quinta-feira, abril 22, 2010
terça-feira, abril 20, 2010
sexta-feira, abril 16, 2010
Hoje voltei à me cobrar, e fiquei distraída, e não conclui e nem fiz o que queria e tinha que ser feito. tudo no ar...o bom foi ver o mar que estava um lago, eu tão desligada nem pensei no biquini. ando de bicicleta meio nervosa. desligada desligada sempre. vivendo no mundo da lua. entreguei o São Jorge e faltava dar um vermelhinho...escrevi o que não devia e depois ficou na minha cabeça. a barriga enorme. andei distraida , fiz as unhas. comecei o molde da saia mas ainda não terminei. depois fiquei um tempão procurando o pen drive que estava guardadinho quieto. pelo menos arrumei o quarto. tinha que ter comprado brócolis e espinafre e ido à santa e visitado os gatos e começado à fazer a roupa base. !
terça-feira, abril 13, 2010
Mrs. Dalloway
Ver à si mesma como estrangeira na própria alma é o pesadelo do personagem de Woolf
Morava eu num kibutz em Israel. No final do dia de trabalho físico extenuante, lia na porta do meu quarto, ensaiando meus primeiros cachimbos. Durante alguns meses devorei livros da escritora inglesa Virginia Woolf (1882-1941). Entre eles, um que me marcou excepcionalmente foi "Mrs. Dalloway", publicado em 1925.
Revi o maravilhoso "As Horas" ( 2002), com Nicole Kidman. E sempre quando vejo esse filme me lembro de como ela foi essencial, ainda que de modo pontual, em minha visão de mundo. No fundo sempre suspeitei de que cada dia é mais um dia sob o risco de ser devorado pelo sentimento último da melancolia. Às vezes na vida se faz necessário rompimentos com o cotidiano para que possamos ver melhor o sentido do que fazemos ou a total falta de sentido. A vida se degrada facilmente na rotina de tentar mantê-la funcionando, por isso a derrota, como no livro "Mito de Sísifo" (1942), de Albert Camus, pode ser a condição necessária para a consciência repousar em paz consigo mesma. Vencer sempre pode ser um inferno.
Na época, atravessando a primeira (de várias) crises com minha formação médica então em curso, busquei fugir para alguma fronteira do mundo. Trabalhei no deserto de Neguev algumas vezes e posso dizer que o pôr do sol no deserto vazio é uma experiência de dar inveja. A possibilidade de caminhar pelo deserto, como me disse certa feita o escritor israelense Amos Óz, refaz a alma porque vemos nosso rosto refletido na poeira. O deserto nos ensina a humildade, e a humildade é sempre imbatível. Humildade nada tem a ver com humilhação, mas, ao contrário, humildade fala da consciência de que somos efêmeros como o vento. E só como efêmeros que podemos perceber a dádiva que é respirar. Há um modo misterioso em como o deserto chama seu nome quando você está disposto a ouvi-lo.
Na época, já sabia que Virginia Woolf havia se suicidado, e por isso mesmo quis conhecer sua obra. Nunca fui um deprimido clínico, mas sempre me surpreendi pelo fato de não sê-lo. Muitas vezes pareceu-me que, se fosse viver pelo que a razão me diz, já teria sucumbido à melancolia profunda. O que me encantou em Mrs. Dalloway foi seu esforço em ser normal e feliz e acreditar em si mesma e na sua fidelidade à rotina. No dia em que se passa a estória, ela organiza uma festa em sua casa. Manter a vida ai se equipara ao esforço descomunal de erguer uma festa quando, no fundo ela se sente vazia e sem razões para festejar. Entre uma alma triste e uma rotina vazia, ela opta pela segunda como falta de escolha porque não pode confiar na tristeza. Penso no número enorme de pessoas que se levantam de manhã assim como quem carrega um corpo que não é seu. Mrs. Dalloway é o fim de quem ingenuamente acredita que as coisas sempre darão certo, bastando festejar a rotina comum. Não, a rotina é indiferente à nossa fidelidade, podendo nos destruir mesmo quando a servimos como a um senhor todo poderoso. O pesadelo de Mrs. Dalloway é se ver como estrangeira em sua própria alma.
Aprendemos com ela que a vida não é necessariamente bela e que tentar negar isso é uma forma de permanecer escravo de sua possível monstruosidade.
No fundo de nossa alma habitam monstros que a muito custo se mantém em silêncio. Esses montros, quando o mundo silencia, surgem na superfície mostrando o ridículo de nossa batalha diária.
Quantas vezes mulheres suportam o choro de seus filhos, sofrendo no fundo da alma o horror que é ser obrigada à amá-los quando não sentem por eles nada parecido com amor materno, mas apenas o incômodo causado por aqueles pequenos intrusos em suas vidas. Quantos homens sufocam diante da certeza de que já vivem uma vida sem amor, sem afeto e sem desejo, mas que isso é tudo o que suportam ao lado de suas esposas. Quantos filhos sofrem por se sentirem indiferentes para com o destino dos pais idosos, tentando convencer à si mesmos de que o amor pelos pais seria o certo, mas que nada conseguem além de desejar vê-los mortos e assim se sentirem livres finalmente.
Entre as funções da civilização, uma é a tentativa de fazer calar esses monstros criando ritos, rituais, festas para celebrar a frágil vitória contra essas criaturas deformadas, atormentadas pelo completo desinteresse pela vida. A verdade é que não há como civilizá-las, a não ser ensiná-las de que elas não tem lugar no mundo dos vivos e que, por isso, devem sucumbir à rotina da infelicidade como norma da vida.
Luiz Felipe Pondé, Folha de São Paulo
Ver à si mesma como estrangeira na própria alma é o pesadelo do personagem de Woolf
Morava eu num kibutz em Israel. No final do dia de trabalho físico extenuante, lia na porta do meu quarto, ensaiando meus primeiros cachimbos. Durante alguns meses devorei livros da escritora inglesa Virginia Woolf (1882-1941). Entre eles, um que me marcou excepcionalmente foi "Mrs. Dalloway", publicado em 1925.
Revi o maravilhoso "As Horas" ( 2002), com Nicole Kidman. E sempre quando vejo esse filme me lembro de como ela foi essencial, ainda que de modo pontual, em minha visão de mundo. No fundo sempre suspeitei de que cada dia é mais um dia sob o risco de ser devorado pelo sentimento último da melancolia. Às vezes na vida se faz necessário rompimentos com o cotidiano para que possamos ver melhor o sentido do que fazemos ou a total falta de sentido. A vida se degrada facilmente na rotina de tentar mantê-la funcionando, por isso a derrota, como no livro "Mito de Sísifo" (1942), de Albert Camus, pode ser a condição necessária para a consciência repousar em paz consigo mesma. Vencer sempre pode ser um inferno.
Na época, atravessando a primeira (de várias) crises com minha formação médica então em curso, busquei fugir para alguma fronteira do mundo. Trabalhei no deserto de Neguev algumas vezes e posso dizer que o pôr do sol no deserto vazio é uma experiência de dar inveja. A possibilidade de caminhar pelo deserto, como me disse certa feita o escritor israelense Amos Óz, refaz a alma porque vemos nosso rosto refletido na poeira. O deserto nos ensina a humildade, e a humildade é sempre imbatível. Humildade nada tem a ver com humilhação, mas, ao contrário, humildade fala da consciência de que somos efêmeros como o vento. E só como efêmeros que podemos perceber a dádiva que é respirar. Há um modo misterioso em como o deserto chama seu nome quando você está disposto a ouvi-lo.
Na época, já sabia que Virginia Woolf havia se suicidado, e por isso mesmo quis conhecer sua obra. Nunca fui um deprimido clínico, mas sempre me surpreendi pelo fato de não sê-lo. Muitas vezes pareceu-me que, se fosse viver pelo que a razão me diz, já teria sucumbido à melancolia profunda. O que me encantou em Mrs. Dalloway foi seu esforço em ser normal e feliz e acreditar em si mesma e na sua fidelidade à rotina. No dia em que se passa a estória, ela organiza uma festa em sua casa. Manter a vida ai se equipara ao esforço descomunal de erguer uma festa quando, no fundo ela se sente vazia e sem razões para festejar. Entre uma alma triste e uma rotina vazia, ela opta pela segunda como falta de escolha porque não pode confiar na tristeza. Penso no número enorme de pessoas que se levantam de manhã assim como quem carrega um corpo que não é seu. Mrs. Dalloway é o fim de quem ingenuamente acredita que as coisas sempre darão certo, bastando festejar a rotina comum. Não, a rotina é indiferente à nossa fidelidade, podendo nos destruir mesmo quando a servimos como a um senhor todo poderoso. O pesadelo de Mrs. Dalloway é se ver como estrangeira em sua própria alma.
Aprendemos com ela que a vida não é necessariamente bela e que tentar negar isso é uma forma de permanecer escravo de sua possível monstruosidade.
No fundo de nossa alma habitam monstros que a muito custo se mantém em silêncio. Esses montros, quando o mundo silencia, surgem na superfície mostrando o ridículo de nossa batalha diária.
Quantas vezes mulheres suportam o choro de seus filhos, sofrendo no fundo da alma o horror que é ser obrigada à amá-los quando não sentem por eles nada parecido com amor materno, mas apenas o incômodo causado por aqueles pequenos intrusos em suas vidas. Quantos homens sufocam diante da certeza de que já vivem uma vida sem amor, sem afeto e sem desejo, mas que isso é tudo o que suportam ao lado de suas esposas. Quantos filhos sofrem por se sentirem indiferentes para com o destino dos pais idosos, tentando convencer à si mesmos de que o amor pelos pais seria o certo, mas que nada conseguem além de desejar vê-los mortos e assim se sentirem livres finalmente.
Entre as funções da civilização, uma é a tentativa de fazer calar esses monstros criando ritos, rituais, festas para celebrar a frágil vitória contra essas criaturas deformadas, atormentadas pelo completo desinteresse pela vida. A verdade é que não há como civilizá-las, a não ser ensiná-las de que elas não tem lugar no mundo dos vivos e que, por isso, devem sucumbir à rotina da infelicidade como norma da vida.
Luiz Felipe Pondé, Folha de São Paulo
Ontem recebi alta do Miguel Couto em pessoa, rsrsrs. Perguntei ao médico que lembra de alguma forma o Rodrigo Santoro se nossa relação tinha acabado e apertei a mão dele, agradecendo. Depois pensei que poderia ter dado um beijinho nele. É sempre uma relação que se estabelece, por mais mínimo que seja o contato entre as pessoas. Acabou, ufa, era um exercício de paciência profunda ficar naqueles corredores esperando horas...com outras milhares de pessoas detonadas. Ficou uma ficha como lembrança, e o pé que ainda não está 100%. Bom.
De noite fiquei mentalizando bons apartamentos, P., tudo misturado, dormi. Mas hoje nada, nem um email, e a dúvida se faço oferta pelo apto. Pelo menos percebi, tenho percebido cada vez mais claramente, com essa crise que atingiu o ponto máximo no domingo com alguns respingos na segunda, essa minha visão derrotista de tudo e então posso mudar. Fernando acha que eu não era assim, e é verdade. Fui ficando assim, acho que após muitas decepções e expectativas. Talvez expectativas deslocadas, mas mesmo assim. Tenho que me encher de ar, de bom ar.
De noite fiquei mentalizando bons apartamentos, P., tudo misturado, dormi. Mas hoje nada, nem um email, e a dúvida se faço oferta pelo apto. Pelo menos percebi, tenho percebido cada vez mais claramente, com essa crise que atingiu o ponto máximo no domingo com alguns respingos na segunda, essa minha visão derrotista de tudo e então posso mudar. Fernando acha que eu não era assim, e é verdade. Fui ficando assim, acho que após muitas decepções e expectativas. Talvez expectativas deslocadas, mas mesmo assim. Tenho que me encher de ar, de bom ar.
sábado, abril 10, 2010
quinta-feira, abril 08, 2010
A Single Man, delicado e bonito. Planos fechados, amorosos, detalhes. Colin Firth está ótimo e Julianne Moore maravilhosa, como sempre. Adoro ela. Ela me lembra a Denise, ex do papai, ruiva, sardinhas, com algo de princesa decadente, gim à beira da piscina. No caso dela, à noite. Adorei ir ao cinema, tão pertinho, algumas vezes fazia isso, simplesmente saia de casa e ia. Fui andando com uma muleta só, guarda-chuva na outra mão. Tomei um café e pães de queijo, virou uma tradição para mim. Sempre comprava isso nas minhas inúmeras idas ao Estação. Tinham mais 3 ou 4 pessoas no cinema! Acho que li esse livro, do Christopher Isherwood. Acho é ótimo...já esqueci metade do que li. Terno preto, camisa branca, sapato preto sem meia. O vestido dela completamente maravilhoso, black and white geométrico anos 60, com uma cauda atrás. E o cabelo para cima, maquiagem, solidão. Tons sépia. Bel ligou no caminho. Lindinha. Estava no seu carrinho lindo. Não deu para entender muito, celular estava ruim. É bom sentir as pessoas, amorosas, dá um quentinho. Minha tendência é me fechar como uma ostra. Eu, eu, eu. Não sei receber, talvez. Kamikaze emocional, Franklin disse. Maybe. Ou não.
Me dei de presente uma massagem com o Eusébio, o massagista cego do Spa Clinic. Na hora foi bom, mas talvez não fosse isso que realmente iria adiantar, porque minha cabeça não pára de se culpar e de fazer cobranças. Ele havia dito isso da outra vez, que eu me cobrava muito. Dessa vez não disse nada. Preciso de massagem na cabeça! Apesar dos vários nós que ele encontrou e massageou bastante, acho que o que eu mais gostei foi o cafuné na cabeça no final, e quando ele pousou minha cabeça de lado em uma mão para massagear o pescoço. Carinho. Aroma de chocolate e alecrim. Depois ele disse pra eu cuidar do meu emocional fazendo uma massagem metafísica...lembrei das massagens de harmonização que fazia no Ivi e no Franklin. Antes tinha pego a bicicleta, tentei amarrar a muleta nela e não deu, confusão, acabei deixando a muleta na loja de bicicleta e sai, meio capenga e insegura, torta pelas ruas. Bicicleta alta, na hora de apoiar o pé no chão tenho que ficar na ponta dos pés...e não dirigia há um tempo! Aliás não sou boa motorista, rsrsrs, simplesmente vou mesmo assim. ...foi uma tentativa de não ficar aqui criando minhocas. Dois santos quebrados na Daqui que vou tentar restaurar...achei que tinha algo para receber e necas. Comprei um rescue. Talvez o que eu precise mesmo seja ocupar minha cabeça 24 horas com coisas alheias à mim, mas dirigi minha vida para o oposto disso, para um trabalho pessoal e... Ontem fui agressiva, acho, me senti mal depois.
terça-feira, abril 06, 2010
Perfil do signo de Peixes
Nada mais pisciano do que o verso dos Titãs : "o acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído""...
Muitas vezes a maneira de agir dos piscianos parece estranha e incompreensível. Às vezes eles dão a impressão que estão andando sem rumo, outras que não estão prestando a menor atenção às coisas que estão acontecendo em volta. Quando a gente os conhece melhor, percebe que não é nada disso. Eles apenas estão ligados num tipo de realidade que a maioria não vê.
O signo de peixes é regido por Netuno, o senhor da inspiração e da sensibilidade. Esse planeta governa tudo o que afasta do real, do material e presenteia seus filhos com uma imaginação fabulosa e com o dom de compreender o que os outros sentem sem precisar de palavras. Quando essa sensibilidade é bem canalizada, gera pessoas encantadoras, artistas de talento e curadores maravilhosos.
Como são permeáveis ao que se passa no mundo emocional das pessoas que o cercam, os piscianos demoram para separar essas impressões dos seus verdadeiros sentimentos. Estão sempre sendo invadidos por sentimentos que não são seus. Quando essa sensibilidade não encontra uma saída, acaba aparecendo como confusão e instabilidade, se expressando num vago e constante sentimento de culpa e em depressões ou medos sem razão aparente. O desejo de escapar dos limites do mundo material e experimentar outras dimensões da realidade pode levar a uma dificuldade de se adaptar ao real.
O planeta da inspiração é também o paneta das drogas e dos vícios. A capacidade de "sentir o sentimento do mundo"pode atrapalhar a definição clara da identidade e o pisicano corre o risco de se afogar na própria sensibilidade, de se apegar ao primeiro guru que prometer um porto seguro.
Mas no meio do que parece uma confusão, existe sempre alguma coisa querendo brotar. A dificuldade é cumprir o destino pisciano de dar forma ao que não tem forma e ser um canal para as coisas novas sem se preocupar com o prestígio que possa vir daí. ( Monica Horta, ig)
Nada mais pisciano do que o verso dos Titãs : "o acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído""...
Muitas vezes a maneira de agir dos piscianos parece estranha e incompreensível. Às vezes eles dão a impressão que estão andando sem rumo, outras que não estão prestando a menor atenção às coisas que estão acontecendo em volta. Quando a gente os conhece melhor, percebe que não é nada disso. Eles apenas estão ligados num tipo de realidade que a maioria não vê.
O signo de peixes é regido por Netuno, o senhor da inspiração e da sensibilidade. Esse planeta governa tudo o que afasta do real, do material e presenteia seus filhos com uma imaginação fabulosa e com o dom de compreender o que os outros sentem sem precisar de palavras. Quando essa sensibilidade é bem canalizada, gera pessoas encantadoras, artistas de talento e curadores maravilhosos.
Como são permeáveis ao que se passa no mundo emocional das pessoas que o cercam, os piscianos demoram para separar essas impressões dos seus verdadeiros sentimentos. Estão sempre sendo invadidos por sentimentos que não são seus. Quando essa sensibilidade não encontra uma saída, acaba aparecendo como confusão e instabilidade, se expressando num vago e constante sentimento de culpa e em depressões ou medos sem razão aparente. O desejo de escapar dos limites do mundo material e experimentar outras dimensões da realidade pode levar a uma dificuldade de se adaptar ao real.
O planeta da inspiração é também o paneta das drogas e dos vícios. A capacidade de "sentir o sentimento do mundo"pode atrapalhar a definição clara da identidade e o pisicano corre o risco de se afogar na própria sensibilidade, de se apegar ao primeiro guru que prometer um porto seguro.
Mas no meio do que parece uma confusão, existe sempre alguma coisa querendo brotar. A dificuldade é cumprir o destino pisciano de dar forma ao que não tem forma e ser um canal para as coisas novas sem se preocupar com o prestígio que possa vir daí. ( Monica Horta, ig)
segunda-feira, abril 05, 2010
hoje aula de estética clássica. antiga. professor engraçado, falava algumas palavras em grego, gosto disso. culto. no meio da aula lembrei que provavelmente já havia feito essa matéria há 20 anos atrás, caverna de Platão, blá blá blá; e que poderia pedir isenção. por outro lado como não tenho mais as coisas frescas na minha cabeça e esqueço tudo... e é interessante esse começo da filosofia e todas essas questões, filosofia questionando a mitologia, Homero, sofistas e etc, a revolução que foi o pensamento de Sócrates na época - e hoje em dia acho ele um pouco chato e reacionário...mas porque agora Sócrates e Platão e hermenêutica e arrebatamento? na hora gostei. enfim, nem sei realmente se continuo na unirio. ir à urca é um saco. no começo adorava aquele lugar bonitinho, decadente e com árvores. sempre uma tendência à romantizar as coisas. e no fundo não sei bem por que. não quero só passar o tempo. o que mais me irritou foi quando uma aluna começou à falar de Descartes!
domingo, abril 04, 2010
O livro que não sei bem porque comprei, O paroxista indiferente, do Baudrillard.
O paroxítono, cujo equivalente em latim é o penúltimo, carcteriza em prosódia a penúltima sílaba. O paroxismo, portanto, seria o penúltimo momento, ou seja, não o do fim, mas aquele precisamente antes do fim, precisamente antes de que não haja mais nada a dizer.
O paroxista se liga aos fenômenos extremos, mas não compartilha a ilusão do fim. Ele vive na iminência desse fim. Não é fanático nem prosélito, nem exorcista, mas apenas a violência do paroxismo e o charme discreto da indiferença. Apenas equilibra-se entre os extremos, lá onde, nos confins da indiferença, ainda brilha um lampejo de desespero. Sem dúvida, ele é também a imagem do nosso tempo.
Livro um : por que existe nada no lugar de alguma coisa?
O paroxítono, cujo equivalente em latim é o penúltimo, carcteriza em prosódia a penúltima sílaba. O paroxismo, portanto, seria o penúltimo momento, ou seja, não o do fim, mas aquele precisamente antes do fim, precisamente antes de que não haja mais nada a dizer.
O paroxista se liga aos fenômenos extremos, mas não compartilha a ilusão do fim. Ele vive na iminência desse fim. Não é fanático nem prosélito, nem exorcista, mas apenas a violência do paroxismo e o charme discreto da indiferença. Apenas equilibra-se entre os extremos, lá onde, nos confins da indiferença, ainda brilha um lampejo de desespero. Sem dúvida, ele é também a imagem do nosso tempo.
Livro um : por que existe nada no lugar de alguma coisa?
sábado, abril 03, 2010
quarta-feira, março 31, 2010
nadando, uma braçada atrás da outra, vejo o movimento do meu braço dentro da água, lento, vai na frente e puxa voltando, bate na coxa de raspão, 13 braçadas até um lado, 13 até o outro. queria que fosse mais rápido. colocar o braço com mais força quando entra na água, ter uma consciência maior da água sendo puxada ou será que a cabeça está muito afundada ?
segunda-feira, março 29, 2010
Sempre que estou desanimada lembro de estórias de pessoas que tomam muitos remédios, pílulas e mais pílulas. Olho pro meu vidrinho de remédio homeopático e penso que isso não vai dar certo, rsrsrs...foi para o hospital depois de uma overdose de glóbulos de arnica!
fumar cigarro é outra ação que parece bacanérrima, ao levar o cigarro `a boca e dar uma tragada profunda e existencial parece que todos os problemas são resolvidos naquele instante.
preciso ser menos naturalista.
hoje na pisicina pulei de espreguiçadeira em espreguiçadeira, seguindo o sol que se afastava, até chegar na última. depois era a rua. como está vindo uma chuva, foi bom ter aproveitado esse lovely and beautiful day e aproveitado alguns raytos de sol, e de cloro também! nadei um pouquinho, o fôlego que era pouco está mais raro depois de dois meses e meio de pé quebrado, mas é sempre uma delícia mesmo assim. qdo cheguei só tinha uma outra mulher, num canto, que se foi logo. fiquei um tempo só, lendo o História do amor, que é envolvente e um pouco água com açúcar, o que era de se esperar com esse título, já que o Anna K. não é bem um pocket book... no final chegou um cara mais velho com uma criancinha linda, achei que era um pai mas era um avô, pelo que ouvi. ele colocou a criança lourinha na piscina redonda, quase um tanque, e foi lindo ficar vendo a alegria dos dois. esse cd do Yo-Yo Ma tocando Piazzola é lindo, vou gravar para.
fumar cigarro é outra ação que parece bacanérrima, ao levar o cigarro `a boca e dar uma tragada profunda e existencial parece que todos os problemas são resolvidos naquele instante.
preciso ser menos naturalista.
hoje na pisicina pulei de espreguiçadeira em espreguiçadeira, seguindo o sol que se afastava, até chegar na última. depois era a rua. como está vindo uma chuva, foi bom ter aproveitado esse lovely and beautiful day e aproveitado alguns raytos de sol, e de cloro também! nadei um pouquinho, o fôlego que era pouco está mais raro depois de dois meses e meio de pé quebrado, mas é sempre uma delícia mesmo assim. qdo cheguei só tinha uma outra mulher, num canto, que se foi logo. fiquei um tempo só, lendo o História do amor, que é envolvente e um pouco água com açúcar, o que era de se esperar com esse título, já que o Anna K. não é bem um pocket book... no final chegou um cara mais velho com uma criancinha linda, achei que era um pai mas era um avô, pelo que ouvi. ele colocou a criança lourinha na piscina redonda, quase um tanque, e foi lindo ficar vendo a alegria dos dois. esse cd do Yo-Yo Ma tocando Piazzola é lindo, vou gravar para.
domingo, março 28, 2010
Liévin me parecia meio idealista no começo mas agora acho que não, ele é bem prático e com idéias estabelecidas,talvez idealista porque ele tem vontade de mudar a forma como as coisas são feitas no campo e encontra resistências mas ele não tem uma visão romântica nem paternalista dos mujiques, um pouco parecido com Dolly que é um personagem bem triste e resignado, quando ela vai para Ierguchovo e se mistura às camponesas na igreja parece muito com ele ceifando com os mujiques, o mesmo encantamento e identificação solitária. Ainda estou na parte 3 e são 8.
como sempre adoro os nomes Varienka Andréievna Matriona Filimónovna Katierina Pávlovna
como sempre adoro os nomes Varienka Andréievna Matriona Filimónovna Katierina Pávlovna
sábado, março 27, 2010
ouvindo september fifteenth peguei o cd lá em casa ex casa delicia adoro ler "não me engano nessas coisas" e voltar pra casa da Rita foi tão aconchegante.
Estou mais gordinha. Minhas unhas estão crescendo. Os azulejos do banheiro vão do chão sem rodapé até o teto. vidrotil branco. E mais loura. Isso não é uma reclamação, vou emagrecer. também gostei de ficar na piscina e de nadar não tem como descrever como é bom, e de pegar sol com biquini tomara que caia, sol.
Encontrei C. e tudo o que eu queria dizer e que me animava e que ocupava minha cabeça era sobre idéias novas do quadrado, sobre as fotos que tirei, ou sobre o encontro quinta o que achei como foi e de como fiquei animada e de como é bom e diferente e sobre as mensagens que trocamos sempre
não podia
parecia que não tinha nada para falar
e também cortei tecidos lentamente o vestido lindinho
e comecei à pensar no São Jorge que faltou
e fiz duas sacolinhas para o atelier, só não fiz a terceira porque Coco dormia em cima do pano tão feliz
sexta-feira, março 26, 2010
Dei uma adormecida rápida depois que a costureira se foi e agora não consigo dormir. Penso penso penso sem parar. É o segundo dia em que durmo na minha ex-casa de Santa, que ainda sinto como minha embora agora os donos sejam a Alice, minha sobrinha, e o Gustavo. Os móveis ainda são quase todos os meus, os quadros na parede, mas já se percebe pequenas mudanças e também a animação do casal com a casa, resolvendo pequenas coisas como desentupir a varanda de fora que era um problema ou varrendo a garagem, louças novas no escorredor de pratos e também a troca de todas as lâmpadas por luzes frias (o que detesto). É engraçado, apesar dos quadros na parede, já não posso mais andar como quero pela casa! Meus livros e coisas estão encaixotados e alojados num quarto esperando uma solução, os gatos continuam dormindo pelos cantos.
terça-feira, março 23, 2010
apesar de estar lendo Anna Kariênina e adorando sua lenta construção feita através das vozes dos vários personagens que vão pouco 'a pouco como tijolos "fazendo" a estória resolvi olhar os livros aqui na casa do Rui sempre faço isso gosto de olhar os livros nas casas dos outros peguei A História do Amor da Nicole Krauss não é um livro teórico como achei pelo título e sim um romance de uma escritora nova-iorquina que tem 10 anos 'a menos do que eu com uma pontuação nteressante intensidade e paranóia bem judia e engraçado levei para a piscina hoje na rápida ida n. 2 o tomador de conta da piscina é jovem e moreno e me olha solícito e me ajudou 'a sair da piscina todo mundo ajuda muletantes qdo eu sair desse personagem vou sentir falta hahaha depois almocinho básico arroz feijão frango e couve lembrei conversando com as empregadas muito simpáticas do haddock que papai fazia ao domingos que ficava de molho no leite e do pavê de damasco e do pavê de chocolate da mamãe que nunca mais vi igual durinho e molhadinho ao mesmo tempo com palitos franceses e quero voltar 'a ter a minha casa logo vontade de voltar 'a pintar também não sei se é uma vontade real ou se porque leio sobre isso e
segunda-feira, março 22, 2010
hoje minha primeira saída à pé fui até o metrô pé ante pé muleta ante muleta no metrô de ipanema mais quilometros andando apesar de ter elevador para deficientes! a distância entre eles é gigantesca mas a idéia é voltar à sair e voltar à ter uma vida normal porque estou tão acostumada à essa vidinha descansada que tenho até preguiça...ou me desacostumei. depois Saara, tão bom ver toda aquela bagunça, no final já estava exausta e fui ficando de mau humor, hehehe.
agora vou ficar uns dias na casa do Rui/Ana, vamos ver...
agora vou ficar uns dias na casa do Rui/Ana, vamos ver...
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