O livro que não sei bem porque comprei, O paroxista indiferente, do Baudrillard.
O paroxítono, cujo equivalente em latim é o penúltimo, carcteriza em prosódia a penúltima sílaba. O paroxismo, portanto, seria o penúltimo momento, ou seja, não o do fim, mas aquele precisamente antes do fim, precisamente antes de que não haja mais nada a dizer.
O paroxista se liga aos fenômenos extremos, mas não compartilha a ilusão do fim. Ele vive na iminência desse fim. Não é fanático nem prosélito, nem exorcista, mas apenas a violência do paroxismo e o charme discreto da indiferença. Apenas equilibra-se entre os extremos, lá onde, nos confins da indiferença, ainda brilha um lampejo de desespero. Sem dúvida, ele é também a imagem do nosso tempo.
Livro um : por que existe nada no lugar de alguma coisa?
domingo, abril 04, 2010
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