domingo, janeiro 30, 2011

Sai para andar, uma vaga vontade de ir comprar o jornal no Guimarães, levando a maquina, vendo os prédios e casinhas e pessoas, mas também uma vontade de andar no "mato', um pra esquerda, outro pra direita, acabei deixando minha bolsa na portaria e fui pelo meu velho caminho, onde corria - o da esquerda, que chamo de pré-paineiras, e que adoro com suas arvores enormes. Fui indo, indo, até chegar numa placa escrito Floresta da Tijuca e resolvi subir, subir, de repente aparece o mar la embaixo e é como uma aparição, o aterro, o dia lindo demais, passei a entrada do mirante dona Marta, resolvi continuar mais um pouco, subindo e subindo, apareceu um pedaço super ampliado da vista que tenho daqui, cruzei com pessoas descendo que perguntaram se faltava muito... Começaram à aparecer carros estacionados, aquele absurdo todo que transformaram aquilo la, pensei que estivesse chegando mas ainda não, bebi uma aguinha numa fonte, cheguei finalmente nas Paineiras orgulhosa de mim, embora minhas pernas doessem um pouco - ja estava à 1 hora e meia andando ou mais, resolvi entrar e tomar um chuveirão ja que estava la. Aquele silencio todo e a paisagem ampla que faz bem so de olhar e estar la, tentava não pensar às vezes, enquanto andava, e deixar uma pausa, um silencio, o mesmo silencio que estava la fora para dentro de mim, tentando parar com a conversa incessante dentro da cabeça. Fui até o segundo chuveirão porque no primeiro tinha fila mas valeu à pena, foi otimo, desci exausta, acabei pegando uma mini carona que adiantou um pouquinho, andei quase 4 horas! Lembrei do F. que atravessa bairros e cidades andando, do Caminhar, uma filosofia que não li ainda, de tudo.

quinta-feira, janeiro 27, 2011

Viagens de Gulliver


Ganhei da Travessa, que ganhou da editora. Edição Penguin/Cia das Letras.
"Quem lê pela primeira vez a versão original de Viagens de Gulliver, tendo como pano de fundo uma vaga lembrança de adaptações infantis, espanta-se ao constatar que tem nas mãos um dos textos mais amargos do cânone ocidental. Como observa George Orwell no prefácio incluído nesta edição, o livro de Jonathan Swift, apesar de todo o seu ressentimento e misantropia, é uma obra deliciosa, que permite vários níveis de leitura. É primeiro um livro de viagens — ou melhor, uma sátira aos livros de viagens, tal como Dom Quixote é, entre outras coisas, uma sátira aos romances de cavalaria; para as crianças, é uma história de aventuras, cheia das criaturas fantásticas e do humor escatológico de que tanto gostam; e é um dos marcos iniciais da ficção científica."

Arquitetura pelas Escadas

Esse livro so com fotos de escadas me interessou porque "remete", palavrinha ruim, rs, ao meu projeto das portarias (Arquitetura pelas Escadas, Patricia Cardoso, Editora Estação Liberdade). As fotos são muito boas e bonitas, todas em São Paulo.

segunda-feira, janeiro 24, 2011

nao sei porque adorando tanto escutar what are you doing the rest of your life antes algumas do Buena Vista no final cansa um pouco e a fantasia de hoje seria ficar horas horas tirando cada livro da estante
escolheria uma estante - o infantil por exemplo ou filosofia ou literatura estrangeira e olharia cada livro, leria algo, faria uma lista talvez, com os títulos em ordem - estou meio Umberto Eco, talvez ficasse dias e dias fazendo isso, não, poderia interromper para escutar algum cd do Charles Mingus ou de algum grupo novo desconhecido e todos os clássicos que não coheço e no final saberia de todos os livros e de tudo
e no final de semana nem sai de casa (depois da volta travessenta às quase três horas, acho) pensava em ligar para pessoas mas não ligava - estava achando que deveria, as vezes até um certo tédio escutei Kind of Blue varias vezes fotografei o avião e nuvens antes
mas não deveria nada
e arrumei mil coisas
tirei capim da parte de cima do quintal e machuquei minha mão, como sempre (desde criança)
e um bichinho- inseto como uma bruxa ou mariposa esta quietinha aqui, acho que com a asa quebrada, e queria fazer algo mas?
Li um pouco mais do Vila-Matas
A. veio aqui e olhamos o céu sentados no banco do quintal
na verdade esta tudo otimo

Filme





sábado, janeiro 22, 2011

outros bancos

Bancos que não entraram na primeira sessão. O verdinho é um fofo, pequenininho, o laranja é meio ovo, da vontade de sentar, o branco tem um "ar" mais profissional.

Achei esse video bonitinho, enquanto procurava Robert Walser, que ja havia visto o nome em algum lugar mas que é citado no Doutor Pasavento, Enrique Vla-Matas, Cosac&Naify.

Un último paseo por la nieve

estava na rede me divertindo lendo Enrique Vila-Matas com a Panda feliz se coçando no meu colo, queria escrever também mas o que pensava não vai ainda direto para a tela e o laptop longe. tocou o telefone 2 vezes, levantei mas ele parou. pensava...em ter uma loja - ou seria uma anti-loja? onde livros estivessem ali e fossem trocados ad eternum; e discos também. teriam poltronas onde todos poderiam se sentar e... pensando que do alto aqui de cima é como se eu visse vilas cidades (na minha imaginação, obvio, porque nem é tão alto aqui e o que vejo são ruas que estão aqui e la), mas outro dia vi um bairro longe e pensei numa cidadezinha que eu não conhecia e que eu poderia descobrir talvez andando até ali, la. e tem um pontinho aqui na tela e eu achei que era um ponto no texto. e estou gostando do Vila-Matas que vi a capa e li a contra-capa e gostei mas fiz isso com o Javier Marias(não a capa, mas tinha gostado da entrevista no jornal e do começo) e depois não gostei nem um pouco, e também devolvi Florença um caso delicado por ser principalmente delicado mais do que tudo e não era isso que queria escrever isso quis escrever outro dia
e joguei I-Ching e quando fui procurar qual seria o hexagrama naquele quadradinho da pagina final onde estão todas as combinações ja abri no hexagrama certo, hum, ficou confuso isso
e o Javier Marias estaria na minha loja não loja porque outras pessoas poderiam gostar e teria que pegar todos os livros que vendi para o Beringela de volta...e outros
as nuvens estão incriveis e um passaro passou decidido estão sempre decididos
Acho que não é possivel viver sem gatos e sem vista, sem essa vista.

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Escuto a Ella Fitzgerald numa gravação ao vivo, um show, imagino o delirio, o extase das pessoas que assistiram `a essas pessoas geniais que estavam acontecendo naquela hora, ou talvez fosse mais profundo e existencial?, penso isso também porque tenho vontade de ler o livro sobre John Coltrane e a gravação do Love Supreme e acho que tem também sobre o Kind of Blue...assim que rolar algum dinheiro...
escurece.
quando temos 14 anos o mundo é vasto demais, sem fronteiras. era assim para mim, vivia na Shangri-la inventada pela mamãe e so fui descobrindo limites e barreiras e que não era bem assim devagarzinho, devagar demais talvez.
tem um sapinho morando perto da geladeira onde esta a infiltração que hoje Jorge veio ver e descobriu e colocou as barras e etc e quando vi eu estava separando os pregos bons dos enferrujados da caixa de ferramentas e com dor de cabeça depois de 2 chopps e meio ontem quando M. disse que lembra de mim ha 32 anos e eu não sabia o que dizer, disse que a vida não passou para mim, ?, fiquei feliz mas ao mesmo tempo tão non-sense tudo, parecia que eu não lembrava da minha propria vida e acabei não aproveitando muito mais do que isso do feriado dormi à tarde porque demorei à achar a neosaldina so depois e agora Dingo e a cozinha ficou melhor com as coisas suspensas...