domingo, abril 21, 2013
terça-feira, abril 16, 2013
o rosa da porta cansei
meus personagens syd os primos cioran see-saw saucerful of secrets
deitamos no chão de pedra eu e fred cada um do seu jeito as nuvens bichinhos um pedaço de lua as tomadas de cima que vou fazer e foi quase mágico será que os gatos percebem a lua
casa do arnoldo casa 20 pedra do fundo o céu com a årvore
só miranda sumiu mas isso vive acontecendo
como como como resolver
meus personagens syd os primos cioran see-saw saucerful of secrets
deitamos no chão de pedra eu e fred cada um do seu jeito as nuvens bichinhos um pedaço de lua as tomadas de cima que vou fazer e foi quase mágico será que os gatos percebem a lua
casa do arnoldo casa 20 pedra do fundo o céu com a årvore
só miranda sumiu mas isso vive acontecendo
como como como resolver
segunda-feira, abril 15, 2013
nos cumes do desespero, cioran
Ser lírico
Porque não podemos permanecer encerrados em nós mesmos? Porque insistimos em correr atrás da expressão e da forma, no intuito de nos esvaziar de conteúdo e sistematizar um processo caótico e rebelde? Não seria mais fecundo entregarmo-nos a nossa fluidez interior, sem desejo de objetivar, apenas sorvendo, voluptuosos, todas as nossas ebulições e agitações întimas? Viveríamos, assim, numa intensidade infinitamente fértil, todo aquele crescimento interior que as experiências espirituais dilatam até a plenitude. Vivências múltiplas e diferenciadas se fundiriam para engendrar as mais fecundas efervescências. Uma sensação de atualidade, de presença complexa dos conteúdos anímicos surge como resultado desse crescimento, comparável a uma elevação das ondas ou a um paroxismo musical. Ser cheio de si, não no sentido de orgulho, mas no de riqueza, ser atormentado por uma infinidade interna, que acabamos sentindo que morremos por causa da vida. E´tão raro e estranho esse sentimento, que deveríamos vivenciá-lo aos berros. Sinto como se devesse morrer por causa da vida e me pergunto se teria sentido buscar uma explicação. Quando todo o passado da alma palpita dentro de nós num momento de imensa tensão, quando uma presença total atualiza as experiências aprisionadas e quando um ritmo perde seu equilíbrio e uniformidade, a morte nos arranca dos cumes da vida sem que conheçamos diante dela aquele horror que acompanha a atordoadora obsessão da morte. É um sentimento análogo `aquele dos amantes nos cumes da felicidade, diante dos quais surge, passageira mas intensa, a imagem da morte, ou aos acessos de incerteza, quando, junto com o nascimento do amor, emerge o pressentimento do final ou do abandono.
...
Porque não podemos permanecer encerrados em nós mesmos? Porque insistimos em correr atrás da expressão e da forma, no intuito de nos esvaziar de conteúdo e sistematizar um processo caótico e rebelde? Não seria mais fecundo entregarmo-nos a nossa fluidez interior, sem desejo de objetivar, apenas sorvendo, voluptuosos, todas as nossas ebulições e agitações întimas? Viveríamos, assim, numa intensidade infinitamente fértil, todo aquele crescimento interior que as experiências espirituais dilatam até a plenitude. Vivências múltiplas e diferenciadas se fundiriam para engendrar as mais fecundas efervescências. Uma sensação de atualidade, de presença complexa dos conteúdos anímicos surge como resultado desse crescimento, comparável a uma elevação das ondas ou a um paroxismo musical. Ser cheio de si, não no sentido de orgulho, mas no de riqueza, ser atormentado por uma infinidade interna, que acabamos sentindo que morremos por causa da vida. E´tão raro e estranho esse sentimento, que deveríamos vivenciá-lo aos berros. Sinto como se devesse morrer por causa da vida e me pergunto se teria sentido buscar uma explicação. Quando todo o passado da alma palpita dentro de nós num momento de imensa tensão, quando uma presença total atualiza as experiências aprisionadas e quando um ritmo perde seu equilíbrio e uniformidade, a morte nos arranca dos cumes da vida sem que conheçamos diante dela aquele horror que acompanha a atordoadora obsessão da morte. É um sentimento análogo `aquele dos amantes nos cumes da felicidade, diante dos quais surge, passageira mas intensa, a imagem da morte, ou aos acessos de incerteza, quando, junto com o nascimento do amor, emerge o pressentimento do final ou do abandono.
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domingo, abril 14, 2013
essa cômoda branca do quarto
essa cômoda do quarto branca
tão cara de cômoda de quarto
teve uma hora que achei tudo isso vivopiscando extensões minhas a bolsa de listras fortes e a de pano que era da Alice e queria até saber dela que sumiu
mochila pebê que gosto e não
tudo gosto e não porque possibilidades e também coisa parada esperando
quero preciso aprender como melhorar o tomateiro
sobre o louro que guarda como
sobre freud
formas classificações
talvez não queira mesmo e acho só que quero
e a biografia da claire dunne sobre jung e as casas de madeira na beira do Bósforo queimando
e eu meio perdida tentando achar entender mas não
e sim
essa cômoda do quarto branca
tão cara de cômoda de quarto
teve uma hora que achei tudo isso vivopiscando extensões minhas a bolsa de listras fortes e a de pano que era da Alice e queria até saber dela que sumiu
mochila pebê que gosto e não
tudo gosto e não porque possibilidades e também coisa parada esperando
quero preciso aprender como melhorar o tomateiro
sobre o louro que guarda como
sobre freud
formas classificações
talvez não queira mesmo e acho só que quero
e a biografia da claire dunne sobre jung e as casas de madeira na beira do Bósforo queimando
e eu meio perdida tentando achar entender mas não
e sim
quarta-feira, abril 03, 2013
o monge beneditino diz para encontrar força nas brincadeiras que se fazia quando criança de onde obtinha a minha força quando criança?se bem que não nos fazíamos essa pergunta em que lugar a minha energia fluía mais? de que brincava por horas sem me cansar? escrevia tocava piano e nunca mais consegui que o meu piano ficasse bom meses e meses tentando consertar brincava com bonecas de papel que quando rasgavam eu gardava na gaveta esperando que consertassem que chegaria um momento em que elas seriam consertadas com alguma medicina de bonecas de papel moderna tocava piano naquele corredor entre os quartos ou na sala de baixo e também na guillobel como se tivesse roído alguma coisa dessas lembranças e lia estórias pro pedro e pro andré quando ele dormia lá será que eles lembram e lia aqueles livrinhos da ediouro meninos da rua paulo desastres de sofia a bolsa amarela diário de verônica monteiro lobato
amanhã acordar mais cedo, uma hora só
amanhã acordar mais cedo, uma hora só
enquanto descia um pedacinho de piscina que dá pra ver embaixo, entre folhas verdes, as duas primeiras casas e suas janelas envelhecidas principalmente a segunda - onde mora uma senhora que quase nunca sai e a filha gordinha que gosta de cerveja e elas pegam o carrinho só para atravessar o túnel e a outra casa que está em obras e dá para ver aqui de cima também, meio escondida, será que fica bom isso? e a casa que era dos funcionários e virou um depósito, uma foto plongé, e as tantas árvores mas isso não sei
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