quinta-feira, outubro 11, 2007

Todos os fogos o fogo

Li o Julio Cortazar pro Fernando...foi bom ler de nóvo acho que ele não gostou estava com febre acho que não era a leitura apropriada! A Auto-estrada do Sul é outro ritmo quando se lê em voz alta, bem o Hélio já havia falado que os antigos - gregos e outros - liam em voz alta, não existia a leitura solitária como hoje em dia, mas eles liam em voz alta para re-criar o que liam, para corporificar... a estória anda em voltas, se repete, o tempo se estica, alarga e também rola uma ansiedade, todos os contos que eu li eram assim, circunavegações em torno de uma estória que é a mesma sempre a mesma estória. uma busca que não chega nunca. é muito legal quando no final as pessoas são chamadas pelo nome dos carros, a Dauphine o 404 o Simca o Taunus e quando de repente tudo se desfaz o engarrafamento de repente e ele ansioso pensando nos dois em Paris ele o engenheiro do 404 e a moça do Dauphine mas quando o engarrafamento acaba eles vão se distanciando pouco a pouco ele ainda acha que terão as reuniões e etc etc e é tão romântico afinal
a vida se transformou em conversar o dia inteiro com os gatos?

Nenhum comentário: