segunda-feira, novembro 08, 2010

Na verdade ela é uma hacker decidida, coisa que eu não sou nem um pouco. E nem acho que eu seja tão independente assim, sei la.

domingo, novembro 07, 2010

Debaixo de um sol inclemente, resolvi que seria hoje e naquela hora que eu iria tirar o amarelão do canteiro e passar o cal lilas. Acho que ficou mais leve, deixei so uma faixinha no degrau que talvez saia também. O resto do rodapé em volta continua amarelão ouro.

Temporada dos vidros quebrados não acaba. Ontem de madrugada levantei com um barulho, achando que era um gamba fazendo alguma bagunça, mas foi a ultima gravura do Calder que se jogou no chão, com os ventos fortes. Da uma sensação ruim ver vidro quebrado, não sei bem porque. Acho que ela quicou antes na poltrona, porque tem um rasgo no braço. Espero que seja o ultimo vidro quebrado. Impressionante: quebrou o vidro do relogio que Rita me deu, os 3 Calders, a cafeteira Bodun. Fico pensando se não tem nenhum significado esotérico ou simbolico. Ou foi, simplesmente, descuido e pouca sorte.

A Menina que brincava com Fogo

L; trouxe para eu ler, antes de "acabarmos". No começo dei uma olhada rapida meio preconceituosa, pulando paginas, achei muito cliche, torci o nariz; outro dia resolvi dar uma segunda chance, livros são assim, eles nem sempre são lidos no momento em que compramos ou que os temos, às vezes ficam anos na estante até um dia descobrirmos maravilhados. Foi assim com o Ernesto Sabato, Sobre Herois e Tumbas, que um dia resolvi abrir - e alias não sei como ele veio parar na estante, sera que era do Ale? e amei intensamente, mergulhando naquela estoria louca. Voltando ao Stieg Larsson, estou gostando. Não é nada profundo, é um thriller, puro passatempo, mas envolve e a gente fica torcendo pela personagem principal, Lisbeth Salander . L; dizia que ela parecia em algumas coisas comigo. Bem, ela gosta de lagartos, parece não se importar muito com varias coisas, é independente, não tem pai nem mãe, não se relaciona muito com as pessoas, não sei o que mais. Mas eu não uso tatuagens e nem sou fera em informatica e nem estou com a minha conta bancaria recheada, muito pelo contrario, rs. Como se passa na Suécia, é gostoso ver os nomes das ruas e das pessoas, Vindragarvägen, Lundagatan, Götgatsbacken, Mia Bergman, Dag Svensson, Mikael Blomkvist. E a relação mais livre sexualmente entre alguns personagens, que é um cliche sueco, enfim.

Bergman fazendo escola, fiquei emocionada...

sábado, novembro 06, 2010

F. apareceu, como sempre. Ele é assim, aparece vindo do "nada", depois desaparece. Acho que ele jah era um nomade antes sem saber e tentava se fixar, ter uma estrutura de vida, e não conseguia; agora ele assumiu isso, não tem casa, vai dormindo e ficando nos pousos, nos lugares, e andando muito e correndo pelos bairros e cidades para desopilar a cabeça, tendo outra percepção das cidades e das ruas e dos volumes, parando às vezes para conversar rapidamente com um ou outro. Esta mudado; disse que renasceu aos 45 anos. Disse que não tem mais uma dependencia emocional dos outros, que se tornou independente. Ele antes tinha uma carencia, uma relação confusa com as pessoas, parecia sempre que queria algo, que precisava de algo que ele mesmo não sabia claramente o que era. Agora me pareceu bem, com uma energia boa. No dia seguinte, influenciada por ele!, fui andar pela praia como fazia antes, do Barril 1800 que não é mais esse até a Bartolomeu e voltei, pela areia, e deu uma leveza. Ando muito pesada, tenho que fazer uma revolução "Fabiana" comigo também.

sexta-feira, novembro 05, 2010


Jaques Demy provavelmente era muito ligado em cores, na direção de arte, ou trabalhava com alguém assim. Lembro que o Demoiselles de Rochefort também era todo pensado em cores, lembro principalmente do figurino, e era uma delicia. Catherine Deneuve e sua irmã linda, Fançoise Dorleac, que morreu num acidente de carro, acho - e o Polanski era apaixonado por ela- e Gene Kelly! meio perdido no filme. Não é um super filme mas lembro de ter achado muito charmoso.
fico com idéias pensando no blog quando estou na rua ou em outros lugares conversas com ele o blog e pensava sobre escrever como cada um le de um jeito um texto uma frase e como com emails isso leva à muitos mal entendidos, até porque é rapido a gente escreve manda...pronto, o estrago ja esta feito mesmo quando se escreve e se reescreve e se le antes de mandar; sera que quando as pessoa se comunicavam so com cartas que demoravam dias para chegar também era assim ou`nos filmes que a gente ve a carta sendo entregue no mesmo dia por um portador à cavalo; no Em Busca do Tempo Perdido me lembro dessas cenas repetidas vezes e a espera ansiosa pela resposta; hoje também ha a espera ansiosa pela resposta, mas acho que lemos apressadamente, achamos que ja sabemos o que esta escrito, o olhar é mais rapido e ansioso. preciso urgente comprar um teclado para adaptar à esse laptop porque estou cansada de escrever sem acentos, o texto fica esquisito; falta algo. na época do zoom quantas brigas por email, rs.
hoje estive com meu irmãozinho lindo que é tão tranquilo e com um humor sutil e de bem com a vida e com suas tres gatas malucas que se escondem debaixo da cama. quero ser como ele; é bom e agradavel. depois escutei Khaled aqui em casa por causa da Marta a costureira, tem uma musica que adoro, Bakhta, que parece Marta, hehe, o arabe e suas consoantes sustentadas e lembrei da Ursula dançando, em Boulogne. esta entrando um ventinho de chuva que se aproxima. pensando em vestidos.

quinta-feira, novembro 04, 2010

Vejo que a Livia Garcia-Roza esta lançando um novo livro, e fiquei pensando no Cine Odeon, naquela familia louca e engraçada com tons Nelson Rodriguianos, na iniciação sexual da Isabel _ uma coisa que ela não entende muito mas que ela entra sem reservas, como um mergulho no mar sem limites, e na relação dela com o cara, onde ela não enxerga muito o que acontece e quem ele é porque o significado que ela da à ele é um significado so dela, sem muita relação com o real. Alias os significados são so nossos mesmos no fundo?, às vezes encaixa com a realidade, outras vezes não. O outro livro que li dela, da senhora que mora com a filha e que inventa um romance ao mostrar o apto para um senhor, é bonito mas um pouco mais triste, melancolico; não lembro o nome, o livro era da Ursula e foi para Paris com ela.

quarta-feira, novembro 03, 2010

Estava revendo essas aberturas, as duas lindas e classicas, a do Jacques Demy mais coreografada e pensada em termos de cores, ritmo, entradas e saidas, as duas em comum a musica linda do Michel Legrand e a chuva, que so reparei agora. Ontem, ou foi antes de ontem?, como estava ouvindo um cd do Michel Legrand, resolvi procurar imagens. Não tenho The Go-Between, essa fuga com tons "Bachianos" e adorei encontrar esse pedacinho que nem lembrava. Queria muito ter a trilha, jah procurei uma vez e não achei, e também rever esse filme que vi ha muitos e muitos anos atras, acho que em video. Alias, Joseph Losey é o cara, O Criado também é um filme maravilhoso!

segunda-feira, novembro 01, 2010

David Zwirner

Muito legal o site dessa galeria, tem muitos artistas de que gosto, como o Luc Tuymans, Michael Borremans, a Marlene Dumas, Donald Judd, Francis Alys...
Hoje a Oi veio instalar o telefone fixo, depois de 2 meses de espera. Mas logico que a bateria do telefone estava arriada, ou nem funciona mais, acho, e tenho que comprar outra! hehehe, tudo à passo de tartaruga.

Essa parede de ladrilhos com esses cactus, parece locação de filme anos 60; e essas pessoas sentadas, personagens que deram vida à foto. Acho que eu estava voltando da Ilha, estava num taxi, ia encontrar Ursulinha e Mayinha que estavam chegando de Paris
Recebi via Fb, surpresa maravilhosa, nem sabia que existia essa foto! 84, posto 9, meu rosto era mais gordinho.

domingo, outubro 31, 2010

Roupas Novas

(como fundo, armario pintado de azul quase Klein)




Fernando diz que estou vivendo muito fora da realidade e que estou com medo de assumir que tenho que trabalhar para pagar as contas, mesmo não sendo no que quero. Que tenho que tornar mais leve isso, trabalhar em qualquer coisa para ganhar algum dinheiro sem que isso seja um drama. A verdade é que transformei minha casinha numa bolha, adoro ficar aqui arrumando ainda e fazendo as roupas devagarinho e os santos mas é completamente irreal mesmo. E não tenho como sobreviver vendendo um vestido aqui, outro ali, sendo ajudada às vezes. Não vou ser ajudada o resto da vida e não tenho que contar com isso. Por outro lado...não tem muita opção. Ou vou pagando tudo atrasado e espero algo acontecer; não, isso não existe.
L. dizia que eu era muito ligada ao passado...pode ser. Queria deixar de ser, mas não consigo muito, vou tentar. Quando começar à pensar no passado, cortar, é assim ?
Hoje enquanto tirava o capim da pedra, vieram imagens: do risoto na mesinha amarela, o Freixenet e biscoitinhos maravilhosos, o quintal ainda não havia sido pintado; ele lendo meu livro e rindo muito na cama, foi no mesmo dia?; jantar na varanda, danças, conversas; em ipanema, no nosso quartinho, e todas as "novidades" que eu descobria, encantada e olhando de fora um pouco; as pouquinhas viagens, que foram prefacios de algo que não aconteceu; os emails cotidianos; mergulhando; lanchinho na cama; piqueniques no flamengo, deliciosos; algumas fotos; o sabado aqui e la; as fantasias; ele chegando subindo a escada. E mais mil outras coisas.. e também ficava meio triste, é verdade. O maior problema é que sou uma pessoa com tendencia à viver fora da realidade; então embarco em tudo, como se fosse real e possivel, mesmo não sendo.