quinta-feira, novembro 15, 2012
varios blogs abandonados tenho que cancelar alguns por falta de uso incorpora-los aqui e robinson crusoé obtendo significados numa ilha ontem o cliente que havia entrado desesperado pedindo um livro no outro dia e esta gostando do enamoramentos que indiquei adorei e o philip k. dick tenho que arrumar esse livro fahrenheit ainda não olhei e talvez por isso tenha gostado do tia julia e o escrevinhador por causa dessa mistura entre ficção e vida vontade de falar isso ao ricardo piglia ei vc esqueceu de citar esse porque? para o meu memorial que não anda arquivinho ou o fichario dar uma olhada na viola spolin porque não obviamente estou fantasiando como com tudo como agora conversando imaginariamente como se ele fosse o meu namorado haha parece coisa de criança que tem um amigo ou um irmão imaginario ou sempre temos na verdade e isso é uma falta? depois me culpando depois liberando o problema maior é essa censura interna mas se ficar sem a censura fica impossivel? essa conversa silenciosa durante a semana significados dispersos aqui e ali esbaforidos. ao mesmo tempo deixar e o homem no ônibus rezando por mim denilson? e na mesma noite a mensagem do deixa ir me repito voltar ao ultimo leitor que é delicioso esta frio queria um chocolate talvez um cha isso. acho que quando namoramos engordamos ( d'aprés ...).
quarta-feira, novembro 07, 2012
domingo, novembro 04, 2012
"As Ondas", de Virginia Woolf
Por Alexandra Lucas Coelho
Por Alexandra Lucas Coelho
Poucos romances, em todo o século XX, nos mostraram tão intensamente como a literatura podia ser ainda uma coisa nova e viva
Podemos começar pelo que este livro não é, para arrepiar caminho. E para isso, tomemos de empréstimo o que dele disse Jorge Luis Borges: "Não há argumento, não há conversa, não há acção." Era um cumprimento. E Virginia Woolf estaria de acordo. Assim, solto da ganga romanesca e dentro da cabeça que pulsa, o quis ela, desde o princípio.
Em Novembro de 1928 - tinha ela 44 anos, e era já a autora aclamada de "Orlando, "Mrs. Dalloway" ou "Rumo ao Farol", três dos seus mais notáveis romances -, escreveu Virginia Woolf no seu diário: "Quero eliminar todo o desperdício, todas as coisas mortas, o supérfluo: dar o momento inteiro, com tudo o que faz parte dele. Digamos que o momento é um misto de pensamento, de sensação, a voz do mar... Esse medonho assunto da narrativa realista, avançar do almoço para o jantar, é falso, irreal, meramente convencional. Porquê admitir algo na literatura que não seja poesia - até à saturação, mesmo? É isso que quero fazer em 'As Mariposas'"
"As Mariposas" foi, entre 1928 e 1929, o título provisório desse projecto, dessa "tentativa completamente nova" no interior da literatura. Depois, quando Virginia Woolf se lembrou "de repente" (a expressão é dela) que as mariposas só voam de noite, mudou o título para "As Ondas". E no Outono de 1929 começou a escrever aquela que viria a ser considerada por muitos (não Borges, que preferia "Orlando") a sua obra-prima.
Bernard, Neville, Louis, Jinny, Susan, Rhoda. Seis personagens, seis vozes que falam, não umas com as outras, não para fora, mas dentro de si - há ainda uma sétima personagem, Percival, que a todos fascina, mas que nunca escutaremos.
Cada fala destas seis personagens (seis faces de um rosto único?) é a torrente caótica e fabulosa de imagens e palavras que se forma dentro da cabeça em minutos, em segundos. São eles - as suas vozes, sempre em discurso directo - que nos levam através do seu percurso, da infância à maturidade, em nove etapas. O livro percorre, nessas etapas, o tempo da vida humana.
Mas há um outro tempo, paralelo, sem personagens, sem fala, antes de cada etapa: uma descrição da viagem que o sol faz ao longo de um dia, e do efeito desse movimento numa paisagem com mar. As ondas quebram-se assim, sincopadamente, tal como bate o coração.
oblomov parece uma peça de teatro, ja entraram e sairam umas 5 personagens trazendo o mundo la de fora e ele continua deitado na cama, achando que não ha nada melhor à fazer, no fundo... enquanto isso o coronel chabert me parece um pouco improvavel, irreal. e a mulher dele também. talvez novelas sejam irreais.
no meio de tantos livros e estorias inventadas me sinto saindo da casa dos mortos da ilha dos mortos me lembro o quadro e o livro do Dostoievski mas na pintura o barco esta indo pra ilha e eu me sinto saindo, em periodos em que me deixam sair e dar uma espiadinha la fora. deixar ser, o que consegui finalmente hoje à tarde, um pouco menos pior, desabei em cima da cama, varias desabadas esses dias
peguei da ilustrissima, adorei
MUSEU
Se houvesse
um museu
de momentos
um museu
de momentos
um inventário
de instantes
de instantes
um monumento
para eventos
que nunca aconteceram
para eventos
que nunca aconteceram
se houvesse
um arquivo
de agoras
um catálogo
de acasos
um arquivo
de agoras
um catálogo
de acasos
que guardasse por exemplo
o dia em que te vi atravessar a rua
com teu vestido mais veloz
o dia em que te vi atravessar a rua
com teu vestido mais veloz
se houvesse
um acervo
de acidentes
um acervo
de acidentes
um herbário
de esperas
de esperas
um zoológico
de ferozes alegrias
de ferozes alegrias
se houvesse
um depósito
de detalhes
um depósito
de detalhes
um álbum
de fotografias
nunca tiradas
de fotografias
nunca tiradas
APARADOR
Sonho que estou de volta
ao primeiro apartamento
quando éramos jovens e tínhamos
muito menos coisas
e nem sabíamos que já éramos
felizes como pensávamos que seríamos
estás na minha memória
jovem e alegre como numa fotografia
talvez ainda mais jovem e mais alegre
mais jovem do que jamais foste
e mais alegre
usas uma presilha
no cabelo castanho e comprido
invejo a presilha
que está tão mais próxima do que eu
do teu pensamento
e dos teus cabelos
da tua cabeça de cabelo e pensamento
e invejo a fotografia
que se parece tanto contigo
talvez mais ainda do que tu mesma
ouço as juntas que estalam
como portas batendo
sou hoje uma chaleira, uma pá, uns óculos
esquecidos sobre o aparador
sou o aparador
esquecido de mim mesmo
sobre o aparador está tua fotografia
que nos sobreviverá
ao primeiro apartamento
quando éramos jovens e tínhamos
muito menos coisas
e nem sabíamos que já éramos
felizes como pensávamos que seríamos
estás na minha memória
jovem e alegre como numa fotografia
talvez ainda mais jovem e mais alegre
mais jovem do que jamais foste
e mais alegre
usas uma presilha
no cabelo castanho e comprido
invejo a presilha
que está tão mais próxima do que eu
do teu pensamento
e dos teus cabelos
da tua cabeça de cabelo e pensamento
e invejo a fotografia
que se parece tanto contigo
talvez mais ainda do que tu mesma
ouço as juntas que estalam
como portas batendo
sou hoje uma chaleira, uma pá, uns óculos
esquecidos sobre o aparador
sou o aparador
esquecido de mim mesmo
sobre o aparador está tua fotografia
que nos sobreviverá
ANA MARTINS MARQUES, 35, é autora de "Da Arte das Armadilhas" (Companhia das Letras), finalista Prêmio Portugal Telecom de Literatura deste ano na categoria poesia.
*
sábado, novembro 03, 2012
outro dia vontade de rever cria cuervos ( se tiver coragem) e elisa vida mia que não sei se vi, acho que é com a ana torrent também. geraldine chaplin lembrava mamãe, e tive uma crise de choro dentro do cinema, embora ela ainda estivesse viva, ao ponto das pessoas perto me olharem com ares de censura... ou algo assim. ou como chorava e chorava na praça central ou principal de Cuzco e ai ela ja tinha morrido e tudo aquilo me lembrava muito ela, todos os dias quando sentavamos na praça. sera que o Ale se lembra disso? ou mauro da cena no cinema? duas pessoas que perdi o contato e uma proximidade qualquer ou minima. otimo esse miles essential otimo voltar à escutar jazz. não que eu ja tenha sido realmente uma super escutadora. pelo menos eu e fernando ainda somos bem proximos espiritualmente talvez ou afetivamente. e os livros comprados, um pouco assustada com esse meu lado de satisfazer desejos necessidades talvez estivesse represado...o Thích Nhất Hạnh, budista vietnamista, simples, respiração consciente uma espécie de meditação dentro fora flor frescor pedra mas às vezes vai para outros lados, mais globais e interativos e ai não sei, da sangha e centros budistas, um discurso mais ativista 2 manuel pina, adoro ele aqui azul do meu lado, fininho, apesar da lembrança estranha ler e reler e o outro que espero chegue
james wood como funciona a ficção larguei tenho que voltar (cassia eller engraçado escutar quando corro ou indo pra travessa outro dia escutei o disco inteiro e fiquei apaixonada pela musica da carta de amor) e avishai cohen
maisie, o ultimo leitor e porque estou amando-o? apesar de não ser leitora do poe nem gostar tanto do che e justamente me deu vontade do poe e linda a estoria do che guerrilheiro carregando livros e cadernos consigo a unica coisa que carregava enquanto os outros iam mais leves fugindo sempre fugindo? um marginal e kafka e felice tudo me lembra tudo
enamoramentos, prazeroso de ler dessa vez ja tinha tentado outro dele não tinha dado certo na época mais coronel chabert também uma descoberta é irônico e preciosista vivo pelos detalhes e triste enfim uma novela me parece ler a introdução à Balzac que Emilia estava lendo outro dia
e os que gostei e não comprei como alan pauls e minha vida
a sandalia no metrô e a do brecho que arrebentou logo depois sapatilha aberta na frente xadrez preta e branca enorme no pé mas gostei mesmo assim e agora ela esta la arrebentada so um pé dentro de um saco dentro do "meu" armario na travessa esperando que eu a leve ao sapateiro o que me obrigou à comprar uma sandalia cafona que não gostei na urgência
roupas em costureiras asaiapretadazaraeabranquinhadiafanaquaseeo blazer marromlindoeo vestido que ainda não deu certoo vestido seventies que tirei o velcro lindo que não sei se abaixo a bainha
sempre fazendo balanços (o chato as cobranças de cenas imaginadas) como se tivesse precisasse ter alguma visão geral do que esta acontecendo comigo, um mapa
agora hyldon ? miles essential segundo disco, culpa
james wood como funciona a ficção larguei tenho que voltar (cassia eller engraçado escutar quando corro ou indo pra travessa outro dia escutei o disco inteiro e fiquei apaixonada pela musica da carta de amor) e avishai cohen
maisie, o ultimo leitor e porque estou amando-o? apesar de não ser leitora do poe nem gostar tanto do che e justamente me deu vontade do poe e linda a estoria do che guerrilheiro carregando livros e cadernos consigo a unica coisa que carregava enquanto os outros iam mais leves fugindo sempre fugindo? um marginal e kafka e felice tudo me lembra tudo
enamoramentos, prazeroso de ler dessa vez ja tinha tentado outro dele não tinha dado certo na época mais coronel chabert também uma descoberta é irônico e preciosista vivo pelos detalhes e triste enfim uma novela me parece ler a introdução à Balzac que Emilia estava lendo outro dia
e os que gostei e não comprei como alan pauls e minha vida
a sandalia no metrô e a do brecho que arrebentou logo depois sapatilha aberta na frente xadrez preta e branca enorme no pé mas gostei mesmo assim e agora ela esta la arrebentada so um pé dentro de um saco dentro do "meu" armario na travessa esperando que eu a leve ao sapateiro o que me obrigou à comprar uma sandalia cafona que não gostei na urgência
roupas em costureiras asaiapretadazaraeabranquinhadiafanaquaseeo blazer marromlindoeo vestido que ainda não deu certoo vestido seventies que tirei o velcro lindo que não sei se abaixo a bainha
sempre fazendo balanços (o chato as cobranças de cenas imaginadas) como se tivesse precisasse ter alguma visão geral do que esta acontecendo comigo, um mapa
agora hyldon ? miles essential segundo disco, culpa
sexta-feira, novembro 02, 2012
domingo, outubro 28, 2012
acordei com o dia nascendo um vento que achei que entrava pela janela e que so descobri depois que era um ventilador ligado ao pé da cama me senti so dormindo encolhida sem encostar pudor não sei porquê de acorda-lo incomoda-lo e depois a gente se acomodou e dormi profundamente um pouco até o maldito despertador que eu achava ter desligado tocar às oito e meia e transamos nossa transa quase "tradicional" meio adolescente ele disse como que pedindo desculpas mas gosto dessa intimidade entre nos e ser de manhã é sempre otimo pra mim e que não é genial e levantei banho liguei pra dentista esperei ele sair do banho pra me despedir e sai andando com a garrafa de suco de manga na mão que era para colocar no lixo ele pediu quando nos abraçamos e ele disse até amanhã talvez na lixeira do corredor pensei depois mas ja estava na rua e coloquei nesses cestos laranjas na esquina e parei pensando que teria que pegar mais dinheiro pra pagar o cara que estava podando a arvore ou se so dava metade e pagava depois preguiça de voltar não disse à mim mesma tenho que voltar é ali pertinho entrei no banco depois voltei até a rua do catete onde tem a padaria e que esqueci o nome - da rua e que é o mesmo da padaria - e subi vendo -a por outro ângulo ja que a conheço um pouco descendo e a escadaria quase européia punk a subida até o guimarães ônibus cheguei em casa elço em cima de uma escada grande com alguns galhos ja no chão e falamos rapidamente tomei café liguei pro f. que estava meio doente e não poderia ir lavei o cabelo com sabão neutro pra ver se passa a coceira me vesti com a saia de cintura alta que paloma gosta (rs) detalhe insignificante como todos talvez e na verdade não sei se gosto dela da saia mas estava me sentindo bem esse dia paguei o elço me despedi passou o central e resolvi pegar ao invés de esperar o castelo qdo cheguei la tinha uma passarela onde dois homens na minha frente andavam lentos e bloqueavam minha passagem mais rapida qdo cheguei no ponto ninguém sabia dizer nada sobre nada mal sabiam sobre seus proprios itinerarios fui pra pista central onde um senhor dava informações totalmente detalhadas à uma senhora que nem reparei se era senhora ou não e me disse que o meu ponto era la mais adiante na mesma pista onde eu estava antes e fui e passou o 380 e passava na taquara e ele pega a avenida brasil rapido passou em frente à um negocio de cinema que ja fui lembro vagamente e outros lugares e depois rumo à linha amarela suburbios favelas palafitas e reconhecia tudo pela janela quando chegou em jacarepagua teve uma hora que me perdi mas depois voltou àquela ultima rua onde sempre passamos e saltei ir andando é uma outra experiência cheguei ela não estava marina disse pr'eu almoçar o que fiz num lugar embaixo que sempre esta fechado mas estava aberto comida caseira simpatico e coloquei muita comida 500 e tantas gramas arroz feijão farofa salada de batata sufê de legumes couve flor à milanesa comi tudo 16 reais voltei e meditei meditei com os olhos fechados ouvindo anouar brahen e às vezes umas ondas de muita tristeza ansiosa e lendo so na sala de espera depois chegou uma outra pacienta e li o budista vietnamita nham nham respiração consciente e me acalmava e so uma hora depois a ana enrolada atrasada chegou o marcelo e olhou e eles conversaram detalhes ele pratico e rapido ela meio insegura sobre o que fazer e depois olhou o outro que pode ser um canal ou não e sai para procurar a estrada do tindiba pra fazer um raio-x panorâmico e entrei na rua errada perguntei ninguém sabe dizer onde esta uma mulher disse tudo isso é a estrada do tindiba afirmação absurda pois a estrada so pode ser num unico lugar e depois uma alma boa de setsuan me indicou vira aqui na rua em frente que vc vai dar la e entrei e então dei naquela rua onde sempre voltamos e estava la pertinho andando nela ao lado daquelas lojas que so via da janela do carro e andei umas três quadras e chegando la uma escada todos os edificios comerciais da taquara tem uma escada bem inclinada na entrada e não achava os numeros escuros e o meu cartão não passou tive que sair e achei um itau duas ou tres quadras à frente onde tinham umas dez pessoas querendo entrar mas a porta tinha quebrado mas no caixa automatico dava e descobri que o meu pequeno dinheirinho estava aplicado automaticamente e por isso so poderia sacar 37, 58 e pensei em ir até outro banco mas resolvi que pagaria 37 no débito e os 3 restantes em dinheiro voltei deu certo fiz a panorâmica onde uma maquina da uma volta em volta do seu rosto muito estranho tudo e fiquei sentada esperando para levar a radiografia e fechei os olhos e escutava a musica que musica? não sei e voltei entreguei à marina peguei minha declaração no ponto passa um ônibus candelaria pego logo depois entra um louco e fica berrando fluminense e enchendo o saco de todos o tempo todo que reclamam eu também chamo-o de flamenguista e ele ri o motorista adverte-o de que ele tera que sair do ônibus se continuar ele fica quieto, às vezes volta à falar mas para eu aumento a musica e leio leio leio enquanto o ônibus da voltas e mais voltas e enche pessoas em pé até que finalmente chega no rio na presidente vargas apos passar por uma avenida que demoro à reconhecer onde tem um canal e salto e ando até a gomes freire passa um ônibus na outra rua e depois um castelo cheio e outro mas tem muitos estudantes e vou em pé uma lenha voltar para casa sempre e uma menina linda e pequena olha pra mim com o dedo na boca e faço o mesmo e ela ri e depois nos olhamos.
iogurte com mel. primeiro banho frio do verão. tenho que ser confiante em mim mesma, alias como me basto quando estou so e em casa. engraçado que vou perdendo essa auto-confiança conforme a semana vai passando e vai ficando longe esse dia ou pedaços de dias em que relaxei e fiquei completamente bem e comigo mesma, geralmente é no domingo que fico em casa casa casa com o meu tempo e isso me faz um bem tremendo e depois o que fiz? ah, o problema foi que não tive esse domingo pausa e o sabado ja rolou um stress, alias na sexta ja rolou por causa da culpa L., então não tive essa pausa e por isso o stress maior me repito me repito. segunda... lavei quase toda a louça, fui arrumando aqui e ali, fui saara comprar fios mais flores e terminei a vitrine e rui gostou e cumplice da "chatice" o que me fez bem e a grosseria no telefone e eu sem saber mto o que fazer com o essa semana fiquei meio na minha mas fria talvez e fiquei la fazendo a outra vitrine também na terça quarta não fui? quinta corri e fui pegar meu vestido e torre terça varri a sala lavei o chão da cozinha as roupas as roupas não lembro calça jeans algum dia e saia branca e top preto vestido rosa retrô e comprei o manuel pina e o nhan nhan budista e os dois otimos so às noites que não consigo ser nada se bem não lembro muito. ah segunda saia africana e blusa cantão velhinha.
sábado, outubro 27, 2012
escrito bobo e profundo
preciso tanto desse espaço esse tempo em que sou so eu e a musica e a casa e basta
paisagem la fora
outra aqui dentro
quando esses dias demoram à acontecer fico fora de mim
ufa
paisagem la fora
outra aqui dentro
quando esses dias demoram à acontecer fico fora de mim
ufa
leio o Manuel Pina e fico com vontade de ler mais embora essess poucos ja me bastem porque grandes. agora de novo vejo "Talvez ..." e fico como baqueada como um tapa. essa meio alourada que vejo por ai não reconheço voltar à cor normal do meu cabelo eu. voltar à eu, isso que importa desejos insatisfeitos e esclarecimentos e fantasias jogar no lixo. hoje à tarde olhando a casa a sala e eu sentada olhando e isso basta. então porque a ansiedade louca? não sei. hormônios desequilibrados agindo por tras também, diabinhos. administra-los. e não importa o que achem. agora penso isso mas ...
quarta-feira, outubro 24, 2012
Talvez de noite
1.
à minha volta tudo envelheceu
como se fosse eu, e no entanto
uma casa, ou um espaço em branco
entre as palavras, ou uma possibilidade de sentido.
Pois nada
surge com a sua propria forma
Digo "casa" mas refiro-me a luas e umbrais,
à lembranças extenuadas,
às trevas do corpo, lucidas
latejando na obscuridade de quartos interiores.
E digo "palavras" porque
não sei que coisa chamar
à mudez do mundo.
E digo "sentido" sufocado
sob o pensamento
tentando respirar
a golpes de coração,
agora que se desmorona a casa
sobre todas as palavras possiveis.
...
Manuel Antonio Pina
Como se desenha uma casa
1.
à minha volta tudo envelheceu
como se fosse eu, e no entanto
uma casa, ou um espaço em branco
entre as palavras, ou uma possibilidade de sentido.
Pois nada
surge com a sua propria forma
Digo "casa" mas refiro-me a luas e umbrais,
à lembranças extenuadas,
às trevas do corpo, lucidas
latejando na obscuridade de quartos interiores.
E digo "palavras" porque
não sei que coisa chamar
à mudez do mundo.
E digo "sentido" sufocado
sob o pensamento
tentando respirar
a golpes de coração,
agora que se desmorona a casa
sobre todas as palavras possiveis.
...
Manuel Antonio Pina
Como se desenha uma casa
As coisas
Ha em todas as coisas uma mais-que coisa
fitando-nos como se dissesse " Sou eu "
algo que ja la não esta ou se perdeu
antes da coisa, e essa perda é que é a coisa.
Em certas tardes altas, absolutas, quando o mundo por fim nos recebe
como se também nos fossemos mundo, a nossa propria ausência é uma coisa.
Então acorda a casa e os livros imaginam-nos
do tamanho da sua solidão.
Também nos tivemos um nome
mas, se alguma vez o ouvimos, não o reconhecemos.
Manuel Antonio Pina
Como se desenha uma casa
Ha em todas as coisas uma mais-que coisa
fitando-nos como se dissesse " Sou eu "
algo que ja la não esta ou se perdeu
antes da coisa, e essa perda é que é a coisa.
Em certas tardes altas, absolutas, quando o mundo por fim nos recebe
como se também nos fossemos mundo, a nossa propria ausência é uma coisa.
Então acorda a casa e os livros imaginam-nos
do tamanho da sua solidão.
Também nos tivemos um nome
mas, se alguma vez o ouvimos, não o reconhecemos.
Manuel Antonio Pina
Como se desenha uma casa
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