segunda-feira, março 08, 2010

apesar da pilha de livros novos esperando pacientes resolvi dar uma fuxicada nos velhos livros das estantes, é sedutor isso, parece que vão aparecer tesouros, alguns eram do papai, pego Norte, do Céline, mas apesar de ter lido Morte à Crédito à trezentos anos atrás e ter gostado muito, principalmente do estilo, os tres pontinhos, mas agora os tres pontinhos não me fisgaram, peguei Pontos de Fuga do Graham Greene e até estava gostando - mas como nunca li nada dele e é uma espécie de memória, e ele me pareceu tão profissional como escritor o que me desapontou um pouco!, comecei O Jardim das Cerejeiras, do Tchekov e me pegou, acho que a situação me lembra algo parecido, hehehe, guardadas as devidas proporções...e os personagens são nostálgicos e melancólicos e tão fin de siecle e idealistas e sonhadores!
Mas sempre começo à dormir no meio de algum ato, Freud explica.
Ainda voltarei para o Pontos de, gosto de ler vidas alheias.

Tim Van Laere Gallery presents Faris McReynolds


Faris McReynolds
Toxic Mimics
11 March – 24 April 2010
Tim Van Laere Gallery
Verlatstraat 23-25
2000 Antwerp - Belgium
Tel.:+32-3-257 14 17
Fax:+32-3-257 14 25
http://www.timvanlaeregallery.com

Tim Van Laere Gallery is proud to announce its exhibition with Faris McReynolds
(*1977, Dallas,Texas, lives and works in Los Angeles,California.).
This is the artist's second solo exhibition at the gallery.
Faris McReynolds states the following about his work:
My work comes from the desire to find a balance between something that is staged and intuitive, original and reproduced, familiar and unexpected, digital and analog, comic and tragic. These are images where individual personality is paired with the anonymity of a crowd. They are like public memories, appropriated from images that were created for the purpose of telling a story, but once disconnected, tell a larger story about a self-congratulating American culture.
Toxic Mimics is a show about substituted experience. Found images stand in for what's in my mind, and painting stands in for any real experience of that image. People are staging events for the camera, in this case the camera is a painting. People are getting lost in a moment, as the image falls apart when filtered through my perspective. These are paintings of leisure, of people coming together. My interest in group portraiture extends to portraits of class fantasies. Snapshots of a fleeting world somewhere between pleasant dreams and abject reality. Embracing Impressionism as an early attempt of Western perspective to break from reality, and as the art of the middle class. The blurred distance of desire before technology.

domingo, março 07, 2010

idéias para o atelier : participar de feiras
expor os convites mais legais - o ideal seria fazer postais
expor fotos
trabalhar mais as roupas, fazendo grades PMG, bolsos, impressões por cima
casaquinho de voil com capuz
saia envelope com filó por baixo fazendo frufru
fazer mais vaporeto
lindinho com um tecido só e uma renda em cima?
vão chegar 3 tomaraque caia , 1 bel e 1 Dom
mais Bels
retrôs
arrumar uma modelista e uma costureira que funcione!
mais manequins - um 38 e um 42
...
dia de aniversário é tão bom, deveriam todos os dias do mundo ser assim, parece que foram feitos só pra gente, tudo fica leve e vibrante e saltitante, pelo menos eu estava me sentindo assim, loura, de vestido curto, fui ao salão fazer escova!, momento perua. no facebook tinham muitas mensagens bonitinhas. depois almoço simpático com Ursula, Rita e Beth, abrimos um vinho, depois chegou . que ficou sem graça porque havia esquecido mas eu não estava nem aí para isso, foi ótimo ficarmos aqui no nosso cantinho mágico, banho rápido, ele me deixou no ortopedista que demorou um pouco mas como eu estava banhada em vinhos e delícias não me importei, folheei revistas, ortopedista jovem e certinho, deu uma geral e foi bom porque me inteirei mais de tudo, Rui me pegou na saída, tão fofinho e amigo, fomos até o bistrô onde abrimos os trabalhos com um prosecco e patês, depois foram chegando alguns amiguinhos,não queria aquela mesa enorme e dispersa então só falei com a "velha guarda", no final eu já estava bêbada e feliz, rsrsrs
Meu irmãozinho Pedro me deu o Nikolai Leskov, Rui depois me deu O Mundo Pós-aniversário, tenho que quebrar o outro pé para poder ler tudo!, Rita coisas para minha futura casa, ursula também e uma bata da Zara que usei ontem.
Peripécias para voltar para casa durante um final de chuva, depois de esperar por mais de uma hora por um táxi no atelier, pedi para Bia ir pegar na rua e ela foi, coitada, chovia muito, achou um desavisado lanchando e ele concordou em me pegar, nada como um bom par de muletas para seduzir, subimos santa onde os trilhos tinham virado rios, descemos pela alice, chegamos nas laranjeiras e também tinha muita água, quando chegamos no meio da subida para o rebouças vimos que o túnel estava bloqueado, volta, um monte de carros, vamos pela mundo novo, ótimo, motorista deu 2 voltas pela praça porque errou o caminho, conseguimos e ia tudo bem quando topamos com carros voltando de novo, tinha uma árvore caída no caminho, o motorista se juntou com mais 3 caras, arrumaram um facão e eles cortaram os cipós, passamos por debaixo da árvore, ele já tinha virado meu herói!, descemos a barão de lucena, mais na frente tinha um lago intransponivel e um carro boiando, volta, fomos pela praia de botafogo e copacabana, ainda tive que parar no Pão de Açúcar porque estava louca de vontade de ir ao banheiro, já estávamos há uns 40 minutos rodando, falei com um rapaz que falou com uma moça que falou com o gerente que autorizou andei andei subi escadas, banheiro meio horrível mas foi ótimo, depois pegamos o corte, a lagoa sentido rebouças estava parada mas para a gente deslizando, 47 pilas de táxi aventura!

quarta-feira, março 03, 2010


estou tentando achar a cena do filme em que aparecem todas as fotos rasgadas numa gaveta, um quebra cabeças, foi a imagem que mais gostei e também a dele, Harry Caine/Mateo tocando a imagem deles se beijando no carro antes do acidente, mas só consegui essa, me identifiquei com as muletas, haha, se identificar com a Penélope Cruz é muito bom, Rita disse que me "viu" no trailer do Educação, eu sempre me vejo em todos os filmes, deve ser assim com todo mundo que sempre se vê nas falas nas ações nos livros nos outros. estamos sempre nos procurando, nos vendo, pedaços de fotos.

LOS ABRAZOS ROTOS

LOS ABRAZOS ROTOS

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

 
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resumo da semana : idas e vindas e idas e vindas
segunda 3 horas esperando na Caixa almoço depois com advogada e compradores uma massa com muito azeite que manchou meu velho vestido adorado da Fit terça taxi até o edificio avenida central andei toda a agora enorme rua São José cheguei no cartório com um aspecto terrível com direito à paradinha num banquinho oferecido por um moço encharcada de suor assina assina táxi até Santa fita adesiva no caminho ficamos montando caixas de papelão eu e Fernando e conversando bom porque nos entendemos quase sempre comecei -ainda falta tanto! - a encaixotar coisas do atelier e depois todos os meus cds me fez bem fazer algo desembolotar as coisas táxi leblon subi os 3 andares o que foi uma loucura Ursula chegou exausta e mal humorada...
quarta quando fui deixar os tecidos em botafogo minha sandalia arrebentou na saida do taxi um cara vindo na minha direção imediatamente consertou pra mim ufa senão teria que andar descalça na voluntários da pátria outro me ajudou à entrar no táxi na volta...cheguei e maria silvia estava saindo para ser internada mole mole tristeza de manhã tinha ido até meu quarto com aquele focinho grande acho que para se despedir fiz carinho no focinho nela P. ligou no meio da confusão que bom fomos ver a casa descobrimos que é muito quente os quartos não são tão pequenos como achei da primeira vez mas não tinha visto o aspecto das paredes tem que pintar tudo desci até a sala de baixo que vai ser meu quarto/atelier como ursula e maya decidiram nao fui até a piscina fomos em outra casa mas só subi o primeiro lance de escadas e fiquei esperando junto com um cachorro magrinho e um dono argentino exausta voltei para casa meio deprimida de tantas incertezas e saidas Jean veio me visitar e fiquei pensando o tempo todo em.
depois decidi que quero ser feliz e pronto.
quinta fiz as unhas fiquei esperando mulherzinha foi bom! e contraditorio as coisas são assim.
sexta Miguel Couto pela manhã multidão de pessoas espera espera o médico te atende sem nem te olhar um enfermeiro cortou meu gesso o que é estranho depois um desequilibrio andar de muletas volta à ser estranho Guimas salada de figos, queijo de cabra e folhas encontramos o mauro farias mas ele e ursula que conversaram fomos ver outra casa horrivel fiquei sentada na cozinha enquanto ursula subia e descia resolvi ir para casa encaixotar chegando la escorreguei numa folha molhada e quase caí vi os gatos tinha um gambá preso no armário da cozinha fiquei com pena vi que não deveria ter ido voltei para cá computador que ainda não tinha aberto! bombons aconchegante o triste é que maria silvia vai ter que ser sacrificada ufa!

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

última sessão nostalgia

 
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nessas fotos antigas à vezes as pessoas parecem tão tristes e desengonçadas, é engraçado, será que a mania de rir é mais contemporânea? Estão minha bisavó Julia no meio, Tio Jorge filho dela e Tia Elizabeth, uma amiga, Armando que tb era filho dela e vovó Virginia, Tia Juju e Tia Marina idem, do coté Coutinho
 
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adorei essa foto por causa dos chapéus e sapatos...climão anos 30. Tia Juju à esquerda, irmã do meu avô Armando, o comunista que virou padre, e duas amigas.
 
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Vovó Virginia, 1931. Vestidinho bonitinho, com gravata (ou laços?).

9-3-1950

 
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Encontrei essa foto da irmã da minha mãe, Ludmila, na frente do primeiro endereço onde morei anos depois, na São Clemente. É a entrada de uma vila, na casa da minha avó Virginia. Os carros são o máximo.
fiquei tanto no sol, queria ficar solar.
 
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pronto tirei as fotos que queria.
e somos éramos tão diferentes e era isso que me atraía e talvez eu quisesse me transformar em alguém diferente outra pessoa mas não
minhas relações nunca tiveram foram projetos será isso
e tudo o que sinto às vezes em relação `mim tenho que deixar escondido e enterrado e não acreditar porque não é
e agora cds livros músicas um vestido de oncinha memórias faço o que com tudo isso
e nem sei direito qual foi minha resposta repassei depois as palavras até dizer chega, isso não tem sentido, aliás sentido...
os objetos descansam inertes ao sol
Rui trouxe fotos, me distrai um pouco, tomei banho de mangueira, meu pé me incomoda, e fico sem saber o que se passa por trás desse gesso
Ana lê estudiosa é bom isso essa liberdade de não falar e dormir ou ler, tenho medo de ter que falar, não estou nem um pouco espirituosa
vontade de estar na minha casa só que ela não existe
tenho que voltar para minha casa que existe e encaixotar e tirar tudo de seus lugares
estava tão em autocomiseração aquela tarde, vergonha agora, como acredito que chego rápido ao fundo do poço, fundo do poço que não é, não quero essa imagem e ela não é real
agora que já passou um pouco me sinto mais leve talvez eu não possa ter relação nenhuma no momento porque o mínimo comigo mesma não está mas ao mesmo tempo cansada de estar só e como ele era protetor e reconfortante isso era bom e ontem dormi um pouquinho aqui na piscina dormimos todos de tarde e tive um sonho tão envolvente e acordei tranquila no meio de uma onda
depois o vício de checar emails e a bomba que era esperada mas não naquela hora daquela forma brusca talvez escrevo trezentas vezes essa palavra

terça-feira, fevereiro 16, 2010

insight: tudo muito exagerado
sonhador, idealista
sem limites, uma confiança ingênua nas pessoas
sem perceber a superficialidade das relações
externa

ultrapassei o mètron

foi isso.
olhando os cds da Rita/papai vejo alguns do Charlie Parker e lembro dessa cena: papai já meio alto, depois de muitas doses de whisky, ficava muito muito triste e chorava pensando nele.