domingo, junho 06, 2010


Valfredo me mandou. Paris, Texas.
Adorei esse filme quando vi em 19...! A primeira vez que vi a Nastassja Kinski, acho.
Linda.
E estava na "época" Wim Wenders, tinha visto Alice nas cidades que nunca mais revi, e...

Da série Portarias






A idéia era fotografar minha mão, minhas unhas que estão enormes para uma ex-roedora de unhas!, até com o branquinho!
Marilinha tocando flauta, tão linda e à vontade, uma tarde e noite deliciosa, bebendo, rindo, cantando...era o que eu precisava. Anda tudo meio chato...até tentei dar umas "sopradas", rs.


sexta-feira, junho 04, 2010

Cruzei com uma mulher na rua que resolveu me contar que tropeçara na calçada, quando ali havia outro restaurante, disse ela, e que havia caido no chão. E que os funcionários do restaurante foram ajudá-la e o dono disse "não ajuda ela não, ela está drogada", e que sempre que ela passava por ali ela se lembrava disso. Disse pra ela esquecer porque não é bom ficar carregando mágoas, e ela disse que tinha lido isso num livro, que era para se esquecer das coisas ruins e etc. Ela me agradeceu duas vezes, dizendo que sempre se lembrava de coisas passadas, a morte do cachorro e etc, e foi embora. Woody Allen total...

nuvens, nuvens, muitas nuvens

as fotos ficaram meio cafonas,risos















desejo de desejar

tendência interna/ busca constante
- é da própria natureza humana
adesão ao presente implica projeto no futuro
Heráclito
vontade cega/inconsciente - Schopenhauer
apaziguar o desejo para ele é insaciável
- contemplação
desejo de desejar. estar desejando
sentimento de potencia temos em nós
aderir ao presente porque não tem resquícios do passado
poder esquecer o passado
faculdade ativa do esquecimento
assim foi, assim eu quis
transformar o assim foi doloroso no assim foi, assim eu quis
regulagem de uma vontade
faz algo aderindo realmente - no presente
fluxo
não é aceitação do presente e sim viver o presente pensando no
a vida é assim. outra vez
o querer so'é querer liberto quando liberado para o porvir
ir à ser - devir
enganchamento entre o presente e o futuro - devir
vir `a ser de forças
o que volta é o encontro de forças

terça-feira, junho 01, 2010

segunda-feira, maio 31, 2010

Hoje sai andando para resolver o problema das caixas e também comprar a adaptação do secador de cabelo, estou parecendo a personagem com vida boboca do filme, fui andando até o leblon, cruzei com esse feliz pintor e seu macacão laranja, parecia um gari, que me deu o contato dele para que eu mandasse as fotos, vi as caixas e sacos, tentei voltar à pé não deu porque meu pé não estava muito feliz, eu não estava muito feliz, apesar da Bel ter ligado e dito que as pessoas adoraram minhas caixinhas e a pequena "exposição" Andrea que tem na casa dela, isso foi ótimo, mas estou sem fazer nada e sem saber o que fazer e angustiada e agora que a vida está voltando ao normal e não tenho mais a desculpa do pé quebrado e então não sei. provavelmente estou me fazendo de vítima o que é mais estúpido ainda. tenho que voltar à ter vícios, risos. fumar...e ontem Sérgio Menezes disse mas vc é tão criativa, dizendo nas entrelinhas o que aconteceu? e eu respondi que eu era uma boboca mesmo, e ele surpreso com minha franqueza disse todos somos ou algo assim, fiquei vendo pias e banheiros e cozinhas na internet
sei que essa noite não conseguia dormir, mais engraçado foi que no Zaratustra ele encontra um sábio que fala sobre o dormir: "não é uma arte fácil, dormir: faz-se mister, para começar, passar o dia todo acordado ..."
acho que mau-humor comigo mesma, ansiedade, insatisfação



Andando em ipanema...
Apareceu um sol e fez uma marca linda na parede, voltei com a máquina mas já tinha sumido. Gostei mesmo assim.

Sol LeWitt: A Wall Drawing Retrospective

domingo, maio 30, 2010

Lendo Retratos de Fidelman, Contos de uma exposição, de Bernard Malamud. Muito engraçado, fiquei rindo muito outro dia no metrô. Aliás para passar o tempo rápido e não sentir a viagem a melhor coisa é ler. Outro dia eu estava tão dentro desse livro que chegou na estação final e ainda fiquei alguns minutos, lendo, achando que estávamos só parados um tempo um pouco maior que o habitual, até que resolvi perguntar ao varredor que apareceu no trem e ele me olhou espantado, achando que eu fosse uma turista, e disse que estávamos em ipanema, saia à direita, etc. Só tinha mais uma pessoa dentro do carro, rs.
"Os seis "retratos"de Bernard Malamud começam com Arthur Fidelman, judeu do Bronx e pintor fracassado, chegando a Roma para escrever sobre Giotto. Terminam com Fidelman, barqueiro expulso pelos próprios colegas, carregando seus passageiros no inverno pelos canais da nebulosa Veneza. Nesse meio tempo, Fidelman se torna, sucessivamente, falsificador, gigolô e batedor de carteira; entalhador de madonas para souvenires; escultor itinerante de buracos quadrados - fazendo o melhor que pode segundo ditam a necessidade e as musas.", Cia das Letras

Safe


Safe, direção de Todd Haynes, com Juliane Moore. Ela, casada numa relação burocrática e sem emoção com o marido, dona de casa, uma vida vazia e entediante. Ambientes abertos, solitários, grandes. Um tom esverdeado, às vezes azulado. Ela começa à se sentir mal, problemas respiratórios, vômitos, e acaba indo parar numa comunidade alternativa, onde as pessoas se refugiam dos "males" do mundo criando outro mundo, seguro e artificial, mas sem ligação com o mundo real. Uma critica às terapias alternativas, e também à vida travada, certinha, também segura.

Esse bloco de pedra no mar de ipanema, nunca tinha visto, é uma instalação? Ou sempre esteve lá e eu nunca havia reparado?

De qualquer forma uma visão inusitada, estava voltando pela areia, um por do sol estonteante, as cores no mar e no céu incríveis, um brilho, me fez bem estar em contato com isso. Acabo que fico fechada em casa , ou em atividades, atividades e não vejo o dia; hoje andei no calçadão com a Rita na ida, pegando um solzinho aqui e ali, muitas pessoas passando. Na volta calçadão um tempo, skatistas em skates com rodas enormes, depois areia, outra experiência, deu uma paz, me encheu de não sei o quê. No final meu pé reclamou um pouco, ele ainda não conseguiu voltar à ser o que era antes, a sensação é de que as "peças"ainda não estão completamente ligadas.

sábado, maio 29, 2010

Depresión

La depresión puede ser un refugio - muchas veces lo es - una manera de no tener que enfrentar las dificultades de la vida que todos tenemos. Si uno esta deprimido se salva del esfuerzo, se salva de tener que hacerse de abajo, de tener que sacar de dentro de si la fuerza para lograr las cosas que quiere.
La depresión puede funcionar como un afecto conocido, tranquilizador y ser hasta disfrutable; la tristeza se liga de una extraña manera con la belleza, o - podríamos decir -tiene una versión particular de la belleza, una emoción languida, de huérfano, incomprendido, de solito y pobrecito yo, que es muy rendidora.
Hay quien hace de esta posición sensible incluso una estrategia de seducción. Y hay personas a las que les encanta sentir que rescatan a alguien de su profundo dolor. Hay amores que se fundan en la depresión compartida y desde esa emoción gloriosa de la tristeza sus participantes sienten que todos los que disfrutan de la vida son unos superficiales sin remedio.
(www.100volando.net, Alejandro Rozitchner)

domingo, maio 23, 2010

Número Mil

a imagem que sempre vem é um dia de sol eu e ele chegando no condomínio animados e depois saindo e depois andando e eu dando um beijo nele rápido encostado numa parede de uma sala do CCBB e estava sorrindo tanto e com aquela saia da Krishna de pregas e blusa de estrelinhas azul marinho e branca e ele estava de jeans e camisa meio laranja
depois tive um sonho ou foi antes com a Ursula e ela não gostava da casa definitivamente e tinha uma janela enorme como uma parede onde uma onda do mar imenso batia e cobria todo o vidro de cinza
vai ser bom voltar à ter meu piano e calma
é uma imagem
La Dispute e outros, Yann Tiersen, trilha sonora do Amelie Poulain, que é um delírio visual e a estória também delirante, a direção de arte é totalmente conceitual, lembro do apto dela que é todo em tons vermelhos e aquele apto do velhinho que pintava todos os anos o mesmo quadro do Renoir e que era frágil, de vidro, e o apto da senhora das cartas e estou ouvindo depois de muito tempo, enquanto mexo em algumas fotos e nessa a idéia era a torrezinha entre os prédios grandes e nem tinha notado nos homens no andaime pintando, Blow up total, é bom quando acontece isso




computador se recusa a salvar fotos das casas por ai pela cidade pelas ruas bairros em que vou andando e desejando e porque não consigo ficar relaxada em mesas de bares restaurantes me sinto desconfortável talvez porque tenha a obrigação de falar coisas interessantes engraçadas leves e não sai nada fico calada não consigo conversar fazer um curso a arte da conversação deve existir se estivesse em mil oitocentos e qualquer coisa e tivesse que frequentar salões chás festas estava ferrada

palestra do Wisnick sobre Machado de Assis e o Rio, Elisiário, fulgor de uma promessa, extraordinário, criadores de uma criação desencontrada com a criação, Eliziário detém a chave do Rio de Janeiro, palimpsesto, Pestana, dizem à bocas vadias, puro gozo da cidade, desvãos pelos quais a cidade se deixa ver, Machado de Assis paisagista Roger Bastide, Teorias da Alma, Machado como escritor urbano, entranhar a paisagem no próprio personagem, nos decotes, nos cabelos, mulheres paisagem, olhos de ressaca de Capitú, alucinante presença de uma ausência, atmosfera que permeia o texto, baforada de ar iodado, a cidade fala, o que é palimpsesto mesmo?

quarta-feira, maio 19, 2010

imagem bucólica, parece Tarsila do Amaral , anos 30, o barquinho já está quase saindo de quadro...

nada dá para ver muito bem, nem os azulejos, nem a escada ou as grades deco, e o elevador onde as duas grades tem que ser puxadas, na subida já fui reparando encantada, fotografei rapidamente enquanto o corretor me esperava.

ruas do centro com prédios antigos misturados ao caos



edifício construído por ingleses, segundo um morador, tem até pátio interno, lindo, numa rua do centro

as janelas...

portaozinho de entrada de uma casa que vi, toda detonada e linda, com uma janela acompanhando o leve arredondado da parede.