sexta-feira, outubro 15, 2010


Pintando o muro do quintal, primeiro fizemos esse rosa que ficou lindo mas que so virou rosa depois que secou e antes achei que estava tijolo demais e sai para comprar mais azul, fizemos esse que ficou tijolo!, a cor que eu queria era um beringela, enfim as duas cores são lindas, estou adorando, vai dar uma vida no quintal.

quinta-feira, outubro 14, 2010

descendo a ladeira encontro a senhora simpatica cuidando do jardim e que mora ha muito muito tempo aqui; me conta que o muro era muito mais baixo, que quando compraram a casa embaixo eles que mandaram fazer o muro, conta que no tunel havia um rodapé cinza e o resto era creme e que o cinza segurava a poeira do carrinho; toca o celular, a conversa é interrompida, ela deixa para mim umas mudas de uma trepadeira que pego na volta. somos interrompidos o tempo inteiro por questões que estão longe, estamos em varios lugares ao mesmo tempo. ontem peguei uma carona com um morador que lembrava de, na infancia, comprar bala com um senhor que morava na entrada do condominio, e também de que não havia portão. Adoro ouvir tudo isso, uma certa delicadeza das lembranças, esse tempo que volta desse jeito.

quarta-feira, outubro 13, 2010


Não sei porque não consigo abrir meu blog; tenho que defumar de novo a casa; um bichinho inseto alado pousa em cima de mim e fica ao lado da Carlota; uma sensaçao meio pesada, desconfortavel. Acho que é apreensão. Fui fazer uma massa - pura ansiedade - mas tinha esquecido que o escorredor de macarrão derreteu dentro do forno. Risos. Ontem Rita comprou um vestido ao quadrado, domingo Bel comprou um meu, que nao tem nome ainda - Ao retangulo, rs, que é a metade de um quadrado. Foi bom, era o que eu estava projetando, de certa forma. Marta terminou mais dois, e semana que vem quero fazer 1 retro ou 2. E mais desse de quadrados que estou adorando.
Acordei com os sons do Jorge, trabalhador incansavel; me sinto reconfortada, cuidada, acompanhada, mas estava com vontade mesmo era de ficar na cama; como a Marta chegou logo depois tive que levantar para receber meus trabalhadores. zaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas. teclei isso sem querer.
Essa casa é uma delicia.
Andei tanto atras de fechos e botões. E comprei conduite em vez de canaleta. Pensando pensando em L e todas as coisas.

segunda-feira, outubro 11, 2010

sexta-feira, outubro 08, 2010


Para disfarçar o tom queixoso, oh vida, oh azar...uma foto que tirei do teto do Municipal, pintura restaurada do Eliseu Visconti.
Esqueci de comprar um jornal. Gosto tanto de sentar no sofa e folhear...estava olhando um livro na livraria em laranjeiras onde comi uma mini-salada com uma mais mini-quiche e me cobraram 20,00 e fiquei pasma. Mas o livro do Javier Marias gostei. Ia na Travessa comprar, esqueci. Fui direto comprar a arara. Tento colocar as coisas em ordem mas parece uma luta ingloria, tipo Dom Quixote contra os moinhos. Deve ser isso; não ha nada para colocar em ordem. A maquina de lavar parece que funciona, so não tem varal, hahaha. O tempo esta fechando, de novo. L. nunca mais.
Tudo solto, meio sem sentido. Não tem sentido mesmo, talvez.
quase enlouquecendo. a internet cai toda hora; ligo pra Claro do meu celular e uma mensagem diz que esse numero não existe ou a ligação cai no meio; a oi ficou de instalar um fixo à quase um mes atras e não dão nem uma justificadazinha; a vidraçaria liga cobrando, mas não vieram colocar os puxadores e agora a porta não quer abrir; técnico da Amoedo não veio até agora instalar a bomba, o que significa que banho quente nem pensar; a maquina de lavar parece que esta funcionando, finalmente, depois de 1 mes sem lavar roupas; mesmo assim a casa é uma graça e eu me sinto perdida e sem sentido no meio de tudo isso. casa linda, coisas que não terminam, arrumar arrumar e esta sempre tudo caotico, como pagar o condominio, sei la mil coisas.

quinta-feira, outubro 07, 2010


Apos insistir com todos os profissionais que diziam que não daria para recuperar os ladrilhos hidraulicos do chão da cozinha, alugamos a lixa manual e Jorge passou um dia ajoelhado no chão lixando, a cozinha ficou cheia de um po fininho - e ele também, coitado!, e, voila, eis que temos um piso, meio detonado, é verdade, mas bonito e original da casa, o que é um charme a mais.


Barbearia combinandinho numa galeria da rua da Quitanda.
vendedor de frutas almodovariano na Farme de Amoedo, dia desses...

domingo, outubro 03, 2010

Previsão chuva para a semana toda.
Desanimo.
Ansiando por um sol, para poder terminar tudo e dar um jeito no quintal.
Gosto de acordar e aquele dia sorridente convidando.
Extase ontem com o concerto do Brad Mehldau. Me senti como se estivesse assistindo ao Keith Jarret no Koln Concert, algo assim. Genio.
Faltou uma iluminação intimista, concerto nunca tem.
Não consigo sair de casa. E quando saio quero voltar logo para o meu ninho.
Que saudades do blog e de escrever! Espero que agora a internet funcione sem problemas. Amanhã quero postar fotos muitas fotos. A vida aqui na nova casa anda assim: acordo 8:30, 9 de la mañana, faço café, torradas enquanto lavo a louçca, tomo café na bancada sentada no meu banquinho que comprei na TokStok - o mais barato, rs, mas é muito simpatico meu banco, alias são dois. Depois dar uma varrida, limpar o banheiro que é missão quase impossivel porque chão branco é um terror. Arrumar arrumar arrumar. Leva pra la, para ca, joga fora, separa, pensa. Tem que varrer o quintal. Regar as plantas. Voltar à fazer os santos, mas o atelier esta impensavel. Hj consegui começar à arruma-lo. Esse laptop não tem acento agudo. Acho que ja escrevi isso outras vezes. Hj horas com a Embratel, até que entendi - e o atendente também _ que o telefone não estava pegando nenhuma linha, praticamente. E com a Claro, tentando configurar a nternet, que misteriosamente resolveu funcionar agora à noite. Chove. Tem que cobrir meu sebo que esta la fora com plastico. Achar o benjamin que comprei. Fazer almoço. Panda tosse. A casa é a casa mais linda do mundo. Não veio ninguém ainda ver! E eu quase não saio. Tem tanta coisa para definir ainda que não consigo ficar longe muito tempo. Hoje no concerto do Brad Mehldau percebi que nada é tão complicado assim. Que delicia piano. Panda não para de ronronar cada vez mais.

sexta-feira, setembro 24, 2010

Comprei uma revista de decoração que não tinha nada nada de interessante, estava querendo me dar algum prazer e porque ontem...ontem fiquei viajando folheando uma revista que peguei na Rita. Ouço uma batucada longe...perigo. Vejo a foto do Rui e do papai no Dejeneur sur l´Herbe, festival Monet, quem diria que ele morreria alguns anos depois? Não, foram muitos anos depois. Papai está com uma cara ótima, olhando para a câmera. Passei os últimos dias surreais,com os móveis e livros todos em volta da casa, na varanda e no quintal, enquanto passava o sinteco e etc etc. E eu dormi no quartinho de cima, apertada. Acho que por isso ontem tive 2 pesadelos. Agora já consegui me alçar ao status de entrar e dormir dentro de casa. Sento na sala vazia, que ainda vai receber a segunda demão de sinteco. O chão está ficando lindo, parece uma roupa novinha, engomada. O blindex foi colocado e ficou meio esquisito. Enfim, essas coisas são esquisitas. Nada é muito explicado, nada é bem feito, as pessoas só querem se livrar logo...quase sempre, lógico. Anyway, o J. está aqui, ajudando à tornar tudo mais palatável. Mais confortável. Fui ao mercado comprei: aipo com as folhas lindo, alecrim e tomilho frescos, uma couve com folhas enormes (devem estar cheias de agrotóxicos, depois pensei), azeitonas pretas chilenas, queijo minas que estava com saudades. Acho que vou fazer o feijão branco com aipo e molho de tomate e tomilho, que aprendi com o papai...e um suflê com o queijo de cabra que está abandonado na geladeira, aproveito e coloco alecrim também, deve ficar bom. Estou cheia de idéias...falta $$ para realizá-las. Vamos ver o que dá. Carimbar. Bordar. Pintar a porta de amarelo e também a janela do banheiro. É engraçado ver a cidade de cima. E escutar. Movimentos. Me sinto mal em relação ao Ronaldo.

terça-feira, setembro 21, 2010

Deveria ter feito um diário da obra! Agora está nos finalmente...Hoje os vidros finalmente, com um mês de atraso!, já que foi prometido para dia 21 de agosto. Só um detalhe: os trilhos não vieram, rs. Paulo, que é o colocador, acha que aqui é tudo muito velho. Disse que o dono foi procurar um fornecedor para os trilhos! Sem comentários. E ligo todos os dias há um mês...Agora veio o eletricista e cobrou 250 reais para intalar a bomba pressurizadora, fora o material. Enquanto isso, dá-lhe banho frio. Mas o céu está azul, já vieram vários beija-flores - ou é o mesmo? beijar muito as flores amarelas que estão abrindo aqui na frente da varanda, um pássaro colorido já cantou aqui pertinho. O boneco que Bel me deu, tempo atrás, seca na madeira da varanda, depois de um banho. Posso virar observadora - de pássaros - e do trãnsito: no sentido zona norte, o trânsito flue bem na saída do Santa Bárbara. Ou da rota de aviôes, qua passam reto.Estou sem saber como dar um final 'a essa pequena crônica. Ficará assim.

sexta-feira, setembro 17, 2010


Comprando ainda coisas para a obra no Palácio das Ferramentas menorzinho, da rua da Carioca, e essas escadas singelas e prosaicas ali, quietinhas...

essses desenhos naifs são encantadores, esse é do meu próprio estofador!

segunda-feira, setembro 06, 2010

Falta

cheguei em casa e os operários pedreiros não sei como chamá-los Ronaldo Edmilson Jorge já haviam colocado o acabamento que faltava na pia da cozinha, vidro caído no chão, outro vidro quebrado, as baguetes não foram colocadas, a mesa de fórmica não vai dar para recuperar e eu fiquei sem mesa nem o outro móvel, jogar fora, tem que ter um telhadinho em frente à porta da cozinha, eu não consigo mais pensar em nada mais, desejo de só ficar, pelo menos o Barbosa me ajudou a montar a cama, quem sabe quinta-feira ligam o gás e os vidros que faltam e os gatos que sobraram, passei hj lá e não tinha ninguém só a Panda na varanda esperando algo será que nasceu o neném, ganhei uma tábua para cortar que parece de papel que bom, mau-humor mau-humor, a maçaneta não deu aposto que não existiu marceneiro nenhum e que foi invenção do sr. Ronaldo, tirar o móvel do banheiro que ficou péssimo, comprar vassoura e pá, prateleiras e o chão do quarto? falta falta falta e eu também sinto falta e nunca mais entrei no meu próprio blog desde que o Coco morreu sentia como se fosse uma traição e tive que fazer restrições aos comentários porque estavam postando spam sempre na mesma mensagem ligar sair Rita fala animadamente ao telefone com quem hoje comi muito no almoço me compensando é tão estranho ter a casa e não conseguir me mudar e P. com problemas deu uma sumida ...

domingo, agosto 29, 2010

Miranda na frente do Zoom

Michio Kaku

Uma sopa de bolhas

Michio Kaku nasceu na Califórnia e vive em Manhattan. É catedrático de Física Teórica e colabora com o acelerador de partículas de Genebra. Casado e com duas filhas na faixa dos 20 anos, é hoje um dos físicos teóricos mais prestigiados e populares do mundo por sua eficácia na divulgação dos últimos saberes da física, desde sua escala cósmica até sua escala quântica. Kaku aprofunda na teoria das cordas - tudo é vibração -, a mais plausível hoje para englobar todos os fenômenos do Cosmos, e busca a confirmação do Omniverso ou Multiverso (universos paralelos) no acelerador de partículas. A entrevista que segue foi realizada por Víctor M. Amela para o periódico La Vanguardia - Cataluña - España. (tradução livre Marco Aurélio Souza)

- Qual é a novidade que sabemos sobre o universo?
O que não é universo: é multiverso.
- Que significa isso?
Que não existe só um universo: existe uma grande quantidade de universos, simultâneos, paralelos..!
- Onde estão? Eu não os vejo.
Em lugares e tempos muito distantes. Imagine uma sopa de bolhas...
Uma dessas bolhas é este nosso universo: nós e todas as galáxias estamos em sua superfície em expansão. Porém existem na sopa outras bolhas parecidas nascendo a cada momento, crescendo, fundindo-se umas com as outras, estourando.. .
- Como você sabe disso?
Nossos modelos teóricos assim o indicam, e hoje os físicos se dedicam a rastrear as evidencias desses universos paralelos com o nosso, que nascem a cada instante. Não houve só um big bang: eles acontecem continuamente!
- Enquanto falamos está acontecendo um big bang em algum lugar?
Sim. O de nosso universo foi há 13.700 milhões de anos, talvez por fusão ou colisão de outros universos, outras bolhas.
- Como e quando acabará a nossa?
Seguirá expandindo-se indefinidamente, até um "grande frio". Talvez, até lá, já tenhamos aprendido a saltar para outro universo!
- Existe também algum tipo de consciência nos outros universos?
Não sabemos... Mas é possível, em outro universo paralelo, outro você esteja fazendo outra entrevista como esta a outro eu...Procurarei que a minha aqui seja a melhor.
Na escala quântica já conseguimos que uma mesma partícula esteja em dois lugares ao mesmo tempo, e também teletransportar um átomo: é como copiá-lo em outro local e que desapareça o original. Será difícil conseguir a mesma coisa com pessoas para viajar no espaço...
- E viajar no tempo?
É teoricamente possível..., porém exigiria uma energia descomunal. Creio que a tecnologia nos permitirá obter essa energia no futuro. Assim que se hoje alguém bate à tua porta e te diz: "olá, sou tua ta-ta-ra-ta- ta-raneta"... não bata com a porta na sua cara! Pode ser uma descendente tua que veio do futuro...
- Bom truque para explicar...
É factível uma visita vinda do futuro: gerando duas linhas temporais, não afetaria à linhagem do visitado que conduz ao visitante.
- Por acaso alguém já o visitou, para começar a se interessar por estas coisas?
Já, já... Uma professora no colégio cristão me despertou o interesse, aos oito anos. Meus pais, japoneses, me inundaram de budismo: o universo não começa nem termina. E esta professora nos explicou a Genesis..!
Isso chocava com o que eu sabia, então levantei o dedo e perguntei: "E onde está a mamãe de quem nasceu Deus?" Se o universo tinha uma origem, eu iria saber qual era!
- E que disse a professora?
Que perguntaria ao seu diretor espiritual.
- E o que diz destes relatos a ciência?
A ciência hoje descreve cenários já antecipados pela mística: outros planos, outras dimensões... O multiverso combina infinitude e criação contínua. E agora buscamos a equação que englobe todas as forças.
- O que dirá esta fórmula?
Tudo é vibração e cada partícula elemental, uma nota: a física estuda harmonias; a química, melodias. O universo é sinfonia!
- O que você gostaria de descobrir?
Coopero com o grande acelerador de partículas de Genebra: buscamos a partícula S, que confirmará o que estive lhe explicando.
- Espero que não saltemos pelos ares...
Pode dormir tranquilo. Nos chegam agora mesmo do universo raios mais perigosos...
- E que utilidade prática tiraremos de todo este saber?
A curto prazo, nenhum. Porém cada nova fórmula científica modifica o mundo...
- Que novos avanços tecnológicos temos agora à mão?
De imediato os chips serão mais baratos que o papel: os terás integrados em tudo ao teu redor, inclusive em teu corpo!
- Me dê um exemplo.
Teus óculos ou lentes, conectadas on line, te identificarão ao teu interlocutor - nome, estudos, perfil,...- e se fala outro idioma, terás acesso a legendas automaticamente.
- Compro!
Entrarás no teu banheiro e será melhor que a melhor clínica de análises da atualidade: te analisará urina e fezes separadamente, e o espelho analisará tua respiração todo dia, e assim saberás que alguma proteína de tuas células pode gerar um tumor dez anos depois! Não haverá tumores.
- Adeus ao câncer, então!
Terás um escâner do tamanho de um móvel, te farás uma prova instantânea que enviarás a uma tela: ela será teu médico!
- E se tivesse que me operar?
Disporás de órgãos reservas de todo teu organismo, desenvolvidos a partir de algumas células tuas. Terás pele, ossos, artérias, válvulas coronárias, traquéia, nariz, orelhas, narizes... E também fígado e pâncreas: adeus à cirrose e à diabetes!
- Quando disporemos de tudo isto?
Antes de dez anos.
- Bravo! E depois, o que mais?
Mudança na civilização: no fim deste século já saberemos usar a energia planetária e não precisaremos de hidrocarbonetos. Logo, aprenderemos a usar a energia estelar. E em seguida, a energia galáctica...
A casa ganhou de presente, bonitinho!

No metrô


Fiquei horas com o Coco no colo, os outros em volta, um sol gostoso na garagem, lembrando dos cafés que tomamos lá embaixo no colchãozão e jornais, os almoços, as "exposições". Aquela garagem é uma delicia. Nilton passou lá e ficou avaliando as pinturas, super positivo sempre, até comecei à pensar em mexer em alguns...por outro lado acho que já passou esse momento pintora, experimentei, foi o que foi.
De noite estava indo embora, Coco foi atropelado e sumiu.
Queria me livrar duma sensação ruim.

sábado, agosto 28, 2010

Um piano é sempre lindo.




Essas pedras bonitas na calçada da Rio Branco, tentei achar um bom ângulo, talvez o melhor fosse do outro lado, rs!
As coisas estão indo para seus lugares, e a casa está surgindo do caos e da poeira. Saí depois correndo para ir ao Municipal com manchas de tinta azul nas mãos e no braço que não consegui tirar. Bom que música clássica ficam todos muito concentrados...no começo era o Jean Louis Steuerman e uma soprano; fechei os olhos para entrar mais na música e fui entrando num estado de pré-sono! Ou dormi, realmente, rs. Sonhei com o Bubu, lembro. E minha dúvida se ele estava realmente morto! Depois com o cello resolvi ficar mais acordada. E no intervalo olhando para aquelas mulheres nuas debaixo de vestidos transparentes, dançando alegres e ingênuas; um pouco non-sense tanta ingenuidade e sensualidade juntas.
Hoje quando acordei tinha uma mensagem ótima da Ana Rondon que vou colocar aqui, e saí temprano e contenta. Logo depois vi o Gabeira na padaria, ótimo. Comecei bem o dia.

sexta-feira, agosto 27, 2010

Ed Ruscha, Twenty six gasoline station


Em 1963 o livro Twenty-Six Gasoline Stations de Ed Ruscha foi publicado. Um dos primeiros livros de artista, são "road photos" de postos de gasolina, começando por Los Angeles e terminando no Texas, passando pela Route 66 de Los Angeles à Oklahoma City. Ed Ruscha é um pop-artista da mesma família estética de Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Jim Dine ou ainda de Jasper Johns. Em todos esses casos, o objeto da manifestação artística são fatos e fotos do cotidiano norteamericano, celebrando talvez não as conquistas gloriosas do Império Americano (sua épica), mas suas banalidades, suas representações de espaço (um fator constitutivo do ser-americano), sua falências.
Warhol com seu culto de celebridades e suas reproduções ad infinitum das sopas Campbell, de cadeiras-elétricas, de flores; Lichtenstein com seus belíssimos quadros, blowing-up estórias em quadrinhos, pixilizando tudo e todos, de flores a móveis; Jim Dine com seu NEW DADA, do qual o ícone máximo é uma estátua de Pinocchio com 9 metros de altura; e Jasper Johns, um grande reprodutor do banal, com bandeiras, mapas, algarítimos, que evolui para grandes colagens de dejetos e refugos da produção industrial americana. Ruscha talvez seja o menos conhecido deles, mas seguramente não o menos talentoso. Há um revival Ruscha total nos EUA.
O original de seu livro Twentysix Gas Stations vale hoje milhares de dólares no EBay. Isso porque o livro, que retrata os tais 26 postos de gasolina, transformou-se num ícone de uma era que parece fadada ao desaparecimento precoce: a era do petróleo e de seu templo máximo - o posto de gasolina.
Ruscha nasceu em Nebraska e cresceu em Oklahoma. Quem leu Vinhas da Ira pode imaginar o cenário por trás da memória visual do Ruscha: grandes espaços desolados, desertos, uma região que durante muito tempo foi a marca do fracasso do Império Americano.
Os 26 postos do Ruscha são na maioria dos casos ruínas. Ex-postos (a ambiguidade aqui é reveladora)... A importância desse belíssimo livro é porque ele é considerado o primeiro livro-objeto de um artista plástico moderno. Daí sua primeira versão ser tão cobiçada.
Ruscha ainda está vivo (nasceu em 1937) tem tido retrospectivas em grandes museus mundo afora. Todas elas com enorme êxito de público.

Bubuzinho querido! In memoriam...

Recado dos astros para os piscianos
Cuidado com o excesso de idealização. O melhor amor é aquele que acontece na prática...
Rs. Ô coisa difícil!

quarta-feira, agosto 25, 2010

Conscientious

Jörg Colberg, editor do blog Conscientious, sobre fotografia, muito legal.


Lendo um texto do Gerhard Richter sobre pintura em cima de foto, texto do curso de aprofundamento em pintura que desisti de fazer, e procurando imagens dele, como essa - que é uma pintura embora pareça incrivelmente uma foto e lembra Vermeer e também a pintura da moça na banheira que não lembro de quem é, e a outra que é mais borrada, dei nessa expo ótima que está abaixo, de 2007 (para ver as imagens tem que clicar no título).

a new american portrait @ jen bekman

a new american portrait @ jen bekman:


NEW YORK, NY - Jen Bekman is pleased to present A New American Portrait, a group exhibition of photographs featuring artists at the vanguard of contemporary portraiture in America. Co-curated by Ms. Bekman and Jörg Colberg, editor of the influential fine art photography blog Conscientious, the exhibition will be on view from June 22 – August 3, 2007 at jen bekman, located at 6 Spring Street between Elizabeth and Bowery, New York.


A New American Portrait features photographs by Christine Collins, Jen Davis, Benjamin Donaldson, Amy Elkins, Peter Haakon Thompson, Todd Hido, Alec Soth, Brian Ulrich, and Shen Wei. Their portraits, environmental, posed, and self-portraits among them, express the wide range of practice in modern American portraiture. Mr. Colberg observes: “A portrait lives in the interaction between the photographer and the sitter, a relationship which banishes any notion of objectivity. The work included in this exhibition explores, and at times exposes, this fragile intriguing dynamic.”

These photographs illustrate the inherent contradictions in contemporary portraiture, as seen from a distinctly American point of view. While they appear to be "honest" representations, some revealing and confessional, in truth the subjects exist within narratives and environments carefully constructed by the photographers. Gallery director Jen Bekman comments, “Alec Soth's Bonnie smiles sweetly while holding her photograph of an angel, serene in her faith, having just shared a Bible passage with Soth condemning people to hell for their sins. Soth's presence, however, remains as it does in all his work: compassionate rather than condescending. In an untitled portrait from Ulrich's Thrift series, a young girl assumes a Classical pose amid the glare and chaos of a shopping mall. Hido's portraits are suffused with sadness and sexuality, ripe with a mysterious narrative. Davis's self-portraits brutally confront our abiding obsessions with thinness and desirability. The eighteen portraits in this exhibition explore potent themes and emotions which shape contemporary America: sexuality, gender, desire, heroism, consumption, fear, class, hope and loneliness are all in the mix.”

A New American Portrait at jen bekman, 6 Spring Street.
Hours: Wednesday - Saturday, noon – 6pm or by private appointment.
Às vezes fico pensando que não deveria escrever sobre meus desânimos, porque com isso estou reforçando-os. Fico com essa dúvida. E pensando na felicidade simples, em se fazer qualquer coisa e pronto. Hoje, como acabei não indo na obra, fui à praia principalmente para ter essa sensação maravilhosa que olhar para um mar verde verde dá em mim; uma calma, os pensamentos obsessivos fogem diante do mar sempre ali, com ondas, sem ondas, pessoas nadando - o que adoro ver, não sei porquê - os braços levantando e abaixando, indo em frente, absortos. Ando até o leblon, olhando as pessoas diferentes, tudo ali. E me faz bem. Depois isso vai sumindo com o passar do dia, porque me cobro muito e não consigo ficar feliz simplesmente existindo. Quando vim fotografando pela Rainha Elizabeth, pela Prudente de Moraes, me senti integrada numa coisa, foi bom. Depois queria cortar tecidos, blogar, não fiz nada, caí numa soneca rápida no sofá, pesada. Agora já são 8 e meia da noite...e amanhã será outro dia, outra batalha comigo mesma, e o que é o mais absurdo - ninguém está me obrigando à isso.

Estava fotografando portarias, depois de fotografar minha ex-casa de infância, e dei de cara com esses anões, pássaros, Branca de neve...

Casas Moradas 2

Essa casa na Bulhões de carvalho, 171, entre a Rainha Elizabeth e a Joaquim Nabuco, no Posto 6, não existe mais. Há um prédio enorme no lugar, desde a época em que foi demolida, na década de 70. Foi o lugar mais feliz onde morei, uma casa com direito à mil fantasias, de ir à lua quando nos balançávamos na rede da varanda, escrever estórias no quarto de cima, estudar piano, jogar ping-pong no quintal detrás. Em frente, a mesma casinha antiga, onde era o açougue, acho.


Adoro essa loja quietinha, calminha, com seus balcões pé palito e preocupação zero com design!, inclusive é a segunda vez que a fotografo. E esse Frango Diplomata é o máximo, muito singelo e isso mesmo.