essa censura interna mas se ficar sem a censura fica impossivel? essa conversa silenciosa durante a semana significados dispersos aqui e ali esbaforidos. ao mesmo tempo deixar e o homem no ônibus rezando por mim denilson? e na mesma noite a mensagem do deixa ir me repito voltar ao ultimo leitor que é delicioso esta frio queria um chocolate talvez um cha isso. acho que quando namoramos engordamos ( d'aprés ...).

domingo, novembro 04, 2012


"As Ondas", de Virginia Woolf
Por Alexandra Lucas Coelho 
Poucos romances, em todo o século XX, nos mostraram tão intensamente como a literatura podia ser ainda uma coisa nova e viva
Podemos começar pelo que este livro não é, para arrepiar caminho. E para isso, tomemos de empréstimo o que dele disse Jorge Luis Borges: "Não há argumento, não há conversa, não há acção." Era um cumprimento. E Virginia Woolf estaria de acordo. Assim, solto da ganga romanesca e dentro da cabeça que pulsa, o quis ela, desde o princípio.
Em Novembro de 1928 - tinha ela 44 anos, e era já a autora aclamada de "Orlando, "Mrs. Dalloway" ou "Rumo ao Farol", três dos seus mais notáveis romances -, escreveu Virginia Woolf no seu diário: "Quero eliminar todo o desperdício, todas as coisas mortas, o supérfluo: dar o momento inteiro, com tudo o que faz parte dele. Digamos que o momento é um misto de pensamento, de sensação, a voz do mar... Esse medonho assunto da narrativa realista, avançar do almoço para o jantar, é falso, irreal, meramente convencional. Porquê admitir algo na literatura que não seja poesia - até à saturação, mesmo? É isso que quero fazer em 'As Mariposas'"
"As Mariposas" foi, entre 1928 e 1929, o título provisório desse projecto, dessa "tentativa completamente nova" no interior da literatura. Depois, quando Virginia Woolf se lembrou "de repente" (a expressão é dela) que as mariposas só voam de noite, mudou o título para "As Ondas". E no Outono de 1929 começou a escrever aquela que viria a ser considerada por muitos (não Borges, que preferia "Orlando") a sua obra-prima.
Bernard, Neville, Louis, Jinny, Susan, Rhoda. Seis personagens, seis vozes que falam, não umas com as outras, não para fora, mas dentro de si - há ainda uma sétima personagem, Percival, que a todos fascina, mas que nunca escutaremos.
Cada fala destas seis personagens (seis faces de um rosto único?) é a torrente caótica e fabulosa de imagens e palavras que se forma dentro da cabeça em minutos, em segundos. São eles - as suas vozes, sempre em discurso directo - que nos levam através do seu percurso, da infância à maturidade, em nove etapas. O livro percorre, nessas etapas, o tempo da vida humana.
Mas há um outro tempo, paralelo, sem personagens, sem fala, antes de cada etapa: uma descrição da viagem que o sol faz ao longo de um dia, e do efeito desse movimento numa paisagem com mar. As ondas quebram-se assim, sincopadamente, tal como bate o coração. 

oblomov parece uma peça de teatro, ja entraram e sairam umas 5 personagens trazendo o mundo la de fora e ele continua deitado na cama, achando que não ha nada melhor à fazer, no fundo... enquanto isso o coronel chabert me parece um pouco improvavel, irreal. e a mulher dele também. talvez novelas sejam irreais.
no meio de tantos livros e estorias inventadas me sinto saindo da casa dos mortos da ilha dos mortos me lembro o quadro e o livro do Dostoievski  mas na pintura o barco esta indo pra ilha e eu me sinto saindo, em periodos em que me deixam sair e dar uma espiadinha la fora. deixar ser, o que consegui finalmente hoje à tarde, um pouco menos pior, desabei em cima da cama, varias desabadas esses dias

peguei da ilustrissima, adorei


MUSEU
Se houvesse
um museu
de momentos
um inventário
de instantes
um monumento
para eventos
que nunca aconteceram
se houvesse
um arquivo
de agoras
um catálogo
de acasos
que guardasse por exemplo
o dia em que te vi atravessar a rua
com teu vestido mais veloz
se houvesse
um acervo
de acidentes
um herbário
de esperas
um zoológico
de ferozes alegrias
se houvesse
um depósito
de detalhes
um álbum
de fotografias
nunca tiradas


 APARADOR
Sonho que estou de volta
ao primeiro apartamento
quando éramos jovens e tínhamos
muito menos coisas
e nem sabíamos que já éramos
felizes como pensávamos que seríamos
estás na minha memória
jovem e alegre como numa fotografia
talvez ainda mais jovem e mais alegre
mais jovem do que jamais foste
e mais alegre
usas uma presilha
no cabelo castanho e comprido
invejo a presilha
que está tão mais próxima do que eu
do teu pensamento
e dos teus cabelos
da tua cabeça de cabelo e pensamento
e invejo a fotografia
que se parece tanto contigo
talvez mais ainda do que tu mesma
ouço as juntas que estalam
como portas batendo
sou hoje uma chaleira, uma pá, uns óculos
esquecidos sobre o aparador
sou o aparador
esquecido de mim mesmo
sobre o aparador está tua fotografia
que nos sobreviverá
ANA MARTINS MARQUES, 35, é autora de "Da Arte das Armadilhas" (Companhia das Letras), finalista Prêmio Portugal Telecom de Literatura deste ano na categoria poesia.
*

sábado, novembro 03, 2012

outro dia vontade de rever cria cuervos ( se tiver coragem) e elisa vida mia que não sei se vi, acho que é com a ana torrent também. geraldine chaplin lembrava mamãe, e tive uma crise de choro dentro do cinema, embora ela ainda estivesse viva, ao ponto das pessoas perto me olharem com ares de censura... ou algo assim. ou como chorava e chorava na praça central ou principal de Cuzco e ai ela ja tinha morrido e tudo aquilo me lembrava muito ela, todos os dias quando sentavamos na praça. sera que o Ale se lembra disso? ou mauro da cena no cinema? duas pessoas que perdi o contato e uma proximidade qualquer ou minima. otimo esse miles essential otimo voltar à escutar jazz. não que eu ja tenha sido realmente uma super escutadora. pelo menos eu e fernando ainda somos bem proximos espiritualmente talvez ou afetivamente.  e os livros comprados, um pouco assustada com esse meu lado de satisfazer desejos necessidades talvez estivesse represado...o  Thích Nhất Hạnh, budista vietnamista, simples,  respiração consciente uma espécie de meditação dentro fora flor frescor pedra mas às vezes vai para outros lados, mais globais e interativos e ai não sei, da sangha e centros budistas, um discurso mais ativista 2 manuel pina, adoro ele aqui azul do meu lado, fininho, apesar da lembrança estranha ler e reler e o outro que espero chegue
james wood como funciona a ficção larguei tenho que voltar (cassia eller engraçado escutar quando corro ou indo pra travessa outro dia escutei o disco inteiro e fiquei apaixonada pela musica da carta de amor) e avishai cohen
maisie, o ultimo leitor e porque estou amando-o? apesar de não ser leitora do poe nem gostar tanto do che e justamente me deu vontade do poe e linda a estoria do che guerrilheiro carregando livros e cadernos consigo a unica coisa que carregava enquanto os outros iam mais leves fugindo sempre fugindo? um marginal e kafka e felice tudo me lembra tudo
enamoramentos, prazeroso de ler dessa vez ja tinha tentado outro dele não tinha dado certo na época mais coronel chabert também uma descoberta é irônico e preciosista vivo pelos detalhes e triste enfim uma novela me parece ler a introdução à Balzac que Emilia estava lendo outro dia
e os que gostei e não comprei como alan pauls e minha vida
a sandalia no metrô e a do brecho que arrebentou logo depois sapatilha aberta na frente xadrez preta e branca enorme no pé mas gostei mesmo assim e agora ela esta la arrebentada so um pé dentro de um saco dentro do "meu" armario na travessa esperando que eu a leve ao sapateiro o que me obrigou à comprar uma sandalia cafona que não gostei na urgência
roupas em costureiras asaiapretadazaraeabranquinhadiafanaquaseeo blazer marromlindoeo vestido que ainda não deu certoo vestido seventies que tirei o velcro lindo que não sei se abaixo a bainha
sempre fazendo balanços (o chato as cobranças de cenas imaginadas) como se tivesse precisasse ter alguma visão geral do que esta acontecendo comigo, um mapa
agora hyldon ? miles essential segundo  disco,  culpa

sexta-feira, novembro 02, 2012

como se ele fosse validar minha vida. e eu tivesse que dar uma resposta à ele.
ou como se ela so existisse se houvesse um aval dos outros.