sexta-feira, dezembro 24, 2010

Hoje cedo uma barata no chuveiro. Joguei uma agua na cara e sai. Vontade de ler varios livros, tudo fragmentado, não da. Pedaços aqui e ali, conversas, frases, capas; sensações. Tento ficar na minha o tempo que consigo. às vezes meio triste. O relogio parou, de novo. O verniz que não foi passado nos degraus porque. O filtro no chão. As roupas no varal não secam, ha dias. Outro dia o esquilinho no caminho. Fora os passaros. Maratona de aniversarios. Me snto uma espectadora de mundos distantes. Hoje não queria nada daquilo. Comi muito e me senti mal. As pessoas fofas. Fotos e tudo.O sol saiu, ufa.

quinta-feira, dezembro 23, 2010

Na verdade essa foto da Marina Abramovic que esta no desktop me lembra aqui eu e a vista como um soco da paisagem outro dia o motorista do taxi disse uma dose de adrenalina endorfina dia lindo pois é é isso quando acordo e chego na sala me admiro extasio sou invadida ali pa no meu rosto A. que disse que le meu blog e que escuta Melody Gardot também que é uma delicia e ouvi ontem além dela claro Madeleine Peyroux e caíram algumas gotas no vestido xadrezinho laranja tomara que caia amplo e estão faltando coisas aqui em casa tenho que providenciar suco? agua? não sei o Andrei é um fofo gosto dele e estou gostando das pessoas das pessoas das idéias todas todas ontem comprei potes como se isso fosse a salvação do mundo e um já entortou no microondas e o outro quebrado e não posso mais andar com eles ou é a bolsa saudades tantas dos gatos quando fico horas fora como hoje outros mundos o-u-t-r-o-s-m-u-n-d-o-s realmente a meditação esta fazendo milagres e tudo o mais ter vivido tudo o que passei esse ano o que foi esse ano? Vontade de mais rabanada de forno e a Myriam Campello e a capa azul refugio

quinta-feira, dezembro 16, 2010

Fico com um medo quando ligo a claro sem saber se vai conectar. Vizinhos vão querer me expulsar qualquer dia pela Melody Gardot duas vezes ao dia. Vicio como qualquer outro, chocolate, café, beber. Alguns vicios...tempo livre que tenho é tão tão precioso, tudo. EScrever uma frasezinha pelo menos, um banho quente, Melody - sempre, até quando ando pela Rio Branco - pessoas e pessoas e coisas roupas sapatos as pessoas e suas roupas parecidas algumas mulheres elegantes homens também e todos os que trabalham o tempo todo encontros pelas escadas o mundo em varios niveis escada idéias eu queria um livro hoje fiz algo diferente saltei do onibus em frente ao cinema estava exatamente na hora Woody Allen não achei magico como a maioria é estranho ter essa percepção me sinto quase traindo ele foi bom anyway estar ali naquela sala naquela tela acho que gostei mais da atriz loirinha e de seu personagem, preciso tomar um banho ler e dormir e fazer carinho nos meus gatos

quarta-feira, dezembro 15, 2010

Um vagalume piscou pelo quarto todo e saiu passeando pelo corredor.
Ontem acordei mais cedo, me arrumei toda animada para dar uma corrida, mas não consegui achar um pé do meu tenis!
Sumiu misteriosamente.

domingo, dezembro 12, 2010

Ontem teve lançamento do livro MAM - Rio de Janeiro: Arquitetura e Construção, da Editora Cobogo, no proprio MAM.


Chinati: The Vision of Donald Judd

Chinati is pleased to announce the publication of a new book featuring the first comprehensive overview of the museum's history and collection. Edited and principally written by Marianne Stockebrand, Chinati: The Vision of Donald Judd describes how Donald Judd developed his ideas of the role of art and museums from the early 1960s onward, culminating in the creation of Chinati (and including its two predecessors—his building in New York and his residence in Marfa). The sumptuously illustrated book (with 149 color and 71 black-and-white illustrations), co-published by Chinati and Yale University Press, begins with an introductory essay surveying the history of Judd's work in Marfa, then presents the individual installations at the museum in chronological order, with stunning photography.
The book's design is by Rutger Fuchs, who has designed all of Chinati's printed materials since the mid-1990s; principal photography is by Florian Holzherr and Douglas Tuck. In addition to the essays by Marianne Stockebrand, the volume contains texts by Rudi Fuchs, former director of the Stedelijk Museum in Amsterdam; Thomas Kellein, director of the Kunsthalle Bielefeld in Germany; Nicholas Serota, director of the Tate in London; Richard Shiff, professor and Effie Marie Cain Regents Chair in Art at the University of Texas; and Rob Weiner, associate director of the Chinati Foundation. Also featured are writings by Donald Judd relating to Chinati and his other buildings in Marfa. A detailed catalogue of the collection and artists' bibliographies are included as well.
Donald Judd published a modest Chinati catalogue in 1987, long since out of print. Chinati: The Vision of Donald Judd surveys and documents everything that Judd accomplished in Marfa, and all that has been accomplished in the years since his death. The book's publication represents a milestone in Chinati's history.
Major support for Chinati: The Vision of Donald Judd has been provided by the Andy Warhol Foundation for the Visual Arts; the Henry Luce Foundation; Glen Rosenbaum; the Maxine and Stuart Frankel Foundation; the LLWW Foundation; LEF Foundation; the Fifth Floor Foundation; John and Arlene Dayton; Bert Lies and Rosina Lee Yue; the Ruth Stanton Foundation; and Furthermore: a program of the J.M. Kaplan Fund. Chinati would like to express its deep gratitude to the above and to all the supporters of the publication.

Lista

M., vegan, magrinha, animada, 22 anos, estuda psicologia; A., 20 e pouquinho também, vegetariano, quer trabalhar em agro-floresta, ir para o mato; R., atleta, faz aula de maracatu, tem uma voz um pouco infantil, deve ter uns 50; A., 22 anos, gay, um fofo, romantico; L., impulsivo, cara fechada, personalidade forte, mora no Bairro de Fatima; T., meio seca, 26 anos, baterista dum grupo de rock, desenha quadrinhos, mora em Areia Branca; C., super na dele, bonito, uns 50 talvez, não quer se envolver muito; o que faz muito bem, porque essa semana fiquei nessa balança me envolvendo, ai se tentar arrumar o inarrumavel, fica uma neurose so, tentar achar de novo esse dificil equilibrio entre não desistir praticamente e se interessar
plantas estão enormes no meu jardim selvagens matos que surgiram ou não são matos são simpaticas plantinhas espero para ver enquanto não recebo a visita da senhora Olinda (ou é Olina?) que outro dia desceu toda a ladeira contando de cada flor cada semente cada planta e galho e então foi uma descida lenta e ela é velhinha e magrinha e trabalhou anos e anos numa das casas recebendo um salarinho mas depois recebeu a casa como herança quando a dona morreu e ela disse que vem aqui algum dia algum ouvindo a Melody Gardot não tem absolutamente nenhuma informação no cd de quem são as musicas e arranjos leio no Google que ela é americana da Pennsylvania nascida em 85, tem portanto 25 anos e adorando lembra pela suavidade um pouco a Goldie Frapp e também a Shirley Horn tão romantico e sofisticado e o Vida modo de usar que Patricia comentou e eu ja estava pensando em ler ao mesmo tempo tudo à ver com o projeto e me lembrou Umberto Eco o livro das listas é bem frances lembra o Delicatessen e aquele edificio louco e também Amelie Poulain e listas listas tambem estava fazendo listas das pessoas enciclopédia inventario

A vida modo de usar

A vida modo de usar (La vie mode d'emploi), publicado em Paris em 1978 – quatro anos antes da morte prematura de George Perec -, é recorrentemente considerado um dos grandes romances da segunda metade do século XX. Na verdade uma teia de romances (no plural, como enfatizava o autor), o livro é de fato composto por uma miríade de historias e “sub-historias”, a um primeiro olhar banais, que se entrecruzam como as peças de um puzzle.
O incomensurável do projeto; a novidade do estilo literário; o compendio de uma tradição narrativa e a suma enciclopédica de saberes que deram forma a uma imagem do mundo; a continua simultaneidade de ironia e angustia fazem de A vida modo de usar, nas palavras de Italo Calvino, “talvez o ultimo verdadeiro acontecimento na historia do romance”.

Capitulo1
Escadarias, 1

Certo, a historia poderia começar assim, aqui, desta forma, de maneira um tanto lerda e lenta, neste reduto neutro que é de todos e não é de ninguém, onde as pessoas se cruzam quase sem se ver, onde a vida do prédio repercute, distante e regular. Do que se passa por trás das pesadas portas dos apartamentos so se percebem no mais das vezes os ecos perdidos, os fragmentos, os esboços, os contornos, os incidentes ou acidentes que se desenrolam nas chamadas “partes comuns”, esses leves ruídos de feltro que os gastos tapetes de lã vermelha abafam, esses embriões de vida comunitária que vão sempre se deter nos patamares...

Gaspard winckler -sexto a dir, artífice, morto
Sra Norchere, porteira
Sra. Beaumont, a dir - marido Fernand de Beaumont, arqueólogo, tentava descobrir a cidade lendária que os árabes chamavam de Lebtit , que teria sido sua capital na Espanha. Na volta das escavações – 5 anos – escreveu um relatório e suicidou-se.
Terceiro a dir, Ashikage Yoshimitsu, seita Shira Nami ( A Onda Branca), The three free man
Marquiseaux, 1, quarto andar a dir
Foulerot, 1, quinto andar a dir, no fim do corredor, exatamente em cima, Gaspard Winckler tinha seu ateliê. Uma jovem de apenas 18 anos com a revista Lettres Nouvelles – uma novela de Luigi Pirandello (No abismo, que conta como Romeo Daddi enlouqueceu) e uma nota de Jacques Lederer sobre o Diario de um Padre, de Paul Jury
Bartlebooth, terceiro a esq;
Remi Rorschash, produtor de televisão, quarto a esq
Doutor Dinteville, sexto a esq

quinta-feira, dezembro 09, 2010

ontem e hoje o Yann Tiersen - Amelie Poulain - foi a trilha, de manhã.
a luz vai e volta de uma maneira esquizofrenica, e eu na cama, edredon! embora não esteja tão frio assim mas chove, gatos em volta o que mais queria era estar em casa casinha fiz uma massinha com brocolis e iogurte e ervas ficou muito bom comecei a escutar a Melody Gardot que me dei de presente acho que isso me fez bem também presentes e o Vida Modo de Usar e pintei minhas unhas de laranja fosco e é gostoso lembra cantoras anos 50 e um mercado que não fazia ha um tempão da uma sensação de "inteireza" estrutura né outra coisa do que pão com ovos pão com queijo que tem la seu valor também e pensando em L não consigo não pensar ainda mas pensando de outra forma pensando que talvez ele não me entendesse e eu à ele tão diferentes os codigos e não sei mais de nada pelo menos agora me solidifiquei os meus pedaços pedaços de Andrea que estavam soltos dispersos voando por ai e se juntaram e estou aqui de novo voila

sábado, dezembro 04, 2010

Depois da minha obra fiquei fascinada por escadas - que ainda não tenho a definitiva - e bancos. Esses são da Travessa, tenho convivido com eles e elas, acho que eles tem estorias...






sábado, novembro 27, 2010






Cine Vitoria completamente abandonado, até com um quiosque de flores, devia ser lindo





Bar Flora que é uma mercearia e outro dia saiu no jornal que estava à venda, dava para perceber que eles estavam cada dia mais vazios, lembro tanto de tomar o mate naquele cone de metal e um papel que colocava por cima e era otimo, depois foi proibido não sei porque, era ecologico ainda por cima, mas nunca havia comprado nada hoje fiz uma compra de emergencia um saco de biscoitos cream crackers agua e queijo e o novo dono, da Lidador, estava la fotografando também, o numero do telefone na placa tem ainda seis numeros prefira produtos Jong agradam o paladar e adoro lojas que tem gatos no centro tem muitas deve ser proibido também o que acho ridiculo

me dei de presente flores lindas indo pra Travessa, sempre paquero esses quiosques quando volto pra casa pelo largo do Machado da vontade de encher a casa de plantas e flores de qualquer forma meu jardim ja esta mais crescido embora continue meio selvagem fotografei livros que quero muitos muitos mas uma frustração também porque não da para ter todos nem para ler todos e li rapidamente um livro do Py sobre perdas e acabei comprando o livro da Lena Santana, gastos que não deveria, enfim presentes fazem bem e Carlos pegou para mim o Cristovão Tezza Um Erro Emocional ontem arrumei a seção de livros de culinaria gastronomia que adoro fazendo associações varias fiz uma prateleira de livros vegetarianos outra de livros sobre culinaria do Brasil outra com os Gordons Ramsays da vida hoje arrumei a de trabalhos manuais e a de carros (!) idéias idéias e depois dormi na rede o sol sono sede dei um varridão na casa abandonada ontem pagar contas deu um alivio a cidade vazia sai escutando uma musica magica que agora não lembro mais usando meu vestido novo

sexta-feira, novembro 19, 2010

Caspar David Friedrich

A foto da Marina Abramovic abaixo me lembrou esse quadro, que gosto muito, do pintor romantico alemão Caspar David Friedrich(1774-1840). Sempre o associei aos pré-rafaelitas, mas acho que não tem à ver, embora eu também goste muito deles.

Entrevista com Adolfo Bioy Casares

Matinas Suzuki: Boa noite. Ele é o mais importante escritor argentino em atividade e foi companheiro de geração de Jorge Luis Borges. Sobre ele, que está com 80 anos, outro grande escritor argentino, Júlio Cortázar escreveu: “Queria ser ele, sempre o admirei como escritor e o estimei como pessoa”. No centro do Roda Viva está Adolfo Bioy Casares, autor, entre outros, do importante livro A invenção de Morel. Para entrevistar o escritor Adolfo Bioy Casares convidamos Jorge Schwartz, que é professor de literatura na Universidade de São Paulo; José Geraldo Couto, que é repórter da Folha de S. Paulo; Augusto Massi, que é professor de literatura na Universidade de São Paulo; Luciana Villas-Boas, diretora editorial da editora Record; Maria Cristina Poli, do programa Vitrine, da Rede Cultura; Rinaldo Gama, sub-editor da revista Veja e Janer Cristaldo, jornalista, escritor e tradutor de Bioy Casares. O Roda Viva é transmitido em outras 30 emissoras para 13 estados. Como este programa foi gravado não estamos recebendo as perguntas por telefone ou por fax. Nós lembramos que o escritor Bioy Casares está no Brasil a convite do Instituto Cultural Brasil-Argentina de São Paulo. Boa noite, Bioy Casares...

quinta-feira, novembro 18, 2010


Marina Abramovic at Luciana Brito Galeria

Back to Simplicity
18 November 2010 – 29 January 2011

Rua Gomes de Carvalho, 842
Vila Olímpia, Brazil
T (11) 3842 0634
Opening Hours:
Tuesday to Friday, from 10 a.m. to 7 p.m.
Saturdays, from 11 a.m. to 5 p.m.

www.lucianabritogaleria.com.br


Luciana Brito Galeria is delighted to announce the exhibition Back to Simplicity by Marina Abramovic. Born in Belgrade, former Yugoslavia, in 1946, Abramovic has contributed in a fundamental manner for the consolidation of performance as a form or artistic expression, in the course of the three decades of her career. Since the 1970's, Marina Abramovic's work has explored and tested, by means of countless performances, the human limits, both physical and mental. In Brazil, the artist has participated in the São Paulo Biennales of 1981, 1985 and 2008; the Mercosul Binennale, in 2005; the exhibition Balkan Erotic Epic, carried out at SESC-SP in 2006, curated by Adelina von Fürstenberg; and the solo show Transitory Object for Human Use, carried out at Luciana Brito Galeria, in 2008..

Besides a set of historical artworks, including videos and photographs that document performances the artist has presented since the 1970s, Abramovic will show her recent works from the series "The Kitchen" (2009) and "Back to Simplicity" (2010).

"The Kitchen" is a set of videos and photos made in Spain, in the abandoned spaces of a kitchen (with an extraordinary architectural design, constructed during the Franco regime) in a convent of Carthusian nuns who fed more than 8000 orphans when the convent was active. Although the work is born as an homage to Saint Teresa of Avila—who in her writings tells of an experience of mystic levitation in the kitchen—it becomes above all an autobiographical work, considering that, as the artist herself states in the interview included in the catalogue: "In my childhood the kitchen of my grandmother was the center of my world: all the stories were told in the kitchen, all the advices regarding my life were given in the kitchen, all the future-telling through the cups of black coffee took place in the kitchen, so it was really the center of the world, and all my best memories come from there."

The series "Back to Simplicity"—Marina Abramovic's most recent work, never before shown in Brazil—arose from the need to reestablish the artist's contact with nature, in its simplest and most immediate forms, after the cathartic experience of Abramovic's three-month-long performance piece entitled The Artist is Present, presented at a recent solo show at MoMA New York. In the words of the artist: "after I had been looking at one thousand six hundred and seventy five pairs of eyes, after that incredible human connection, I needed to be connected with nature. (...) Being under a tree, holding a lamb for two days, in complete joy, that's what Back to Simplicity is all about."

A catalogue including relevant critical texts about the artist’s oeuvre by Klaus Biesenbach and Arthur C. Danto, previously unpublished in Portuguese, and an interview by Jacopo Crivelli Visconti will be issued and distributed free to the visitors, and later to libraries and museums, rendering the artist's work accessible to an even wider audience.