Estava procurando alguma coisa sobre Gabinete de Curiosidades, e achei essa biografia tão absurdamente trágica que é maravilhosa!
Georg Rumphius (1627 – 1702) Mais conhecido pela autoria da obra Herbarium Amboinensis, um catálogo de plantas da ilha de Amboina.
...Depois de ficar cego, em 1670, Rumphius continuou o trabalho no seu manuscrito de seis volumes, com ajuda de outros. A sua mulher e filhos pereceram num terremoto, pouco depois. Em 1687, quando o seu projeto estava próximo de ser acabado, as ilustrações perderam-se num incêndio. Com perseverança, Rumphius e os seus ajudantes completaram o livro em 1690, mas o navio que carregava o manuscrito para a Europa foi atacado pelos franceses e afundou, forçando o recomeço da obra a partir de uma cópia que havia sido preservada. Finalmente a obra chega à Holanda em 1696. No entanto, a Companhia das Índias decidiu que continha demasiadas informações sensíveis e o manuscrito acabou por não ser publicado nessa época. Publicado finalmente em 1741, 39 anos após a morte de Rumphius.
terça-feira, setembro 18, 2007
sábado, setembro 15, 2007
Floresta mágica ou As Erínias ( Fúrias)
Minha barriga está enorme. Fiquei horas me atrapalhando no computador, nada abria, nada fechava, tudo por culpa de uma atualização de software que aceitei. Continua lento tudo e não consigo escutar música, que era a idéia principal. A idéia principal na verdade é que não tenho me sentido muito bem. Já li isso em algum lugar... também não quero ficar com pena de mim, quando vejo que isso está acontecendo... Ah, a música apareceu, que bom. Piano. Sense and Sensibility, Patrick Doyle. Agora entrou um clarinete. Floretas, musgos, o filme de ontem, Sonhos Eróticos de uma Noite de Verão, a peça que li, foi gostoso ver os elementos que o Woody Allen pegou, uma espécie de homenagem, tem os espíritos, o Woody Allen voando, Ariel...os desejos soltos na floresta mágica... é tentador, vontade de entrar nessa floresta também e ser Ariel !! - ou ter Puck de ajudante...ou ser Próspero que bola tudo e tem a ajuda dele. Talvez porque eu eu eu esteja vivendo uns dias meio nada, vivendo dias sem sentido. fora da floresta. por mim mesma, sei disso, ninguém me obrigou `a isso. E poderia, poderia? não estar assim. não quero, mas parece que depois que se entra não se consegue mais sair como se eu estivesse dentro de um barril e só visse as paredes desse barril que aliás sou eu mesma é bom quando percebo as maluquices que minha cabeça faz comigo e então me dá um alívio mas ao mesmo tempo fico abismada com essas maluquices mesmas terem acontecido. tipo a timidez neurótica na aula do Hélio. ou a saia que rasgou no bazar e não tive coragem de falar. rolos que invento para mim. isso tudo acontece quando fico muito fora, além, fora de mim.
voltar `a gostar das coisas... a contradição é a frase do filme do Ozu, "...a vida meio decepcionante". ver a frase certa.
quando é para estar (ou não) numa situação.
voltar `a gostar das coisas... a contradição é a frase do filme do Ozu, "...a vida meio decepcionante". ver a frase certa.
quando é para estar (ou não) numa situação.
quarta-feira, setembro 05, 2007
segunda-feira, agosto 27, 2007
a vida como ela é
Essa foi a estória mais engraçada que li no jornal hoje...dono de sebo, apaixonado por livros, é analfabeto e está sendo alfabetizado por moça cega! Se estivesse num filme ninguém ia acreditar!
"Recife - `A primeira vista, parece um sebo como outro qualquer, desses que movimentam esquinas, praças e calçadas da capital. Um meio de vida para João Joaquim da Silva, de 48 anos, trabalhador desde os 7 anos de idade e vendedor de livros há 34. A atividade lhe rendeu o sustento da casa, a construção de um pequeno imóvel para morar e ainda a educação do filho, que é militar. Até aí tudo bem, se não fosse um detalhe : o sebista é analfabeto. mas ama os livros. O fascínio diante de um objeto - de conteúdo para ele tão desconhecido - terminou comovendo Maria da Conceição Nunes, 53 anos, psicóloga, psicopedagoga e atualmente fazendo pós-graduação em educação especial. Bigode, como é mais conhecido, está aprendendo a ler com a professora. E aí entra mais um detalhe curioso na vida do pernambucano que não sabe, sequer, a cidade onde nasceu : Conceição é cega.
A deficiência não a impediu de se oferecer como voluntária, arranjar uma sala e um computador na Escola Cristiano Donato e acabar com a "cegueira" de Bigode, como ele mesmo define o fato de não conhecer nem mesmo as letras. Ele agora fecha mais cedo sua banca de livros no bairro da Encruilhada. Antes o fazia `as 18h; agora, `as 16h30m, cadernos sob o braço, toma um ônibus e se desloca pra sua classe de aluno único..."
sexta-feira, agosto 24, 2007
continuo pensando na minha viagem, viagem com aspas porque só fui ali Araruama mas quando começou quando o ônibus começou `a andar e passamos pela ponte e eu olhava da janela aquela janela grande de ónibus de viagem encostada na janela queria escrever tudo o que pensava o que passava na minha frente mas não tinha caneta então fiquei só pensando pensando e fotografando também algumas coisas e então passamos pelos armazéns pelos barcos pela vista do Rio do outro lado e depois casas casinhas favelizadas de tijolo de cimento aparente entulho lixo e mato e mais casas casinhas entulho e mato e depois pastos terrenos cuidados e grandes e bonitos com bois e vacas e eu pensando naqueles terrenos com plantaçoes lindas na Europa e aqui tudo caótico referências erradas e depois apareceram avestruzes! incrivel! uma criação perdida por aqui e casas ao longe solitárias singelas simplórias com poucas janelas e eu sem saber o que ia encontrar e o senhor ao meu lado parecia que dormia mas depois me contou que morava há dois anos lá e que antes morava em Realengo ...e me lembrei de quando eu e Roberta fomos morar com a D. Dulce e pra mim foi triste acho que pra Roberta não porque ela namorava o tempo todo mas eu ficava ali naquele apto de quarto e sala no bairro peixoto que hoje acho bonitinho mas naquela época era terra estranha pra mim que vivia dentro do meu mundo e que havia odiado ter de sair da Bulhões daquela casa que me bastava com a varanda a rede os dois andares a escada os cachorros o jardim o quintal o pingue-pongue a sala grande com suas portas de quadradinhos de vidro e também as janelas e os irmãos... e uma vez fui jogar água na privada não sei porque e tinha um pano no balde e foi direto pra dentro da privada e flupt, foi engolido e a D. Dulce me deu uma bronca horrível ela não tinha a menor paciéncia e a mamãe estava na Bahia curtindo sua adolscência tardia e eu devia ter 12 anos.
banheiro ao sol
quinta-feira, agosto 23, 2007
em busca
Voltando sozinha sozinha só eu e o motorista no ônibus para o Rio aliás a viagem mais longa da estória-3 horas na volta depois de 1 hora e meia na ida! depois de uma "esticada" de espionagem até Iguabinha em busca da casa que eu nem sabia aonde era e eu andando por aquela rua com uma casa ali outra ali poucas pessoas passavam parecia que eu estava no faroeste o dia cinza terra mato e eu andando andando de repente apareceu uma casinhola um casebre - n. 518 com uma luz acesa do lado de fora e um cachorro pequeno e preto e simpático ao lado da porta. que depois veio falar comigo sorridente estava parada em frente `a casa olhando sem saber bati palmas e então surgiu do nada um carro estacionou ali, saiu um moço de poucas palavras e chamou o dono um nome agora esqueci era afonso angelo não sei perguntei `a ele se conhecia a pessoa que morava na casa ele disse que não mas parecia que ele conhecia sim. não sei se estava na casa errada, eu. parecia um filme. será que o moço que me deu a informação, no ônibus, e perguntou qual era o número, acho que ele ligou pro cara do carro ir lá ver uma moça que estava sondando a casa mas isso eu pensei depois, a estória do filme porque naquela hora como não apareceu não saiu ninguém de dentro da casa eu fui embora e andei de nôvo andei andei até chegar na lagoa aquela lagoa ou aquelas lagoas em que ficávamos quando criança mas acho que era em Sao Pedro D'Aldeia e que era bom crianças aquela água morninha e calma...e depois anos depois olhei praquilo tudo e achei muito brega. E agora voltando dentro desse ônibus fantasma, por outra estrada que não é a da ida. A ida. e agora pensando na casinha simples da D. Dulce e na D. Dulce -sem muita sofisticação, não sei muita coisa porque não havia nenhuma aproximação entre a gente pelo menos enquanto eu era criança talvez depois um pouco me lembro nas raras vezes em que íamos lá e ela fazia questão de que levássemos alguma coisa banana abria a geladeira maçã ou um pedaço de bolo, talvez. e roupas usadas.. engraçado acho que isso é coisa de antigamente? e ela se casou com o Milton -não conheci ou se conheci não lembro mesmo, só sei de algumas estórias mas acho que ele era o oposto dela provavelmente o papai se espelhou nele e depois a mamãe também simples se casa com o papai "sofisticado" ou querendo ser alguma outra coisa...o ônibus anda muito mais rápido na volta, não consigo fotografar só saem litras listras do passar estamos em saquarema, essas cidades são todas meio feiinhas e de casas que são caixotes. a ida. na ida veio rodoviária, algumas sensações de quando criança e eu não achava ela a rodoviária tão feia então; as dunas em Arraial, na Paia Grande, o acampamento, depois a casa de uma amiga da Ursula? quantos anos eu tinha então então então papai em alguma dessas vezes ou mais vezes? e eu gostava desse nome São Pedro DAldeia, gostava da idéia de aldeia ficava mais poético e pequeno e circular e também gostava de Pedro
domingo, agosto 19, 2007
Michael Borremans
sábado, agosto 18, 2007
sobre pintar e nao pintar
Não sei porque mas estou cada vez mais básica!...sobre pintar e não pintar...sei lá, não me sinto muito pintora atualmente ou não tenho mais tanta certeza esses meses...nesses meses. acho que porque, quando vi, estava numa série mi-ni-ma-lis-ta e então olho outros trabalhos de outras pessoas com pinceladas e técnicas e adoro e acho muito bom e é tão diferente do meu! me sinto mais próxima de uma essência que é quase nada, mais o nada, quase. e na verdade ainda quero simplificar mais. mas também acho lindo e adoro trabalhos como o do Borremans, do Luc Tuymans ou mudando completamente, da Ana, da Ni... massas, desenho, tinta.ver.
terça-feira, agosto 14, 2007
domingo, agosto 12, 2007
Persona
Relatório Bergman : Persona sexta `a noite, poucas pessoas no estação. Um começo maluco, com cenas desconexas, pensei erraram de filme, mas como a cópia estava em mau-estado (!) só podia ser o Bergman mesmo, uma música moderna, depois veio o letreiro Persona e continuou a montagem rápida...uau! Esse era bem diferente dos que eu havia visto durante a semana. Um monólogo. ou um diálogo entre duas mulheres, sendo que uma ( Liv) nada fala? Mudanca de personalidades. A luz que vai escurecendo bem aos pouquinhos no rosto da Liv Ullmann. A cena com as duas em que Bibi descobre o "segredo" e é filmada duas vezes : a primeira com a câmera no rosto da Liv ( e suas expressões!) enquanto a Bibi fala; a segunda com a câmera no rosto da Bibi e tudo é repetido. maravilhoso! os rostos acabam se juntando... Será que o filme ganhou algum prêmio? é de 66, leio depois. estou viciada, agora quero ver mais.
hoje está aquele dia suspenso no ar: sol, poeira, tem dia dos pais (bleargh!) e deveria ir cumprir minhas (minhas?) obrigações sociais...ou ficar em casa estudando - quase esqueci que me matriculei no vestibular da uerj, e aliás acho tão longínqua essa idéia...aliás não sei que idéia não é longínqua, longínqua que palavra estranha longe longilínea distante. longínqua. tento me encaixar em projetos mas não consigo realmente me ver em nenhum deles e também quero me ver neles. contradição. as coisas são e não são. escutando pat metheny as falls wichita so falls.será que dá pra colocar música no blog?
beijos tchau.
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