quinta-feira, abril 07, 2011
Ontem sonhei com animais gigantes, tinham uma cabeça meio bovina, corpos alongados de cavalos, flutuavam no mar e tinham olhos profundos, o mar era enorme e tinha o "depois do mar", mas depois haviam vidros quebrados nesse mar e alguém começou a fazer ginastica e eu puxei meu colchãozinho também, talvez por causa do Comer Carne, do Jonathan Safran Foer, como é horrivel a industria de carne, as granjas industriais, de porcos, de perus. Os animais são tratados como objetos despreziveis, tão anti humano e anti ético, parece um filme de terror, ja quase não comia frango, agora volto à ser vegetariana radical, ou talvez porque dormia com a Miranda e adoro quando ela vem pra casa, pro quarto, e de manhã quase sempre vem o Recoreco e suas lambidas carinhosas.
quarta-feira, abril 06, 2011
terça-feira, abril 05, 2011
Escutando Rickie Lee Jones, Pirates, quase um "em busca do tempo perdido" pois escutava quando mamãe morreu, eu tinha 21 anos e andava na rua de walkman no ouvido, fita cassete!, e era reconfortante e caloroso. Agora é tudo diferente disso e continuo gostando, como se esse pedaço enorme de tempo, esse lapso de tempo entre as épocas e entre os atos de escutar esse mesmo disco não houvesse existido.
Li uma critica tão bem escrita no jornal de sabado sobre o Livro do Michel Laub, Diario da Queda, e eu so consigo escrever que gostei.
Li uma critica tão bem escrita no jornal de sabado sobre o Livro do Michel Laub, Diario da Queda, e eu so consigo escrever que gostei.
sexta-feira, abril 01, 2011
O Jardim dos Finzi-Contini. Poético e triste. Na caixa do dvd dizia que eles abriram seus portões para abrigar os outros judeus, como se eles salvassem ou tentassem salvar os judeus, mas não é bem isso, eles eram judeus aristocratas que viviam dentro de seu jardim e de sua mansão, sem muito contato com o mundo la fora, tem uma estoria de amor, e tem a tragédia do fascismo na Italia. Quero ver os extras mas o controle sumiu. Tinha um lagarto morto embaixo da cama. A janela não fecha, as portas não fecham, chove. Isso parece um haikai involuntario. Parece que nada tem muita importancia, ou é a mesma para todos. Ola. Desculpe, acho que sou meio seca. Mas na verdade nem queria estar aqui, faço um esforço sobre-humano. Agora não tem mais hifen, esqueci. Tarefas, tarefas. Amanhã poderia ver...Outro dia descobri que não tenho problemas. Ou isso foi muita pretensão, talvez? Sério. Estava na casa do vizinho que é terapeuta holistico, e ele tentava descobrir de onde vinham minhas insatisfações, e tive esse insight. O unico problema é a sensação de impotencia provocada pela falta de dinheiro; e todas as sensações parentes disso. Falta de energia. Desanimo. Simples, ficou tudo mais. Fui para casa, não tinha muito sentido fcar la. Esperando uma magica, então vim para ca e foi bom. Nem lembro o que fiz. Não importa. Depois acordei às 5 e meia...e outro dia às 4 e fiquei dobrando e guardando roupas. E outra madrugada fui regar as plantas e fiquei na rede olhando a noite.
sábado, março 26, 2011
Porque não inventam roupas inteligentes, que voltam para os seus cabides no armario depois de usadas, ou vão direto para a maquina de lavar, esta tudo tão atrasado em termos tecnológicos! Como odeio guarda-las, elas ficam então amontoadas na cadeira, uma bagunça... Preguiça de ir ao Cedim...preguiça de tudo. Ir, voltar...Terminei de ler Diario da Queda, do Michel Laub, o começo é muito bom, li prazerosamente nos ônibus de ida e vinda, depois sempre acho que ja poderia ter acabado ou que passou do ponto, mas li até o fim, gostei, é quase como um diario, tipo de escrita que gosto, intima, confessional; o doutor Pasavento esta parado, assim como o livro sobre John Coltrane; amanhã pretendo retomar, espero, pretendo. Para ler é preciso não so um tempo "fisico"- que não existe, eu sei, um tempo cronologico, do relogio, como um tempo interno. Não da para ler automaticamente, “ah, sobrou um tempinho, vou tapar esse buraco lendo”... Ontem muita dor de cabeça, minha pressão baixou, so queria ficar sentada, enjoo. Além da falta de interesse total em estar ali. Acabei descendo as escadas lentamente até o banheiro, vomitei na pia e vim embora para casa, num taxi gelado que ia lentamente acho que por inexperiencia de andar nos trilhos, eu fechava os olhos e abria de vez em quando querendo já estar em casa, cheguei em casa e dormi até às seis da tarde...depois, vi pedaços de filmes e dois inteiros, Beijando Jéssica Stein, sobre uma moça que rejeita todos os pretendentes e acaba tentando uma relação lésbica, legalzinho, e 500 Dias com Summer - com o ator lindinho de um seriado de extra-terrestes que era barbaro, deitada no outro canto da cama pela primeira vez. P. falou desse filme 1 ou 2 vezes; da moça que não queria ser a namorada de ninguém, que segundo ele era eu. Vou tentar sair agora, ja são seis e vinte da tarde e tenho também que comprar pão. Dib esta realmente com Alzheimer e essa noticia me entristece, o pai do personagem do Diario da Queda também.
segunda-feira, março 21, 2011
Ontem fui na Camerino levar minha malinha para a coletiva no Cedim, fui até a Central, levando a maquina ingenuamente, achando que ia ser interessante. Logo depois da Central, "mulheres de vida facil" muito, mas muito decadentes; na Senador Pompeu montanhas e montanhas de lixo pela rua, casario muito mal tratado, abandono total, pessoas abandonadas, bares tocando musicas altissimo. Não consegui me entusiasmar. Falam tanto em revitalização daquela area, mas parece que isso so tem significado quando traduzido em novos prédios, novos qualquer coisa, o que provavelmente também significa dinheiro circulando. Coisas simples como latões de lixo, garis com vassouras, educação, ajuda na pintura e manutençao das casas...isso acho que não interessa. E existe também uma questão cultural, da idéia do que é publico, do que é privado. As pessoas acham que publico é onde se pode fazer de tudo - ouvir musica alta, jogar lixo, etc.
Hoje escutei Courage, do Milton, uma delicia. Fui reclamar com a Claro da Internet que funciona mal, tive que tirar o modem para ver o numero de série, ela voltou a funcionar. Que bom. Meu mau-humor vai e volta.
sábado, março 19, 2011
Tento gravar Band on the run que esta aqui dentro mas não consigo, começou agora Philip Glass, estou gostando até porque foi inesperado, deve ser do filme do livro sobre a Virginia Woolf, estou esquecendo todos os nomes...Ah, dei de cara com o livro, As Horas. Pausa para escutar e não pensar, so a musica. Pedro tinha entre as coisas dele um cartão postal que papai mandou de Cabourg para mim e Fernando, coloquei nesse porta-retrato meio um pouquinho enferrujado que Bob me deu anos atras, tenho que cuidar dele também. Ontem uma crise de mau-humor e tudo o mais... estava completamente asfixiada ali, quase transbordando, a televisão enorme agravou ainda mais, agora com a saida de... quem sabe eu consiga me sentir melhor. Minhas poucas investigações de ontem, poucas: Harry Connick Jr, um disco de piano que vou procurar o nome porque esqueci e que acabou sendo comprado por um cliente que vai sempre la; John Coltrane at The Village Vanguard que é muito free-jazz, tenho que escutar em outra situação, talvez; no dvd, vi pedaços de Manhattan, Cantando na Chuva; outro dia abri um Bill Evans, Portrait... e gostei. Hoje tive a coragem de tirar as coisas de dentro do atelier e agora tenho que ver o que fazer com elas o que é uma dificuldade. e terminar a caixinha, ou melhor, fazer o que esta so esboçado.
quinta-feira, março 17, 2011
Ao invés de tarefas como sempre, ir atras de pelucias ou cadeirinhas ou tapete de banheiro, tudo, que também gosto, mas é sempre meio corrido porque na minha cabeça o tempo é elastico e da para um monte de coisas mas nunca da para tudo e rola uma pressão,, olhadelas pro relogio que marca a minha vida, hora de entrar, de almoçar , de sair. Resolvi ouvir musica transformadora e preenchedora de espaços fumei um que também é transformador e fiquei limpando detalhes da casa, deve ser maluquice gostar de ficar limpando mas é como voltar a ter um contato mais proximo com as coisas e com a casa e isso me deu um prazer e poderia ficar ali que é aqui muito mais tempo, fui achando coisas meio abandonadas, fotos que tinha esquecido e depois sairia para andar e correr, como fiz outro dia de manhã. Espero estar conseguindo dissolver, despistar o mau-humor que estava vagando em volta de mim.
As pessoas que entram no onibus são gordas, e por isso, lentas. E lembrei da caixa do mercado que não sabia o que era bertalha e que perguntou que banana era aquela e me deu vontade de perguntar se ela não fazia compras. O onibus sacoleja e faz muito barulho e me deu vontade de ir andando um dia, parece um monte de latas velhas se batendo umas contra as outras. Estou realmente atrasada e o onibus parado na rua do Lavradio, tinha que ter saido um pouquinho antes. E o vinho rose que gostei muito era o Quinta das Amoras, pensava amoreira,
As pessoas que entram no onibus são gordas, e por isso, lentas. E lembrei da caixa do mercado que não sabia o que era bertalha e que perguntou que banana era aquela e me deu vontade de perguntar se ela não fazia compras. O onibus sacoleja e faz muito barulho e me deu vontade de ir andando um dia, parece um monte de latas velhas se batendo umas contra as outras. Estou realmente atrasada e o onibus parado na rua do Lavradio, tinha que ter saido um pouquinho antes. E o vinho rose que gostei muito era o Quinta das Amoras, pensava amoreira,
sábado, março 12, 2011
Lendo Historia Abreviada da Literatura Portatil, do Enrique Vila-Matas, ele começa falando justamente da boite valise do Ducahmp, que ele encheu de reproduções de suas obras, e eu delirando na maleta que vou forrar de pelucia e encher de cadeirinhas..., sera a minha boite valise, achei agradavel coincidencia a referencia, pela idéia e não pelo Duchamp, não me sinto muito atraida por ele, sacrilégio dizer isso numa época em que ele foi colocado no trono, enfim.
E andando na rua, meio sem porque, ja tinha passado do ponto e resolvi andar até o outro ponto longe, não estava gostando do clima caotico da Rua da Carioca, pessoas, poças d'agua, um aspecto sujo, acho que foi por isso, e acabei cruzei com um cara meio maluquinho que trabalhou aqui na obra e ele esta morando na rua e ficou com os olhos cheios de lagrimas quando me contou.
Deve ter sido por isso que andei mais também, para encontrar com ele e dar um trocadinho para ele, logo eu que também vou ficar qualquer dia pedindo dinheiro na rua, hahaha.
E estava me sentindo triste, triste, como se tivesse descido um peso, uma névoa sobre mim, as musicas na Travessa me fizeram melhorar até, mas quando sai so queria saber de casa, fui até a exposição da Patricia e fiquei zero minutos, sem querer contato, contatos .
Foi bom escutar Belle & Sebastian que tem um clima meio Beatles, depois Band on the Run que não escutava desde minha adolescencia talvez, Julie London.
A Musica da uma leveza, no final.
E andando na rua, meio sem porque, ja tinha passado do ponto e resolvi andar até o outro ponto longe, não estava gostando do clima caotico da Rua da Carioca, pessoas, poças d'agua, um aspecto sujo, acho que foi por isso, e acabei cruzei com um cara meio maluquinho que trabalhou aqui na obra e ele esta morando na rua e ficou com os olhos cheios de lagrimas quando me contou.
Deve ter sido por isso que andei mais também, para encontrar com ele e dar um trocadinho para ele, logo eu que também vou ficar qualquer dia pedindo dinheiro na rua, hahaha.
E estava me sentindo triste, triste, como se tivesse descido um peso, uma névoa sobre mim, as musicas na Travessa me fizeram melhorar até, mas quando sai so queria saber de casa, fui até a exposição da Patricia e fiquei zero minutos, sem querer contato, contatos .
Foi bom escutar Belle & Sebastian que tem um clima meio Beatles, depois Band on the Run que não escutava desde minha adolescencia talvez, Julie London.
A Musica da uma leveza, no final.
terça-feira, março 08, 2011
Deveriam fazer uma UPP do silencio. A tarde tocou forro, agora, quase dez da noite, Odair José, e é muito alto, ecoando pelo vale formado pelas varias comunidades de Santa Teresa.
Isso é de um egoismo impar...achar que todos devem escutar a sua musica.
Brasileiro (em geral...) não gosta de silencio, não sei bem porque.
Uma forma de dizer eu existo, estou aqui?
Isso é de um egoismo impar...achar que todos devem escutar a sua musica.
Brasileiro (em geral...) não gosta de silencio, não sei bem porque.
Uma forma de dizer eu existo, estou aqui?
CONTEÚDO LIVRE: LUIZ FELIPE PONDÉ - Deus me livre de ser feliz
CONTEÚDO LIVRE: LUIZ FELIPE PONDÉ - Deus me livre de ser feliz: "Quanto aos meus alunos e aos meus leitores, esses eu nunca penso em deixar felizes, graças a Deus DEUS ME livre de ser feliz. Existem cois..."
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