quinta-feira, dezembro 30, 2010

Dificil conciliar Panda, laptop, cha, eu, Melody, ceu extasiante, tudo ao mesmo tempo e agora; passou um avião tão perto que fiquei extasiada, talvez como da primeira vez em que alguém viu um voo passando tão de perto. Agora eles passam mais longe, este errou um pouco a rota. Mania de fotografar sempre, como se simplesmente viver não fosse mais possivel. Agora sem imagens. Aqui é minha vista para o Pão de Açucar, o mar. Como se. Recarrega a bateria. Enfim. Chegar em casa, refugio. Hoje foi duro mas me reencaixei.

quarta-feira, dezembro 29, 2010

Ontem fui fotografando mentalmente as janelas que via, pedaços de interiores, voyeur das vidas dos outros.

segunda-feira, dezembro 27, 2010

Chove e acabei de colocar roupas no varal ...ontem também chovia quando cheguei na praia, mas resolvi ir adiante ja que a chegada até ali havia sido ardua: descida de carona na kombi do vizinho que dirige à dez quilometros por hora, metro barulhento, hordas de pessoas voltando, lixo, muito lixo no calçadão. Teve pato nadando no mar, grupos de pessoas em rodinhas que não saiam da agua, conversas, amplidão, nuvens que modificavam o céu à toda hora.
Sera que tenho algum cd virgem aqui em casa?
Comecei à ler Coraline, do Neil Gaiman, bem legal; quase acabando Como Esquecer, da Myriam Campello; lendo alguns pedaços do Eckart Tolle e a necessidade de diluirmos esse ego doente e criar uma presença no lugar; vontade de ler Trem Noturno para Lisboa; o Allain de Botton,estudar frances, Ruido, Tony Judt. Talvez o livro do Robert Capa, ter o Lima Barreto do Hospicio, outros Dostoievski, outros Tolstoi, outros...

sexta-feira, dezembro 24, 2010

Hoje cedo uma barata no chuveiro. Joguei uma agua na cara e sai. Vontade de ler varios livros, tudo fragmentado, não da. Pedaços aqui e ali, conversas, frases, capas; sensações. Tento ficar na minha o tempo que consigo. às vezes meio triste. O relogio parou, de novo. O verniz que não foi passado nos degraus porque. O filtro no chão. As roupas no varal não secam, ha dias. Outro dia o esquilinho no caminho. Fora os passaros. Maratona de aniversarios. Me snto uma espectadora de mundos distantes. Hoje não queria nada daquilo. Comi muito e me senti mal. As pessoas fofas. Fotos e tudo.O sol saiu, ufa.

quinta-feira, dezembro 23, 2010

Na verdade essa foto da Marina Abramovic que esta no desktop me lembra aqui eu e a vista como um soco da paisagem outro dia o motorista do taxi disse uma dose de adrenalina endorfina dia lindo pois é é isso quando acordo e chego na sala me admiro extasio sou invadida ali pa no meu rosto A. que disse que le meu blog e que escuta Melody Gardot também que é uma delicia e ouvi ontem além dela claro Madeleine Peyroux e caíram algumas gotas no vestido xadrezinho laranja tomara que caia amplo e estão faltando coisas aqui em casa tenho que providenciar suco? agua? não sei o Andrei é um fofo gosto dele e estou gostando das pessoas das pessoas das idéias todas todas ontem comprei potes como se isso fosse a salvação do mundo e um já entortou no microondas e o outro quebrado e não posso mais andar com eles ou é a bolsa saudades tantas dos gatos quando fico horas fora como hoje outros mundos o-u-t-r-o-s-m-u-n-d-o-s realmente a meditação esta fazendo milagres e tudo o mais ter vivido tudo o que passei esse ano o que foi esse ano? Vontade de mais rabanada de forno e a Myriam Campello e a capa azul refugio

quinta-feira, dezembro 16, 2010

Fico com um medo quando ligo a claro sem saber se vai conectar. Vizinhos vão querer me expulsar qualquer dia pela Melody Gardot duas vezes ao dia. Vicio como qualquer outro, chocolate, café, beber. Alguns vicios...tempo livre que tenho é tão tão precioso, tudo. EScrever uma frasezinha pelo menos, um banho quente, Melody - sempre, até quando ando pela Rio Branco - pessoas e pessoas e coisas roupas sapatos as pessoas e suas roupas parecidas algumas mulheres elegantes homens também e todos os que trabalham o tempo todo encontros pelas escadas o mundo em varios niveis escada idéias eu queria um livro hoje fiz algo diferente saltei do onibus em frente ao cinema estava exatamente na hora Woody Allen não achei magico como a maioria é estranho ter essa percepção me sinto quase traindo ele foi bom anyway estar ali naquela sala naquela tela acho que gostei mais da atriz loirinha e de seu personagem, preciso tomar um banho ler e dormir e fazer carinho nos meus gatos

quarta-feira, dezembro 15, 2010

Um vagalume piscou pelo quarto todo e saiu passeando pelo corredor.
Ontem acordei mais cedo, me arrumei toda animada para dar uma corrida, mas não consegui achar um pé do meu tenis!
Sumiu misteriosamente.

domingo, dezembro 12, 2010

Ontem teve lançamento do livro MAM - Rio de Janeiro: Arquitetura e Construção, da Editora Cobogo, no proprio MAM.


Chinati: The Vision of Donald Judd

Chinati is pleased to announce the publication of a new book featuring the first comprehensive overview of the museum's history and collection. Edited and principally written by Marianne Stockebrand, Chinati: The Vision of Donald Judd describes how Donald Judd developed his ideas of the role of art and museums from the early 1960s onward, culminating in the creation of Chinati (and including its two predecessors—his building in New York and his residence in Marfa). The sumptuously illustrated book (with 149 color and 71 black-and-white illustrations), co-published by Chinati and Yale University Press, begins with an introductory essay surveying the history of Judd's work in Marfa, then presents the individual installations at the museum in chronological order, with stunning photography.
The book's design is by Rutger Fuchs, who has designed all of Chinati's printed materials since the mid-1990s; principal photography is by Florian Holzherr and Douglas Tuck. In addition to the essays by Marianne Stockebrand, the volume contains texts by Rudi Fuchs, former director of the Stedelijk Museum in Amsterdam; Thomas Kellein, director of the Kunsthalle Bielefeld in Germany; Nicholas Serota, director of the Tate in London; Richard Shiff, professor and Effie Marie Cain Regents Chair in Art at the University of Texas; and Rob Weiner, associate director of the Chinati Foundation. Also featured are writings by Donald Judd relating to Chinati and his other buildings in Marfa. A detailed catalogue of the collection and artists' bibliographies are included as well.
Donald Judd published a modest Chinati catalogue in 1987, long since out of print. Chinati: The Vision of Donald Judd surveys and documents everything that Judd accomplished in Marfa, and all that has been accomplished in the years since his death. The book's publication represents a milestone in Chinati's history.
Major support for Chinati: The Vision of Donald Judd has been provided by the Andy Warhol Foundation for the Visual Arts; the Henry Luce Foundation; Glen Rosenbaum; the Maxine and Stuart Frankel Foundation; the LLWW Foundation; LEF Foundation; the Fifth Floor Foundation; John and Arlene Dayton; Bert Lies and Rosina Lee Yue; the Ruth Stanton Foundation; and Furthermore: a program of the J.M. Kaplan Fund. Chinati would like to express its deep gratitude to the above and to all the supporters of the publication.

Lista

M., vegan, magrinha, animada, 22 anos, estuda psicologia; A., 20 e pouquinho também, vegetariano, quer trabalhar em agro-floresta, ir para o mato; R., atleta, faz aula de maracatu, tem uma voz um pouco infantil, deve ter uns 50; A., 22 anos, gay, um fofo, romantico; L., impulsivo, cara fechada, personalidade forte, mora no Bairro de Fatima; T., meio seca, 26 anos, baterista dum grupo de rock, desenha quadrinhos, mora em Areia Branca; C., super na dele, bonito, uns 50 talvez, não quer se envolver muito; o que faz muito bem, porque essa semana fiquei nessa balança me envolvendo, ai se tentar arrumar o inarrumavel, fica uma neurose so, tentar achar de novo esse dificil equilibrio entre não desistir praticamente e se interessar
plantas estão enormes no meu jardim selvagens matos que surgiram ou não são matos são simpaticas plantinhas espero para ver enquanto não recebo a visita da senhora Olinda (ou é Olina?) que outro dia desceu toda a ladeira contando de cada flor cada semente cada planta e galho e então foi uma descida lenta e ela é velhinha e magrinha e trabalhou anos e anos numa das casas recebendo um salarinho mas depois recebeu a casa como herança quando a dona morreu e ela disse que vem aqui algum dia algum ouvindo a Melody Gardot não tem absolutamente nenhuma informação no cd de quem são as musicas e arranjos leio no Google que ela é americana da Pennsylvania nascida em 85, tem portanto 25 anos e adorando lembra pela suavidade um pouco a Goldie Frapp e também a Shirley Horn tão romantico e sofisticado e o Vida modo de usar que Patricia comentou e eu ja estava pensando em ler ao mesmo tempo tudo à ver com o projeto e me lembrou Umberto Eco o livro das listas é bem frances lembra o Delicatessen e aquele edificio louco e também Amelie Poulain e listas listas tambem estava fazendo listas das pessoas enciclopédia inventario

A vida modo de usar

A vida modo de usar (La vie mode d'emploi), publicado em Paris em 1978 – quatro anos antes da morte prematura de George Perec -, é recorrentemente considerado um dos grandes romances da segunda metade do século XX. Na verdade uma teia de romances (no plural, como enfatizava o autor), o livro é de fato composto por uma miríade de historias e “sub-historias”, a um primeiro olhar banais, que se entrecruzam como as peças de um puzzle.
O incomensurável do projeto; a novidade do estilo literário; o compendio de uma tradição narrativa e a suma enciclopédica de saberes que deram forma a uma imagem do mundo; a continua simultaneidade de ironia e angustia fazem de A vida modo de usar, nas palavras de Italo Calvino, “talvez o ultimo verdadeiro acontecimento na historia do romance”.

Capitulo1
Escadarias, 1

Certo, a historia poderia começar assim, aqui, desta forma, de maneira um tanto lerda e lenta, neste reduto neutro que é de todos e não é de ninguém, onde as pessoas se cruzam quase sem se ver, onde a vida do prédio repercute, distante e regular. Do que se passa por trás das pesadas portas dos apartamentos so se percebem no mais das vezes os ecos perdidos, os fragmentos, os esboços, os contornos, os incidentes ou acidentes que se desenrolam nas chamadas “partes comuns”, esses leves ruídos de feltro que os gastos tapetes de lã vermelha abafam, esses embriões de vida comunitária que vão sempre se deter nos patamares...

Gaspard winckler -sexto a dir, artífice, morto
Sra Norchere, porteira
Sra. Beaumont, a dir - marido Fernand de Beaumont, arqueólogo, tentava descobrir a cidade lendária que os árabes chamavam de Lebtit , que teria sido sua capital na Espanha. Na volta das escavações – 5 anos – escreveu um relatório e suicidou-se.
Terceiro a dir, Ashikage Yoshimitsu, seita Shira Nami ( A Onda Branca), The three free man
Marquiseaux, 1, quarto andar a dir
Foulerot, 1, quinto andar a dir, no fim do corredor, exatamente em cima, Gaspard Winckler tinha seu ateliê. Uma jovem de apenas 18 anos com a revista Lettres Nouvelles – uma novela de Luigi Pirandello (No abismo, que conta como Romeo Daddi enlouqueceu) e uma nota de Jacques Lederer sobre o Diario de um Padre, de Paul Jury
Bartlebooth, terceiro a esq;
Remi Rorschash, produtor de televisão, quarto a esq
Doutor Dinteville, sexto a esq