sábado, novembro 24, 2012

quando stolz resolve ir conversar seriamente com olga, me parece que eu também tenho que tomar uma decisao importante. todos tem questões que se passam so em suas cabeças, e se enrolam com elas, principalmente oblomov, obviamente. sou um pouco ele. oblomov c'est moi, apesar de que não li madame bovary. leo disse que é chato. esta aqui. esperando para dar uma corrida, me aliviar no esforço e na respiração e no caminho e no suor. e em outras coisas que não sei. como no sonho, corria num espaço de dunas e areias. parece que o peito que vai na frente, puxando levando.

sexta-feira, novembro 23, 2012

resumo escolar

Frantisek Kupka, The yellow scale, 1907, oleo s/ tela, Museum of Fine Arts, Houston, Texas, Usa
(autoretrato), além de estudos sobre a vibração das cores ( Goethe,...), estudava ocultismo, partiu de uma arte simbolista à abstração, participando do orfismo junto com Leger e Robert Delaunay,

terça-feira, novembro 20, 2012

como se tivesse começado uma nova historia mas que ainda não começou so como pensamento abstrato
porque também essa obrigação de que tem que dar em algo tem que dificuldade em ser simplesmente sem essa concretude invisivel mas envolvente voltou the ever evolving etude embora escutando a.c. lendo sobre o anuar brahem os que escuto mais esses dias um tunisiano e um israelense
tinha esquecido do inicio do coração tão branco quando a filha se mata no banheiro durante o almoço um tiro no peito caida no banheiro imagem forte e dramatica para um começo e que depois é abandonada essa imagem essa historia e depois isso ficou esquecido e leyla au pays du carrousel dejà la nuit rue du depart nomes bonitos ficou esquecido por mim outro dia que é uma maneira boa de se começar algo se começar uma frase mas não era dia e sim noite não se começa com outra noite ontem a mulher que fez minhas unhas era enorme e estavamos numa sacada um mezanino tudo ficava maior ainda a sensação de anormalidade e fazia comentarios sobre as coisas os flamenguistas por exemplo ou o goleiro bruno e então outra noite comecei à tremer tenho isso de vez em quando começo à tremer nervosismo sei la esse cedilha ç ao lado do à me da nervoso parece um a vazado ao contrario e entra um frio pela janela que não consigo fechar um la fora que eu queria isolar miranda entra e fala qualquer coisa que não entendo e so digo o que é curucucu esta sentada no pé da cama olhando diversas possibilidades em cima da mesa que quero tirar o quadro negro o apagador giz dentro de um rolinho de filme rescue dois envelopes com contas que tem que ser vistas e organizadas e nunca são celular caixa de fosforo isqueiro bauzinho caneta dois ou tres tubinhos de cremes pen drive oculos luminaria foto da mamãe papel pelo menos a pilhinha de livros e cadernos coloquei em cima da cômoda no fundo esta bom bom com pitadas de ruim

sexta-feira, novembro 16, 2012

as tartarugas vieram todas me ver as filhotes sempre juntas mas não aconteceu nada de excepcional era so eu sem nenhuma comida ( batata!) ou presente lindas mesmo assim enquanto esperava olhando e depois ouvi atentamente e calma e olhei olhos fixos. acabei trazendo o sebald e a l.h. ? the ever evolving etude

quinta-feira, novembro 15, 2012

alguma informação sobre Billie Holliday você achou o ginzburg a pilhinha dele serena dom quixote  varias pessoas chamam ele de gordinho oblomov tem um criado pessoal as pessoas nem se vestiam não faziam absolutamente nada e os criados nem recebiam salario! não tem muito charme as musicas que tocam la porque não avishai cohen? poems elizabeth bishop you don't know what love is
Matéria de estrelas

Porque é tudo para sempre, mesmo a efémera morte,
encontrar-nos-emos eternamente
e nunca mais nos veremos.
O impossivel volta a ser impossivel. Para sempre.

Impossivel é cada manhã aberta,
um deus sonha consigo através de nos.
às vezes quase posso toca-lo, ao deus,
surpreendê-lo no seu sono, também ele real e efémero.

Matéria, alma do nada,
os mortos ouvem a tua musica solida
pela primeira vez, como uma respiração de estrelas.
A sua intranquilidade transforma-se em si mesma, musica.
chegou o Pina fiquei tão feliz pela epopéia veio de Portugal! de fora d'além mar e ver a caixa em cima da mesa da portaria e abrindo no carrinho
agora não sei

leio
aonde guardar um botão pequeno, um elastico de cabelo em forma de fio de telefone enroscado que a ana claudia "audrei" me deu e o pé do porta-retrato de madeira que soltou a foto da mamãe  desaparecendo lentamente sépia
varios blogs abandonados tenho que cancelar alguns por falta de uso incorpora-los aqui e robinson crusoé obtendo significados numa ilha ontem o cliente que havia entrado desesperado pedindo um livro no outro dia e esta gostando do enamoramentos que indiquei adorei e o philip k. dick tenho que arrumar esse livro fahrenheit ainda não olhei e talvez por isso tenha gostado do tia julia e o escrevinhador por causa dessa mistura entre ficção e vida vontade de falar isso ao ricardo piglia ei vc esqueceu de citar esse porque? para o meu memorial que não anda arquivinho ou o fichario dar uma olhada na viola spolin porque não obviamente estou fantasiando como com tudo como agora conversando imaginariamente como se ele fosse o meu namorado haha parece coisa de criança que tem um amigo ou um irmão imaginario ou sempre temos na verdade e isso é uma falta? depois me culpando depois liberando o problema maior é essa censura interna mas se ficar sem a censura fica impossivel? essa conversa silenciosa durante a semana significados dispersos aqui e ali esbaforidos. ao mesmo tempo deixar e o homem no ônibus rezando por mim denilson? e na mesma noite a mensagem do deixa ir me repito voltar ao ultimo leitor que é delicioso esta frio queria um chocolate talvez um cha isso. acho que quando namoramos engordamos ( d'aprés ...).

domingo, novembro 04, 2012


"As Ondas", de Virginia Woolf
Por Alexandra Lucas Coelho 
Poucos romances, em todo o século XX, nos mostraram tão intensamente como a literatura podia ser ainda uma coisa nova e viva
Podemos começar pelo que este livro não é, para arrepiar caminho. E para isso, tomemos de empréstimo o que dele disse Jorge Luis Borges: "Não há argumento, não há conversa, não há acção." Era um cumprimento. E Virginia Woolf estaria de acordo. Assim, solto da ganga romanesca e dentro da cabeça que pulsa, o quis ela, desde o princípio.
Em Novembro de 1928 - tinha ela 44 anos, e era já a autora aclamada de "Orlando, "Mrs. Dalloway" ou "Rumo ao Farol", três dos seus mais notáveis romances -, escreveu Virginia Woolf no seu diário: "Quero eliminar todo o desperdício, todas as coisas mortas, o supérfluo: dar o momento inteiro, com tudo o que faz parte dele. Digamos que o momento é um misto de pensamento, de sensação, a voz do mar... Esse medonho assunto da narrativa realista, avançar do almoço para o jantar, é falso, irreal, meramente convencional. Porquê admitir algo na literatura que não seja poesia - até à saturação, mesmo? É isso que quero fazer em 'As Mariposas'"
"As Mariposas" foi, entre 1928 e 1929, o título provisório desse projecto, dessa "tentativa completamente nova" no interior da literatura. Depois, quando Virginia Woolf se lembrou "de repente" (a expressão é dela) que as mariposas só voam de noite, mudou o título para "As Ondas". E no Outono de 1929 começou a escrever aquela que viria a ser considerada por muitos (não Borges, que preferia "Orlando") a sua obra-prima.
Bernard, Neville, Louis, Jinny, Susan, Rhoda. Seis personagens, seis vozes que falam, não umas com as outras, não para fora, mas dentro de si - há ainda uma sétima personagem, Percival, que a todos fascina, mas que nunca escutaremos.
Cada fala destas seis personagens (seis faces de um rosto único?) é a torrente caótica e fabulosa de imagens e palavras que se forma dentro da cabeça em minutos, em segundos. São eles - as suas vozes, sempre em discurso directo - que nos levam através do seu percurso, da infância à maturidade, em nove etapas. O livro percorre, nessas etapas, o tempo da vida humana.
Mas há um outro tempo, paralelo, sem personagens, sem fala, antes de cada etapa: uma descrição da viagem que o sol faz ao longo de um dia, e do efeito desse movimento numa paisagem com mar. As ondas quebram-se assim, sincopadamente, tal como bate o coração. 

oblomov parece uma peça de teatro, ja entraram e sairam umas 5 personagens trazendo o mundo la de fora e ele continua deitado na cama, achando que não ha nada melhor à fazer, no fundo... enquanto isso o coronel chabert me parece um pouco improvavel, irreal. e a mulher dele também. talvez novelas sejam irreais.