sexta-feira, maio 04, 2007
festival da batata
Hoje meu horoscopo foi batata! Aliás, é impressionate como ele tem sido certeiro ... mágicas? Vontade de ir juntando `a cada dia e depois ir comparando com o dia que passou, mas esqueço e jogo o jornal prum canto depois que leio. O de hoje era : "Começo do dia agitado. Ou alguém faz barulho pouco antes da hora de você acordar, ou o carro não quer pegar, ou o ônibus atrasa. Enfim, coisas que ocorrem sem explicações. Vai ver que você estava meio sonolento e já se acomodando na vida...". Pronto : o pneu do carro estava furado! Incrível! Fernando não conseguiu tirar a roda, eu tinha que ir comprar mais fita de silicone...então fui `a pé daqui de casa até a Riachuelo, na Casa Show! E depois até a Chave! Coloquei a caixa de nôvo, e a volta `ao movimento até me fez tirar um pouco dos 100 quilos que estavam em cima de mim, não sei bem porquê!
Mudando o assunto, depois de ler o artigo do José Castello, "A Arte das Vidas Possíveis", em que ele fala saborosamente do escritor uruguaio Juan Carlos Onetti, acabei comprando A Trégua, mas de outro escritor uruguaio, Mario Benedetti! Coisas da vida...E adorei, é escrito em forma de diário, o que é muito sedutor, e é engraçado e sutil e ... e não sei escrever sobre livros! O outro que comprei, Os Detetives Selvagens, do escritor chileno Roberto Bolano (estou na fase latinoamérica!), tem uma capa linda com um pedaço de um quadro do Rodrigo Andrade, que eu adoro - ou adorava, não sei o que ele faz agora - mas esse quadro é da fase dos móveis e me lembro quando vi esses quadros, numa galeria na gávea e fiquei "de quatro"! Era tudo o que eu queria fazer, estava tentando fazer, achava que ia fazer! O livro também é em forma de diário, e começa assim :
2 de novembro
Fui cordialmente convidado a fazer parte do realismo visceral. Claro que aceitei. Não houve cerimónia de iniciação. Melhor assim.
3 de novembro
Não sei muito bem em que consiste o realismo visceral. Tenho dezessete anos, meu nome é Juan Garcia Madero, estou no primeiro semesre de Direito. Não queria estudar Direito, e sim Letras, mas meu tio insistiu e acabei cedendo. Sou órfão. Serei advogado. Foi o que disse ao meu tio e `a minha tia, depois me tranquei no quarto e chorei a noite inteira.
Maravilhoso! é irónico e franco, aliás comprei esse livro porque li esse começo e adorei, é o meu "teste" para simpatizar ou não com algum livro. Se o começo me pega, batata (de nôvo a batata!)
Os dois são diários, e me lembrei do Memórias de Helena, filme do David Neves que passou outro dia na Tve, sutil, delicado .. acho que é isso, e a franqueza. E também tenho os meus cadernos, `as vezes folhas soltas escritas, que tenho desde os 18, 19 anos...e este blog, que `as vezes fica abandonado, que `as vezes é um diário, uma forma de escapar, de tirar de mim isso tudo, de me re-alguma coisa, e que é bom.
Mudando o assunto, depois de ler o artigo do José Castello, "A Arte das Vidas Possíveis", em que ele fala saborosamente do escritor uruguaio Juan Carlos Onetti, acabei comprando A Trégua, mas de outro escritor uruguaio, Mario Benedetti! Coisas da vida...E adorei, é escrito em forma de diário, o que é muito sedutor, e é engraçado e sutil e ... e não sei escrever sobre livros! O outro que comprei, Os Detetives Selvagens, do escritor chileno Roberto Bolano (estou na fase latinoamérica!), tem uma capa linda com um pedaço de um quadro do Rodrigo Andrade, que eu adoro - ou adorava, não sei o que ele faz agora - mas esse quadro é da fase dos móveis e me lembro quando vi esses quadros, numa galeria na gávea e fiquei "de quatro"! Era tudo o que eu queria fazer, estava tentando fazer, achava que ia fazer! O livro também é em forma de diário, e começa assim :
2 de novembro
Fui cordialmente convidado a fazer parte do realismo visceral. Claro que aceitei. Não houve cerimónia de iniciação. Melhor assim.
3 de novembro
Não sei muito bem em que consiste o realismo visceral. Tenho dezessete anos, meu nome é Juan Garcia Madero, estou no primeiro semesre de Direito. Não queria estudar Direito, e sim Letras, mas meu tio insistiu e acabei cedendo. Sou órfão. Serei advogado. Foi o que disse ao meu tio e `a minha tia, depois me tranquei no quarto e chorei a noite inteira.
Maravilhoso! é irónico e franco, aliás comprei esse livro porque li esse começo e adorei, é o meu "teste" para simpatizar ou não com algum livro. Se o começo me pega, batata (de nôvo a batata!)
Os dois são diários, e me lembrei do Memórias de Helena, filme do David Neves que passou outro dia na Tve, sutil, delicado .. acho que é isso, e a franqueza. E também tenho os meus cadernos, `as vezes folhas soltas escritas, que tenho desde os 18, 19 anos...e este blog, que `as vezes fica abandonado, que `as vezes é um diário, uma forma de escapar, de tirar de mim isso tudo, de me re-alguma coisa, e que é bom.
quinta-feira, abril 26, 2007
domingo, abril 15, 2007
Alfaiataria e Camisaria
quarta-feira, março 28, 2007
"Pintemos Juntos"
domingo, março 25, 2007
Fernando esqueceu de levar o dvd para devolver. de repente resolveu sair, pegou a bolsa e pronto, saiu. outro dia isso também aconteceu comigo; ou melhor, sempre acontece...me impus algumas tarefas urgentes, saí. Quando estou no ônibus começei `a pensar : será que já não tenho essas imagens que estou indo imprimir ? Nem procurei! Porque essa pressa ? e não fui antes ao... e culpa e o escambau.
engrenagens.
tudo acontece porque não há calma.
a culpa nos faz andar atabalhoadamente essa palavra enorme e cheia de altos e baixos: a-ta-ba-lho-a-da-men-te!
depois nada deu certo.
dar certo, não dar certo...também porque essa aferição constante?
viver livre de culpas. acho que é sentença do I-Ching!
mas tem dias em que estou tão feliz! Ou sem pêso, tudo é leve e rápido e "vai". está indo...desliza.
isso, tem dias em que Eu deslizo.
e tem dias que se arrastam. Se arrastam o quê ? Correntes, cordas pesadas do fundo do fundo do
o problema dos dias deslizantes é que vou criando mil fantasias em cima e vou acreditando nelas e vivendo nelas e elas
e depois, ploft, elas somem e viram o dia, cinzento e
o dia simplesmente.
mas. agora. essa. transformação. já. não. é. tão. dura. assim.
Suporto.
o quê é o quê ? a verdade absoluta a realidade absoluta ...
realidades e realidades e paralelas e paralelas e infinitos e limites e medidas e
engrenagens.
tudo acontece porque não há calma.
a culpa nos faz andar atabalhoadamente essa palavra enorme e cheia de altos e baixos: a-ta-ba-lho-a-da-men-te!
depois nada deu certo.
dar certo, não dar certo...também porque essa aferição constante?
viver livre de culpas. acho que é sentença do I-Ching!
mas tem dias em que estou tão feliz! Ou sem pêso, tudo é leve e rápido e "vai". está indo...desliza.
isso, tem dias em que Eu deslizo.
e tem dias que se arrastam. Se arrastam o quê ? Correntes, cordas pesadas do fundo do fundo do
o problema dos dias deslizantes é que vou criando mil fantasias em cima e vou acreditando nelas e vivendo nelas e elas
e depois, ploft, elas somem e viram o dia, cinzento e
o dia simplesmente.
mas. agora. essa. transformação. já. não. é. tão. dura. assim.
Suporto.
o quê é o quê ? a verdade absoluta a realidade absoluta ...
realidades e realidades e paralelas e paralelas e infinitos e limites e medidas e
sexta-feira, março 23, 2007
terça-feira, março 20, 2007
Vovo e seus pintinhos!
domingo, março 11, 2007
fragmentos de um bar em botafogo
terça-feira, março 06, 2007
terça-feira, fevereiro 27, 2007
Sabado das quatro `as seis e meia.
praia cheia, além de cair no mar maravilhoso, peguei meu binóculo imaginário, fiquei olhando olhando ...
Menino de 5 anos toda hora traz uma concha do mar ou um palito pra mãe, sentada na sua cadeira. A mãe não tem barriga, usa um sutiá tomara que caia branco e muito filtro solar no rosto, que é mais claro que o corpo. Tem seios grandes, usa brincos, um biquini com uma fita grande que cai de lado... o pai fica com o filho, na beira da água. E ele sempre volta com alguma coisa para a mãe, com um olhar ansioso, querendo dizer algo, querendo agradar. Ele fica brincando com outras crianças também, meio perdido, procurando companhia. Só no final da praia a mãe se levantou e levou uns biscoitos e algo para ele beber (ele estava brincando com uma menininha).
O cara magro que chegou sózinho carregando uma cadeira e um livro vermelho ( que eu achei ser Meu nome é Vermelho, inventando uma certa cumplicidade imaginária e até um contentamento!, mas não tenho certeza), colocou a cadeira de frente para o sol e lá ficou...`as vezes eu via sua sombra contra a luz na própria cadeira, e tentava perceber se ele estava lendo ou não...
o casal que se ama, com olhares ternos e cúmplices e beijos na boca, com a filha loirinha e de pernas rechonchudinhas que andava olhando para os pés, como que maravilhada com o funcionamento fantásico daquele equipamento! Era uma criancinha de 1 ano e pouco, acho, que estava descobrindo as maravilhas de andar, as maravilhas de qualquer coisa... dava voltas pela areia, ia até a água, tocava na água, na areia, andava, andava. E os pais sorridentes e amorosos iam atrás!
o pai branco, com o cabelo dourado, parecia um americano. judeu? com as duas crianças e a pranchinha...primeiro vi a menininha carregando a prancha, decidida. Perdi de vista. Depois a vejo tentando tirar a prancha do irmão maior, que tenta desajeitadamente jogá-la na água para depois deslizar sobre ela, a menina corre para tentar pegar a prancha pra ela, mas nenhum dos dois consegue. O pai no meio, sem reação. Numa dessas correrias, ela corre demais e bate na prancha, torce o pé, chora. O pai a coloca no colo, leva pra cima. Eles estão "acampados" na parte de cima da areia, não consigo ver, já que meu posto de observação é `a beira-dágua. Tempos depois, eu estava na água, a vejo numa prancha maior, surfando deitada...e o pai lá, parecendo um treinador!
as gatinhas de biquininho jogando futivolei, modernas e descoladas ( e jovens!). Depois chegou um cara se enturmando, todo todo.
A menina olhando apaixonada pro namorado, acariciando-o, com um olhar de"dona".
Menino de 5 anos toda hora traz uma concha do mar ou um palito pra mãe, sentada na sua cadeira. A mãe não tem barriga, usa um sutiá tomara que caia branco e muito filtro solar no rosto, que é mais claro que o corpo. Tem seios grandes, usa brincos, um biquini com uma fita grande que cai de lado... o pai fica com o filho, na beira da água. E ele sempre volta com alguma coisa para a mãe, com um olhar ansioso, querendo dizer algo, querendo agradar. Ele fica brincando com outras crianças também, meio perdido, procurando companhia. Só no final da praia a mãe se levantou e levou uns biscoitos e algo para ele beber (ele estava brincando com uma menininha).
O cara magro que chegou sózinho carregando uma cadeira e um livro vermelho ( que eu achei ser Meu nome é Vermelho, inventando uma certa cumplicidade imaginária e até um contentamento!, mas não tenho certeza), colocou a cadeira de frente para o sol e lá ficou...`as vezes eu via sua sombra contra a luz na própria cadeira, e tentava perceber se ele estava lendo ou não...
o casal que se ama, com olhares ternos e cúmplices e beijos na boca, com a filha loirinha e de pernas rechonchudinhas que andava olhando para os pés, como que maravilhada com o funcionamento fantásico daquele equipamento! Era uma criancinha de 1 ano e pouco, acho, que estava descobrindo as maravilhas de andar, as maravilhas de qualquer coisa... dava voltas pela areia, ia até a água, tocava na água, na areia, andava, andava. E os pais sorridentes e amorosos iam atrás!
o pai branco, com o cabelo dourado, parecia um americano. judeu? com as duas crianças e a pranchinha...primeiro vi a menininha carregando a prancha, decidida. Perdi de vista. Depois a vejo tentando tirar a prancha do irmão maior, que tenta desajeitadamente jogá-la na água para depois deslizar sobre ela, a menina corre para tentar pegar a prancha pra ela, mas nenhum dos dois consegue. O pai no meio, sem reação. Numa dessas correrias, ela corre demais e bate na prancha, torce o pé, chora. O pai a coloca no colo, leva pra cima. Eles estão "acampados" na parte de cima da areia, não consigo ver, já que meu posto de observação é `a beira-dágua. Tempos depois, eu estava na água, a vejo numa prancha maior, surfando deitada...e o pai lá, parecendo um treinador!
as gatinhas de biquininho jogando futivolei, modernas e descoladas ( e jovens!). Depois chegou um cara se enturmando, todo todo.
A menina olhando apaixonada pro namorado, acariciando-o, com um olhar de"dona".
sexta-feira, fevereiro 23, 2007
Marluce
Continuando com a "saga" das lojinhas antigas...A Casa Marluce fica na Voluntários da Pátria e é um armarinho -" presentes novidades miudezas". Os donos são a Suely e o marido, que está atrás do balcão. Esqueci de perguntar desde quando existe! Novidades nas próximas edições!O que acho engraçado, ancrônico: os dizeres no papel rosado, as calçolas de senhora no balcão, a falta total de design, o que cria um ambiente acolhedor e um pouco triste ao mesmo tempo, ingênuo talvez.
quinta-feira, fevereiro 08, 2007
Montiel
Nesses dias em que fico em casa com o pé estirado para cima, depois de torcê-lo após correr atrás do bonde!, lendo e lendo Os Filhos da Meia-Noite e adorando adorando adorando. Salman Rushdie escreve de uma forma engraçada, leve, como se estivesse contando essa estória para mim! E é isso que o livro é: uma estória enorme, cheias de personagens obsessivos, crenças várias, algumas comidas, e um realismo mágico bem dosado, junto com a estória de um país nascendo, com todos seus conflitos étnicos e religiosos - como diz na introdução do livro, os ocidentais lêem como fantasia, mas na India é visto como realista.( "Eu podia ter escrito seu livro, disse um leitor ao escritor; "conheço tudo aquilo"). E nomes maravilhosos (de nóvo!), como Padma, Mumtaz, Amina, Alia, Musa, Aadam Aziz, Tai, Lila Sabarmati...
quarta-feira, fevereiro 07, 2007
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