sexta-feira, agosto 01, 2008

Tenho que fazer coisas que coisas eu ainda não sei não me decidi na verdade não quero mas se não fizer coisas nada anda. eventos. hoje achei que ia ser bom acordar devagar e só mas não foi aquele orgasmo todo não como no outro dia. orgasmo talvez seja uma palavra forte! forte... teria que sair de casa talvez. talvez. ou não. ainda não tive a coragem coragem? de entrar no atelier e olhar tudo e enfrentar. ontem me senti uma estranha naquele evento. poderia não ter me sentido...sei lá. não consegui comunicar me comunicar estabelecer relações. hoje tudo está vago vago vagas ondas achar definições mas como ? exercises...acordei de madrugada sempre acordo a noite escura e densa que aos pouquinhos vai mudando e clareando que horas seriam ? umas cinco, cinco e meia. mutações. que não sei se vão para algum lugar. meus ossos do quadril voltaram `a aparecer para fora, engraçado. estou ? coloquei Amy pra animar uau! Patricia ontem falou do Cortazar é isso que estou precisando, como um remédio achar preciso achar O Jogo da Amarelinha...

domingo, julho 27, 2008

Pegando um restinho de sol aqui no chão do atelier Miranda dorme enroladinha no pufe e é só uma pena porque sei que o sol vai sumir daqui `a pouco e por mim ele não sumia nunca nunca seria um dia eterno de sol eterno sempre no rádio toca um piano levemente romântico o que não é romântico? e sinto um pouco de frio nas costas onde a camisa não chega. Como sinto frio sempre talvez por isso... eu magra agora misteriosamente e não misteriosamente. Os móveis da sala estão lá esperando felizes. tudo parece estar estar. os cadernos amontoados em cima do cavalete olham e esperam e se mostram. esses dias lindos de julho que já está acabando e mal começou e esses dias lindos de maio e de junho e. restos de perna do "nadador" no chão. saudades da. hoje a casa foi só minha desde acordar até agora. só um ritmo o meu e o do sol e dos gatos e das coisas e dos pensamentos e das coisas de novo. em transe escutando Miles Davis Ascenseur pour e a foto da Jeanne Moreau na capa é linda como aquele poster do Jules et Jim que tem na casa da Laura queria para mim sim e não.


sábado, julho 26, 2008

A Banda


Alberto Tassinari / Rodrigo Andrade

Um sofá, uma cadeira, um armário. Onde estão ? Parecem as mobílias de uma mudança. Uma árvore ao fundo, `a esquerda, parece indicar que estão na rua, ao ar livre, num pátio, ou coisa parecida. Mas onde estão os donos ? Onde estão os carregadores ? Ficarão para sempre ali, abandonadas ? Sim. Ali o pintor as dispôs. Ali estão. Então é do próprio abandono que falam. Circunspectas, solitárias, comunicam-se por vizinhança. Mas pouco. Juntá-las reforça o ensimesmado de cada uma. A questão é antiga. Pense-se no quarto de Van Gogh. Mas não é preciso recuar tão longe. As gravuras de Goeldi, certas fases de Iberê, não comunicam também desamparos semelhantes ? São emblemas, sem dúvida. Nos posicionamos no lugar dos objetos. Sós. Uns ao lado dos outros e, entretanto, sós. Um espaço, é verdade, os envolve. Mas esse, então, onde fica ? Os objetos pulam para fora da tela. O convite para ir até eles está mais do que feito. Mas a tela, hoje, recusa introspecções. A manobra do pintor se revira, então, numa espécie de perspectiva `as avessas. O ataque direto `a tela projeta os objetos, e de certo modo o espaço, para fora, não para dentro. Um lugar então aparece. Não é bem lá, nem aqui. Desculpem-me o termo gasto, é um lugar utópico. Tanta luz, tanto isolamento. Entre um e outro vivemos. Como também vive o quadro desse comércio meio estancado entre a fisionomia das grandes massas de cor e a fisionomia das coisas. Ou ainda, como também vive em espaços, ainda que vagos, quase sólidos e objetos que, além, de coisas, são lugares do vazio. Longa história, se a história é da arte, para aí se chegar. Manet, Van Gogh, Picasso, De Chirico, Goeldi, Guston, Iberê. A lista é maior, mas não importa tanto. Rodrigo os junta por subtração. E uma segunda longa história. Longa, se é a de um pintor por volta dos trinta. Dez anos de pintura, e o retorno a si mesmo. É que penso que há aqui o mesmo clima, mas na época meio gráfico, dos seus quadros do ateliê Casa 7. Mas aqui há mais. Um neo-expressionismo agora refletido e indiferente `a última moda. A pintura americana, digamos, vista por Goeldi. Em desvios, meio extemporânea. E, no fim das contas, o quanto isso importa? Importa a coragem do artista, sem dúvida, em desligar-se das modas. Eu, por minha conta, espectador, fico mais é a me indagar sobre o jogo das intensas forças de atração e distanciamento que entre mim e o quadro e também entre suas partes, se estabelece. Essa cadeira de tinta, na qual me sento e já não mais estou. Esses bancos enfileirados, que me impedem de decidir em qual deles me deter. Essas garrafas, ou esses livros, que me somem da mão quando enfim os apalpo. Emblemas, repita-se : sólidas solidões e o vazio do espaço em comum. E suas reversões: solidões que se esvaziam na possibilidade do estar lado a lado.
Alberto Tassinari, pinturas de Rodrigo Andrade, Galeria Anna Maria Niemeyer, novembro de 1994,
Encontrei esse catálogo de uma exposição que gostei muito, na época, e ainda gosto, mas não havia lido o texto. Tem tudo `a ver...

quinta-feira, julho 24, 2008

my tears dry on their own
achei engraçado o PG fazendo uma análise dos piscianos, contando de outros amigos dele - Martin e... e de mim também, de certa forma!, que os piscianos nunca sabem porque estão fazendo as coisas! Sempre estão dizendo "não sei porque estou sentindo isso", "não sei..." e eu me identifiquei, é claro!
agimos mais com o inconsciente... como se.

parecia que eu estava assistindo ao Martin quando ele contou as estórias o Martin era o alemão? e tinha um outro amigo ou amiga estou confundindo esquecendo

eu não sei porque estou na Unirio
eu não sei porque
eu não sei

Fui assistir ao filme A Banda e ao Nome Próprio e adorei os dois
A Banda com seus enquadramentos planos lindos e melancólicos e o filme é sutil e delicado
Nome Póprio é visceral e vivo - acho que estou meio redundante! e blog e procuras e carências em estado puro

quarta-feira, julho 23, 2008

voltando do Michel e sua mosca Incal Jodorowski me lembro vagamente bruxo escadaria encontrei o Nilton no caminho engraçado pq o Michel tinha acabado de falar em sincronicidade mas eu não estava pensando nele mas de qq forma alguma conexão está acontecendo ele é engraçado parece que está sempre viajando com suas idéias pops e eu fico assistindo ouvindo tateando no escuro? mas porque não? tb e na verdade não sei porque não fizemos o quadro com o Rimbaud acho que eu estava muito dura e presa `a pintura naquela época acho que pode dar samba e ser uma mistura interessante. Ou não.
ontem `a noite fiquei ...

domingo, julho 20, 2008

Chegando da Ana e ficamos dançando e foi tão bom desembolorar tudo e foi bom bom ter ido e conversar e sair de casa e essa diversão feminina e íntima que é ficar dançando juntas os homens jogam futebol levei uma "bronca" quando ela deu um olhar tão carinhoso sobre minha vida família falou da relação da Rita com a gente e do meu pai e da minha educação adorei a palavra tênue engraçado que era a palavra que eu estava pensando fio separação equilíbrio tênue e escolho sempre ver a falta a carência mudar isso ? mas ver o olhar do outro sobre estou escutando uma música maravilhosa 4 Minute Warning - Radiohead heavy e densa e todas falando de suas vidas comentei que a minha tem sido meio de adolescente e foi meio engraçado e vontade de pintar mais agora Coldplay Speed of sound...como me relacionar com meu desejo de fantasias ? dançando percebi que fantasias são para ser fantasias não realizar e música me faz falta é bom ver as mudanças nos outros e realmente minha mãe foi uma mulher maravilhosa e interessante e louca e ficamos todos maravilhosos e ? yellow vontade de ter esse disco e tem horas que é tudo tão bom que eu deveria agradecer esse luxo só bebi uma cerveja e