...cruzo o Largo da Carioca e me divirto com os pregadores evangélicos, que batem ponto todos os dias, falando de maneira incisiva e com o livrinho na mão frases das quais escuto somente algumas palavras enquanto passo: a morte...homem com homem... inferno...voce ja pensou...antes, uma banca enorme com uma musica altissima, e muitos jornais de esportes. jovens vendedores de chips. na outra banca passam filmes e muita gente em volta.
uma festa diaria.
quarta-feira, abril 27, 2011
domingo, abril 24, 2011
sexta-feira, abril 22, 2011
Andrea falou de verde, juntei a idéia com o pano florido, vou misturar com o preto e bran e a almofada vermelh nomes tao compridos, seria melhor red black white é rapido, e mudar o cheiro também e deu uma leveza, fiquei brincando com as malinhas depois. também acho que não sou muito comum, ia escrever normal, porém porém às vezes me acho tão normal quando vejo pessoas muito ansiosas e teatrais, exageradas. e vontade de fazer um vestido ou uma saia mais estruturada com esse pano vermelho, vontade de mas não faço(ainda), esse papo seu ta qualquer coisa, é falta de tempo, tempo = atenção/dedicação, e não sei o que fiz hoje...acordei dez e meia!, café no quintal com sol forte e lidinha rapida na Folha, aprés banho e duvida do que fazer, olhada rapida na internet, retirei algumas roupas da arara pensando nelas, o que fazer, significados enormes e extensos, o pensamento é mais intuitivo do que pratico, esse o problema? ou aceitar isso mesmo, dificuldade de relaxar no que ja esta relaxado mesmo, tirei também caixas e coisinhas para uma olhada, Betania veio - um outro mundo, almoço, fiquei na rede, nada, pensando e olhando mais do que tudo, eu e Panda, li o Tony Judt, analises sérias, umas 30 paginas talvez, resolvi escutar Band on the Run continuei Beatles, Sargent Pepper`s e agora terminou Melody Gardot que ocupa os espaços todos e da vontade de fazer coisas - então a malinha etc. Resolver questão alimenticia...mais frutas, principalmente. Ontem o Jamie Oliver fez um ragu, posso fazer sem a linguiça (eca), eram cenouras, aipo, cebolinha que parcia alho poro, depois alhos, tomate pelati, agua na lata como eu faço, uma pimenta, manjericão no final. e tortinhas com 100 grs de amendoas, 100 de açucar, 1 ovo, 100 de manteiga, raspas de limão - acho, geléia, em massa ja preparada. Isso, não tenho cozinhado com prazer. a cozinha realmente tem que ser mexida. - pendurar as panelas, etc. mexendo em tudo o tempo todo. esta demorando tanto a loudear a foto, algo esta errado.
domingo, abril 17, 2011
Fase vermelha
Compras do ano: o tenis rosa de bolinhas comprei no dia em que a Ursula foi embora, final de fevereiro, numa liquidação da Pontapé, e cusou R§ 30,00 - foi por isso que comprei, rs. A bolsa foi 22,00 numa passagem ao lado da igreja da Uruguaiana, estava paquerando ha dias mas com a minha dureza so às vezes me permito comprar coisas "extras" e a sandalia vermelho fechado comprei ontem na feira da General Glicério por R§40,00. Fase vermelha. Escutando Bill Evans sinfonico, delicia, esperando o arroz ficar pronto, esta um dia lindo e quente, arrumei um pouco o atelier, é bom ir espantando as teias de aranha ficticias e redescobrindo, redescobrindo o que ? Redescobrindo, simplesmente.
na verdade rola uma esquizofrenia de ficar lendo pedacinhos aqui e ali, outro dia dei uma lida no capitulo do livro do Coetze sobre o Robert Walser e li quase até o final mas tive que parar pois estava na hora de ir embora e também metade de Historia de uma Porta, do Camilo Castello Branco, esse li porque estava sentada num banco, cansada de subir e descer escadas o dia inteiro e estava à mão, era muito engraçado o portugues antigo em que ele é escrito e me diverti muito até ser interrompida por um cliente, o mesmo se deu com pedaços de um livro sobre a historia da Biblia, rs, esse meu lado Bouvard e Pecuchet enciclopedista que quer saber das coisas, e frustrado também por não ter tempo para saber profundamente de nada. Ao mesmo tempo acho que sou assim mesmo, multipla e fragmentada, associam isso à contemporaneidade mas acho que isso é mais renascentista, a contemporaneidade tem mais à ver com especialização do conhecimento, nos "clubes" corporativistas, e os renascentistas eram multiplos e faziam varias coisas, estou ficando convencida. Essa esquizofrenia tem à ver também com o trabalho na livraria, onde não se tem um espaço pra chamar de seu, um tempo, uma mesa, um banco que seja, simplesmente os espaços e tempos são dedicados à (des)organização da livraria e aos fregueses, simples assim, então essa sensação de carencia da vida, saudades de mim, e me sinto às vezes como tendo a horrivel vida das galinhas nas granjas industriais, fabricando para os outros, como uma maquina, um relogio tic tac produzindo produzindo. Como disse o Julio, 80 por cento do dia e da energia é sugado pela livraria, flummm, sugado para dentro de um buraco negro. Enfim, ficou meio dramatico, e não era, hehehe. Lembrei da Virginia Woolf e de "Um Quarto que seja Seu - A Room of one's own.
e queria poder ler também livros de iogues e budistas, outra visão mais calma e relaxada da vida, enfim, estou lendo no tempinho que da.
e queria poder ler também livros de iogues e budistas, outra visão mais calma e relaxada da vida, enfim, estou lendo no tempinho que da.
peguei alguns livros para ler, o Contingencia, Ironia e Sociedade do Richard Rorty (depois que tive duas conversas com um cliente interessante e falamos dele, e também de um filme do Valério Zurlini - de quem eu nunca tinha ouvido falar, e de Henry James, e eu não conseguia lembrar o nome do livro que tinha lido e que foi Retrato de uma Senhora e que eu achava que havia sempre desejos frustrados dos personagens porque as ações sempre os levavam para outros lugares, e eles, os desejos, nunca se cumpriam, e que isso me dava um certo nervoso); depois trouxe o Jacob von Gunter que tem uma certa ironia, com saborosas descrições dos seus amigos do Instituto Benjamenta e estou gostando muito, embora praticamente so leia no onibus; e Os Ultimos Dias, do Tolstoi, com seus ultimos textos, cartas e etc e que não folheei ainda. queria também o ultimo do Todorov, A Beleza Salvara o Mundo, e ler algum dia o Tony Judt, nem sei bem porque, simplesmente simpatizei com ele e deu vontade de ler quando dei uma olhadinha no Reflexõess sobre um Século Esquecido, e como não tenho tempo, leio pedaços, fragmentos, e todos os dias são fragmentos pedacinhos de idéias e de livros e então estava sonhando com esse fim de semana, dois dias inteiros so para mim e acordei lentamente, fiquei na rede um pouco antes de comer, depois levei jornal, café e creme crackers com queijo e livros para a rede, Panda pulou em cima do meu colo, por mim o dia poderia ter continuado assim, enfim tive que sair, amanhã nova tentativa, e também Cartas a D., do André Gorz.
"Eu diria que a literatura é, igualmente, uma forma de alegria. Se lemos algo com dificuldade, o autor fracassou. Por isso, acho que um escritor como Joyce fracassou, em sua essência, já que sua obra requer esforço para ser lida". Borges.
"Eu diria que a literatura é, igualmente, uma forma de alegria. Se lemos algo com dificuldade, o autor fracassou. Por isso, acho que um escritor como Joyce fracassou, em sua essência, já que sua obra requer esforço para ser lida". Borges.
sexta-feira, abril 08, 2011
quinta-feira, abril 07, 2011
Ontem sonhei com animais gigantes, tinham uma cabeça meio bovina, corpos alongados de cavalos, flutuavam no mar e tinham olhos profundos, o mar era enorme e tinha o "depois do mar", mas depois haviam vidros quebrados nesse mar e alguém começou a fazer ginastica e eu puxei meu colchãozinho também, talvez por causa do Comer Carne, do Jonathan Safran Foer, como é horrivel a industria de carne, as granjas industriais, de porcos, de perus. Os animais são tratados como objetos despreziveis, tão anti humano e anti ético, parece um filme de terror, ja quase não comia frango, agora volto à ser vegetariana radical, ou talvez porque dormia com a Miranda e adoro quando ela vem pra casa, pro quarto, e de manhã quase sempre vem o Recoreco e suas lambidas carinhosas.
quarta-feira, abril 06, 2011
terça-feira, abril 05, 2011
Escutando Rickie Lee Jones, Pirates, quase um "em busca do tempo perdido" pois escutava quando mamãe morreu, eu tinha 21 anos e andava na rua de walkman no ouvido, fita cassete!, e era reconfortante e caloroso. Agora é tudo diferente disso e continuo gostando, como se esse pedaço enorme de tempo, esse lapso de tempo entre as épocas e entre os atos de escutar esse mesmo disco não houvesse existido.
Li uma critica tão bem escrita no jornal de sabado sobre o Livro do Michel Laub, Diario da Queda, e eu so consigo escrever que gostei.
Li uma critica tão bem escrita no jornal de sabado sobre o Livro do Michel Laub, Diario da Queda, e eu so consigo escrever que gostei.
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