domingo, outubro 04, 2009

e esses dias de acordar cedo e varrer a sala e a mesa e ver apartamentos e tirar a agua la de fora e cozinhar e cuidar dos gatos e cortar os tecidos Marta o dia inteiro e pegar coisas no centro correndo...
sexta atum fresco grelhado souflé de ricota temperada vagens raris salada verde rucula agrião hortelã
quero fotografar meu espelhamento na parede lateral da cama; agora no quarto com o Coquinho meu gato não tenho mais um quarto fixo, ao mesmo tempo dormir nesse quartão(e nessa caminha) tem sido bom, voltar à ter intimidades com esse quarto, apesar de estranho a porta fechada e ao mesmo tempo desligada da casa e eu, so eu na casa...

descobrir porque não me sinto bem, ou tentar me sentir bem?

estava gostando de dançar, algumas pouquissimas vêzes flashs consegui não julgar passar pelo filtro das minhas, minhas, é raro
aceitar e ver além

sexta-feira, outubro 02, 2009


Espaço de espaços, rede de redes


Uma exposição subjetiva. Do blog. Das cartas. De objetos pessoais em caixas. Um diário, intimo ou não; exposição. Diluição da fronteira entre arte e vida, publico e privado, subjetivo e objetivo.
Um diário também é uma imagem criada, por mais fiel que seja. Às vezes um auto-retrato, expõe uma imagem; às vezes entra no espelho e vê um mundo do outro lado, são os olhos+o corpo interagindo no espaço com tudo, não é mais uma visão bidimensional.
Um relato do que acontece, do que se passa, passando dó privado ao publico, do interior ao exterior e vice-versa. Um hiperespaço onde continuo à escrever como fazia desde os 17, 18 anos, em pilhas de cadernos, juntando a escrita com a tecnologia, dois espaços e dois tempos distintos. Uma coleção de memorias que se materializam através de pequenos objetos do cotidiano coletados e armazenados ao longo do tempo.
Pequenos objetos, aparentemente sem nenhum valor além da função pratica à que foram destinados, que retornam, transformam seus significados. Um ingresso de cinema também é o filme; cartas que conservam para sempre o que são, memória;um esboço de desenho; etiquetas de roupas, e etc.

Virtual não é oposto de real; o virtual é potencial, conjunto de possíveis, possibilidades, onde se ganha liberdade para a construção do mundo e para a construção do eu online, de uma “hiperidentidade”. Ele suprime a idéia de tempo e de espaço, pois desterritorializa o texto no ciberespaço, onde as noções de identidade e localização deixam de ter sentido. Um espaço de espaços, rede de redes.
O virtual não é ausência de presença – è uma metáfora da presença, uma desapropriação do aqui e agora. O aqui e agora e sua mudança de identidade para um ciberespaço onde tudo é possível e atualizável.
Com a transposição do mundo virtual do blog para o material, através da impressão e exibição, um novo espaço é criado, resultado da mistura desses dois, virtual e real : um espaço do momento, do atual, existindo um fluxo multi-direcional entre eles; se por um lado se cria o real no virtual, por outro lado o virtual transforma e complementa o real; as fronteiras estão difundidas, difusas e interligadas. O blog, criado em outro espaço e tempo, agora esta ali, nesse tempo quase “eterno”.
As caixas, as cartas, o blog. Tirados do espaço onde estavam guardados, encapsulados fora do tempo, se transformam em quebra-cabeças de significados, caleidoscópios de instantes, de sentidos, de olhares.

quinta-feira, outubro 01, 2009

Queridos artistas

Vocês foram selecionados na terceira etapa do concurso Olheiro da Arte.

Seus trabalhos já estão disponíveis na galeria digital do projeto para o público conferir e votar na página http://www.olheirodaarte.com.br/index.php/ajudecurador. Os três eleitos poderão participar de uma mostra coletiva no Centro Cultural da Justiça Eleitoral, no Rio de Janeiro. O evento terá curadoria de Fernando Cocchiarale.
Divulguem!
Abraços,
Ana Paula Ferraz
Projeto Olheiro da Arte
www.olheirodaarte.com.br
olheirodaarte@tvcultura.com.br

quarta-feira, setembro 30, 2009




tem também esses Monteiros Lobatos com essas capas maravilhosas, anos 50, comprei na feirinha...









Tate Liverpool


Tate Liverpool
Albert Dock
Liverpool, L3 4BB, UK
+ 44 (0) 151 702 7400
http://www.tate.org.uk/liverpool

Joyous Machines: Michael Landy and Jean Tinguely
2 October 2009 - 10 January 2010


Jean Tinguely (1925-1991) was one of the most radical, inventive and subversive sculptors of the mid twentieth-century. A founding member of the Nouveau Réalistes, his work was playful, ironic and often anarchic. Joyous Machines: Michael Landy and Jean Tinguely at Tate Liverpool will be co-curated by renowned British artist Michael Landy who, having seen the Tate Gallery's Tinguely retrospective exhibition in 1982, has been significantly influenced by the artist and his constructive and destructive tendencies. In Break Down (2001) Landy catalogued and destroyed every single one of his possessions from his birth certificate to his car.

The exhibition will focus upon Tinguely's rarely examined early career, revealing the interplay in his sculpture between the functionless, the utilitarian and the destructive. The exhibition traces the development of Tinguely's work from the late 1940s building up to his momentous Homage to New York.

A major component of the exhibition is devoted to Homage to New York. Michael Landy's comprehensive research and responses to the work, including a new documentary film and a selection of his extensive series of drawings, will be presented alongside films and relics of the original event.

With the support of Pro Helvetia, Swiss Arts Council


Mark Rothko: The Seagram Murals
2 October 2009 - 21 March 2010
Admission free


In 1988 Tate Liverpool opened with a memorable display of Mark Rothko's The Seagram Murals. Over 20 years later the series will make a welcome return to the gallery. From 2 October 2009 – 21 March 2010 Tate Liverpool's ground floor gallery will be transformed into an emotive display of these nine significant paintings – the walls will be painted grey according to Rothko's specifications and atmospheric lighting will enhance the dramatic qualities of the works. This display is presented in conjunction with the Tate Collection display DLA Piper Series: This is Sculpture.

Supported by DLA Piper


Director Christoph Grunenberg
Curators Laurence Sillars & Michael Landy
Opening Hours - Tuesday - Sunday 10.00 - 17.50


41 Essex street
New York, NY 10002, USA

terça-feira, setembro 29, 2009

Bachelard, a intuição do instante

...é este tempo vertical que o poeta descobre quando recusa o tempo horizontal, isto é, o devir dos outros, o devir da vida, o devir do mundo. Eis, pois, as três ordens de experiências sucessivas que devem desatar o ser amarrado no tempo horizontal:

1. habituar-se a não referir seu tempo próprio ao tempo dos outros: quebrar os quadros sociais da duração;

2. habituar-se a não referir seu tempo próprio ao tempo das coisas: quebrar os quadros fenomenais da duração;

3. habituar-se - duro exercício - a não referir seu tempo próprio ao tempo da vida (não saber mais se o coração bate, se a alegria impulsiona): quebrar os quadros vitais da duração.

Somente então atingimos a referência auto-sincrônica, um centro de nós mesmos sem vida periférica. De repente, toda a horizontalidade plana se esvai. O tempo não corre mais. Ele brota.


(L´intuition de l´instant, 1973, p.103-106)
faltou o nome da Marilia que bordou todos esses...
virginia woolf, paixão
as ondas cheguei à passar muitas paginas para o computador separando as falas dos personagens as vozes varias vozes, gosto disso, de varias vozes narrando cantando solando, para ir percebendo a evolução de cada uma separadamente ao passar dos anos era uma idéia para uma peça?...é uma idéia ainda vaga onda idéia
orlando onde viajei intensamente imagens e delirios e depois o filme tb com a Tilda Swinton, um rococosubjetivo cheio de aventuras
mrs dalloway que nunca terminei
eles estão amarelados e velhinhos ...

segunda-feira, setembro 28, 2009

bakakai que não li, Franklin me deu e adora, foi para a fila mas vai ser uma empreitada, a edição é francesa, e me parece que tem algo de realismo magico, que cansei um pouco
talvez não
outro dia saiu um artigo sobre ele e o Bolaño e
não li ainda
gostei de voltar à ter filas de livros, eles estavam tão distantes esquecidos
alias foi isso
voltar à gostar das coisas












fotografei alguns livros, estava emocionada rsrsrs
as horas livro e filme maravilhosos o primeiro conto a imagem da Virginia W. indo até o rio com as pedras, vejo a imagem dela andando o ritmo pegando as pedras a musica marcada e ao mesmo tempo melodica do Philip Glass
o terceiro mrs.dalloway mrs.dalloway (lembrei agora dos Garfunkels cantando mrs. robinson e do filme, rsrsrs) a escrita sem fim pensamentos subjetiva adorava adoro isso
o segundo conto? lembro mais do filme, Julianne Moore que adoro, entediada infeliz a agua subindo naquele hotel
acho que comprei o segundo livro do MichaelCunningham, não lembro qual?
um, numero um, arrumando a estante e revendo livros pessoas estorias que nem lembrava que estavam ali, esse reencontro ...algumas pilhas foram-se formando, reler, dar uma olhada, ah, nunca li esse, porque não agora, se livrar. no meio disso tudo fui ver apto piccolo na prefeito joao felipe, asfixiante, depois condominio delicioso onde quero morar! ??? pensando pensando, às vezes, so às vezes! consigo sentir alivio...até alegria, hehehe

sábado, setembro 26, 2009

nancy cunard meio fora de foco
tem algo de anos 30, estou apaixonada por ele, querendo fazer com outros tecidos também...
voltando do dentista...

escrevendo no escuro

so consegui me sentir bem quando voltei para pegar minha carteira! e tomei cha de boldo...tinha uma época que o que me fazia bem antes de sair era passar creme! quando esquecia sentia que faltava algo...o que mais gosto de fazer agora é escrever. escrevo mentalmente enquanto ando até a esquina. resolvo escrever na kombi sem luz. escrevendo no escuro. penso em aprofundamentos, mergulhos, acho incrivel, provavelmente são fantasias, não sou eu. esses dois dias com dor e sono e os encaixes pararam.estava tudo "andando" rumo à...agora amanhã, domingo...preciso de um dia so para mim. para que tudo volte à se reconhecer, à reconhecer seus lugares, ah, isso era aqui, eu ficava aqui, e etc. jogo de encaixes, pecinha por pecinha.