sexta-feira, setembro 24, 2010

Comprei uma revista de decoração que não tinha nada nada de interessante, estava querendo me dar algum prazer e porque ontem...ontem fiquei viajando folheando uma revista que peguei na Rita. Ouço uma batucada longe...perigo. Vejo a foto do Rui e do papai no Dejeneur sur l´Herbe, festival Monet, quem diria que ele morreria alguns anos depois? Não, foram muitos anos depois. Papai está com uma cara ótima, olhando para a câmera. Passei os últimos dias surreais,com os móveis e livros todos em volta da casa, na varanda e no quintal, enquanto passava o sinteco e etc etc. E eu dormi no quartinho de cima, apertada. Acho que por isso ontem tive 2 pesadelos. Agora já consegui me alçar ao status de entrar e dormir dentro de casa. Sento na sala vazia, que ainda vai receber a segunda demão de sinteco. O chão está ficando lindo, parece uma roupa novinha, engomada. O blindex foi colocado e ficou meio esquisito. Enfim, essas coisas são esquisitas. Nada é muito explicado, nada é bem feito, as pessoas só querem se livrar logo...quase sempre, lógico. Anyway, o J. está aqui, ajudando à tornar tudo mais palatável. Mais confortável. Fui ao mercado comprei: aipo com as folhas lindo, alecrim e tomilho frescos, uma couve com folhas enormes (devem estar cheias de agrotóxicos, depois pensei), azeitonas pretas chilenas, queijo minas que estava com saudades. Acho que vou fazer o feijão branco com aipo e molho de tomate e tomilho, que aprendi com o papai...e um suflê com o queijo de cabra que está abandonado na geladeira, aproveito e coloco alecrim também, deve ficar bom. Estou cheia de idéias...falta $$ para realizá-las. Vamos ver o que dá. Carimbar. Bordar. Pintar a porta de amarelo e também a janela do banheiro. É engraçado ver a cidade de cima. E escutar. Movimentos. Me sinto mal em relação ao Ronaldo.

terça-feira, setembro 21, 2010

Deveria ter feito um diário da obra! Agora está nos finalmente...Hoje os vidros finalmente, com um mês de atraso!, já que foi prometido para dia 21 de agosto. Só um detalhe: os trilhos não vieram, rs. Paulo, que é o colocador, acha que aqui é tudo muito velho. Disse que o dono foi procurar um fornecedor para os trilhos! Sem comentários. E ligo todos os dias há um mês...Agora veio o eletricista e cobrou 250 reais para intalar a bomba pressurizadora, fora o material. Enquanto isso, dá-lhe banho frio. Mas o céu está azul, já vieram vários beija-flores - ou é o mesmo? beijar muito as flores amarelas que estão abrindo aqui na frente da varanda, um pássaro colorido já cantou aqui pertinho. O boneco que Bel me deu, tempo atrás, seca na madeira da varanda, depois de um banho. Posso virar observadora - de pássaros - e do trãnsito: no sentido zona norte, o trânsito flue bem na saída do Santa Bárbara. Ou da rota de aviôes, qua passam reto.Estou sem saber como dar um final 'a essa pequena crônica. Ficará assim.

sexta-feira, setembro 17, 2010


Comprando ainda coisas para a obra no Palácio das Ferramentas menorzinho, da rua da Carioca, e essas escadas singelas e prosaicas ali, quietinhas...

essses desenhos naifs são encantadores, esse é do meu próprio estofador!

segunda-feira, setembro 06, 2010

Falta

cheguei em casa e os operários pedreiros não sei como chamá-los Ronaldo Edmilson Jorge já haviam colocado o acabamento que faltava na pia da cozinha, vidro caído no chão, outro vidro quebrado, as baguetes não foram colocadas, a mesa de fórmica não vai dar para recuperar e eu fiquei sem mesa nem o outro móvel, jogar fora, tem que ter um telhadinho em frente à porta da cozinha, eu não consigo mais pensar em nada mais, desejo de só ficar, pelo menos o Barbosa me ajudou a montar a cama, quem sabe quinta-feira ligam o gás e os vidros que faltam e os gatos que sobraram, passei hj lá e não tinha ninguém só a Panda na varanda esperando algo será que nasceu o neném, ganhei uma tábua para cortar que parece de papel que bom, mau-humor mau-humor, a maçaneta não deu aposto que não existiu marceneiro nenhum e que foi invenção do sr. Ronaldo, tirar o móvel do banheiro que ficou péssimo, comprar vassoura e pá, prateleiras e o chão do quarto? falta falta falta e eu também sinto falta e nunca mais entrei no meu próprio blog desde que o Coco morreu sentia como se fosse uma traição e tive que fazer restrições aos comentários porque estavam postando spam sempre na mesma mensagem ligar sair Rita fala animadamente ao telefone com quem hoje comi muito no almoço me compensando é tão estranho ter a casa e não conseguir me mudar e P. com problemas deu uma sumida ...

domingo, agosto 29, 2010

Miranda na frente do Zoom

Michio Kaku

Uma sopa de bolhas

Michio Kaku nasceu na Califórnia e vive em Manhattan. É catedrático de Física Teórica e colabora com o acelerador de partículas de Genebra. Casado e com duas filhas na faixa dos 20 anos, é hoje um dos físicos teóricos mais prestigiados e populares do mundo por sua eficácia na divulgação dos últimos saberes da física, desde sua escala cósmica até sua escala quântica. Kaku aprofunda na teoria das cordas - tudo é vibração -, a mais plausível hoje para englobar todos os fenômenos do Cosmos, e busca a confirmação do Omniverso ou Multiverso (universos paralelos) no acelerador de partículas. A entrevista que segue foi realizada por Víctor M. Amela para o periódico La Vanguardia - Cataluña - España. (tradução livre Marco Aurélio Souza)

- Qual é a novidade que sabemos sobre o universo?
O que não é universo: é multiverso.
- Que significa isso?
Que não existe só um universo: existe uma grande quantidade de universos, simultâneos, paralelos..!
- Onde estão? Eu não os vejo.
Em lugares e tempos muito distantes. Imagine uma sopa de bolhas...
Uma dessas bolhas é este nosso universo: nós e todas as galáxias estamos em sua superfície em expansão. Porém existem na sopa outras bolhas parecidas nascendo a cada momento, crescendo, fundindo-se umas com as outras, estourando.. .
- Como você sabe disso?
Nossos modelos teóricos assim o indicam, e hoje os físicos se dedicam a rastrear as evidencias desses universos paralelos com o nosso, que nascem a cada instante. Não houve só um big bang: eles acontecem continuamente!
- Enquanto falamos está acontecendo um big bang em algum lugar?
Sim. O de nosso universo foi há 13.700 milhões de anos, talvez por fusão ou colisão de outros universos, outras bolhas.
- Como e quando acabará a nossa?
Seguirá expandindo-se indefinidamente, até um "grande frio". Talvez, até lá, já tenhamos aprendido a saltar para outro universo!
- Existe também algum tipo de consciência nos outros universos?
Não sabemos... Mas é possível, em outro universo paralelo, outro você esteja fazendo outra entrevista como esta a outro eu...Procurarei que a minha aqui seja a melhor.
Na escala quântica já conseguimos que uma mesma partícula esteja em dois lugares ao mesmo tempo, e também teletransportar um átomo: é como copiá-lo em outro local e que desapareça o original. Será difícil conseguir a mesma coisa com pessoas para viajar no espaço...
- E viajar no tempo?
É teoricamente possível..., porém exigiria uma energia descomunal. Creio que a tecnologia nos permitirá obter essa energia no futuro. Assim que se hoje alguém bate à tua porta e te diz: "olá, sou tua ta-ta-ra-ta- ta-raneta"... não bata com a porta na sua cara! Pode ser uma descendente tua que veio do futuro...
- Bom truque para explicar...
É factível uma visita vinda do futuro: gerando duas linhas temporais, não afetaria à linhagem do visitado que conduz ao visitante.
- Por acaso alguém já o visitou, para começar a se interessar por estas coisas?
Já, já... Uma professora no colégio cristão me despertou o interesse, aos oito anos. Meus pais, japoneses, me inundaram de budismo: o universo não começa nem termina. E esta professora nos explicou a Genesis..!
Isso chocava com o que eu sabia, então levantei o dedo e perguntei: "E onde está a mamãe de quem nasceu Deus?" Se o universo tinha uma origem, eu iria saber qual era!
- E que disse a professora?
Que perguntaria ao seu diretor espiritual.
- E o que diz destes relatos a ciência?
A ciência hoje descreve cenários já antecipados pela mística: outros planos, outras dimensões... O multiverso combina infinitude e criação contínua. E agora buscamos a equação que englobe todas as forças.
- O que dirá esta fórmula?
Tudo é vibração e cada partícula elemental, uma nota: a física estuda harmonias; a química, melodias. O universo é sinfonia!
- O que você gostaria de descobrir?
Coopero com o grande acelerador de partículas de Genebra: buscamos a partícula S, que confirmará o que estive lhe explicando.
- Espero que não saltemos pelos ares...
Pode dormir tranquilo. Nos chegam agora mesmo do universo raios mais perigosos...
- E que utilidade prática tiraremos de todo este saber?
A curto prazo, nenhum. Porém cada nova fórmula científica modifica o mundo...
- Que novos avanços tecnológicos temos agora à mão?
De imediato os chips serão mais baratos que o papel: os terás integrados em tudo ao teu redor, inclusive em teu corpo!
- Me dê um exemplo.
Teus óculos ou lentes, conectadas on line, te identificarão ao teu interlocutor - nome, estudos, perfil,...- e se fala outro idioma, terás acesso a legendas automaticamente.
- Compro!
Entrarás no teu banheiro e será melhor que a melhor clínica de análises da atualidade: te analisará urina e fezes separadamente, e o espelho analisará tua respiração todo dia, e assim saberás que alguma proteína de tuas células pode gerar um tumor dez anos depois! Não haverá tumores.
- Adeus ao câncer, então!
Terás um escâner do tamanho de um móvel, te farás uma prova instantânea que enviarás a uma tela: ela será teu médico!
- E se tivesse que me operar?
Disporás de órgãos reservas de todo teu organismo, desenvolvidos a partir de algumas células tuas. Terás pele, ossos, artérias, válvulas coronárias, traquéia, nariz, orelhas, narizes... E também fígado e pâncreas: adeus à cirrose e à diabetes!
- Quando disporemos de tudo isto?
Antes de dez anos.
- Bravo! E depois, o que mais?
Mudança na civilização: no fim deste século já saberemos usar a energia planetária e não precisaremos de hidrocarbonetos. Logo, aprenderemos a usar a energia estelar. E em seguida, a energia galáctica...
A casa ganhou de presente, bonitinho!

No metrô


Fiquei horas com o Coco no colo, os outros em volta, um sol gostoso na garagem, lembrando dos cafés que tomamos lá embaixo no colchãozão e jornais, os almoços, as "exposições". Aquela garagem é uma delicia. Nilton passou lá e ficou avaliando as pinturas, super positivo sempre, até comecei à pensar em mexer em alguns...por outro lado acho que já passou esse momento pintora, experimentei, foi o que foi.
De noite estava indo embora, Coco foi atropelado e sumiu.
Queria me livrar duma sensação ruim.

sábado, agosto 28, 2010

Um piano é sempre lindo.




Essas pedras bonitas na calçada da Rio Branco, tentei achar um bom ângulo, talvez o melhor fosse do outro lado, rs!
As coisas estão indo para seus lugares, e a casa está surgindo do caos e da poeira. Saí depois correndo para ir ao Municipal com manchas de tinta azul nas mãos e no braço que não consegui tirar. Bom que música clássica ficam todos muito concentrados...no começo era o Jean Louis Steuerman e uma soprano; fechei os olhos para entrar mais na música e fui entrando num estado de pré-sono! Ou dormi, realmente, rs. Sonhei com o Bubu, lembro. E minha dúvida se ele estava realmente morto! Depois com o cello resolvi ficar mais acordada. E no intervalo olhando para aquelas mulheres nuas debaixo de vestidos transparentes, dançando alegres e ingênuas; um pouco non-sense tanta ingenuidade e sensualidade juntas.
Hoje quando acordei tinha uma mensagem ótima da Ana Rondon que vou colocar aqui, e saí temprano e contenta. Logo depois vi o Gabeira na padaria, ótimo. Comecei bem o dia.

sexta-feira, agosto 27, 2010

Ed Ruscha, Twenty six gasoline station


Em 1963 o livro Twenty-Six Gasoline Stations de Ed Ruscha foi publicado. Um dos primeiros livros de artista, são "road photos" de postos de gasolina, começando por Los Angeles e terminando no Texas, passando pela Route 66 de Los Angeles à Oklahoma City. Ed Ruscha é um pop-artista da mesma família estética de Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Jim Dine ou ainda de Jasper Johns. Em todos esses casos, o objeto da manifestação artística são fatos e fotos do cotidiano norteamericano, celebrando talvez não as conquistas gloriosas do Império Americano (sua épica), mas suas banalidades, suas representações de espaço (um fator constitutivo do ser-americano), sua falências.
Warhol com seu culto de celebridades e suas reproduções ad infinitum das sopas Campbell, de cadeiras-elétricas, de flores; Lichtenstein com seus belíssimos quadros, blowing-up estórias em quadrinhos, pixilizando tudo e todos, de flores a móveis; Jim Dine com seu NEW DADA, do qual o ícone máximo é uma estátua de Pinocchio com 9 metros de altura; e Jasper Johns, um grande reprodutor do banal, com bandeiras, mapas, algarítimos, que evolui para grandes colagens de dejetos e refugos da produção industrial americana. Ruscha talvez seja o menos conhecido deles, mas seguramente não o menos talentoso. Há um revival Ruscha total nos EUA.
O original de seu livro Twentysix Gas Stations vale hoje milhares de dólares no EBay. Isso porque o livro, que retrata os tais 26 postos de gasolina, transformou-se num ícone de uma era que parece fadada ao desaparecimento precoce: a era do petróleo e de seu templo máximo - o posto de gasolina.
Ruscha nasceu em Nebraska e cresceu em Oklahoma. Quem leu Vinhas da Ira pode imaginar o cenário por trás da memória visual do Ruscha: grandes espaços desolados, desertos, uma região que durante muito tempo foi a marca do fracasso do Império Americano.
Os 26 postos do Ruscha são na maioria dos casos ruínas. Ex-postos (a ambiguidade aqui é reveladora)... A importância desse belíssimo livro é porque ele é considerado o primeiro livro-objeto de um artista plástico moderno. Daí sua primeira versão ser tão cobiçada.
Ruscha ainda está vivo (nasceu em 1937) tem tido retrospectivas em grandes museus mundo afora. Todas elas com enorme êxito de público.

Bubuzinho querido! In memoriam...

Recado dos astros para os piscianos
Cuidado com o excesso de idealização. O melhor amor é aquele que acontece na prática...
Rs. Ô coisa difícil!

quarta-feira, agosto 25, 2010

Conscientious

Jörg Colberg, editor do blog Conscientious, sobre fotografia, muito legal.


Lendo um texto do Gerhard Richter sobre pintura em cima de foto, texto do curso de aprofundamento em pintura que desisti de fazer, e procurando imagens dele, como essa - que é uma pintura embora pareça incrivelmente uma foto e lembra Vermeer e também a pintura da moça na banheira que não lembro de quem é, e a outra que é mais borrada, dei nessa expo ótima que está abaixo, de 2007 (para ver as imagens tem que clicar no título).