terça-feira, maio 14, 2013







magycal mystery tour
de repente baixou a percepção da ansiedade com a aula da luiza e como depois no dia seguinte dá uma baixa uma rallentada e por isso sempre muitas fotos apesar de olhar e olhar várias vezes as seleções

percebi. consegui "sair"

sblunfs
uma mulher fala com a Paloma no celular Paloma Paloma aos berros
o ipod é essencial na selva urbana
o inferno blá blá blá
um grupo fotografa a mesma casa do mesmo ângulo no Guimarães cena estranha
o motorista do táxi me conta a vida a infãncia em Miracema regando a horta aguando como ele disse a mãe morre cedo ele tem 11 anos é criado pela avó de dia e `a noite dorme com o pai foi o que entendi 5 irmãos vende verduras dessa horta do pai aos 14? e nunca mais pára de trabalhar aeronáutica bancário por 23 anos agora pagando o táxi alguns erros que não entendi com pagamentos e onde será que ele mora e como se chama não sei e o papo surgiu depois de dizer a ele que adorava ficar em casa e cuidar da horta etc indo pra aula levando um monte de fotos que tinham ficado escuras, atrasada
e ele trabalha de segunda `a domingo
filminho
outro dia dança das cabeças inteiro em minha viagem até o Nilton, com milhões de estudantes entrando no ônibus, surreal parado "horas" e depois caminhada por aquelas bandas outros planetas final da mem de sá ainda é lapa será rua de sant'anna
ferreira colocou o mesmo disco milhões de vezes enlouquecedor

domingo, maio 12, 2013

saí para tirar fotos que tinha pensado mas tirei outras que não tinha pensado e que ficaram muito melhores
fred sobe em cima da parede do box enquanto tomo banho e fica lá, deitado, olhando
adora água
e acompanha tudo, quando rego as plantas, lavo a louça, varro a casa
vida observada

domingo, abril 28, 2013







quebra cabeça

quando comecei a prestar atenção nessa casa e vi que nunca havia ninguém e que ela estava sempre fechada
essa casa que é uma fatia de bolo
e que fica ao lado da casa do terapeuta holístico que apesar do cãncer parece tranquilo
e que deu em cima de mim como uma coisa normal
miranda sumiu e a casa dele é compriiida
essa casinha dos funcionários mas que é um depósito também ou só
a casa 20 que eu vi e era muito bonitinha com sua sala de pedra e cozinha clara e hortinha e que não sei o que virou e as pessoas que mudaram na mesma época que eu já se foram e venderam para outras pessoas que estão dando uma festa hoje e já vi alguns dos convidados
um mosquito muito grande voa por aqui ou não será um mosquito muito grande e sim outro bicho que não conheço e insetos não são bichos mas são
e a casa do arnoldo fantasmagórica minha preferida
quando não estou feliz é porque estou usando muito o lado esquerdo do cérebro?
vontade de doce
fazer sanduíches sempre


tédio

livros jogados na cama vários interminados não terminados no meio
abro o cioran e ele fala de melancolia. não.
um bicho inseto enorme do lado de dentro da porta levei um susto a máquina está na sala
sensação de tudo errado em mim mesma que saco. tentar ler algum outro
adorei crônicas de jerusalém quadrinhos aconchegantes apesar do tema queria ele aqui pertinho
infância de jesus do coetzee estava ótimo interessante misterioso mas ficou um pouquinho chato
três imperadores parei
marie ndiaye parecia bom mas não vai `a lugar nenhum parece
projeto de reler sobre heróis e tumbas...
sei lá
devia ter comprado farinha para fazer um bolo ia ser bom

terça-feira, abril 23, 2013




BRIONI

Os cervos são borboletas
as borboletas são peixes
os peixes são claridade
a claridade é morte
a morte é laranja
a laranja é vulcão
o vulcão é feno
o feno é elefante
o elefante é afogamento
o afogamento é riso
o riso é montanha
a montanha é anel
o anel é solidão
a solidão é areia
a areia é roda
a roda é terremoto
o terremoto é cílios
os cílios são cascata
a cascata é bigorna
a bigorna é lembranças
as lembranças são vermelho
o vermelho é chicote
o chicote é fim
o fim é mel
o mel é nuvem
a nuvem é o infinito
o infinito é infinito

DE REPENTE

1
e a noite tão veloz
nas ramagens agitadas
e a garotinha
de repente em sonho tão veloz
e os galhos os galhos os galhos

2
ela corre ela corre
mas a sombra não quer em todas as rajadas
nem as folhas
nem suas mãos nem a maravilha
nem seus olhos leves

3

então lentamente
ela andou sobre o riso
sobre a riba
assustou-se diante de suas mãos
e disse para si oh bem baixinho

4

tanto tempo
ela correu sobre as folhagens
que se tornou
turbilhão em torno de seus dedos
e floresta para cada peixe


RADOVAN IVSIC

segunda-feira, abril 22, 2013

gambá roubou o queijo parmesão
e o outro acabou tão cedo! problemas queijísticos
na cama penso minha cabeça é pequena lembro das figuras do giacometti, andando, a cabecinha lá
em cima
pedro sai do banheiro teto caindo
não sei para quê os dias
estou voyeur das casas

terça-feira, abril 16, 2013




o  rosa da porta cansei
meus personagens syd os primos cioran  see-saw saucerful of secrets
deitamos no chão de pedra eu e fred cada um do seu jeito as nuvens bichinhos um pedaço de lua as tomadas de cima que vou fazer e foi quase mágico será que os gatos percebem a lua
casa do arnoldo casa 20 pedra do fundo o céu com a årvore
só miranda sumiu mas isso vive acontecendo
como como como resolver

segunda-feira, abril 15, 2013

nos cumes do desespero, cioran

Ser lírico

Porque não podemos permanecer encerrados em nós mesmos? Porque insistimos em correr atrás da expressão e da forma, no intuito de nos esvaziar de conteúdo e sistematizar um processo caótico e rebelde? Não seria mais fecundo entregarmo-nos a nossa fluidez interior, sem desejo de objetivar, apenas sorvendo, voluptuosos, todas as nossas ebulições e agitações întimas? Viveríamos, assim, numa intensidade infinitamente fértil, todo aquele crescimento interior que as experiências espirituais dilatam até a plenitude. Vivências múltiplas e diferenciadas se fundiriam para engendrar as mais fecundas efervescências. Uma sensação de atualidade, de presença complexa dos conteúdos anímicos surge como resultado desse crescimento, comparável a uma elevação das ondas ou a um paroxismo musical. Ser cheio de si, não no sentido de orgulho, mas no de riqueza, ser atormentado por uma infinidade interna, que acabamos sentindo que morremos por causa da vida. E´tão raro e estranho esse sentimento, que deveríamos vivenciá-lo aos berros. Sinto como se devesse morrer por causa da vida e me pergunto se teria sentido buscar uma explicação. Quando todo o passado da alma palpita dentro de nós num momento de imensa tensão, quando uma presença total atualiza as experiências aprisionadas e quando um ritmo perde seu equilíbrio e uniformidade, a morte nos arranca dos cumes da vida sem que conheçamos diante dela aquele horror que acompanha a atordoadora obsessão da morte. É um sentimento análogo `aquele dos amantes nos cumes da felicidade, diante dos quais surge, passageira mas intensa, a imagem da morte, ou aos acessos de incerteza, quando, junto com o nascimento do amor, emerge o pressentimento do final ou do abandono.
...

domingo, abril 14, 2013

essa cômoda branca do quarto
essa cômoda do quarto branca
tão cara de cômoda de quarto

teve uma hora que achei tudo isso vivopiscando extensões minhas a bolsa de listras fortes e a de pano que era da Alice e queria até saber dela que sumiu
mochila pebê que gosto e não
tudo gosto e não porque possibilidades e também coisa parada esperando
quero preciso aprender como melhorar o tomateiro
sobre o louro que guarda como
sobre freud
formas classificações
talvez não queira mesmo e acho só que quero
e a biografia da claire dunne sobre jung e as casas de madeira na beira do Bósforo queimando
e eu meio perdida tentando achar entender mas não
e sim

quarta-feira, abril 03, 2013


o monge beneditino diz para encontrar força nas brincadeiras que se fazia quando criança de onde obtinha a minha força quando criança?se bem que não nos fazíamos essa pergunta em que lugar a minha energia fluía mais? de que brincava por horas sem me cansar? escrevia tocava piano e nunca mais consegui que o meu piano ficasse bom meses e meses tentando consertar brincava com bonecas de papel que quando rasgavam eu gardava na gaveta esperando que consertassem que chegaria um momento em que elas seriam consertadas com alguma  medicina de bonecas de papel moderna tocava piano naquele corredor entre os quartos ou na sala de baixo e também na guillobel como se tivesse roído alguma coisa dessas lembranças e lia estórias pro pedro e pro andré quando ele dormia lá será que eles lembram e lia aqueles livrinhos da ediouro meninos da rua paulo desastres de sofia a bolsa amarela diário de verônica monteiro lobato
amanhã acordar mais cedo, uma hora só









enquanto descia um pedacinho de piscina que dá pra ver embaixo, entre folhas verdes, as duas primeiras casas e suas janelas envelhecidas principalmente a segunda - onde mora uma senhora que quase nunca sai e a filha gordinha que gosta de cerveja e elas pegam o carrinho só para atravessar o túnel e a outra casa que está em obras e dá para ver aqui de cima também, meio escondida, será que fica bom isso? e a casa que era dos funcionários e virou um depósito, uma foto plongé, e as tantas árvores mas isso não sei







comprei um sapato mas não sei se gosto dele e nem se é feio ou bonito. há dois dias olho pra ele sem reconhecer quem ele é, afinal, se meu ou de uma pessoa que eu achei que talvez fosse mas que não sou.
dúvidas. tinha acabado de ler sobre as casas incendiadas no Istambul - aliás, que livro melancólico! e  acontece o incêndio da Caçula.  acho que foi na mesma noite. talvez por isso tenha me incomodado tanto? não consegui passar em frente, outro dia estava por ali e evitei.

quinta-feira, março 28, 2013

domingo, março 24, 2013

escutando paintbox ou julia`s dreams e virou uma minha estorinha embora eu não saiba a estorinha verdadeira da musica e vontade de saber mais sobre eles talvez tenha algum livro. pesquisar amanhã. tentar só procurar o "bom". começou tudo de novo pink moom is on his face. fiz uma massa de pão. e quando as coisas são todas meio desencaixadas e procuro então voltar `a "eu" e tudo bem mas de manhã estava questionando isso. ufa! tão cansativo.
como se tivesse algo certo.
já sei:  a sensação de que as escolhas são sempre erradas
outras vezes o contrário,  tudo é possível ao infinito

a ponte está sumindo num branco gelo
chuva que não pára domingo lento gatos encolhidinhos eu encolhidinha mas não está muito bom não. o que é bom também não sei. precisando de luz na casa. as bolinhas de luz nos morros se juntando e lembram trabalhos bordados círculos caucasianos. lembrança das casas, as impossibilidades,  pode ser o nome. av. são sebastião o terraço para onde nosso apartamento dava e a gente via o quarto grande que era também a sala, e os quartos embaixo, lembro vagamente de um natal com tias, escuro, o que eu lembro exatamente não é nada, só uma imagem. acordar e não conseguir abrir o olho. eu e André éramos "namorados" e eu tinha 5 anos talvez. talvez eu ache o endereço certo em algum lugar. uma nuvem cinza e grande. sei lá. meu I-Ching sumiu. aquele livro sério com capa azul profundo. agora... emprestei, talvez.? olho os cantos da casa tantos cantos ou poucos na verdade a estante várias vezes afasto o sofá dentro do armário cômoda branca que já não é.

sábado, março 23, 2013

verão de 1942

"Não havia absolutamente nenhuma razão para levantar de manhã. Meu estúdio ficava no último andar de um prediozinho de três andares na Ninth Street, com uma clarabóia no teto, uma cama grande no canto e um telefone no chão. Nenhum outro móvel - nem um relógio. A luz me acordava. Eu não sabia as horas e não estava especialmente interessado. Meu dinheiro se limitava a uma moeda de cinco centavos. Eu não ia me mexer enquanto o telefone não tocasse e alguém sugerisse algo como um almoço, um trabalho ou pelo menos um empréstimo. O telefone se recusava a tocar, mas minha barriga gritava. Entendi que qualquer tentativa de dormir seria inútil.
Rolei na cama e vi que a senhoria tinha enfiado três cartas por baixo da porta. Durante as últimas semanas, minha única correspondência era da companhia telefônica ou da companhia elétrica, então o mistério da terceira carta me tirou da cama.
Claro, uma das cartas era da Consolidated Edison. A segunda era do Departamento de Justiça, informando que eu, Robert Capa, ex-húngaro, no momento sem nacionalidade definida, passava a ser classificado como estrangeiro potencialmente inimigo e como tal deveria entregar minhas câmeras, binóculos e armas de fogo e teria de solicitar uma permissão especial para qualquer viagem que me levasse a mais de quinze quilômetros de Nova York. A terceira carta era do editor da revista Colliers. Ele dizia que, depois de analisar durante dois meses meu portfólio, a Colliers chegara `a súbita conclusão de que eu era um grande fotógrafo de guerra e que seria uma grande satisfação me contratar para um trabalho especial, que havia sido feita uma reserva para mim em um navio que partiria para a Inglaterra dentro de 48 horas e que anexo estava um cheque de 1500 dólares de adiantamento....
...Sugeri almoçarmos.
Fomos ao Carlton e tivemos de tomar muitos dry martinis antes de conseguir uma mesa. Meu companheiro se animou consideravelmente e comecei `a sentir que, além da Colliers, o adido e o Império Britânico teriam de me aguentar. Quando enfim conseguimos uma mesa, peguei o menu e pedi uma dúzia de ostras Blue Points para cada um, como entrada. Ora, cinco anos antes, eu havia investido pesadamente em minha educação etílica e me lembrava de que, em toda história de mistério inglesa onde lorde Peter Wimsey tinha alguma coisa a dizer, ostras eram acompanhadas por aquele maravilhoso borgonha branco chamado Montrachet. O Montrachet 1921 estava no fim da lista e era bem caro. Foi uma escolha feliz. Meu companheiro me disse que, quinze anos antes, quando fora passar a lua de mel na França, impressionara sua noiva com aquele mesmo vinho, de forma que ao terminar a garrafa estávamos falando de nosso amor pela França - e pelo Montrachet. Durante a segunda garrafa, concordamos que sentíamos com igual força que era preciso arrancar os alemães de la belle France ..."
(Robert capa,  Ligeiramente fora de foco, CosacNaify)
Lembra papai, que certamente participaria de um almoço assim.

domingo, março 17, 2013


escurece foto da portaria ficou classuda embora falte uma presença. muita tristeza por causa da Mirequinha espero espero muito que ela volte mas como saber de um gato? outro dia falando disso pro P. mas ele não entendeu incrivel isso talvez não seja muito sensível e também não escuta muito o outro,
blálálá incrível são quase sete da noite e já está muito escuro. ia escrever minhas memórias mas elas só aparecem na minha cabeça em outros momentos longe da escrita. mas agora sinto tudo tão descontinuado sem ligação que nem sei. esscrevo errado todas as horas ainda não me acostumei com o novo teclado.

terça-feira, março 12, 2013

 de noite pensei vou usar ela estava usando o mesmo vestido da aula anterior havaianas unhas dos pés vermelhas e por causa dele lembrei do meu eu que ja fui a rainha dos vestidos vestidos meio menina outras pessoas do grupo o parque é um encanto realmente o resto não consigo ler agora as fotos ficam
(as estorias) na cabeça e talvez mudar de projeto a casa a casa onde fiquei mergulhada nas férias e o condominio é muito bucolico agora penso poderia fotografar aquela casa fechada daqui  mas volto pra ca outras dimensões se abrem em alguns momentos outras dimensões é muito clichê e ruim mas o que seria melhor desdobram não me perder e hoje consegui entrar mais e até gostar de estar la tomando contato aos poucos ainda minha barriga inchada desde sabado? e depois voltou na segunda a vontade de pão de queijo etc domingo desmaiada prostrada com o calor não fiz nada nada nada ja estava sob os efeitos da volta provavelmente com minha digestão lenta dormi dormi e comi um pão de passas é isso apareceram todos os culpados

sábado, março 09, 2013

medo sempre de que tenha algum gato preso dentro do armario ou não sei onde e como Miranda não esta saio abrindo gavetas e portas Sybil misteriosa não se mexe continua como uma esfinge branca em cima do muro da escada olhando não sei exatamente o quê banana pancake versão carmen miranda uma delicia

sexta-feira, março 08, 2013

ficar o dia todo na casa fazendo coisas pra la pra ca pensando sentando arrumando olhando fazendo e depois ver que ja esta entardecendo e as luzes vão acendendo mas ainda tem um azul profundo do dia
quarta-feira não conseguia reagir o muro da horta que amo tanto que conversava todos os dias o muro caido espatifado no chão galhos terra
varro tento levantar vou mudando o cenario de destruição e tinha até pensado em ir na aula mas não
e então não consegui ler o Paul Bowles por alguns dias porque sentia que o Port ia morrer e tinha gostado dele entendendo não entendendo a passividade da Kit e demorei à pensar o que ia fazer com o muro também e
ontem li toda a parte dela o livro é incrivel
duro também
1949 essas datas magicas pra quem não viveu

quinta-feira, março 07, 2013

então as férias que foram magicas como sempre são ( não teve o fascinio da praia como antes quase um lugar meio selvagem) apesar do começo triste tentando esqucer a mão pesada da T. e isso demorou alguns dias e nesses dias fui mergulhando completamente na arrumação das coisas tirei elas as coisas dos armarios tudo do quartinho no quintal e dias e dias sem chover céu azul maravilhoso foi surgindo um outro espaço e outras idéias onde poderiam ficar as coisas e isso não vai acabar e teve a aula de ioga e visitas do J. so porque? e arrumações na casa do N. aquele lugar louco construir uma narrativa e minha playlist e os pães e a festa e o dia mesmo que passei otima dançando e. tempestades loucas (duas) pink floyd syd barrett pink moom mas agora voltando um pouco aquela raiva e isso é chato. como não se deixar chatear pelas pessoas situações. estando em casa é facil.

terça-feira, março 05, 2013

e também a sensação de que a arrumação é interminavel e que nunca terminara
apesar dos clics, encaixes
preciso de um bau cesto grande de mais um lugar que talvez ficasse sempre um caos
frustra cansa algo assim amanhã ir de novo ao Parque
uma pergunta
processo processo
oculos cai no chão e da uma leve quebradinha. parece que o mundo real esta voltando de manhã quando acordei pensei vou sair hoje finalmente apos dias e dias sem quase sair e as poucas que houveram meio opressivas e queria voltar logo pra ca pra casa pra minha shangri-la mas hoje não hoje senti que não dava mais pra ficar aqui - apesar de ontem ter sido um dia delicioso em que acordei leve não não acho a palavra então porque não? disse a mim mesma porque sempre escrevem à mim mesma se so posso ser eu e não outra estranha a apresentação um pouco constrangedora e achei meio estupido o que falei ( pra mim os outros provavelmente não se importaram) e resolvi fazer apesar das duvidas duvidas crueis e até porque nem sei o que ainda tem de dinheiro nos bancos simplesmente vou vivendo e então tenho que fazer contas. e sai um pouco perdida procurando um lugar pra comer e depois iria pro Charles mas depois pensei que eu não tinha como fazer o Charles mesmo de novo mesmomesma e que estava morta de sono ja estava no ônibus que iria pela praia saltei andei um pouco me arrastando arrastando uma longa cauda comi duas esfihas no arabe e um mate da casa delicioso e voltei pra ca shangri-la gatos me receberam por um momento achei que estivesse chovendo mas foi so uma alucinação sonora dormi no sofa ou antes dei uma olhada nos emails face bobagens de sempre.

segunda-feira, março 04, 2013

acordei o gatinho mordia o edredon me mordia se enrolava com a barriga pra cima uma energia louca e então o expulso do quarto fecho a porta. levanto às 8 com sinfonia de miados atras da porta Miranda e Fred pedaços do rolo de papel higiênico destroçado espalhados pelo banheiro. duas ou três torradas de pão integral com manteiga, café que estava um pouco forte. um dia brutal la fora. uma louça pra lavar vou jogando fora a salada pegando as formas tentando arrumar um pouco a bancada. o que mais? mamão; depois acho o celular jogado em baixo do sofa não consigo ligar me acho incomunicavel. rs.  são dez horas. vejo as mensagens no face ja tem varias engraçado isso. depois consigo ligar. ouço minha playlist danço acendo o back feito pela Tathy.  penso em fazer um purê e um refogado com abobrinhas champignon etc. deito no chão. não sei muito o que fazer. sol inclemente la fora. tento achar os bordados coloco tudo no quarto caos total de novo penso que não consegui ir muito adiante nisso e talvez não dê para ir adiante em tudo? depois de almoçar (tarde) vou ler esse livro otimo tão envolvente que me da medo do que vai acontecer e então paro às vezes. ler na cama hoje foi otimo a sensação de que as férias estão acabando esse tempo infinito e não sei o que vai ser porque como me liguei tanto à esse espaço e por isso consegui tomar conta dele de forma maior maior maior e como sou espacial e isso é determinante pra mim. engraçado que é um dos filmes do Bertolucci que não amei. rever e amo todos geralmente. mexo na playlist coloco mais coisas tiro. e por isso comecei à. quando levanto parece que dormi efeito do livro.  mexo na tela um pouco. Pedro chega e diz que ouço musica o dia todo. uma critica, parece.

sexta-feira, março 01, 2013

separando os tecidos varias vezes indo dos montõess de tecidos que foram separados em "montes" que eram alguma coisa e outros como possibilidades e varios foram embora e agora separando montinhos de cada roupa. funciono assim, por etapas lentamente.

quinta-feira, fevereiro 28, 2013


"Acordou, abriu os olhos. o quarto significava quase nada para ele; ainda se encontrava profundamente imerso no não-ser do qual acabara de emergir. Se não tinha força para se localizar no espaço e no tempo, faltava-lhe, também, o desejo. Encontrava-se em determinado local, retornara de lugar nenhum, cruzando vastas regiões; havia a convicção de uma tristeza infinita no âmago de sua consciência, mas era uma tristeza tranquilizadora, por ser singularmente familiar. Não precisava mais de consolo. Permaneceu deitado em conforto total, completamente relaxado, absolutamente imovel durante algum tempo, para cair de novo num daqueles cochilos que se seguem a um sono longo e profundo. De repente abriu os olhos outra vez e olhou para o relogio de pulso. Foi um ato puramente reflexo, pois ao ver as horas ficou apenas confuso."
O Céu que nos protege, Paul Bowles, 1949, editora Rocco.
primeira coisa varrer os cadaveres de barata, o gatinho deixa perto da cama geralmente.  ele e miranda dão corridas que so eles entendem. nick drake, folk deprimido, ficou deprimido deprimido acabou tomando uns remédios e não acordou mais. anos 70. biografia do dostoievski acabou ficando aqui e nem toquei. li... entrevista com gerhard richter que me fez ficar horas olhando o site dele, hrabal que não amei como solidão ruidosa que é fantastico. a sumiu, j entediadissimo, não entendo.

terça-feira, fevereiro 26, 2013

Marina Abramovic Meet Ulay

hoje fui à praia por obrigação o céu ruge depois da tempestade da tarde mas se não tivesse ido agora estaria me culpando sempre os contrarios fiquei perdida na praia perdida na hora de voltar indo sempre em frente apesar disso mas meio contrariada o que queria mesmo e so descobri depois era voltar pra casa correndo mas não sabia como muito bem e ficar aqui em shangri-la com todos os seus problemas. engraçado que arrumação arrumação (e às vezes parece que as coisas se encaixam) e também o apto do tio dele aquele cenario enlouquecedor e isso encaixou também; medo de quando a vida voltar ao normal, como disse na acupuntura. e a sensação de que as coisas ficam pelo meio, so na bordinha, foi issso afinal a praia. e que tenho que ir mais. minha barriga estranhamente inchada, deve ser muita lentilha e feijão branco e pão e pão de queijo. hoje não lembrei da couve. suco de manga.

quinta-feira, fevereiro 21, 2013

"Quanto mais trabalhava, mais entendia que a manutenção daquela estrada  era a manutenção da minha propria vida, a qual, quando eu a examinava em retrospecto, agora, parecia ter acontecido a outra pessoa. A minha vida até aquele momento parecia um romance, um livro escrito por um estranho, ainda que so eu tivesse a chave dele, so eu fosse a sua testemunha e a cada extremidade da minha vida o mato e as ervas daninhas também avançassem constantemente. Mas, enquanto usava  pa e enxada na estrada, usava a memoria para manter aberta no passado a estrada da minha vida, para que os meus pensamentos retrocedessem até o ponto de onde eu queria começar a lembrar..."
Eu servi o rei da Inglaterra, Bohumil Hrabal, Companhia das Letras.

quarta-feira, fevereiro 20, 2013

trânsito ruim no sentido santa barbara laranjeiras. um avião cruza o céu indo na direção leste ou o que eu acho que seja leste. pura invenção. uma borboleta passa amarelinha clara. um som de cidade que às vezes parece um mar ecos de um mar rugindo sempre. chocolate durinho demais pegar a coalhada maravilhosa com mel. teria que sair mas não sei não. dor no ombro esquerdo principalmente depois de ontem trabalho de jardineiro- homem- braçal; depois um prazer enorme de ter feito. varias coisas feitas. lapis verde que o gato mordeu ontem gato louco endiabrado que foi expulso do quarto de manhã devia ser umas 6 ele não parava de pular.  a barata em cima da cama ui. hoje é terça ou quarta? gravei resumos sobre alguns fotografos e escuto minha voz lenta. bom escutar minha voz e aprender sobre ela.

quinta-feira, fevereiro 14, 2013

uma sentadinha vejo a vista tinha esquecido dela dentro dos meus pensamentos nebulosos envolventes enquanto varro o quintal arrumando uma bolsa que comprei ha muito tempo porque queria copiar e acho que comecei? mas aonde não sei, concretizar às vezes é uma batalha verniz cabides etc etc olho pras prateleiras penso as proximas serão vcs e isso me da prazer não adiar fazer o que quero tudo mexer e vontade zero de sair disso.

segunda-feira, fevereiro 11, 2013

como faço para não me arrepender de não ter levado a maquina no lavatorio de carros um filme incrivel acontecendo. se voltar la vai ser outra coisa. enfim, minha primeira saida  de casa em férias, desajeitada talvez. o papa vai renunciar, pedro conta como se isso fosse muito importante. lembro da época em que eram envenenados, e também reis e cardeais e principes. perigoso viver nessa época. as musicas não tocam na sequência, blur 13.

sábado, fevereiro 09, 2013

apagador
apontador afinador
uma tristeza depois de ler sobre a vida do Nick Drake, num texto mal escrito
e ouvindo outra noite que foi a primeira vez porque ele fica acima do pink floyd o disco pink moon e resolvi escutar pa papa jornal nacional porque escutamos outro dia também voltando e ai esse ficou como pano de fundo da noite e agora que escuto mesmo
talvez às vezes não seja bom procurar informações
syd barrett gostei mais de ler

sexta-feira, fevereiro 01, 2013

edgarcasper passa ronronando o tempo todo passa por entre meu rosto e minha cabeça me da mordidinhas no queixo e no nariz antes dando uma espécie de beijo esfregando o seu nariz no meu não para passa pra la e pra ca faz bagunça com o edredon se enrolando nele volta à andar por cima de mim sempre feliz e enquanto isso durmo tento dormir dou beijinhos nele quando ele passa por cima do meu rosto ronronando sempre ronronando até que resolvo levantar que é isso que ele quer afinal.