sexta-feira, junho 28, 2013

fui ver se o jornal tinha chegado fred e miranda vão atrás de mim miranda paradinha no topo da escada a cabeça perguntando ai, a idéía não era essa passear mas vamos dar uma voltinha então agora passo os dias dando voltinhas no condomínio mas é sempre bom no fundo
eles brincam e correm e dão voltas malucas resolvo pegar duas tangerinas da tangerineira que está lá no fundo pequenininhas

sábado, junho 15, 2013




formigas pequenininhas andam pela cama, um atalho não sei de onde pra onde e porque
ondas
quero
mudar os móveis de lugar
e de repente relaxei e as pressões sumiram de mim e trabalhei que nem uma "louca", criei criei
a louca da casa
saí meio até ansiosa por algo mas quando cheguei aqui e está sendo tão tranquilo e bom como escrever isso de uma maneira menos prosaica
a tarde
reflexos de plantas na janela do laptop
e esqueci os livros os filmes
muitas muitas coisas acontecendo, ou não

quarta-feira, junho 05, 2013

olhando milhares de cds com milhares de pastas e de fotos dentro das pastas de gatos panda bubu lindos maravilhosos juntinhos separados dimitri xantipa especial! como vivíamos a vida dos gatos com gatos tudo misturado e não sei onde estava a minha vida era isso e era bom também porque tinha medo de olhar pra essas fotos e ser desagradável mas agora consigo olhar e...pronto, só gostar e integrar, palavra do fernando. e tem fotos no chão que estavam na frasqueira que estava na vitrine e que não sei onde foi parar, coisas, sacos de pão sem pão para escrever o código na promoção, risos, lembra aquele filme com o adam sandler e emily ...enfim vontade de passar muito tempo só com isso aqui, tenho que conseguir novas férias.

sábado, maio 25, 2013


quinta-feria o mau-humor absurdo se instalou forte e apesar de ótima toda a sessão catártica no bar  foi meio enlouquecida também e na sexta ainda haviam restos no acordar meio estranho `a princípio sem saber porque tinha que acordar ( alguma coisa...) e aos poucos a lembrança da aula no Mar que foi meio desajeitada e a vista saturada lá de cima e o casario detonado muitos contrastes e tudo meio apertado, dentro e fora e depois comi muito arroz e feijão que me deixa pesada porque não consigo saber o que comer nesses lugares tão pouco apetitosos e vou no básico e tudo tão desconectado e muita frustração e só a luta em torno disso
sair disso rachar a cabeça pensando
desconforto
dormi de tarde com o rosto voltado pro sol sentada na cadeira na varanda
depois a saída com fred e as garotas chatas
clara schumann
o surto hoje repentinamente
vergonha
e o moço na praça caiu também de repente estava andando
cena rápida, como todas

quinta-feira, maio 23, 2013

não sei o que acontece enjôo das fotos `as vezes ou até acho cafonas. enjôo de qualquer foto apesar de já ter adorado achado fantásticas incríveis fotos que se vê em livros de fotógrafos e as minhas também. implicâncias inventadas. ao mesmo tempo passei por um período de adorar esse mosaico mas agora reduzindo que nem em cozimento de molho. saturada, aqui.
um quase sentimento de rejeição. sensação de nunca estar lá, sei que o processo blá blá blá.
apesar disso o dia deu certo, rs. final desandou.

segunda-feira, maio 20, 2013



tenho que expor de novo essa foto porque descubro-a agora pedro escuta algum quarteto do beethoven que é até interessante geralmente ele tende ao bombástico meio pomposo sei lá e esqueci as fotos na travessa e vou ter que ir lá de manhã buscar e pedir aulas `a juliana de como não ter mau-humor  e consegui hoje fazer o depósito e os sapatos no sapateiro onde a sapateira quase riu quando os viu os sapatos que ficaram tanto tempo guardados e que não dariam mais para nada e a família do pamuk com aquele sentimento enorme de família que não sei o que é e talvez nem goste parece meio antigo mas pelo menos reencontrei o quadro do calder o que nem acreditava mais e dei voltas duas vezes o mesmo caminho o começo e para nada e queria comprar abobrinha e leite e não deu e as fotos esqueci as fotos esqueci e isso me surpreende até agora como quando entro lá dentro esqueço de mim preocupada se isso ou aquilo   ...

terça-feira, maio 14, 2013








magycal mystery tour
de repente baixou a percepção da ansiedade com a aula da luiza e como depois no dia seguinte dá uma baixa uma rallentada e por isso sempre muitas fotos apesar de olhar e olhar várias vezes as seleções

percebi. consegui "sair"

sblunfs
uma mulher fala com a Paloma no celular Paloma Paloma aos berros
o ipod é essencial na selva urbana
o inferno blá blá blá
um grupo fotografa a mesma casa do mesmo ângulo no Guimarães cena estranha
o motorista do táxi me conta a vida a infãncia em Miracema regando a horta aguando como ele disse a mãe morre cedo ele tem 11 anos é criado pela avó de dia e `a noite dorme com o pai foi o que entendi 5 irmãos vende verduras dessa horta do pai aos 14? e nunca mais pára de trabalhar aeronáutica bancário por 23 anos agora pagando o táxi alguns erros que não entendi com pagamentos e onde será que ele mora e como se chama não sei e o papo surgiu depois de dizer a ele que adorava ficar em casa e cuidar da horta etc indo pra aula levando um monte de fotos que tinham ficado escuras, atrasada
e ele trabalha de segunda `a domingo
filminho
outro dia dança das cabeças inteiro em minha viagem até o Nilton, com milhões de estudantes entrando no ônibus, surreal parado "horas" e depois caminhada por aquelas bandas outros planetas final da mem de sá ainda é lapa será rua de sant'anna
ferreira colocou o mesmo disco milhões de vezes enlouquecedor

domingo, maio 12, 2013

saí para tirar fotos que tinha pensado mas tirei outras que não tinha pensado e que ficaram muito melhores
fred sobe em cima da parede do box enquanto tomo banho e fica lá, deitado, olhando
adora água
e acompanha tudo, quando rego as plantas, lavo a louça, varro a casa
vida observada

domingo, abril 28, 2013







quebra cabeça

quando comecei a prestar atenção nessa casa e vi que nunca havia ninguém e que ela estava sempre fechada
essa casa que é uma fatia de bolo
e que fica ao lado da casa do terapeuta holístico que apesar do cãncer parece tranquilo
e que deu em cima de mim como uma coisa normal
miranda sumiu e a casa dele é compriiida
essa casinha dos funcionários mas que é um depósito também ou só
a casa 20 que eu vi e era muito bonitinha com sua sala de pedra e cozinha clara e hortinha e que não sei o que virou e as pessoas que mudaram na mesma época que eu já se foram e venderam para outras pessoas que estão dando uma festa hoje e já vi alguns dos convidados
um mosquito muito grande voa por aqui ou não será um mosquito muito grande e sim outro bicho que não conheço e insetos não são bichos mas são
e a casa do arnoldo fantasmagórica minha preferida
quando não estou feliz é porque estou usando muito o lado esquerdo do cérebro?
vontade de doce
fazer sanduíches sempre


tédio

livros jogados na cama vários interminados não terminados no meio
abro o cioran e ele fala de melancolia. não.
um bicho inseto enorme do lado de dentro da porta levei um susto a máquina está na sala
sensação de tudo errado em mim mesma que saco. tentar ler algum outro
adorei crônicas de jerusalém quadrinhos aconchegantes apesar do tema queria ele aqui pertinho
infância de jesus do coetzee estava ótimo interessante misterioso mas ficou um pouquinho chato
três imperadores parei
marie ndiaye parecia bom mas não vai `a lugar nenhum parece
projeto de reler sobre heróis e tumbas...
sei lá
devia ter comprado farinha para fazer um bolo ia ser bom

terça-feira, abril 23, 2013




BRIONI

Os cervos são borboletas
as borboletas são peixes
os peixes são claridade
a claridade é morte
a morte é laranja
a laranja é vulcão
o vulcão é feno
o feno é elefante
o elefante é afogamento
o afogamento é riso
o riso é montanha
a montanha é anel
o anel é solidão
a solidão é areia
a areia é roda
a roda é terremoto
o terremoto é cílios
os cílios são cascata
a cascata é bigorna
a bigorna é lembranças
as lembranças são vermelho
o vermelho é chicote
o chicote é fim
o fim é mel
o mel é nuvem
a nuvem é o infinito
o infinito é infinito

DE REPENTE

1
e a noite tão veloz
nas ramagens agitadas
e a garotinha
de repente em sonho tão veloz
e os galhos os galhos os galhos

2
ela corre ela corre
mas a sombra não quer em todas as rajadas
nem as folhas
nem suas mãos nem a maravilha
nem seus olhos leves

3

então lentamente
ela andou sobre o riso
sobre a riba
assustou-se diante de suas mãos
e disse para si oh bem baixinho

4

tanto tempo
ela correu sobre as folhagens
que se tornou
turbilhão em torno de seus dedos
e floresta para cada peixe


RADOVAN IVSIC

segunda-feira, abril 22, 2013

gambá roubou o queijo parmesão
e o outro acabou tão cedo! problemas queijísticos
na cama penso minha cabeça é pequena lembro das figuras do giacometti, andando, a cabecinha lá
em cima
pedro sai do banheiro teto caindo
não sei para quê os dias
estou voyeur das casas

terça-feira, abril 16, 2013




o  rosa da porta cansei
meus personagens syd os primos cioran  see-saw saucerful of secrets
deitamos no chão de pedra eu e fred cada um do seu jeito as nuvens bichinhos um pedaço de lua as tomadas de cima que vou fazer e foi quase mágico será que os gatos percebem a lua
casa do arnoldo casa 20 pedra do fundo o céu com a årvore
só miranda sumiu mas isso vive acontecendo
como como como resolver

segunda-feira, abril 15, 2013

nos cumes do desespero, cioran

Ser lírico

Porque não podemos permanecer encerrados em nós mesmos? Porque insistimos em correr atrás da expressão e da forma, no intuito de nos esvaziar de conteúdo e sistematizar um processo caótico e rebelde? Não seria mais fecundo entregarmo-nos a nossa fluidez interior, sem desejo de objetivar, apenas sorvendo, voluptuosos, todas as nossas ebulições e agitações întimas? Viveríamos, assim, numa intensidade infinitamente fértil, todo aquele crescimento interior que as experiências espirituais dilatam até a plenitude. Vivências múltiplas e diferenciadas se fundiriam para engendrar as mais fecundas efervescências. Uma sensação de atualidade, de presença complexa dos conteúdos anímicos surge como resultado desse crescimento, comparável a uma elevação das ondas ou a um paroxismo musical. Ser cheio de si, não no sentido de orgulho, mas no de riqueza, ser atormentado por uma infinidade interna, que acabamos sentindo que morremos por causa da vida. E´tão raro e estranho esse sentimento, que deveríamos vivenciá-lo aos berros. Sinto como se devesse morrer por causa da vida e me pergunto se teria sentido buscar uma explicação. Quando todo o passado da alma palpita dentro de nós num momento de imensa tensão, quando uma presença total atualiza as experiências aprisionadas e quando um ritmo perde seu equilíbrio e uniformidade, a morte nos arranca dos cumes da vida sem que conheçamos diante dela aquele horror que acompanha a atordoadora obsessão da morte. É um sentimento análogo `aquele dos amantes nos cumes da felicidade, diante dos quais surge, passageira mas intensa, a imagem da morte, ou aos acessos de incerteza, quando, junto com o nascimento do amor, emerge o pressentimento do final ou do abandono.
...

domingo, abril 14, 2013

essa cômoda branca do quarto
essa cômoda do quarto branca
tão cara de cômoda de quarto

teve uma hora que achei tudo isso vivopiscando extensões minhas a bolsa de listras fortes e a de pano que era da Alice e queria até saber dela que sumiu
mochila pebê que gosto e não
tudo gosto e não porque possibilidades e também coisa parada esperando
quero preciso aprender como melhorar o tomateiro
sobre o louro que guarda como
sobre freud
formas classificações
talvez não queira mesmo e acho só que quero
e a biografia da claire dunne sobre jung e as casas de madeira na beira do Bósforo queimando
e eu meio perdida tentando achar entender mas não
e sim

quarta-feira, abril 03, 2013


o monge beneditino diz para encontrar força nas brincadeiras que se fazia quando criança de onde obtinha a minha força quando criança?se bem que não nos fazíamos essa pergunta em que lugar a minha energia fluía mais? de que brincava por horas sem me cansar? escrevia tocava piano e nunca mais consegui que o meu piano ficasse bom meses e meses tentando consertar brincava com bonecas de papel que quando rasgavam eu gardava na gaveta esperando que consertassem que chegaria um momento em que elas seriam consertadas com alguma  medicina de bonecas de papel moderna tocava piano naquele corredor entre os quartos ou na sala de baixo e também na guillobel como se tivesse roído alguma coisa dessas lembranças e lia estórias pro pedro e pro andré quando ele dormia lá será que eles lembram e lia aqueles livrinhos da ediouro meninos da rua paulo desastres de sofia a bolsa amarela diário de verônica monteiro lobato
amanhã acordar mais cedo, uma hora só









enquanto descia um pedacinho de piscina que dá pra ver embaixo, entre folhas verdes, as duas primeiras casas e suas janelas envelhecidas principalmente a segunda - onde mora uma senhora que quase nunca sai e a filha gordinha que gosta de cerveja e elas pegam o carrinho só para atravessar o túnel e a outra casa que está em obras e dá para ver aqui de cima também, meio escondida, será que fica bom isso? e a casa que era dos funcionários e virou um depósito, uma foto plongé, e as tantas árvores mas isso não sei







comprei um sapato mas não sei se gosto dele e nem se é feio ou bonito. há dois dias olho pra ele sem reconhecer quem ele é, afinal, se meu ou de uma pessoa que eu achei que talvez fosse mas que não sou.
dúvidas. tinha acabado de ler sobre as casas incendiadas no Istambul - aliás, que livro melancólico! e  acontece o incêndio da Caçula.  acho que foi na mesma noite. talvez por isso tenha me incomodado tanto? não consegui passar em frente, outro dia estava por ali e evitei.