sábado, outubro 13, 2012

richard diebenkorn


me realizando olhando outros trabalhos e adoro eu mesmo acho que não rola pelo menos por esses tempos mas é bom me realizar através dos outros! um dia someday terei um atelier enorme com pé direito alto e pardes brancas sujas de tinta e idéias espalhadas
coloquei os tecidos que estavam no armario para fora, "sairam do armario" e vou encarar tudo, feriado de decisões talvez apesar de que passei o dia na cama olhando olhando
eu queria que desse certo que desse em alguma coisa mas não fico à vontade completamente ou não sei quem sou quando estou la aqui em casa é mais confortavel pra minha crise de identidade ela fica mais controlavel ou muda de tamanho encolhe não pensar não sentir talvez seja o ideal Fernando diz que sou adolescente !sera que é nisso, ou em tudo em aceitar as coisas como são e não querer sempre que seja de outro modo deve ser isso então entrar na onda mergulho de agora em diante adoro i want you do dylan mas a outra cansa um pouco
depois de semanas sem passear dentro do pinterest me divertindo vendo capas fifities como se escreve não sei se tem y e estou com preguiça de sair daqui e procurar quando vi a caixa de fosforos não se escreve fosforo? lembrei das minhas coleções, caixas de fosforos, maços de cigarro e sera que ainda fazem coleções, eu achava andando na rua... era criança. Jack Johnson bom de reescutar, apesar do on and on eu quase não ter escutado. ficar na cama sentada melhor coisa do mundo entrou um forro agora, sem ter sido esperado nem convidado pedro toca piano?

quinta-feira, outubro 11, 2012

pedro diz que durmo muito. eu durmo muito, acho. alias ainda estou acordada incrivelmente, em outras noites ja teria apagado com um livro meio caido sobre o corpo, miranda e frica ao lado talvez. participar não estou conseguindo muito e isso é chato acho um pouco feio jogar as coisas e pronto sem espaço pro outro deglutir e responder e isso que aconteceu todos esses dias. eu não sei o que fazer com a raiva. e meu sentimento de inadequação, ai de novo não. buraco negro, eu sendo sugada. ao mesmo tempo a idéia de poder dar um jeito nas coisas esses dias me anima, ...

quarta-feira, outubro 10, 2012

tentando precisar desde quando me separei e não consigo não lembro se ha 3 ou 4 anos. o tempo em que fiquei so no apto incrivelmente meio nebuloso, o "final" do nosso casamento meio nebuloso, os dias se arrastando dias meses anos talvez, eu perdida em meio à tudo se desintegrando a casa com cheiro de pipi de gato porque eles também pediam help por outras coisas e não conseguiamos não viamos. eu não lembro o que fazia. teve o aoquadrado no ultimo ano do apto, ainda estavamos juntos acho que não sim não. acordava meio sem querer ia pegar sol na escada os caras da obra em frente diziam oi e eu achava simpatico, ingenuamente talvez porque era provavel que eles estivessem por tras dos assaltos e aquela mulher louca com os filhos e eu dava dinheiro comida tudo e ela cada vez mais. unirio logico até porque a laura conheci la mas quanto tempo? as fotos dessa época horriveis eu gorda largada triste. rs...mas não estou triste escrevendo nada disso, é so uma situada no tempo no meu tempo.
      greta alfaro
fotos que tenho que guardar classificar escolher arrumar coisas o tempo todo. e quando não tem coisas fico me culpando por não estar fazendo nada gostando ao mesmo tempo; como segunda porque fui andando ao léu em vez de pegar um ônibus e ser sempre rapida e produtiva. tavlez seja esse um dos problemas querer ser sempre eficiente até comigo mesma. rs. louca. de qualquer forma quando olho pra casa que é onde mais gosto de estar esta tudo bem apesar das roupas que estão no sofa e que tem que ir pra arara la fora e o quadros e achar outro afinador e. penso nas maluquices todas e não sei se me importo ou não porque não sei se elas tem importancia se existem realmente. ou se estou sendo so um veiculo, um orelhão por isso fumo talvez pras coisas sumirem. o vestido que achei que ia usar ficou grande e virou uma quase novela um seriado. não queria ter que comer ter que. queria achar uma roupa que eu ficasse realmente feliz. fui tomar banho e o limo no box. pedro diz que tem uma barata morando no banheiro mas felizmente ainda não nos encontramos. tenho que fazer as unhas também. sair. acabei não escrevendo o que mais anda na minha cabeça.

sexta-feira, outubro 05, 2012

o ipod carregou automaticamente todas as musicas que estavam no computador e então tem milhões de cantoras que "eram" da Ursula e fico tentando adivinhar qual é Céu Roberta Sa e é muito estranho porque é o gosto de uma outra pessoa. então tenho que pensar se apago ou não e agora toca a Bebel Gilberto ouvindo coisas que nunca escutei.

segunda-feira, outubro 01, 2012

adorando os exemplos do james wood, deu vontade de ler henry james de novo que não leio ha um tempão e gostei de retrato de uma senhora é tão elegante mas por outro lado nunca chega sempre uma distância e isso me dava um pouco de aflição mas por outro lado o prazer so do texto e de ler...e a educação sentimental não li mas deu vontade de ler os passeios flanneuristicos. e também Jean Rhys, vou dar uma olhada.
cabala.

"Foi por causa dessas coisas que sua mãe conseguira contrata-la por tão pouco, quase de graça; foi o que Maisie ouviu, um dia em que a sra. Wix a acompanhou até a sala de visitas e deixou-a la, uma das senhoras que la estava - uma mulher de sobrancelhas arqueadas como cordas de pular e pespontos negros e espessos como a pauta de um caderno de musica nas belas luvas brancas - dizer para a outra.  Maisie sabia que as governantas eram pobres; a pobreza da srta. Overmore não se comentava, e a da sra.Wix era comentada por todos. Porém nem esse fato, nem o velho vestido marrom, nem o diadema, nem o botão, nada disso diminuia pra Maisie o encanto que apesar de tudo se manifestava, o encanto que residia no fato de que junto à sra. Wix, com toda sua feiura e sua pobreza, ela experimentava uma sensação unica e tranquilizadora de segurança que nenhuma outra pessoa no mundo lhe proporcionava - nem o papai, nem a mamãe, nem a mulher das sonbrancelhas arqueadas, nem mesmo, por mais linda que fosse, a srta. Overmore, em cuja beleza a menina tinha vaga consciência de que não era possivel refestelar-se com igual sensação de aconchego e ternura. Era a mesma sensação de segurança que lhe inspirava Clara Mathilda, à qual estava no céu, e, no entanto - constrangedoramente - também estava em Kensal Green, onde elas duas foram ver sua pequena e mal-amanhada sepultura."
Pelhos olhos de Maisie, Henry James, tirado de Como funciona a ficção, James Wood, Cosac.

domingo, setembro 30, 2012



queira ficar deitada na rede mas um pagode e o sol me expulsam emocionada pensando em como ele é bonitinho e se preocupa comigo e quer que eu viva mais tranquila e terminei de ler alias não terminei porque um ou dois contos não li ou não terminei e os ultimos foram o do patins que eu ja havia lido no blog e tinha a  impressão de que não era tão longe como se as coisas tivessem acontecido realmente aqueles dias dificil ler e não vê-lo ali não sei se isso é bom mas prova da personalidade pelo menos e o juca lindinho e o da Magali...  no fundo tem um humor em quase todos não digo nada. o encontro, não exatamente um encontro mas um esbarrão que serviu para que eu descobrisse que sou dura, palavras ditas. otimo, gosto de saber como sou e não queria ser dura realmente tentar amolecer, um pouco. ouço sense and sensibility porque não queria que nada interferisse no escrever. parece que falo aos ventos. a casa esta mais arrumadinha e marquei um almoço e depois desmarquei. pg diz que ter filho so é bom quando ha um encaixe entre os dois mas isso acho que so em anuncio de margarina ontem dormi cedo porque a dor de cabeça ficou la insistindo no fundinho e então era o que restava à fazer porque todo o resto so iria aumenta-la ainda mais comprar equipamentos para fazer a unha em casa porque salão igual à televisão igual à desgraça, insuportavel tudo isso tudo é insuportavel às vezes esse o problema. fernando diz que tenho que me observar e não me identificar totalmente com esse outro eu essa outra andrea. miranda no tapete de palha, companheira.

quinta-feira, setembro 27, 2012

leio endereços num envelope sede rua argentina matriz rua paraiso belos endereços pelo menos nos nomes curtos e simples e prometedores de lugares desconhecidos ontem o ônibus so tinham homens muito estranho salpicados pelos bancos todos olhando pra frente depois que vi uma senhora pequena sumida entre aqueles rostos queria abrir a janela mas não consigo outra noite esquisita em que acordei de madrugada, talvez por causa da Miranda se mexendo na cama pulando e ela estava com um camundonguinho de nôvo e então peguei ele com um papel grande e joguei no jardim coitado deveria ter sido mais delicada com ele que era a vitima e não sei mais o que aconteceu e pensamentos voando em volta de mim deixar pra la isso seria o ideal.

domingo, setembro 23, 2012

miranda se apossa do meu colo, carinhosissima e possessiva também parece uma deusa.
os dias ficam se alternando, dias bons dias esquisitos sem que pareça ter um seguimento, uma conexão, sabado lembro que foi ruim leio sobre o meu mau humor gigantesco mas ai domingo tudo tinha se evaporado e eu estava bem e tranquila comigo mesma e os dias anteriores dessa semana tinham sido "ativos"  leves sem se arrastar como agora essa semana agora quase todos horriveis, porquê??? semana em que tudo foi desmarcado o piano 3 dias e não consegui falar com o cara e acho que provavelmente me ferrei e então teve essa sensação de estar sendo "sacaneada" e terça quando a dentista desmarcou voltei pra cama e dormiii... e quando acordei e fui pesquisar na internet obcecada de certa forma sonhos e "debates" internos na noite anterior influenciaram isso. posições meio chatinhas de. e também fico frustrada porque acho que vamos ter nossas conversas e ai não tem fico meio sem chão na hora, frustração mesmo. terça e sexta aconteceu a mesma coisa. cheguei péssima na livraria sexta, algum grande desequilibrio hormonal mesmo porque minha vontade era de chorar. e quando Jefferson me abraçou carinhoso! quase chorei mesmo, rs. quarta? conversamos no final do dia sobre terça isso foi bom um certo estresse com a livraria isso! foi isso que melou minha semana agora entendi., esse estresse com a livraria tenho que me envolver menos, " des -envolver"haha. chatices da bagunça e do "entendimento" que é um se envolver mais que não leva à nada mas ao mesmo tempo fico me "achando". desachar. e quinta foi otimo e a gente até conversou bonitinho.  ontem à noite em casa levitando, engraçado, parecia que tudo estava em paz hoje bom mas depois me senti vazia vazia entediada.

quinta-feira, setembro 20, 2012



acho que coloquei pouca agua pro macarrão não sei qual o cd do anouar brahem que tocava na livraria na época do julio e que eu adorava mania de pensar nos dias que passaram e analisa-los talvez eu tenha que parar com isso? sempre rever, rever o filme, mastigando, deglutindo em pedaços compreensiveis... acho que não é esse. fiquei d.

sábado, setembro 15, 2012

sai segunda terça quinta sexta. segunda uma geralzona na casa sai com o vestido que "achei" francês do monoprix, mas depois vi a mancha e as alças caem toda hora pedro de mau humor no Municipal massas sonoras envolventes dei otimas cabeçadas terça a festa da gentil dois bares, questões de insegurança dele tb um outro lado sempre meio mal humorado eu estava mais à vontade socialmente? terça fomos ao dentista Fernando insistindo na questão de falar "não estou bem" pra mim ja passou e conversamos sobre o espetaculo Laura ...  não comprei as mudinhas mas entramos numa loja grande de produtos para animais. atrasada. vestido de bolinha velhinho e lindinho. ah, depois viemos para ca, bom porque inesperado? quarta no saara para ver os peixinhos corações esfiha nem consegui ir na Casa cruz sempre enrolada na hora de sair então e depois reunião de vitrine? os peixes que perdi a nota. não lembro como estava na quarta. pesadelo muito real me senti recebendo uma vidência para ver tudo aquilo. quinta saara maior...cal vidraçaria corações sopa no natural chuva repentina pão gostoso. expô Cristina meio distante, Aquila. depois bistrô bom e ruim encontro duas vezes ruiana seguido, uma sem jeitice ao mesmo tempo que divertido na subida de carro com a vizinha uma sem jeitice maior. estava com a saia verde e rosa e blusa preta e casaco Chanel. fiquei escrevendo mais as sugestões. obcecada. ontem coragem de falar e a conversa na vitrine fiquei tão animadinha uma boba carente. qualquer migalha me deixa acesa. antes em casa lendo o Uivo relaxada algum dia pelo menos. baldaço sem sentido essas meninas não. festa agradavel apesar da confusão taxista na ida e na volta. banhos enormes... vestido verde casaco vemelho sapato que machuca os pés italiano e que abriu um jacaré enorme 15 reais o conserto. comendo o pão todo apesar da barriga inchada porque me deu fome ja tomei um cha. hoje mau humor e trabalho, somente. o que tirar disso não sei. amanhã tenho que arrumar a varanda principalmente.
minha barriga gigantesca porque fico comendo nozes nozes sem parar e comido sanduiches e quiches e almoço que é bom mesmo nada e depois do mercado esquisito da Gomes freire meio caro estranho porque é bem popular deve ser porque é lapa deveria ter ido no ruinzinho daqui de cima pelo menos o ambiente ja é mais conhecido e simpatico. gatos comem comem. e fiquei no quintal olhando os dois jornais nada interessantes e comendo mais nozes e passas e um ou dois damascos que ainda existiam e dormi de leve na cadeira fui pra cama dormi dormi e não conseguia acordar meio grogue. acordei com o telefonema do F., meio mal humorada ainda. agora so finalmente agora, oito e vinte e dois, consegui que passasse. muitas pessoas pra la e pra ca. rostos, rostos. Sybil descobriu a montanha de roupas em cima do sofa, varios casacos pretos atraentes. raiva, de certa forma. sempre vou e caio no mesmo lugar. desistir. amanhã acho que vai ser melhor... o dia inteiro so pra mim nem acredito. eu e Carlota nos olhamos cumplices digo que ela é uma lindinha ela retribui fechando e abrindo os olhos. sblarf.

sábado, setembro 08, 2012

os 3 no sofa meio entediados, sofa desses que se vê jogado nas calçadas, encostado num poste. queria essa imagem. muita poeira o tempo todo, limpar limpar. dar um jeito qualquer (ou desistir) do quadro, da pintura logo. talvez seja mais uma fantasia. sou feita de fantasias talvez não viva realmente. hum, dramatico. Cartas à Theo que eu tinha, com os esboços que ele fazia nas cartas que mandava pro irmão. sumiu. e também o disco dos novos baianos, isso foi agora. uma planta louca solta tufos de penugem pela casa... bem, algo esta acontecendo aos poucos. acho, sem certeza certeza. talvez isso "tudo" tenha sido pra chamar minha atenção pra largadez das coisas largadeza das coisas. sei la. nunca sei. o self, gostei dessa visão maior, se é que é isso mesmo.

quinta-feira, setembro 06, 2012

disse que a arte tem que ser sexy. frase dita pelo Frank Stella.
olho para cada foto que olhava antes e que gostava sem "cobranças" penso é não é.
é tão individual isso. tem que fazer alguma cocega, sim. cocega na cabeça como disse André.
isso perdeu a importância às vezes sim. esse ser alguma coisa pelo menos socialmente.


foto antiga, tirei um pouco da cor agora, gosto dela, esse sinal caido, sozinho.
o relogio torto e quebrado parece uma visão surrealista. as poesias espalhadas pelo chão. de qualquer forma qualquer forma vivi um pouco aquilo e me deu um desespêro rapido, com acento ou sem?, como se eu estivesse errada por não ser nada daquilo que vc tinha como idéia. e a minha idéia... são montes de imagens vagando, vagando. sou assim mesmo, como disse pro Chico (vc não me conhece, tenho vontade de dizer, mas é uma frase idiota afinal, ninguém conhece ninguém ou mesmo se conhece um pouco) qual sera o pedacinho nosso que fica nos outros? pedacinhos que não escolhemos e nem sabemos qual. e que eles querem ou não. parece que vc esta sumindo correndo ou acho que sou eu. eu não quero isso ou quero. o disco acabou rapidamente.

terça-feira, agosto 28, 2012

às vezes parece que saio de um "transe" qualquer e volto à ser eu so tranquilamente.
o inferno são os outros os outros dentro ou fora de mim. impromptus, interrompido. domingo estava otimo, as panquecas, arrumaçoes, passaros. depois talvez tenha sido um reflexo do sabado...ontem horrivel, hoje  voltando.
Miranda pegou o camundonguinho, ou era outro? na estantinha do Pedro, mas agora, parece, ele esta escondido atras da cesta de roupas sujas do banheiro. e ela tomando conta. tentei salva-lo naquele dia, mas ele não foi embora, pelo jeito. sera que tem uma comunidade morando aqui? sabado arrumar o quartinho detras, devem ter gambas, camundonguinhos, micos... lembrando da casa do Byron com macacos, gansos, gatos, cachorros, andando livres pela casa, descendo e subindo as escadas. não sei qual a proxima loucura que vai acontecer. aqui e la. vejo o disco da Gold Frapp, e nem lembrava que tinha escutado. isso antes ou depois de perder a...  banheiro esta uma bagunça, depois da caça da Miranda. fazer as unhas. I'm just a fool to love a voz desse cantor é linda

domingo, agosto 26, 2012

sempre é uma louura ficar em casa sozinha/ pequenas ..., coisas que não acontecem. ia escrever epifanias, depois achei bobo, pseudo pretencioso qualquer coisa. ficamos tão preocupados com tudo. eu pelo menos. porque ontem me deixei enredar, foi espetacular de tão estupido. realmente não damos certo eu e ela, no momento pelo menos, frequências bem diferentes. noites estranhissimas. passo pelo banheiro e lembro do camundonguinho. e depois os incriveis passaros negros com gogo vermelho. ficamos conversando, de qualquer forma. e as minhocas que vem morrer aqui. gosto.
"Todo ser humano é um resultado de pai e mãe. Pode-se não reconhecê-los, não ama-los, pode-se duvidar deles.  Mas eles ai estão : seu rosto, suas atitudes, suas maneiras e manias, suas ilusões e esperanças, a forma de suas mãos e de seus dedos do pé, a cor dos olhos e dos cabelos, seu modo de falar, suas idéias, provavelmente a idade de sua morte, tudo isso passou para nos."
O Africano,  Le Clézio.

Sylvia Sleigh, algumas coisas interessantes
figurativo é sedutor e complicado, ao mesmo tempo
uma experiência que não deu certo. alias, como todas,...hehe e ao mesmo tempo agora é obvio que não era pra ser mesmo. uma, sei la quantas ? chico canta, que engraçado, não ouço Chico ha tempos, enquanto na minha infância riponga equerdista fazia parte da vida. não consigo definir a sensaçao um pouco ridicula que sinto. estou bêbada, otimo. clube da esquina 74 e 78. caralho, eu tinha 10 e 14 anos. de quem era? da Roberta, com 18, provavel. que não sei quase nada da vida dela, o que ela escutava, pensava, sentia, so sei os fatos,  e alguns. do papai? com 34, 35 anos, tão jovem ainda, vejo agora. ou da mamãe ela que era a riponga realmente e que escutava mpb.
camundonguinho mini mini provavelmente Miranda deixou aqui no quarto, ontem um susto quando fui tirar uma camiseta que apareceu no chão, ele saiu correndo e se escondeu embaixo da sandalia, ontem à noite outro susto, estava no pano que coloquei como idéia de cortina que estava preso so de um lado, fazendo uma "rede" meio em cima do parapeito, pronto, ele estava la e levei um susto de novo porque não esperava pulou pro vão entre os colchões tentei tira-lo de la ele sumiu molinho. agora ia lavar o banheiro e ele estava atras das gavetas ficou em pânico coitadinho mas não sai e quero tomar banho e lavar o banheiro e não sei o que faço. o tempo fechou, pena. estava amando os dias paradisiacamente quentes sol intenso café de manhã la fora.

quarta-feira, agosto 22, 2012



tentei "devastar" o jardim pra fazer uma horta, não consegui ainda, muito.  as plantas que tirei largadas, como se pudessem ressuscitar, eu com pena.. Outras se recusam à sair. meio duro, isso. E o super operario com roupa camuflada, fazendo feixes sem o menor sentimento ...a agua enche o balde, ja que até agora nada de mangueira. As plantas que sobraram mais felizes. Byron apaixonado é uma confusão atras da outra, cansa, e ainda estou no meio do livro, que eu não imaginava que era um livro de aventuras. e também o livro sobre sentimento de culpa, rs, esperando. sol muito muito forte aqui no meu braço, agora que virou uma tradição ficar aqui no quintal. Tão pouco tempo, não sei ainda como é isso. uff...tantas coisas.

terça-feira, agosto 14, 2012


em mim 
eu vejo o outro
e outro
e outro
enfim dezenas
trens passando
vagões cheios de gente
centenas

o outro que ha em mim
é voce
voce
e voce

assim como eu estou em voce
eu estou nele
em nos
e so quando
estamos em nos
estamos em paz
mesmo que estejamos a sos

p. leminski caprichos e relaxos


olho muito tempo o corpo de um poema
até perder de vista o que não seja corpo
e sentir separado dentre os dentes
um filete de sangue
nas gengivas

Ana Cristina César

quinta-feira, agosto 09, 2012

his babys don't care for... sempre vai ser uma zona, penso sobre a casa, enquanto vem a imagem dos ambientes onde se passam os filmes do Woody Allen alta classe levemente cafona talvez justamente por isso misturado com algumas pessoas desajustadas impulsivas as coisas acontecem. é estranho porque gosto das visitas, talvez um pouco raras, sem saber o que é realmente, tem que saber? não sei. so sei isso.  teria que não gostar? ponto alto : ele lendo o Leskov, carinhoso, eu sentada no seu colo, estavamos perto um do outro. depois não. voltar para ca, sala, Miranda passa, a maquina aqui ao lado, esperando a tinta secar para clarear mais essa faixa que deixara de ser azul e sim amarelo misturado com branco e areia. lembro de um trabalho do Zerbini que vi anos atras no Parque Lage, bem grande, uma praia também cheia de coisas, areia e um sapato, um tênis talvez colado na tela, acho que naquela sala maior da frente e fiquei impressionada, outros quadros que me impressionaram nessa época, anos 90 por ai, o Rodrigo Andrade que mudou radicalmente depois, mas pintava nessa época pedaços de ambientes, alguns moveis e era o que eu queria fazer, e talvez ainda seja até hoje um pouco. ou não. uma influência, varias, Appel, cristina, tudo se mistura com os anos que vem depois.
semana passada quebraram : uma garrafa grande de suco de uva, o azeite, a garrafa de vinho branco. signos de alguma coisas, provavelmente isso é uma bobagem, Paul Auster.

sábado, agosto 04, 2012

adorei essa capa essa pintura mas não consegui achar de quem é
fiquei triste porque desde a manhã ja estava pensando no ingresso, e a roupa que vesti, a sapatilha verde e a camiseta um pouco que nunca uso mas achei que poderia variar porque ia la, depois a cerveja estranha que me fez mal definitivamente ja havia decidido que não queria mais participar desses negocios, enfim. (acho que fui meio rispida ?) quando o porteiro falou voce não pode entrar eu fiquei estupefata que otimo poder usar essa palavra que achei que nunca escreveria estupefata. fui embora triste e derrotada. mas foi o resto todo também..
no texto da minha cabeça a conversa era com os livros. a beleza salvara o mundo frase bela e um pouco enigmatica e o fim da vida de Oscar Wilde tão triste sera que por isso comecei à ler o africano levemente lirico e o vila-matas e o fracasso ficaram meio de lado apesar de que, apesar de alguma resistência minha estava gostando. isso deve ser alguma maluquice ou é assim mesmo.  

sábado, julho 28, 2012

                    Foto : George Charles Beresford
as estorias. que grandes e obviamente a que existe na minha cabeça é unica diferente de qualquer outra que possa existir em cabeças outras se é que existem ou de que jeito são. ou não são, pequenos pedacinhos so. ou é tudo fingido, colocado num outro lugar meio escondido. também. me sinto mais leve agora como se algo tivesse ido embora se libertado. ouvindo qualquer coisa - de 75 - que comprei hoje, depois de chegar com o quadro do caloca que não sei onde colocar. flash rapido: Tuca. fecha o pano. na época acho que as coisas iam indo se atropelando como uma onda trombolhão um caldo a casa esta um caos ou a vida é isso mesmo. começando à me acostumar. your day breaks.  olho a foto da Virginia ( nome da minha mãe, penso agora) Woolf, tão belamente pensativa, absorta melancolica. como assim não usar adjetivos? moveis.

sexta-feira, julho 27, 2012

todas as sensações esquisitas ou devo simplesmente relaxar todo esse tempo com pessoas que são de mundos distantes e às vezes canso disso agora o sol ficou firme sem aquele vento até frio que estava quando acordei e por isso não sai nem acordei mesmo fiquei na sala enrolada no lençol tentando me convencer ontem levantei por habito comi por habito variar alguma coisa por outro lado segunda foi delicioso mexendo no quadro etc  terça dentista e falamos muito de esse o problema talvez que tenha desencadeado depois quando o vi chegando o sol parece escaldante la fora agora não sei se saio ou se fico.

quinta-feira, julho 26, 2012

Olhando o Beckett que esta na pilha ao lado da cadeira - o personagem andando andando e se relacionando so com ele mesmo, ele é a estoria que esta sendo "não contada", porque tudo é a mesma coisa, uma espécie de lamaçal que não deixa que nada mude muito, penso no Cidade Aberta, onde o personagem principal também sai caminhando a esmo quase todas as noites por Manhattan apos o trabalho, mas que pensa sobre mil coisas, se relaciona, conta varias estorias, tem considerações sobre os assuntos, e talvez isso tenha um lado meio acadêmico, de tese, que me fez desinteressar do livro... não acho que seja flaneur por que ele tem muitas opiniões e se envolve realmente e o flâneur acho que era mais blasé

domingo, julho 22, 2012


Yalo,  de Elias Khouri - obrigado à escrever a estoria de sua vida apos ser torturado -  em cenas bem violentas, vai tentando entender quem é e o que se tornou sua vida. Pra ele tudo é confuso e embaralhado, numa visão labirintica que é também a forma como o livro é escrito. Num momento caotico de guerra civil no Libano, ele, meio abandonado, foge da mãe que esta enlouquecendo e vai sendo levado pelos acontecimentos. As estorias vão sendo escritas e contadas varias vezes, com acréscimos ou mudanças, é um livro denso, as descrições das torturas é que são um pouco over de se ler, mas estão totalmente dentro do contexto. Quase acabando, parei para respirar um pouco. Capas.