Tiro fotos do entardecer azul quase preto mas depois não gosto, acho que ficou banal. Ao vivo sempre parece incrivel. Miranda insiste em ficar embaixo da cama, ao invés de vir para cima, onde é mais seguro; acontece o inevitavel, Leonora entra e vai direto pra cima dela, e fica aquela miação. Tenho que ser enérgica com ela, e me da pena; jogo agua, vassouradas. Stress, todo dia isso, e eu achando que com o tempo fosse melhorar... Tento não ligar muito, mas é dificil.
Heisenberg conta os deliciosos passeios com Bohr, pela Ilha de Seeland, na Dinamarca, ou seus proprios passeios pelas montanhas alemãs, ou uma caminhada com Einstein, acompanhando-o à sua casa em Berlim. Década de 20, e as discussões sobre a fisica e a mecanica quantica que estavam ainda sendo formuladas ... Tudo muito vivo e fresco. E gosto também das descrições dos lugares, florestas, lagos, o castelo de Helsingor, o sol se pondo, praia; penso se ainda são assim. A impressão de que era facil fazer essas caminhadas, chegar nesses lugares. Ja aqui...aonde? lembro agora de Santiago, uma vez em que subimos e subimos um dos morros da Cordilheira dos Andes, que cerca a cidade... algo proximo. Em comparação, as descrições das pequenas cidades na India no livro sobre Buda são de dar pena: abandono, sujeira, pobreza. Outro dia vi os carros no aterro e so essa visão rapida me deu saudade dessa sensação de quando viajamos e pegamos a estrada, de amplidão e de liberdade e de espaço e de tempo.
domingo, julho 31, 2011
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