quinta-feira, abril 08, 2010

A Single Man, delicado e bonito. Planos fechados, amorosos, detalhes. Colin Firth está ótimo e Julianne Moore maravilhosa, como sempre. Adoro ela. Ela me lembra a Denise, ex do papai, ruiva, sardinhas, com algo de princesa decadente, gim à beira da piscina. No caso dela, à noite. Adorei ir ao cinema, tão pertinho, algumas vezes fazia isso, simplesmente saia de casa e ia. Fui andando com uma muleta só, guarda-chuva na outra mão. Tomei um café e pães de queijo, virou uma tradição para mim. Sempre comprava isso nas minhas inúmeras idas ao Estação. Tinham mais 3 ou 4 pessoas no cinema! Acho que li esse livro, do Christopher Isherwood. Acho é ótimo...já esqueci metade do que li. Terno preto, camisa branca, sapato preto sem meia. O vestido dela completamente maravilhoso, black and white geométrico anos 60, com uma cauda atrás. E o cabelo para cima, maquiagem, solidão. Tons sépia. Bel ligou no caminho. Lindinha. Estava no seu carrinho lindo. Não deu para entender muito, celular estava ruim. É bom sentir as pessoas, amorosas, dá um quentinho. Minha tendência é me fechar como uma ostra. Eu, eu, eu. Não sei receber, talvez. Kamikaze emocional, Franklin disse. Maybe. Ou não.
Me dei de presente uma massagem com o Eusébio, o massagista cego do Spa Clinic. Na hora foi bom, mas talvez não fosse isso que realmente iria adiantar, porque minha cabeça não pára de se culpar e de fazer cobranças. Ele havia dito isso da outra vez, que eu me cobrava muito. Dessa vez não disse nada. Preciso de massagem na cabeça! Apesar dos vários nós que ele encontrou e massageou bastante, acho que o que eu mais gostei foi o cafuné na cabeça no final, e quando ele pousou minha cabeça de lado em uma mão para massagear o pescoço. Carinho. Aroma de chocolate e alecrim. Depois ele disse pra eu cuidar do meu emocional fazendo uma massagem metafísica...lembrei das massagens de harmonização que fazia no Ivi e no Franklin. Antes tinha pego a bicicleta, tentei amarrar a muleta nela e não deu, confusão, acabei deixando a muleta na loja de bicicleta e sai, meio capenga e insegura, torta pelas ruas. Bicicleta alta, na hora de apoiar o pé no chão tenho que ficar na ponta dos pés...e não dirigia há um tempo! Aliás não sou boa motorista, rsrsrs, simplesmente vou mesmo assim. ...foi uma tentativa de não ficar aqui criando minhocas. Dois santos quebrados na Daqui que vou tentar restaurar...achei que tinha algo para receber e necas. Comprei um rescue. Talvez o que eu precise mesmo seja ocupar minha cabeça 24 horas com coisas alheias à mim, mas dirigi minha vida para o oposto disso, para um trabalho pessoal e... Ontem fui agressiva, acho, me senti mal depois.

terça-feira, abril 06, 2010

Perfil do signo de Peixes
Nada mais pisciano do que o verso dos Titãs : "o acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído""...
Muitas vezes a maneira de agir dos piscianos parece estranha e incompreensível. Às vezes eles dão a impressão que estão andando sem rumo, outras que não estão prestando a menor atenção às coisas que estão acontecendo em volta. Quando a gente os conhece melhor, percebe que não é nada disso. Eles apenas estão ligados num tipo de realidade que a maioria não vê.
O signo de peixes é regido por Netuno, o senhor da inspiração e da sensibilidade. Esse planeta governa tudo o que afasta do real, do material e presenteia seus filhos com uma imaginação fabulosa e com o dom de compreender o que os outros sentem sem precisar de palavras. Quando essa sensibilidade é bem canalizada, gera pessoas encantadoras, artistas de talento e curadores maravilhosos.
Como são permeáveis ao que se passa no mundo emocional das pessoas que o cercam, os piscianos demoram para separar essas impressões dos seus verdadeiros sentimentos. Estão sempre sendo invadidos por sentimentos que não são seus. Quando essa sensibilidade não encontra uma saída, acaba aparecendo como confusão e instabilidade, se expressando num vago e constante sentimento de culpa e em depressões ou medos sem razão aparente. O desejo de escapar dos limites do mundo material e experimentar outras dimensões da realidade pode levar a uma dificuldade de se adaptar ao real.
O planeta da inspiração é também o paneta das drogas e dos vícios. A capacidade de "sentir o sentimento do mundo"pode atrapalhar a definição clara da identidade e o pisicano corre o risco de se afogar na própria sensibilidade, de se apegar ao primeiro guru que prometer um porto seguro.
Mas no meio do que parece uma confusão, existe sempre alguma coisa querendo brotar. A dificuldade é cumprir o destino pisciano de dar forma ao que não tem forma e ser um canal para as coisas novas sem se preocupar com o prestígio que possa vir daí. ( Monica Horta, ig)

segunda-feira, abril 05, 2010

a chave da bicicleta da Ursula está comigo!!!
hoje aula de estética clássica. antiga. professor engraçado, falava algumas palavras em grego, gosto disso. culto. no meio da aula lembrei que provavelmente já havia feito essa matéria há 20 anos atrás, caverna de Platão, blá blá blá; e que poderia pedir isenção. por outro lado como não tenho mais as coisas frescas na minha cabeça e esqueço tudo... e é interessante esse começo da filosofia e todas essas questões, filosofia questionando a mitologia, Homero, sofistas e etc, a revolução que foi o pensamento de Sócrates na época - e hoje em dia acho ele um pouco chato e reacionário...mas porque agora Sócrates e Platão e hermenêutica e arrebatamento? na hora gostei. enfim, nem sei realmente se continuo na unirio. ir à urca é um saco. no começo adorava aquele lugar bonitinho, decadente e com árvores. sempre uma tendência à romantizar as coisas. e no fundo não sei bem por que. não quero só passar o tempo. o que mais me irritou foi quando uma aluna começou à falar de Descartes!
estou achando tão absurdo o marido da Anna somente perdoá-la porque ela está à beira da morte, e ela se sentir realmente culpada, sem uma independência, sem o orgulho que parecia que ela tinha no começo. ela foi ficando uma pessoa triste... e no começo ela era tão viva.

domingo, abril 04, 2010

sei que gostei dessa definição do paroxista.
O livro que não sei bem porque comprei, O paroxista indiferente, do Baudrillard.
O paroxítono, cujo equivalente em latim é o penúltimo, carcteriza em prosódia a penúltima sílaba. O paroxismo, portanto, seria o penúltimo momento, ou seja, não o do fim, mas aquele precisamente antes do fim, precisamente antes de que não haja mais nada a dizer.
O paroxista se liga aos fenômenos extremos, mas não compartilha a ilusão do fim. Ele vive na iminência desse fim. Não é fanático nem prosélito, nem exorcista, mas apenas a violência do paroxismo e o charme discreto da indiferença. Apenas equilibra-se entre os extremos, lá onde, nos confins da indiferença, ainda brilha um lampejo de desespero. Sem dúvida, ele é também a imagem do nosso tempo.
Livro um : por que existe nada no lugar de alguma coisa?
outro dia comprei um livro. fui ao mercado e comprei coisinhas. ontem fui ao cinema e comi um sanduíche no B. estou me sentindo um ser de outro planeta, fazendo "travessuras". depois não tinha como sair de casa e tive que pedir pra Rita...risos.
a máquina tirou fotos enquanto eu andava, rsrsrs.




























quarta-feira, março 31, 2010


nadando, uma braçada atrás da outra, vejo o movimento do meu braço dentro da água, lento, vai na frente e puxa voltando, bate na coxa de raspão, 13 braçadas até um lado, 13 até o outro. queria que fosse mais rápido. colocar o braço com mais força quando entra na água, ter uma consciência maior da água sendo puxada ou será que a cabeça está muito afundada ?

segunda-feira, março 29, 2010

Sempre que estou desanimada lembro de estórias de pessoas que tomam muitos remédios, pílulas e mais pílulas. Olho pro meu vidrinho de remédio homeopático e penso que isso não vai dar certo, rsrsrs...foi para o hospital depois de uma overdose de glóbulos de arnica!
fumar cigarro é outra ação que parece bacanérrima, ao levar o cigarro `a boca e dar uma tragada profunda e existencial parece que todos os problemas são resolvidos naquele instante.
preciso ser menos naturalista.
hoje na pisicina pulei de espreguiçadeira em espreguiçadeira, seguindo o sol que se afastava, até chegar na última. depois era a rua. como está vindo uma chuva, foi bom ter aproveitado esse lovely and beautiful day e aproveitado alguns raytos de sol, e de cloro também! nadei um pouquinho, o fôlego que era pouco está mais raro depois de dois meses e meio de pé quebrado, mas é sempre uma delícia mesmo assim. qdo cheguei só tinha uma outra mulher, num canto, que se foi logo. fiquei um tempo só, lendo o História do amor, que é envolvente e um pouco água com açúcar, o que era de se esperar com esse título, já que o Anna K. não é bem um pocket book... no final chegou um cara mais velho com uma criancinha linda, achei que era um pai mas era um avô, pelo que ouvi. ele colocou a criança lourinha na piscina redonda, quase um tanque, e foi lindo ficar vendo a alegria dos dois. esse cd do Yo-Yo Ma tocando Piazzola é lindo, vou gravar para.

domingo, março 28, 2010

Ele é bem contraditório. Aliás, todos são. Vrónski. Anna.
Liévin me parecia meio idealista no começo mas agora acho que não, ele é bem prático e com idéias estabelecidas,talvez idealista porque ele tem vontade de mudar a forma como as coisas são feitas no campo e encontra resistências mas ele não tem uma visão romântica nem paternalista dos mujiques, um pouco parecido com Dolly que é um personagem bem triste e resignado, quando ela vai para Ierguchovo e se mistura às camponesas na igreja parece muito com ele ceifando com os mujiques, o mesmo encantamento e identificação solitária. Ainda estou na parte 3 e são 8.
como sempre adoro os nomes Varienka Andréievna Matriona Filimónovna Katierina Pávlovna