terça-feira, fevereiro 26, 2008
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
quinta-feira, fevereiro 07, 2008
Hoje resolvi trabalhar em cima de quadros que estavam meio xôxos...ou meio ruins ou meio sei-lá-o-quê. Mas tenho a leve impressão de que consegui piorar o primeiro quadro que peguei!! Na hora, e foram algumas horas de trabalho braçal, estava adorando... talvez tenha passado do ponto? Deveria ter fotografado todas as etapas, mas estava tão animada pintando e pintando e pensando e cantando...com o ipod no ouvido tudo fica delicioso! A culpa é dele...anyway, foi bom trabalhar. Tenho que trabalhar e trabalhar e conseguir colocar esses quadros pra frente, andar. eles andam muito paradinhos, esperando, tristes. acho que todos vão sofrer cirurgias!
pensava em cores, na Ana que disse que eu não gosto de cor- comentário que entendo e não entendo!, nas manchas que quando vi estava fazendo e então não quero mais fazer manchas e comecei a fazer pequenas formas com as cores -formas procuram cores ou cores procuram formas disse o pintor israelense que está expondo nos correios que ainda não vi mas li,e por isso percebi que nunca penso em formas - acabei juntando as formas numa grande massa com azul, principalmente e sei lá. talvez eu tenha que aumentar esse azul com pseudo formas para cima, diminuindo essa área meio salmão que ficou um pouco parada e grande...e colocar uns brancos pontuando em baixo e em cima...
segunda-feira, fevereiro 04, 2008
Aqui no Rio já fez sol e já voltou `a chover. No momento chove chove e dá preguiça de qualquer coisa. A casa está em silêncio e tem uma barata morta na sala, de barriga para cima. É a peste da Miranda, que traz de fora e deixa largados na sala os coitados dos bichinhos, geralmente lagartixas, `as vezes uns sapinhos.
Sábado fiz um almoço para os franceses, mas foi um pouco confuso. Marina, que vem `as vezes arrumar a casa, não veio e então fiquei limpando portas, janelas, encerando, tentando melhorar o aspecto caótico geral da casa, esse cheiro de mofo... tinham até nascido 3 champignons na sala, de tão úmido que é tudo...mandei tbém forrar duas poltronas! Faltam os tacos soltos, forrar o sofá e arrumar ainda mais mil milhões de coisas. Fiz um risoto de laranja e funghi que ficou bom mas pouco, uma salada de rúcula e outros verdes com manga e figos, goiabada e queijo minas de sobremesa. mas cairam 2 cervejas no chão da cozinha e não deu tempo de limpar, a mesa não coloquei direito, não tinham taças para todos etc etc. E eu estava exausta porque entre uma limpeza e outra de janela tinha trabalhado ido na uerj levado gatos para seus novos donos e... `A noite fomos `a um aniversário árabe, e aprendi um pouquinho de dança árabe, que é bem interessante. Os movimentos são sutis, quando se mexe o quadril o peito não se mexe, e vice-versa. Impossível para nós que mexemos o corpo inteiro como espasmos modernos de liberação...
Ontem foi meio bode de tudo...
os franceses me deram uma garrafa de champagne e uma caixa da Maison du Chocolat maravilhosa! Acho que é por isso que estou com afta.
Vi 2 desfiles e meio ontem, adorei a escola que falou dos japoneses, era tudo limpo e lindo, sem aquele aspecto exagerado e carnavalesco de tudo. Mas aí leio no jornal hoje que as pessoas não gostaram. É sempre assim, por isso me frustra. Sempre gosto de escolas que não ganham nada!
Vimos o vídeo do casamento há 20 anos atrás de BelBob. A curiosidade - ou fascínio? de ver todos - todos que eu não conhecia ainda, parece que estou tentando penetrar na vida dos outros, tentando entender os outros.
A chuva apertou agora, escuto esse barulhinho bom da chuva caindo. E´impressionante como chove no Rio, já tem umas 3 semanas.
segunda-feira, janeiro 28, 2008
sábado, janeiro 26, 2008
quinta-feira, janeiro 24, 2008
por quê cadeiras
engraçado porque nunca sei o que responder `a já clássica pergunta sobre o meu trabalho que é - por quê cadeiras ? e então na volta de Niteroi, logo depois que desci da barca na Praça XV, aliás uma delicia voltar na barca `a noite só o barulho das águas e do motor da velha barca - acho que a velha barca só anda `a noite, é muito mais gostosa do que a nova, as janelas são grandes e generosas, dá para ficar no caminho fazer o caminho estando quase dentro do mar ...
saltei na praça e então me veio, de repente! : meus primeiros trabalhos com o Áquila que eram cenas de interiores e que depois esses interiores foram se reduzindo `a mesas e cadeiras e depois `a cadeiras e obviamente lembrei: ( engraçado porque isso não veio antes! ) Matisse!
Matisse, que fez parte da minha infância - lembro do pôster de uma exposição dele que ficava na sala, era uma cadeira com frutas ou algo assim, uma porta de uma varanda, uma planta; depois, mais tarde, os impressionistas - Monet Manet e cia e Van Gogh muito tb! mas Matisse principalmente e acho que meus primeiros trabalhos eram, de certa forma, um pastiche daquele primeiro Matissse da minha infância. Então agora, pena que depois do debate, mas os próximos virão!, e então poderei responder, quando me perguntarem por quê cadeiras, poderei responder que tudo começou com as aulas com Áquila e com um Matisse que estava escondido dentro da minha cabeça.
saltei na praça e então me veio, de repente! : meus primeiros trabalhos com o Áquila que eram cenas de interiores e que depois esses interiores foram se reduzindo `a mesas e cadeiras e depois `a cadeiras e obviamente lembrei: ( engraçado porque isso não veio antes! ) Matisse!
Matisse, que fez parte da minha infância - lembro do pôster de uma exposição dele que ficava na sala, era uma cadeira com frutas ou algo assim, uma porta de uma varanda, uma planta; depois, mais tarde, os impressionistas - Monet Manet e cia e Van Gogh muito tb! mas Matisse principalmente e acho que meus primeiros trabalhos eram, de certa forma, um pastiche daquele primeiro Matissse da minha infância. Então agora, pena que depois do debate, mas os próximos virão!, e então poderei responder, quando me perguntarem por quê cadeiras, poderei responder que tudo começou com as aulas com Áquila e com um Matisse que estava escondido dentro da minha cabeça.
segunda-feira, janeiro 21, 2008
sexta-feira, janeiro 18, 2008
Poço Fundo
Comendo uma manga geladinha dessas mangas grandes que tem várias cores, ocre laranja um tom meio róseo e também alguns pequenos verdes aqui e ali e lembrei da manga de-li-ci-o-sa que comemos eu e Claudia `a noite na cozinha de Poço Fundo e lembrei de outras coisas boas mas difíceis de descrever o prazer que elas deram : o mergulho na piscina no meio daquelas cores tão vivas desses dias absurdamente ensolarados, o pássaro de rabo grande que vi no meio do arbusto e depois numa árvore fina no gramado; dançando com o ipod no ouvido e Fernando tocando, os sapos cantando `a noite na piscina do Tom, as cores, o lugar, subindo o morro e aquela vista toda e os pássaros na árvore falando; os almoços simpes e gostosos - ricos, diria em espanhol; nadar, jogar vôlei... Ufa! coisas demais! a subida, ouvindo música e ouvindo a estrada com seus tons e semitons, o começo do livro do Mia Couto com as palavras mágicas e ... os cachorros amorosos e dançar Beatles... indo para Niteroi também escutamos música Beatles Caetano João Gilberto na ida e na volta e foi foi foi não consigo achar nenhuma palavra foi bom ótimo gostoso wonderful marvelous superbe
segunda-feira, janeiro 14, 2008
domingo, janeiro 13, 2008
sábado, janeiro 12, 2008
quinta-feira, dezembro 27, 2007
Hoje foi um dia meio metamorfose, o que é bem óbvio de dizer...Quando fui ao banheiro me dei conta de que estou uma baleia e nada nadica da que eu mesma pensava que era quando me olhava antes no espelho não sei quem está me enganando eu ou o espelho o que dá no mesmo enfim. Hoje me vi, simplesmente. ou finalmente, sei lá. Não sei porque não aconteceu antes... não me reconheço, fico na dúvida de quem sou eu, se a pseudo magra ou a gordinha ? Uma bola na minha barriga e o pior, fome fome, fome. Devo estar com vermes famintos. Tenho que descobrir. Fico um pouco chateada com isso, talvez por isso tenha ido dar uma andada, que foi ótimo, foi a versão curta-metragem do que espero que seja o fim de semana, natureza, sol, céu, natureza, eu. `As vezes é tão difícil estar com os outros - ou chato. Será que todos sentem isso ? Mal estar ou falta de contato. Deve ser normal, só isso. Comi uma manga competamente maravilhosa e não queria que acabasse nunca. Agora estou enlouquecidamente escutando Abbey Road, e realmente é de enlouquecer. Outro dia queria ter escutado com "todos" mas não rolou. Aliás não rolou nada...
Os móveis da sala estão desencaixados e fora de lugar, fora de prumo de rumo de. agradável. o que faz uma coisa ser agradável ou nao ? são os sentidos que determinam ? bem, tenho que lidar com essa" bolinha" por enquanto
Os móveis da sala estão desencaixados e fora de lugar, fora de prumo de rumo de. agradável. o que faz uma coisa ser agradável ou nao ? são os sentidos que determinam ? bem, tenho que lidar com essa" bolinha" por enquanto
sábado, dezembro 15, 2007
Ouvindo selecionando músicas do Album Branco para colocar no ipod...as lembranças casa da Bulhões, o álbum Branco de quem era? Do papai ? não consigo imaginar muito bem ele escutando, se bem que o Bloody Sweat and Tears era do papai e também o Chicago...e tinha também o Revolver, e nós, pequenos, Pedro de shorts marrons -deve ser de alguma foto essa lembrança, lembrança fabricada ? -aliás todos usávamos shortinhos e aquelas camisas meio indianas, e escutando Chicago e Beatles e Simon e Garfunkel e o Bloody que eu queria achar de nôvo. Parênteses: Miranda chega perto e se estende lânguidamente em pose meio esfinge. Fecha parênteses. A sala tinha várias janelas que acompanhavam o lado de fora, quando a gente passava lá também indo para o quintal, era clara, o sofá e as poltronas - aonde foram parar? que eram estofados de xadrez verde, me lembro do estofador indo lá em casa com as amostras de pano. E as portas de quadradinhos de vidro que fechavam a sala por dentro.E papai ouvindo jazz bem alto lá dentro na quele gravador grande de rolo. Década de 70. Sexy Sadie. Julia que a Roberta adorava. Julia Julia morning moon touch me so i sing a song of love. Why dont we do it in the road, que eu imaginava outras coisas...agora toca uma gaita escocesa em don't pass me by.
domingo, novembro 25, 2007
Hoje enquanto lia o José Castello falando de Borges e dos Seres Imaginários dele - Borges - e do Kafka e de outros, um texto saboroso aliás, aliás aliás falei várias vezes essa palavra hoje e até brinquei de falá-la aliás falá-la é estranho será isso mesmo? fala-la ao contrário - saila. e pensei nos meus livros que comprei ontem e como foi bom há tanto tempo que não comprava livros livros novos andava comprando em sebos que também é bom mas é outra coisa no sebo são descobertas, achados e na livraria são os livros que li sobre e recêm lançados...e então comprei um nôvo do Pamuk que nem tinha pensado em comprar mas que na verdade é o primeiro livro dele e gostei do pouquinho que li e da orelha e de qualquer forma ele não precisa me convencer porque já adoro ele, e um outro do Mia Couto -após folhear folhear era essa palavra que pensei antes quando me veio um texto na cabeça e que já esqueci mas era folhear pensando nessa associação entre livros e folhas de árvores folhas livros feitos de folhas amareladas e ocres e secas quando eu estava folheando 3 ou 4 livros dele pensando qual que o Fernando mais gostaria é difícil porque eu talvez gostasse de todos mas estava tentando ser ele naquele momento e também estava absorta e aquele menino me viu do outro lado do vidro e sorriu e foi ótimo só isso esse reencontro que não foi mas que as possibilidades ficaram no ar, não não estou explicando nada bem. enfim, depois pensei com prazer nessa troca de olhares e sorrisos e no desenvolvimento que poderia ter acontecido ? e na verdade é (tão) bom imaginar acho que é melhor do que se algo realmente tivesse acontecido. Imaginar. e também comprei o Robert Fisk, nem folheei aliás mas desde que o vi naquele programa gostei muito dele e suas opiniões decididas mas ainda não o abri. Comecei na verdade pelo mais bobinho que é o Viagem de Theo que estou achando uma pequena delícia é para adolescentes talvez mas é gostosinho de ler e como não sei nada sobre religiões nenhuma então me interesso por essa estória da busca pela essência pelas essências e explicações sobre o começo de tudo. O André disse que jamais leria esse livro, porquê? mas me deu tanto prazer carregar meus livrinhos pra casa fui lendo o Theo no ónibus e louca para chegar em casa e me dedicar `a horas de descoberta mas não foi isso que aconteceu porque ligaram e então sai com eles porque também é bom mas...na verdade saio com uma idéia na cabeça do que pode acontecer e de como pode ser bom, mas são idéias pré-concebidas e que não tem a ver com o que as pessoas são e etc etc etc e então não foi nada do que imaginei não que tenha sido ruim foi até engraçado encontros e desencontros mas como eu havia abandonado meus recém-adquiridos "amigos" pelo encontro com eles de certa forma tinha que haver uma compensação. ok, nada de tão trágico. a falta de liberdade de sempre...
Fernando vê um filme na TVE década de 70/começo de 80, a trilha é típica, sax, teclados, como é ruim tudo! ou engraçado.
mas também vimos um griot falando e foi interessante e vivo e um filme sobre um astrônomo polonês muito legal e azul. hoje conversamos sobre isso nas paineiras (que estava mágica e se abrindo e com sol) sobre as expectativas com o estar com os outros e sobre a minha expectativa de que sempre seja um "encontro" senão sinto que estou perdendo um tempo em que poderia estar comigo mesma. e pronto.
Fernando vê um filme na TVE década de 70/começo de 80, a trilha é típica, sax, teclados, como é ruim tudo! ou engraçado.
mas também vimos um griot falando e foi interessante e vivo e um filme sobre um astrônomo polonês muito legal e azul. hoje conversamos sobre isso nas paineiras (que estava mágica e se abrindo e com sol) sobre as expectativas com o estar com os outros e sobre a minha expectativa de que sempre seja um "encontro" senão sinto que estou perdendo um tempo em que poderia estar comigo mesma. e pronto.
quarta-feira, novembro 14, 2007
Mrs Dalloway
outro dia estava pensando em livros maravilhosos que li ... Tia Julia e o escrevinhador, Os filhos da meia-noite, o conto A Auto-estrada do Sul - do Cortázar, Minhas Noites são Melhores do que meus dias, Fup, Misto quente, Berlim? que o Franklin me deu, A Tempestade ...
me acho uma pessoa meio vaga. cheia de idéias que voam e então gosto quando tem pessoas pé-no-chão, como a Clara, que é completamente objetiva. é como se minha cabeça não estivesse muito aqui...engraçado o outro dia quando fui para Friburgo, 2 horas e meia ou mais escuando música e músicas no Ipod e a janela e viagem a viagem. não havia ninguém sentado do meu lado, incrível, porque é tão bom a estrada ? devaneios devaneios sempre indo mas carregando milhões de pensamentos e lembranças e lendo o diário da Piauí...'sintoma interessante: o diário é o último refúgio do ego que nos resta, e faz meses que não anoto nada no meu," do diário de Kenneth Tynan - Leve, Alegre e Triste, Fernando tapa os olhos e está gripado de nôvo, coitado.. outro dia, acho que foi na viagem, me deu uma leve tristeza. zs. mas também foi bom escapar para um outro espaço. e depois foi meio ansioso. Equador. Comecei a ler a Odisseia ... não é fácil. preciso de mais livros e mais sempre. acho que tem um livro meu com a Patricia - A Trégua ?
Também pensei nas casas em que morei e fiquei com vontade de "colecioná-las" : fotos. Estou fazendo um almoxarifado de mim mesma.
eu mim nunca sei.
me acho uma pessoa meio vaga. cheia de idéias que voam e então gosto quando tem pessoas pé-no-chão, como a Clara, que é completamente objetiva. é como se minha cabeça não estivesse muito aqui...engraçado o outro dia quando fui para Friburgo, 2 horas e meia ou mais escuando música e músicas no Ipod e a janela e viagem a viagem. não havia ninguém sentado do meu lado, incrível, porque é tão bom a estrada ? devaneios devaneios sempre indo mas carregando milhões de pensamentos e lembranças e lendo o diário da Piauí...'sintoma interessante: o diário é o último refúgio do ego que nos resta, e faz meses que não anoto nada no meu," do diário de Kenneth Tynan - Leve, Alegre e Triste, Fernando tapa os olhos e está gripado de nôvo, coitado.. outro dia, acho que foi na viagem, me deu uma leve tristeza. zs. mas também foi bom escapar para um outro espaço. e depois foi meio ansioso. Equador. Comecei a ler a Odisseia ... não é fácil. preciso de mais livros e mais sempre. acho que tem um livro meu com a Patricia - A Trégua ?
Também pensei nas casas em que morei e fiquei com vontade de "colecioná-las" : fotos. Estou fazendo um almoxarifado de mim mesma.
eu mim nunca sei.
segunda-feira, novembro 12, 2007
domingo, outubro 21, 2007
Ontem depois que minha irmã me ligou de Mauá pensei em escrever mil coisas mas não escrevi e agora não sei o quê. que mil coisas eram essas. eu gostei há tempos não nos falávamos e ela tem umas maluquices parecidas com as minhas. Fomos muito influenciadas pela Shangri-lá que foi nossa infância e a mamãe e a nossa casa, e até hoje! temos dificuldades em lidar com esse mundo o mundo que não é nada disso que ela falava. a impressão é que as pessoas sempre seriam justas e diferentes e questionadoras das repressões burocracias e "estupidezes" diárias e etc etc etc e não é bem isso... hahaha. tudo isso era tão anos 70. tenho que esquecer e superar isso. Estou tentando, juro, mas no fundo não tenho certeza se vou conseguir me livrar disso algum dia. e ontem `a noite acabei falando um monte de "verdades" pro Fernando e foi muito chato porque hoje ele passou o dia triste jururu e monossilábico, e eu me sentindo mal mal mal. e no fundo o que eu quero??? não quero me refugiar na cama de nóvo, que é o ideal talvez! preciso de férias precisamos.
sábado, outubro 20, 2007
Durmo durmo durmo
Durmo durmo durmo não sei pra quê e porquê. Não estou com um sono terrível, é só para ficar ali, naquele mundo outro, suspensa numa estória meio nebulosa - no bom sentido. Acordar pra quê? me pergunto, como se não houvesse o que fazer. Talvez não haja sentido em fazer, ou vontade porque não há sentido. O sentido vem,`as vezes, misteriosamente. Mas só `as vezes. Depois resolvo levantar: já é meio-dia - meio-dia! metade do dia já passou. Tenho prazer comendo - meio mamão, depois a outra metade porque achei que não ia gostar de comê-lo, mas na verdade é muito bom fruta leve que é diferente da sensação de comida mesmo, Não sei descrever isso; sensação de terra, talvez. leite de soja sabor-banana com farinha de semente de linhaça dourada -uau, ficou com um nome muito comprido e sofisticado! e pra termnar, café e dois mini-pãezinhos,,,,porque na verdade não deveria ter nenhum pãozinho! A barriga enorme. Leio o jornal, mastigando as palavras e idéias, e parece que isso me preenche e me estimula, como se eu fosse todas aquelas pessoas que estão fazendo coisas lá; como se eu fosse todas as possibilidades. Possibilidades, só isso que me tornei. mas sem ação. Leio o Idéías que não é o Idéias e sim o do Globo que tem um nome sem graça- revolução de outubro, construtivistas, arte figurativa, o romance em si, um livro de um cara que andou pelas Europas -colonizado vs metrópole algo assim, o Cuenca que só leio no megazine `as vezes mas que tenho simpatia apesar dele ser de outra geração. digitar, letras, os acentos. erros toda hora, porque penso mais rápido do que escrevo, e as letras saem fora de ordem. tenho que tomar um banho porque ontem não tomei e meu cabelo reclama : está pesado, lembrando sua existência suja. ontem foi um dia nada, dia em que fugi de qualquer coisa e de mim-mesma? e no fundo acho que não foi bom - ou foi? Como saber? me culpo e me cobro e não saio do lugar. neurose pura. só que a vida anda morna e chata. acho que escrevo isso há anos.
Fiquei lendo e `as vezes só mordiscando folheando o Gênios do Harold Bloom - ele é muito pernóstico e um pouco chato; se repete, fala de Shakespeare o tempo todo -principalmente de Hamlet, peça que não li. Fica sempre comparando, acho que as pessoas "cultas" pensam assim em comparações Shakespeare `a Dante `a Cervantes e etc- mas tem alguns tópicos tópicos, talvez essa linguagem seja médica algumas coisas legais - coisas, essa palavra é maravilhosa e serve para tudo e não significa nada também - é bem humanista e clássico no sentido de valorizar obras que falam de algo mais -enfim, li pedacinhos sobre Emily Dickinson - dei um livro de poemas dela para o Dudu - acho que ele nunca entendeu, será que por isso anos depois ele me deu o cd do Lenny Kravitz ou algo assim, logo pra mim que não escuto rock e eu também não entendi (achei que ele, Dudu, fosse meio misterioso e inglês e romantico - o que achei que a Emily Dickinson fosse- depois descobri que ela é americana!)), Virginia woolf que adoro, irmãs Bronte- falou muito bem do Morro dos Ventos Uivantes Luiz Costa Lima também falava mas tentei ler e não bateu, tentar de nóvo, Cervantes - tenho que ler, e não lembro mais. e vi televisão. e pensei sobre não ter trabalho não ter profissão e as outras pessoas que têm e sobre o Fernando e sua imagem de "desnutrido" que me irritou muito e sobre vontade de morar sozinha, que anda piscando. e sobre a nossa falta de assunto. e porque nunca falei abertamente aos outros que eu queria trabalhar? talvez porque falasse secretamente e não houvesse resposta, mas talvez as pessoas não entendam pedidos secretos. e fico com raiva de todos e de mim por isso. êta cabeça complicada! bem, agora vai ter o comercial. é isso que está aí, talvez como isso não signifique nenhuma continuidade, eu não fique muuuiiito animada, mas as coisas estão...estão? se encaminhando.
Fiquei lendo e `as vezes só mordiscando folheando o Gênios do Harold Bloom - ele é muito pernóstico e um pouco chato; se repete, fala de Shakespeare o tempo todo -principalmente de Hamlet, peça que não li. Fica sempre comparando, acho que as pessoas "cultas" pensam assim em comparações Shakespeare `a Dante `a Cervantes e etc- mas tem alguns tópicos tópicos, talvez essa linguagem seja médica algumas coisas legais - coisas, essa palavra é maravilhosa e serve para tudo e não significa nada também - é bem humanista e clássico no sentido de valorizar obras que falam de algo mais -enfim, li pedacinhos sobre Emily Dickinson - dei um livro de poemas dela para o Dudu - acho que ele nunca entendeu, será que por isso anos depois ele me deu o cd do Lenny Kravitz ou algo assim, logo pra mim que não escuto rock e eu também não entendi (achei que ele, Dudu, fosse meio misterioso e inglês e romantico - o que achei que a Emily Dickinson fosse- depois descobri que ela é americana!)), Virginia woolf que adoro, irmãs Bronte- falou muito bem do Morro dos Ventos Uivantes Luiz Costa Lima também falava mas tentei ler e não bateu, tentar de nóvo, Cervantes - tenho que ler, e não lembro mais. e vi televisão. e pensei sobre não ter trabalho não ter profissão e as outras pessoas que têm e sobre o Fernando e sua imagem de "desnutrido" que me irritou muito e sobre vontade de morar sozinha, que anda piscando. e sobre a nossa falta de assunto. e porque nunca falei abertamente aos outros que eu queria trabalhar? talvez porque falasse secretamente e não houvesse resposta, mas talvez as pessoas não entendam pedidos secretos. e fico com raiva de todos e de mim por isso. êta cabeça complicada! bem, agora vai ter o comercial. é isso que está aí, talvez como isso não signifique nenhuma continuidade, eu não fique muuuiiito animada, mas as coisas estão...estão? se encaminhando.
quinta-feira, outubro 11, 2007
Todos os fogos o fogo
Li o Julio Cortazar pro Fernando...foi bom ler de nóvo acho que ele não gostou estava com febre acho que não era a leitura apropriada! A Auto-estrada do Sul é outro ritmo quando se lê em voz alta, bem o Hélio já havia falado que os antigos - gregos e outros - liam em voz alta, não existia a leitura solitária como hoje em dia, mas eles liam em voz alta para re-criar o que liam, para corporificar... a estória anda em voltas, se repete, o tempo se estica, alarga e também rola uma ansiedade, todos os contos que eu li eram assim, circunavegações em torno de uma estória que é a mesma sempre a mesma estória. uma busca que não chega nunca. é muito legal quando no final as pessoas são chamadas pelo nome dos carros, a Dauphine o 404 o Simca o Taunus e quando de repente tudo se desfaz o engarrafamento de repente e ele ansioso pensando nos dois em Paris ele o engenheiro do 404 e a moça do Dauphine mas quando o engarrafamento acaba eles vão se distanciando pouco a pouco ele ainda acha que terão as reuniões e etc etc e é tão romântico afinal
a vida se transformou em conversar o dia inteiro com os gatos?
a vida se transformou em conversar o dia inteiro com os gatos?
quarta-feira, outubro 10, 2007
segunda-feira, outubro 01, 2007
Guardar
domingo, setembro 30, 2007
ontem
Esses dias ontem estava tudo tão bem arrumei a casa tranquila sem me importar até curtindo arrumar e ver a transformação de sujo em limpo de bagunçado para um pouco mais lógico acho que dá a sensação de que se está cuidando da "coisa", a coisa é a casa sou eu. e depois a reunião foi simpática acho que falei demais pelo menos alguém disse isso talvez seja isso mesmo tinha que ficar mais "na minha"?...sei lá, mas quando a reunião é na nossa casa é difícil perceber o tamanho o limite da coisa...mas no final estava com uma sensação tão tão boa leve e criativa uma amiga resolveu conversar dos problemas dela até meia-noite- até acabar a cerveja! falando falando e tudo é muito complicado pra ela ou `as vezes acho que ela fala uma língua e eu outra não consigo ter uma identificação com a forma de pensar acho que sou mais simplezinha mesmo e não acho as coisas tão complicadas assim e depois o que me irritou mais ainda foi que o Fernando foi incapaz de ser solidário com a minha chateação aliás como sempre! e isso tudo me chateou e a sensação boa sumiu! sumiu.
primeiro comentei no carro e nenhum comentário, nenhuma resposta. depois ele concorda mas acha que também não foi tãããooo assim - mas ele só ficou uns 20 minutos e depois saiu e não voltou mais! chegou em casa e foi direto ligar a televisão! enquanto eu fui fazer o macarrão e molho e queria continuar conversando depois desisti e fui pra cama e dormi mal o tempo todo e não queria sair da cama nunca mais.
auto-referência demais!
ou solidão, talvez. ou será que eu sou uma egoísta e não consigo ser solidária?
pelo menos mudei alguns quadros de lugar e ficou muito melhor, consegui melhorar um pouco o ateliê - o que em si já é uma façanha, apesar de que foi mais uma coisa de esconder a sujeira debaixo do tapete, mas também foi legal porque me deu vontade de voltar `a trabalhar em alguma tela estilo da moça caminhando - depois dos estímulos, é claro... tenho que passar a tela e preparar primeiro.
hoje fiquei menstruada, talvez por isso essa leve dor-de-cabeça..
porque as coisas não são mais simples? não quero que volte todo o desânimo e a vontade de não-fazer. na verdade a sensação de que "tudo está perdido" tinha sumido, que bom, mas agora periga dela voltar e quando ela volta...
terça-feira, setembro 25, 2007
terça-feira, setembro 18, 2007
Gabinete de Curiosidades
Estava procurando alguma coisa sobre Gabinete de Curiosidades, e achei essa biografia tão absurdamente trágica que é maravilhosa!
Georg Rumphius (1627 – 1702) Mais conhecido pela autoria da obra Herbarium Amboinensis, um catálogo de plantas da ilha de Amboina.
...Depois de ficar cego, em 1670, Rumphius continuou o trabalho no seu manuscrito de seis volumes, com ajuda de outros. A sua mulher e filhos pereceram num terremoto, pouco depois. Em 1687, quando o seu projeto estava próximo de ser acabado, as ilustrações perderam-se num incêndio. Com perseverança, Rumphius e os seus ajudantes completaram o livro em 1690, mas o navio que carregava o manuscrito para a Europa foi atacado pelos franceses e afundou, forçando o recomeço da obra a partir de uma cópia que havia sido preservada. Finalmente a obra chega à Holanda em 1696. No entanto, a Companhia das Índias decidiu que continha demasiadas informações sensíveis e o manuscrito acabou por não ser publicado nessa época. Publicado finalmente em 1741, 39 anos após a morte de Rumphius.
Georg Rumphius (1627 – 1702) Mais conhecido pela autoria da obra Herbarium Amboinensis, um catálogo de plantas da ilha de Amboina.
...Depois de ficar cego, em 1670, Rumphius continuou o trabalho no seu manuscrito de seis volumes, com ajuda de outros. A sua mulher e filhos pereceram num terremoto, pouco depois. Em 1687, quando o seu projeto estava próximo de ser acabado, as ilustrações perderam-se num incêndio. Com perseverança, Rumphius e os seus ajudantes completaram o livro em 1690, mas o navio que carregava o manuscrito para a Europa foi atacado pelos franceses e afundou, forçando o recomeço da obra a partir de uma cópia que havia sido preservada. Finalmente a obra chega à Holanda em 1696. No entanto, a Companhia das Índias decidiu que continha demasiadas informações sensíveis e o manuscrito acabou por não ser publicado nessa época. Publicado finalmente em 1741, 39 anos após a morte de Rumphius.
sábado, setembro 15, 2007
Floresta mágica ou As Erínias ( Fúrias)
Minha barriga está enorme. Fiquei horas me atrapalhando no computador, nada abria, nada fechava, tudo por culpa de uma atualização de software que aceitei. Continua lento tudo e não consigo escutar música, que era a idéia principal. A idéia principal na verdade é que não tenho me sentido muito bem. Já li isso em algum lugar... também não quero ficar com pena de mim, quando vejo que isso está acontecendo... Ah, a música apareceu, que bom. Piano. Sense and Sensibility, Patrick Doyle. Agora entrou um clarinete. Floretas, musgos, o filme de ontem, Sonhos Eróticos de uma Noite de Verão, a peça que li, foi gostoso ver os elementos que o Woody Allen pegou, uma espécie de homenagem, tem os espíritos, o Woody Allen voando, Ariel...os desejos soltos na floresta mágica... é tentador, vontade de entrar nessa floresta também e ser Ariel !! - ou ter Puck de ajudante...ou ser Próspero que bola tudo e tem a ajuda dele. Talvez porque eu eu eu esteja vivendo uns dias meio nada, vivendo dias sem sentido. fora da floresta. por mim mesma, sei disso, ninguém me obrigou `a isso. E poderia, poderia? não estar assim. não quero, mas parece que depois que se entra não se consegue mais sair como se eu estivesse dentro de um barril e só visse as paredes desse barril que aliás sou eu mesma é bom quando percebo as maluquices que minha cabeça faz comigo e então me dá um alívio mas ao mesmo tempo fico abismada com essas maluquices mesmas terem acontecido. tipo a timidez neurótica na aula do Hélio. ou a saia que rasgou no bazar e não tive coragem de falar. rolos que invento para mim. isso tudo acontece quando fico muito fora, além, fora de mim.
voltar `a gostar das coisas... a contradição é a frase do filme do Ozu, "...a vida meio decepcionante". ver a frase certa.
quando é para estar (ou não) numa situação.
voltar `a gostar das coisas... a contradição é a frase do filme do Ozu, "...a vida meio decepcionante". ver a frase certa.
quando é para estar (ou não) numa situação.
quarta-feira, setembro 05, 2007
segunda-feira, agosto 27, 2007
a vida como ela é
Essa foi a estória mais engraçada que li no jornal hoje...dono de sebo, apaixonado por livros, é analfabeto e está sendo alfabetizado por moça cega! Se estivesse num filme ninguém ia acreditar!
"Recife - `A primeira vista, parece um sebo como outro qualquer, desses que movimentam esquinas, praças e calçadas da capital. Um meio de vida para João Joaquim da Silva, de 48 anos, trabalhador desde os 7 anos de idade e vendedor de livros há 34. A atividade lhe rendeu o sustento da casa, a construção de um pequeno imóvel para morar e ainda a educação do filho, que é militar. Até aí tudo bem, se não fosse um detalhe : o sebista é analfabeto. mas ama os livros. O fascínio diante de um objeto - de conteúdo para ele tão desconhecido - terminou comovendo Maria da Conceição Nunes, 53 anos, psicóloga, psicopedagoga e atualmente fazendo pós-graduação em educação especial. Bigode, como é mais conhecido, está aprendendo a ler com a professora. E aí entra mais um detalhe curioso na vida do pernambucano que não sabe, sequer, a cidade onde nasceu : Conceição é cega.
A deficiência não a impediu de se oferecer como voluntária, arranjar uma sala e um computador na Escola Cristiano Donato e acabar com a "cegueira" de Bigode, como ele mesmo define o fato de não conhecer nem mesmo as letras. Ele agora fecha mais cedo sua banca de livros no bairro da Encruilhada. Antes o fazia `as 18h; agora, `as 16h30m, cadernos sob o braço, toma um ônibus e se desloca pra sua classe de aluno único..."
sexta-feira, agosto 24, 2007
continuo pensando na minha viagem, viagem com aspas porque só fui ali Araruama mas quando começou quando o ônibus começou `a andar e passamos pela ponte e eu olhava da janela aquela janela grande de ónibus de viagem encostada na janela queria escrever tudo o que pensava o que passava na minha frente mas não tinha caneta então fiquei só pensando pensando e fotografando também algumas coisas e então passamos pelos armazéns pelos barcos pela vista do Rio do outro lado e depois casas casinhas favelizadas de tijolo de cimento aparente entulho lixo e mato e mais casas casinhas entulho e mato e depois pastos terrenos cuidados e grandes e bonitos com bois e vacas e eu pensando naqueles terrenos com plantaçoes lindas na Europa e aqui tudo caótico referências erradas e depois apareceram avestruzes! incrivel! uma criação perdida por aqui e casas ao longe solitárias singelas simplórias com poucas janelas e eu sem saber o que ia encontrar e o senhor ao meu lado parecia que dormia mas depois me contou que morava há dois anos lá e que antes morava em Realengo ...e me lembrei de quando eu e Roberta fomos morar com a D. Dulce e pra mim foi triste acho que pra Roberta não porque ela namorava o tempo todo mas eu ficava ali naquele apto de quarto e sala no bairro peixoto que hoje acho bonitinho mas naquela época era terra estranha pra mim que vivia dentro do meu mundo e que havia odiado ter de sair da Bulhões daquela casa que me bastava com a varanda a rede os dois andares a escada os cachorros o jardim o quintal o pingue-pongue a sala grande com suas portas de quadradinhos de vidro e também as janelas e os irmãos... e uma vez fui jogar água na privada não sei porque e tinha um pano no balde e foi direto pra dentro da privada e flupt, foi engolido e a D. Dulce me deu uma bronca horrível ela não tinha a menor paciéncia e a mamãe estava na Bahia curtindo sua adolscência tardia e eu devia ter 12 anos.
banheiro ao sol
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