sábado, maio 25, 2013


quinta-feria o mau-humor absurdo se instalou forte e apesar de ótima toda a sessão catártica no bar  foi meio enlouquecida também e na sexta ainda haviam restos no acordar meio estranho `a princípio sem saber porque tinha que acordar ( alguma coisa...) e aos poucos a lembrança da aula no Mar que foi meio desajeitada e a vista saturada lá de cima e o casario detonado muitos contrastes e tudo meio apertado, dentro e fora e depois comi muito arroz e feijão que me deixa pesada porque não consigo saber o que comer nesses lugares tão pouco apetitosos e vou no básico e tudo tão desconectado e muita frustração e só a luta em torno disso
sair disso rachar a cabeça pensando
desconforto
dormi de tarde com o rosto voltado pro sol sentada na cadeira na varanda
depois a saída com fred e as garotas chatas
clara schumann
o surto hoje repentinamente
vergonha
e o moço na praça caiu também de repente estava andando
cena rápida, como todas

quinta-feira, maio 23, 2013

não sei o que acontece enjôo das fotos `as vezes ou até acho cafonas. enjôo de qualquer foto apesar de já ter adorado achado fantásticas incríveis fotos que se vê em livros de fotógrafos e as minhas também. implicâncias inventadas. ao mesmo tempo passei por um período de adorar esse mosaico mas agora reduzindo que nem em cozimento de molho. saturada, aqui.
um quase sentimento de rejeição. sensação de nunca estar lá, sei que o processo blá blá blá.
apesar disso o dia deu certo, rs. final desandou.

segunda-feira, maio 20, 2013



tenho que expor de novo essa foto porque descubro-a agora pedro escuta algum quarteto do beethoven que é até interessante geralmente ele tende ao bombástico meio pomposo sei lá e esqueci as fotos na travessa e vou ter que ir lá de manhã buscar e pedir aulas `a juliana de como não ter mau-humor  e consegui hoje fazer o depósito e os sapatos no sapateiro onde a sapateira quase riu quando os viu os sapatos que ficaram tanto tempo guardados e que não dariam mais para nada e a família do pamuk com aquele sentimento enorme de família que não sei o que é e talvez nem goste parece meio antigo mas pelo menos reencontrei o quadro do calder o que nem acreditava mais e dei voltas duas vezes o mesmo caminho o começo e para nada e queria comprar abobrinha e leite e não deu e as fotos esqueci as fotos esqueci e isso me surpreende até agora como quando entro lá dentro esqueço de mim preocupada se isso ou aquilo   ...

terça-feira, maio 14, 2013








magycal mystery tour
de repente baixou a percepção da ansiedade com a aula da luiza e como depois no dia seguinte dá uma baixa uma rallentada e por isso sempre muitas fotos apesar de olhar e olhar várias vezes as seleções

percebi. consegui "sair"

sblunfs
uma mulher fala com a Paloma no celular Paloma Paloma aos berros
o ipod é essencial na selva urbana
o inferno blá blá blá
um grupo fotografa a mesma casa do mesmo ângulo no Guimarães cena estranha
o motorista do táxi me conta a vida a infãncia em Miracema regando a horta aguando como ele disse a mãe morre cedo ele tem 11 anos é criado pela avó de dia e `a noite dorme com o pai foi o que entendi 5 irmãos vende verduras dessa horta do pai aos 14? e nunca mais pára de trabalhar aeronáutica bancário por 23 anos agora pagando o táxi alguns erros que não entendi com pagamentos e onde será que ele mora e como se chama não sei e o papo surgiu depois de dizer a ele que adorava ficar em casa e cuidar da horta etc indo pra aula levando um monte de fotos que tinham ficado escuras, atrasada
e ele trabalha de segunda `a domingo
filminho
outro dia dança das cabeças inteiro em minha viagem até o Nilton, com milhões de estudantes entrando no ônibus, surreal parado "horas" e depois caminhada por aquelas bandas outros planetas final da mem de sá ainda é lapa será rua de sant'anna
ferreira colocou o mesmo disco milhões de vezes enlouquecedor

domingo, maio 12, 2013

saí para tirar fotos que tinha pensado mas tirei outras que não tinha pensado e que ficaram muito melhores
fred sobe em cima da parede do box enquanto tomo banho e fica lá, deitado, olhando
adora água
e acompanha tudo, quando rego as plantas, lavo a louça, varro a casa
vida observada

domingo, abril 28, 2013







quebra cabeça

quando comecei a prestar atenção nessa casa e vi que nunca havia ninguém e que ela estava sempre fechada
essa casa que é uma fatia de bolo
e que fica ao lado da casa do terapeuta holístico que apesar do cãncer parece tranquilo
e que deu em cima de mim como uma coisa normal
miranda sumiu e a casa dele é compriiida
essa casinha dos funcionários mas que é um depósito também ou só
a casa 20 que eu vi e era muito bonitinha com sua sala de pedra e cozinha clara e hortinha e que não sei o que virou e as pessoas que mudaram na mesma época que eu já se foram e venderam para outras pessoas que estão dando uma festa hoje e já vi alguns dos convidados
um mosquito muito grande voa por aqui ou não será um mosquito muito grande e sim outro bicho que não conheço e insetos não são bichos mas são
e a casa do arnoldo fantasmagórica minha preferida
quando não estou feliz é porque estou usando muito o lado esquerdo do cérebro?
vontade de doce
fazer sanduíches sempre


tédio

livros jogados na cama vários interminados não terminados no meio
abro o cioran e ele fala de melancolia. não.
um bicho inseto enorme do lado de dentro da porta levei um susto a máquina está na sala
sensação de tudo errado em mim mesma que saco. tentar ler algum outro
adorei crônicas de jerusalém quadrinhos aconchegantes apesar do tema queria ele aqui pertinho
infância de jesus do coetzee estava ótimo interessante misterioso mas ficou um pouquinho chato
três imperadores parei
marie ndiaye parecia bom mas não vai `a lugar nenhum parece
projeto de reler sobre heróis e tumbas...
sei lá
devia ter comprado farinha para fazer um bolo ia ser bom

terça-feira, abril 23, 2013




BRIONI

Os cervos são borboletas
as borboletas são peixes
os peixes são claridade
a claridade é morte
a morte é laranja
a laranja é vulcão
o vulcão é feno
o feno é elefante
o elefante é afogamento
o afogamento é riso
o riso é montanha
a montanha é anel
o anel é solidão
a solidão é areia
a areia é roda
a roda é terremoto
o terremoto é cílios
os cílios são cascata
a cascata é bigorna
a bigorna é lembranças
as lembranças são vermelho
o vermelho é chicote
o chicote é fim
o fim é mel
o mel é nuvem
a nuvem é o infinito
o infinito é infinito

DE REPENTE

1
e a noite tão veloz
nas ramagens agitadas
e a garotinha
de repente em sonho tão veloz
e os galhos os galhos os galhos

2
ela corre ela corre
mas a sombra não quer em todas as rajadas
nem as folhas
nem suas mãos nem a maravilha
nem seus olhos leves

3

então lentamente
ela andou sobre o riso
sobre a riba
assustou-se diante de suas mãos
e disse para si oh bem baixinho

4

tanto tempo
ela correu sobre as folhagens
que se tornou
turbilhão em torno de seus dedos
e floresta para cada peixe


RADOVAN IVSIC

segunda-feira, abril 22, 2013

gambá roubou o queijo parmesão
e o outro acabou tão cedo! problemas queijísticos
na cama penso minha cabeça é pequena lembro das figuras do giacometti, andando, a cabecinha lá
em cima
pedro sai do banheiro teto caindo
não sei para quê os dias
estou voyeur das casas

terça-feira, abril 16, 2013




o  rosa da porta cansei
meus personagens syd os primos cioran  see-saw saucerful of secrets
deitamos no chão de pedra eu e fred cada um do seu jeito as nuvens bichinhos um pedaço de lua as tomadas de cima que vou fazer e foi quase mágico será que os gatos percebem a lua
casa do arnoldo casa 20 pedra do fundo o céu com a årvore
só miranda sumiu mas isso vive acontecendo
como como como resolver

segunda-feira, abril 15, 2013

nos cumes do desespero, cioran

Ser lírico

Porque não podemos permanecer encerrados em nós mesmos? Porque insistimos em correr atrás da expressão e da forma, no intuito de nos esvaziar de conteúdo e sistematizar um processo caótico e rebelde? Não seria mais fecundo entregarmo-nos a nossa fluidez interior, sem desejo de objetivar, apenas sorvendo, voluptuosos, todas as nossas ebulições e agitações întimas? Viveríamos, assim, numa intensidade infinitamente fértil, todo aquele crescimento interior que as experiências espirituais dilatam até a plenitude. Vivências múltiplas e diferenciadas se fundiriam para engendrar as mais fecundas efervescências. Uma sensação de atualidade, de presença complexa dos conteúdos anímicos surge como resultado desse crescimento, comparável a uma elevação das ondas ou a um paroxismo musical. Ser cheio de si, não no sentido de orgulho, mas no de riqueza, ser atormentado por uma infinidade interna, que acabamos sentindo que morremos por causa da vida. E´tão raro e estranho esse sentimento, que deveríamos vivenciá-lo aos berros. Sinto como se devesse morrer por causa da vida e me pergunto se teria sentido buscar uma explicação. Quando todo o passado da alma palpita dentro de nós num momento de imensa tensão, quando uma presença total atualiza as experiências aprisionadas e quando um ritmo perde seu equilíbrio e uniformidade, a morte nos arranca dos cumes da vida sem que conheçamos diante dela aquele horror que acompanha a atordoadora obsessão da morte. É um sentimento análogo `aquele dos amantes nos cumes da felicidade, diante dos quais surge, passageira mas intensa, a imagem da morte, ou aos acessos de incerteza, quando, junto com o nascimento do amor, emerge o pressentimento do final ou do abandono.
...

domingo, abril 14, 2013

essa cômoda branca do quarto
essa cômoda do quarto branca
tão cara de cômoda de quarto

teve uma hora que achei tudo isso vivopiscando extensões minhas a bolsa de listras fortes e a de pano que era da Alice e queria até saber dela que sumiu
mochila pebê que gosto e não
tudo gosto e não porque possibilidades e também coisa parada esperando
quero preciso aprender como melhorar o tomateiro
sobre o louro que guarda como
sobre freud
formas classificações
talvez não queira mesmo e acho só que quero
e a biografia da claire dunne sobre jung e as casas de madeira na beira do Bósforo queimando
e eu meio perdida tentando achar entender mas não
e sim

quarta-feira, abril 03, 2013


o monge beneditino diz para encontrar força nas brincadeiras que se fazia quando criança de onde obtinha a minha força quando criança?se bem que não nos fazíamos essa pergunta em que lugar a minha energia fluía mais? de que brincava por horas sem me cansar? escrevia tocava piano e nunca mais consegui que o meu piano ficasse bom meses e meses tentando consertar brincava com bonecas de papel que quando rasgavam eu gardava na gaveta esperando que consertassem que chegaria um momento em que elas seriam consertadas com alguma  medicina de bonecas de papel moderna tocava piano naquele corredor entre os quartos ou na sala de baixo e também na guillobel como se tivesse roído alguma coisa dessas lembranças e lia estórias pro pedro e pro andré quando ele dormia lá será que eles lembram e lia aqueles livrinhos da ediouro meninos da rua paulo desastres de sofia a bolsa amarela diário de verônica monteiro lobato
amanhã acordar mais cedo, uma hora só









enquanto descia um pedacinho de piscina que dá pra ver embaixo, entre folhas verdes, as duas primeiras casas e suas janelas envelhecidas principalmente a segunda - onde mora uma senhora que quase nunca sai e a filha gordinha que gosta de cerveja e elas pegam o carrinho só para atravessar o túnel e a outra casa que está em obras e dá para ver aqui de cima também, meio escondida, será que fica bom isso? e a casa que era dos funcionários e virou um depósito, uma foto plongé, e as tantas árvores mas isso não sei







comprei um sapato mas não sei se gosto dele e nem se é feio ou bonito. há dois dias olho pra ele sem reconhecer quem ele é, afinal, se meu ou de uma pessoa que eu achei que talvez fosse mas que não sou.
dúvidas. tinha acabado de ler sobre as casas incendiadas no Istambul - aliás, que livro melancólico! e  acontece o incêndio da Caçula.  acho que foi na mesma noite. talvez por isso tenha me incomodado tanto? não consegui passar em frente, outro dia estava por ali e evitei.

quinta-feira, março 28, 2013

domingo, março 24, 2013

escutando paintbox ou julia`s dreams e virou uma minha estorinha embora eu não saiba a estorinha verdadeira da musica e vontade de saber mais sobre eles talvez tenha algum livro. pesquisar amanhã. tentar só procurar o "bom". começou tudo de novo pink moom is on his face. fiz uma massa de pão. e quando as coisas são todas meio desencaixadas e procuro então voltar `a "eu" e tudo bem mas de manhã estava questionando isso. ufa! tão cansativo.
como se tivesse algo certo.
já sei:  a sensação de que as escolhas são sempre erradas
outras vezes o contrário,  tudo é possível ao infinito

a ponte está sumindo num branco gelo
chuva que não pára domingo lento gatos encolhidinhos eu encolhidinha mas não está muito bom não. o que é bom também não sei. precisando de luz na casa. as bolinhas de luz nos morros se juntando e lembram trabalhos bordados círculos caucasianos. lembrança das casas, as impossibilidades,  pode ser o nome. av. são sebastião o terraço para onde nosso apartamento dava e a gente via o quarto grande que era também a sala, e os quartos embaixo, lembro vagamente de um natal com tias, escuro, o que eu lembro exatamente não é nada, só uma imagem. acordar e não conseguir abrir o olho. eu e André éramos "namorados" e eu tinha 5 anos talvez. talvez eu ache o endereço certo em algum lugar. uma nuvem cinza e grande. sei lá. meu I-Ching sumiu. aquele livro sério com capa azul profundo. agora... emprestei, talvez.? olho os cantos da casa tantos cantos ou poucos na verdade a estante várias vezes afasto o sofá dentro do armário cômoda branca que já não é.

sábado, março 23, 2013

verão de 1942

"Não havia absolutamente nenhuma razão para levantar de manhã. Meu estúdio ficava no último andar de um prediozinho de três andares na Ninth Street, com uma clarabóia no teto, uma cama grande no canto e um telefone no chão. Nenhum outro móvel - nem um relógio. A luz me acordava. Eu não sabia as horas e não estava especialmente interessado. Meu dinheiro se limitava a uma moeda de cinco centavos. Eu não ia me mexer enquanto o telefone não tocasse e alguém sugerisse algo como um almoço, um trabalho ou pelo menos um empréstimo. O telefone se recusava a tocar, mas minha barriga gritava. Entendi que qualquer tentativa de dormir seria inútil.
Rolei na cama e vi que a senhoria tinha enfiado três cartas por baixo da porta. Durante as últimas semanas, minha única correspondência era da companhia telefônica ou da companhia elétrica, então o mistério da terceira carta me tirou da cama.
Claro, uma das cartas era da Consolidated Edison. A segunda era do Departamento de Justiça, informando que eu, Robert Capa, ex-húngaro, no momento sem nacionalidade definida, passava a ser classificado como estrangeiro potencialmente inimigo e como tal deveria entregar minhas câmeras, binóculos e armas de fogo e teria de solicitar uma permissão especial para qualquer viagem que me levasse a mais de quinze quilômetros de Nova York. A terceira carta era do editor da revista Colliers. Ele dizia que, depois de analisar durante dois meses meu portfólio, a Colliers chegara `a súbita conclusão de que eu era um grande fotógrafo de guerra e que seria uma grande satisfação me contratar para um trabalho especial, que havia sido feita uma reserva para mim em um navio que partiria para a Inglaterra dentro de 48 horas e que anexo estava um cheque de 1500 dólares de adiantamento....
...Sugeri almoçarmos.
Fomos ao Carlton e tivemos de tomar muitos dry martinis antes de conseguir uma mesa. Meu companheiro se animou consideravelmente e comecei `a sentir que, além da Colliers, o adido e o Império Britânico teriam de me aguentar. Quando enfim conseguimos uma mesa, peguei o menu e pedi uma dúzia de ostras Blue Points para cada um, como entrada. Ora, cinco anos antes, eu havia investido pesadamente em minha educação etílica e me lembrava de que, em toda história de mistério inglesa onde lorde Peter Wimsey tinha alguma coisa a dizer, ostras eram acompanhadas por aquele maravilhoso borgonha branco chamado Montrachet. O Montrachet 1921 estava no fim da lista e era bem caro. Foi uma escolha feliz. Meu companheiro me disse que, quinze anos antes, quando fora passar a lua de mel na França, impressionara sua noiva com aquele mesmo vinho, de forma que ao terminar a garrafa estávamos falando de nosso amor pela França - e pelo Montrachet. Durante a segunda garrafa, concordamos que sentíamos com igual força que era preciso arrancar os alemães de la belle France ..."
(Robert capa,  Ligeiramente fora de foco, CosacNaify)
Lembra papai, que certamente participaria de um almoço assim.

domingo, março 17, 2013


escurece foto da portaria ficou classuda embora falte uma presença. muita tristeza por causa da Mirequinha espero espero muito que ela volte mas como saber de um gato? outro dia falando disso pro P. mas ele não entendeu incrivel isso talvez não seja muito sensível e também não escuta muito o outro,
blálálá incrível são quase sete da noite e já está muito escuro. ia escrever minhas memórias mas elas só aparecem na minha cabeça em outros momentos longe da escrita. mas agora sinto tudo tão descontinuado sem ligação que nem sei. esscrevo errado todas as horas ainda não me acostumei com o novo teclado.