quinta-feira, maio 24, 2012
O Umbigo dos Limbos
"Lá onde outros propõem suas obras, eu não pretendo fazer outra coisa senão mostrar meu espirito.
A vida é de queimar as questões.
Eu não concebo nenhuma obra separada da vida.
Eu não gosto da criação separada. Eu não concebo tampouco o espirito como separado de si próprio. Cada uma de minhas obras, cada um dos planos de mim mesmo, cada uma das florações glaciais de minha alma interior baba sobre mim.
Eu me reencontro tanto em uma carta escrita para explicar a contração intima de meu ser e a castração insensata de minha vida, quanto em um ensaio que é exterior à mim mesmo, e que se me aparece como uma gravidez indiferente de meu espirito.
Eu sofro porque o Espirito não está na vida e porque a vida não seja o Espirito, eu sofro por causa do Espirito-orgão, do Espirito-tradução, ou do Espirito-intimidação-das-coisas para fazê-las entrar no Espirito.
Este livro, eu o ponho em suspensão na vida, eu quero que ele seja mordido pelas coisas exteriores e, em primeiro lugar, por todos os sobressaltos em cisalhas, todas as cintilações de meu eu por vir.
Todas as páginas se espalham como pedras de gelo no espirito. Que me desculpem minha liberdade absoluta. Eu me recuso a fazer diferenças entre qualquer dos minutos de mim mesmo. Eu não reconheço plano em meu espirito.
É preciso acabar com o Espirito assim como com a literatura. Eu digo que o Espirito e a vida comunicam em todos os graus. Eu gostaria de fazer um Livro que perturbasse os homens, que fosse como uma porta aberta e que os levasse lá onde jamais consentiriam em ir, uma porta simplesmente aberta para a realidade.
E isto não é mais prefacio a um livro do que todos os poemas, por exemplo, que o balizam ou a enumeração de todas as raivas do mal-estar.
Isto não é mais que uma pedra de gelo, também mal engolida."
Antonin Artaud, tirado de" Linguagem e Vida", ed. Perspectiva, tradução de J. Guinsburg
A vida é de queimar as questões.
Eu não concebo nenhuma obra separada da vida.
Eu não gosto da criação separada. Eu não concebo tampouco o espirito como separado de si próprio. Cada uma de minhas obras, cada um dos planos de mim mesmo, cada uma das florações glaciais de minha alma interior baba sobre mim.
Eu me reencontro tanto em uma carta escrita para explicar a contração intima de meu ser e a castração insensata de minha vida, quanto em um ensaio que é exterior à mim mesmo, e que se me aparece como uma gravidez indiferente de meu espirito.
Eu sofro porque o Espirito não está na vida e porque a vida não seja o Espirito, eu sofro por causa do Espirito-orgão, do Espirito-tradução, ou do Espirito-intimidação-das-coisas para fazê-las entrar no Espirito.
Este livro, eu o ponho em suspensão na vida, eu quero que ele seja mordido pelas coisas exteriores e, em primeiro lugar, por todos os sobressaltos em cisalhas, todas as cintilações de meu eu por vir.
Todas as páginas se espalham como pedras de gelo no espirito. Que me desculpem minha liberdade absoluta. Eu me recuso a fazer diferenças entre qualquer dos minutos de mim mesmo. Eu não reconheço plano em meu espirito.
É preciso acabar com o Espirito assim como com a literatura. Eu digo que o Espirito e a vida comunicam em todos os graus. Eu gostaria de fazer um Livro que perturbasse os homens, que fosse como uma porta aberta e que os levasse lá onde jamais consentiriam em ir, uma porta simplesmente aberta para a realidade.
E isto não é mais prefacio a um livro do que todos os poemas, por exemplo, que o balizam ou a enumeração de todas as raivas do mal-estar.
Isto não é mais que uma pedra de gelo, também mal engolida."
Antonin Artaud, tirado de" Linguagem e Vida", ed. Perspectiva, tradução de J. Guinsburg
listas
segunda arroz integral, purê de batata baroa com cenoura, brocolis refogado
terça arroz , torta de queijo do pedro, salada de tomatinhos
quarta fiz bolinhos com o purê e fritei na manteigaazeite de manhã, arroz, vagem
quinta que é hoje, vagem, resto da torta de queijo, novo arroz que fiz de manhã e que eu achei que tivesse ficado grudado, um pouco, mas talvez o micro-ondas tenha secado
vontade zero de ir trabalhar, me senti estranha o dia todo, uma merda, o vestido não tinha nada à ver, ridicula também, nada tinha à ver, hoje era essa a sensação, não so de estar ali como de estar em qualquer lugar,
antes me sentia cheia de entusiasmo porque tinha idéias pras vitrines e fantasias, queria arrumar tudo
sumiu, estou borocoxô
tento "visualizar" pessoas animadas e penso : é tão bom ...
deveria ter ido na acupuntura, talvez, apesar de que a idéia de que tenho que me "curar" me irrita
(vergonha de quando não tem os livros ou cds)
o unico engraçado são as "cantadas", pelo menos posso rir um pouco de tão absurdo
terça arroz , torta de queijo do pedro, salada de tomatinhos
quarta fiz bolinhos com o purê e fritei na manteigaazeite de manhã, arroz, vagem
quinta que é hoje, vagem, resto da torta de queijo, novo arroz que fiz de manhã e que eu achei que tivesse ficado grudado, um pouco, mas talvez o micro-ondas tenha secado
vontade zero de ir trabalhar, me senti estranha o dia todo, uma merda, o vestido não tinha nada à ver, ridicula também, nada tinha à ver, hoje era essa a sensação, não so de estar ali como de estar em qualquer lugar,
antes me sentia cheia de entusiasmo porque tinha idéias pras vitrines e fantasias, queria arrumar tudo
sumiu, estou borocoxô
tento "visualizar" pessoas animadas e penso : é tão bom ...
deveria ter ido na acupuntura, talvez, apesar de que a idéia de que tenho que me "curar" me irrita
(vergonha de quando não tem os livros ou cds)
o unico engraçado são as "cantadas", pelo menos posso rir um pouco de tão absurdo
quarta-feira, maio 23, 2012
peguei Eric Dolphy para escutar, pesquisas. mas não é nada do que imaginava, sei la o que imaginava, mas agora escutando não fiquei com a sensação "é isso que eu queria escutar". não, não é isso que eu quero escutar. fui fazer as unhas e na fatidica pergunta vc vai pintar de qual cor, arrisquei um lilas. quando vi estava roxo, impossivel pra mim, ela colocou um lilas por cima e disse que estava lindo, elas sempre dizem que esta lindo, cheguei em casa tirei tudo. acho que estou meio mrs. dalloway, finalmente entendi, ja que também so trivialidades. elas é que são. hoje quando atravessei a rio branco e passei entre uma van e um carro estacionado, parecia que esse pequenino espaço era o espaço, o intervalo, instante que fotografei fugaz. não ir mais por esse caminho, senti falta da amplidão do largo da carioca e do sol. quando fui pagar a sombrancelha, 25 reais, nunca mais faço. desisti de tudo o mais depois disso, desanimei. andei até a gomes freire ja que a carioca estava parada. depois peguei o 214 mesmo e vim andando, via os ônibus passando lotados. impossivel chegar rapido em santa teresa sem ser um sufôco, prefiro então demorar mas pelo menos não é tão ruim e só depende de mim. acho que esta meio nada isso. desisto.
segunda-feira, maio 21, 2012
boa a foto com os moveiszinhos, vontade de "estar" mais com "eles". colocar aspas em tudo.
essa experiência deixou claro pra mim o que não quero, mais forte essa sensação de que não é por ai, uma experiência vazia. Carlota dorme enrolada, sera que é o mesmo que enrodilhada? fui uma antipatica na reunião; como fazer? as pessoas são meio cri-cri, acho que não tem plural...crri-cris?
amanhã poderia ficar ( tinha escrito estar) em casa o dia inteiro.
mas quando sair, andar até la, aproveitar e passar na loja dos passaros.
essa experiência deixou claro pra mim o que não quero, mais forte essa sensação de que não é por ai, uma experiência vazia. Carlota dorme enrolada, sera que é o mesmo que enrodilhada? fui uma antipatica na reunião; como fazer? as pessoas são meio cri-cri, acho que não tem plural...crri-cris?
amanhã poderia ficar ( tinha escrito estar) em casa o dia inteiro.
mas quando sair, andar até la, aproveitar e passar na loja dos passaros.
recebo uma mensagem Andrea tentei falar com você e não consegui me ligue até às 18:00 hs, não estava assinada, respondi o.k. mas quem é? ingenuamente liguei e era do cartão de crédito, vc pode saldar sua divida em 24 parcelas de setenta reais ou 200 de qualquer coisa, desliguei quando saí não achei meu vale transporte provavelmente perdi no sabado, fico repassando as ultimas cenas, sempre parece que são signos de alguma coisa, as perdas, estou cheia de signos pois sempre some tudo estão dizendo o quê ? seja mais atenta ou não viaje tanto nas coisas? não faça coisas que não precisa ou outra moralidade qualquer. tudo esta meio nada uma contradição ou nada esta meio tudo o nada esta dentro de tudo minha vidinha besta acordar ficar na cama enrolando com Miranda em cima de mim tomar café ou banho primeiro nenhuma ordem escolher a roupa às vezes é um grande acontecimento ja que vou decidir quem serei nesse dia esperar o ônibus podem acontecer varias coisas e todas as pessoas que estarão ou não dentro dele subir e descer escadas guardando livros e atendendo ao telefone conversar no "clubinho" que não é, almoçar rapidamente ler alguns comecinhos de livros hoje devolvi a Llansol diarios são dificeis de ler e não bateu peguei linguagem e vida do Artaud ja que estou lendo a biografia tb vim lendo alguns textos surrealistas no transito absurdamenteirritantemente lento da rua da carioca gomes freire comi tres pedaços de goiabada com queijo e yoga nunca mais daqui à pouco meu corpo estara feio e pesado a preocupação constante com tudo porque não se despreocupar e não ligar para nada? abro a internet como se algo fosse acontecer algo como a mensagem acima, parecia muito pessoal e esperançosa, hehehe.
domingo, maio 20, 2012
sábado, maio 19, 2012
"Você acreditaria em mim, Henri Thomas, se eu lhe dissesse que não venho deste mundo, que não sou como os outros homens , nascido de um pai e de uma mãe, que me recordo da continuação infinita das vidas anteriores ao meu suposto nascimento, em Marselha, em 4 de setembro de 1896, na rua do Jardin des Plantes, 4". ( XIV - Ouevres complètes de Antonin Artaud, Gallimard )
"O registro civil do homem que sou e que se chama Antonin Artaud tem como data problematica de nascimento 4 de setembro de 1896 às oito horas da manhã. E como lugar de meu ingresso nesta vida, Marselha, Bouches-du-Rhône, França, rua do Jardin-des-Plantes, 4, no 4. andar. Porém, eu absolutamente não concordo com tudo isso, pois foi preciso muito mais tempo, digo, tempo concreto, patente, verificado, atual, autêntico, para me tornar o cabeçudo rebelde e incoercivel que sou." ( XXIV )
"O registro civil do homem que sou e que se chama Antonin Artaud tem como data problematica de nascimento 4 de setembro de 1896 às oito horas da manhã. E como lugar de meu ingresso nesta vida, Marselha, Bouches-du-Rhône, França, rua do Jardin-des-Plantes, 4, no 4. andar. Porém, eu absolutamente não concordo com tudo isso, pois foi preciso muito mais tempo, digo, tempo concreto, patente, verificado, atual, autêntico, para me tornar o cabeçudo rebelde e incoercivel que sou." ( XXIV )
estava escrevendo ontem ene coisas na minha cabeça e falando isso e aquilo comigo mesma e como não pude escrever talvez por isso não conseguisse dormir porque ja é quase uma necessidade construir algo. terminei o livro e fiquei com uma sensação tão "americana" dos personagens talvez não pudesse ser diferente de qualquer forma gostei de acompanha-los até um certo momento e no final me afastei um pouco até porque o personagem que mais gostei ficou numa fase só deprimido e ela era muito feliz e cheia de regras ...enfim, caretas ou o que chamo de ser americano, mas é uma estoria bem construida, dublinenses li os três primeiros e o ultimo que poderia ser menor o que mais gostei nos 4 a simplicidade a leveza e a beleza que veio disso e então agora quero voltar à biografia do Artaud que peguei e deixei de lado e talvez seja isso mesmo que quero fazer no momento e então porque não? ler e me concentrar mais numa coisa simples ontem exercicio de estranheza por um lado ( de novo) a sensação do outro com suas manias - talvez isso que me afaste, as manias que não me interessam, melhor não ter nenhuma se é que é possivel e dificil se encaixar com uma outra estoria e prefiro ficar so numa ou nenhuma só a minha que basta um certo enjôo, isso concluo agora depois de assistir - o que teve de positivo, outra postura diante da vida mas a intimidade que é minha não tenho vontade mais de compartilhar do zero e deu vontade de contar mas é so para mim mesmo porque ele não entenderia deu vontade de falar o que temos o andar na avenida chile falando qualquer estoria atrasados e poderiamos ter esperado o ônibus mas simplesmente fomos andando quase despreocupados, eu pelo menos. ou no ônibus escutando o Paul tranquilos. e comendo omelete pão. e você dormindo imediatamente após de barriga pra cima. ou nosso "ritual" matutino. talvez poucas vezes ou pouco tempo ou não importa afinal para quê classificações mas é nosso e gosto mas não vou contar ou vou contar de outra forma
quarta-feira, maio 16, 2012
parece que só listas mas também relaxei e isso foi o melhor que as angustias dos outros dias que agora esqueci de certa forma, como quarta que engasguei ao falar e começo à escrever pra um amigo que perguntou como vão as coisas e fiquei sem saber porque tenho então que parar e ver as coisas separadas na minha frente uma por uma e analisa-las e antes descobrir quais são as coisas as cores das coisas e por agora a coisa tem sido escutar sempre os ciclos elegiacos e querer ler ler ler Madeleine Leonard Mitchell - que é o que fiquei com menos simpatia, tenho até um pouco de pena de não me identificar tanto assim com ele e vontade de fazer as unhas e fiz um bolo pro aniversario do Pedro mas me deu a impressão de que ele ia desandar e ainda não sei ele esta coradinho la no forno esperando o aniversariante e às vezes parece que la na l. temos um clubinho que é uma gelatina que ondula pra la mais ou menos e as fotos do Oberto Ogili me deslumbrei de novo
terça-feira, maio 15, 2012
depois de ficar tres dias praticamente lendo depois de chegar em casa, domingo o dia inteiro chovia e não havia nada melhor à fazer do que ficar na cama com o edredon e ler, ler ler so levantei para comer um pouco, estava exausta da sextasabado, ontem também foi o que fiz na verdade estava achando que hoje era quarta mas ainda é terça então tem um dia a mais que não sei o que fazer com ele, e quando se mergulha em um romance é tão bom, nem sei se esse livro é bom mas me pegou por enquanto apesar de algumas reservas, hoje como queria dormir e tomar café e comer e fazer yoga tudo ao mesmo tempo quando cheguei em casa estava exausta nem sei porque acabei tomando um café repelente que fiz e comi muitos e muitos pedaços de pão e coloquei o cd do Brad de 1999 que so estou escutando agora em 2012 e gostando cada vez mais Elegiac Cycle e pensei ha quanto tempo não faço isso estar so escutando musica aproveitando cada minuto sem nenhuma cobrança do que deveria estar fazendo e escrevi e olhei a casa e percebi que estava tudo meio largado moveis nos lugares errados objetos largados e etc etc e fiquei fazendo listas do que deveria fazer e eu tambem estou largada e fiquei fazendo listas
domingo, maio 13, 2012
comprei fronhas porque as minhas sumiram misteriosamente sempre sumiços são misteriosos mas elas são de um azul hospital e ficaram esquisitas sempre as cores, as roupas que marcam os dias então lembro que segunda estava usando o vestido que Bel me deu azul piscina que ja havia usado no sabado porque achei que ficou bonito e terça a saia aoquadrado de gomos com o colete com capuz bege mas ficou estranho? quando encontrei ele na lanchonete onde ja tomamos café porque queria tomar um suco de laranja pensando que quase não estava comendo frutas e no finalzinho do suco ele chegou e ficou nervosissimo falando sem parar e eu fui me sentindo mal mal mal ele cheio de coisas e eu tão ao léu nesse dia que voltei fotografando no ônibus acho angustiada e quarta estava com a outra saia que a Bel me deu cinza com um "rabo" grande e disse à ele que não gostava mais dele e ele disse vem aqui mas não fui porque fiquei enfurnada fazendo os pedidos pra Amazonia aproveitando a sala vazia e fomos no dentista e como sempre conversamos horas e F. disse que tenho que aceitar meu vazio e não lutar contra ele e quinta estava com o vestido de brecho violeta e fiz o maior sucesso satisfação boba que preciso e depois fui na Saraiva e comprei os cds com meu vale e fui andando até a Camerino pela Teofilo Otoni pensando em fotografar mas não fotografei e depois a moça me disse que achava que a poeira dos pregos enferrujados tinha sido pensada porque o Duchamp também tinha gostado da poeira sobre o vidro e eu singelamente ingenuamente disse que não, que tinha pensado nos pregos por causa do ferro de passar mas isso eu pensei depois e depois me deu uma duvida se o ferro de passar é dele mesmo na verdade fiquei feliz mas sem dar a menor importância ou por isso mesmo e assisti um pouco à palestra absurda do cara e queria sair mas fiquei sem graça e adiei um pouco e nem fotografei minha caixa quando fui embora passei no hortifruti limpinho naquela rua suja perto da central decadente e sexta fui com a saia envelope que esta larga e não ficou muito bom cheguei em casa tentando não sucumbir li o Paris a festa continua no sofa da sala e dormi e de noite coloquei o vestido preto de malha sempre duvidas com o corpo e se estou engordando ou não baiaca ou não e ele veio e disse que gosta de me ver quando esta feliz eu disse você não fica muito feliz oh como sou chata e ele tão lindinho? ou foi so uma cena sei la não sei de nada so que sempre dormimos pouco e sempre temos pouco tempo mas me faz bem simples
terça-feira, maio 08, 2012
tentando voltar pra casa, sempre um processo complicado, demora, entra muita gente, trânsito. e eu sempre querendo voltar pra casa no"desespero". e depois tudo piora; hj estava carregada -maquina, ração, livro, ontem estava carregada, e tudo isso não sei pra quê exatamente. fui fotografando da janela, meio inclinada...
sábado, maio 05, 2012
subindo as escadas da livraria ja sem cracha indo embora quando entrou um francês e me perguntou se eu falava inglês espanhol eu disse francês un peu e indiquei onde estavam os livros que ele queria para aprender português e disse eu ja estava indo acabou meu horario e sai meio perdida como às vezes saio sem saber o que fazer da vida que resta ja que nas horas anteriores eu estava so no automatico robô cumprindo funções às vezes compenetrada às vezes entediada liguei pra A. pra combinar das roupas e vi o francês passando à minha frente acho que não tinha quase nada do que ele queria parei pra esperar o sinal fechar ele surgiu e me convidou para um café prend un café e perguntou se eu falava francês respondi de novo que um pouco e ele ficou decepcionado e perguntou como eu estava ou algo assim e eu fiz uma expressão significando indo e ele disse que viu pelos meus olhos que eu não estava muito bem (?) e perguntou se eu ja tinha 40 e eu disse que sim e ele disse pensamos muito com essa idade e ele tinha 49 embora tenha dito que nascera em 62 e perguntou se eu era de 63 e eu disse que não e andamos mais um pouco e ele disse que morava na Thailandia e estava passeando pelo Brasil e quis colocar cartas num negocio dos correios que tinha na rua e me perguntou se isso funcionava e eu nunca soube se isso funcionava e não acredito que funcione e ele ficou meio surpreso e então eu disse tchau e atravessei a rua indo para o meu ponto de ônibus mas estava meio deprimida e pensei ir para casa porquê sempre vou para casa como um cachorro ou como uma necessidade de ninho mas ia ser horrivel ir para casa e ser tudo sempre igual então fui indo pro metrô e saltei em botafogo e andei nos estações vendo que filmes tinham comendo pão de queijo de um saquinho que tinha comprado na estação otimo quentinho e liguei pro A. e ele me ligou e resolvemos ver Paraisos Artificiais e enquanto estavamos na lanchonete porque dentro do cinema é tudo muito caro vi uma foto que perdi estava sem a maquina olhando pelo vidro o corredor adoro corredores vazios e outro dia com Alcy também o muro cinza da voluntarios e ainda fui pegar o amplificador do papai e as roupas em ipanema fiquei menos estatica paralisada como tenho andado
quinta-feira, maio 03, 2012
Comprei três xicaras tipicas de bar, naquelas lojas que vendem pra restaurantes e adjacências, perto da Marechal Floriano. Quase todas que tinhamos foram quebradas pelo gamba, ou quebraram quebrando por ai. Não sei porquê três e não quatro, rs. Acho que vou voltar la e comprar mais uma... se eu tiver coragem, porque eu estava tão" carregada", depois de uma discussão aos berros na livraria de manhã, mas que ainda estava dentro de mim, que provavelmente o dono da loja sentiu e deixou cair no chão o embrulho, que quebrou, e teve que embrulhar mais três xicaras.
http://www.lucieandsimon.com/works/silent_world
segunda-feira, abril 30, 2012
Trechos da única entrevista feita com Rê Bordosa, em 1985. por Benevides Paixão
Benevides Paixão: Como foi que começou a sua vida de delírios, porres homéricos e carreiras quilométricas?
Rê Bordosa: Eu fui muito presa, sabe?!... Meus pais eram fodinhas, mas um dia esqueceram a porta de casa aberta... saí de lá direto para um bar. No caminho, fui perdendo minha virgindade, minha vergonha, calcinha, sutiã...
BP: Como foi perder sua virgindade? Doeu?
RB: Só na hora que entrou. Na hora que saiu foi gostoso.
BP: E as mulheres de hoje, como você está vendo?
RB: Meu negócio é homem. As mulheres que passaram por esta banheira foram por puro erro de cálculo.
BP: Erro de cálculo? Como é isso?
RB: É quando saio à procura de um pênis e acabo encontrando
um tênis. Nunca fui chegada em roçar no couro de jararaca
e toda vez que aconteceu foi desvio de verbas. Na falta de um coturno do exército a gente usa havaiana. Não tem cheiro e nem solta as tiras.
BP: Quantos erros de cálculo você comete por noite?
RB: Só sei contar até a quinta dose. Depois, só Deus sabe!
BP: Ué? Você acredita em Deus?
RB: Até a décima dose.
BP: Sua vida é um mar de prazeres, sexo, drogas, festas, aventuras... Isso é o paraíso?
RB: Paraíso? Meu chapa... isso é o inferno. Já disse mil vezes que não nasci para ser a cura e sim a doença.
BP: Como você se define? Uma mulher liberada, moderna...
RB: Sou uma barata que resiste a todos os inseticidas.
domingo, abril 29, 2012
sábado, abril 28, 2012
cortei o cabelo depois de pegar cenas da Bibi Anderson no Persona e mostrar pro Val, o cabeleireiro, que disse que não dava pra sacar muito não. ficou legal. depois fiz as unhas e o pé e não conseguia falar nada. e a moça, Gleize, perguntou se eu estava cansada. ela faz massagem no pé e fecho os olhos. voltei à livraria so pra comer bolo e comi duas fatias que me pesaram enormemente. em casa sonoterapia, imediatamente. M. V disse que eu estava com cara de choro e quando tentei explicar, a voz veio cheia de choro, o que é mais constrangedor pra quem escuta. pra mim também. não consegui me concentrar em nada. ontem à noite culpa e vazio e me sentindo presa, deitei no sofa com o vinho horrivel que so consegui beber um pouco ouvindo gotan project, não sei exatamente porquê. alias saber o porquê não é minha especialidade. alias qual é a minha especialidade. outra noite so delirios. F. vai dizer que adoro me fazer de vitima, vicio, bjhbhb. Carlota pula em cima da cômoda e tenta rasgar o saco de ração, peste. A. me escreve dizendo da analise, seria otimo.
quinta-feira, abril 26, 2012
segunda-feira, abril 23, 2012
as vezes meu quarto me sufoca, muitos moveis coisas e não é muito grande, é meio ninho, talvez tirar a televisão pintar o armario de branco ou verde claro e tirar o verniz da mesa ela era muito mais bonita sem crua e rustica assumida e então vim pra sala laptop no colo esperando a bateria da maquina recarregar queria ter tirado mais fotos da exposição e da escada e das lonas mas ai acabou não achar nada isso seria o ideal F. diz que eu falo muito de mim e que não "sei" embarcar em outros assuntos, so quando é uma coisa que sei muito e eu não queria isso e acho que às vezes falo alto sem perceber estranhezas que acontecem e fiquei lendo estudando sobre os cérebros emocional limbico e o cognitivo e etc etc adorei esse estudo hoje e sabado uma meio analise, sexta acabei ficando meio pasma no sofa pensando se ia ou não encontrar a Rô mas não estava muito plena de energia, plena uma boa palavra estava meio esvaziada na verdade e fui ler o Rimbaud depois mas... e agora na duvida do que fazer, como sempre, se termino uma estoria que me perturba ou se tento fazer com que ela deixe de me perturbar sem dar importância o tamanho das coisas do que se sente varia nas horas e depende, pesos e medidas
MORTE EM FAMiLIA, UMA
MORTE EM FAMiLIA, UMA
Esse é o outro livro que saiu agora, do James Agee, e que ganhou um Pulitzer postumo em 1958.
Esse é o outro livro que saiu agora, do James Agee, e que ganhou um Pulitzer postumo em 1958.
MULHER CALADA, A
MULHER CALADA, A
Dar uma olhada. Sylvia Plath me interessa, ou me interessava, quando li A Redoma de Vidro e também a biografia dela.
Dar uma olhada. Sylvia Plath me interessa, ou me interessava, quando li A Redoma de Vidro e também a biografia dela.
ELOGIEMOS OS HOMENS ILUSTRES
ELOGIEMOS OS HOMENS ILUSTRES
Uma vez dei de cara com esse livro, ou mais de uma vez, indo arrumar a sessão de comunicação, e ficava na duvida se ele não deveria estar, também, na sessão de fotografia, e sempre ficava paquerando, pensando se pegava pra dar uma olhada, curiosa, ja que as fotos são do Walker Evans, numa viagem que os dois fizeram ao sul dos Estados Unidos em 1936, depois da Depressão, e ficaram 4 semanas convivendo com roceiros. As fotos são documentais-tragicas-humanas-lindas, e como estava lendo sobre outro livro do mesmo escritor que saiu agora, James Agee, resolvi "guardar" pra ver se não esqueço de pegar os dois livros.
Uma vez dei de cara com esse livro, ou mais de uma vez, indo arrumar a sessão de comunicação, e ficava na duvida se ele não deveria estar, também, na sessão de fotografia, e sempre ficava paquerando, pensando se pegava pra dar uma olhada, curiosa, ja que as fotos são do Walker Evans, numa viagem que os dois fizeram ao sul dos Estados Unidos em 1936, depois da Depressão, e ficaram 4 semanas convivendo com roceiros. As fotos são documentais-tragicas-humanas-lindas, e como estava lendo sobre outro livro do mesmo escritor que saiu agora, James Agee, resolvi "guardar" pra ver se não esqueço de pegar os dois livros.
domingo, abril 22, 2012
segunda-feira, abril 16, 2012
acordei de manhã querendo escrever querendo fazer yoga querendo varrer o quarto mas precisando comer e tomar banho e sair e recaregar o mp3 e então não deu tempo pra nada que eu queria. e no ônibus tentei mas como ele sacoleja muito verdadeiro inferno. e depois que conversei com o Chico percebi como continuo cada vez mais histérica provavelmente não tem fim é um negocio que vai embolando e embolando e aumentando e também como essa coisa nada mais um nada sucessão de nadas todo o meu dia vai indo pra lugar nenhum não me conecto à nada e pronto parece que é isso uma coisa assim meio fatalista sem fim sem solução que não consigo ver. e na sexta ou sabado tanto faz mais horas estéreis inocuas sem sentido ? passei o final de semana me odiando. porque eu permito o nada e não consigo sair dele e criar o tudo ou o alguma coisa, pelo menos. queria dormir e sumir mas não, dormi so o suficiente de sempre e não sumi, como fazer para? fiquei so me odiando desanimada. vi um pedaço do Torremolinos mas não aguentei ver tudo. li jornais, artigos que ja esqueci. tentei ler o Schopenhauer, ja que ele fala do que mais me interessa no momento, que é a vontade, o querer, mas não consegui me concentrar muito. não conseguia me concentrar em nada! acabei vendo um documentario sobre Hitler...buf, que merda. essa tv a cabo é uma porcaria, tenho que cancelar ja que não tenho dinheiro mesmo e cada vez passa menos coisas boas. sensação ruim, mal humor. mesmo assim como, leio, durmo, trabalho, falo.
sexta-feira, abril 13, 2012
conversando sobre filhos e cachorros e gatos e ter alguém para gostar então adoro quando Miranda aparece e fica até de manhã fico feliz feliz isso esta meio bobo eu sou boba e descobri que fico um pouco aterrorizada quando rola a idéia de e significa um não gostar de mim papo cabeça com a minha propria desisto de escrever agora pelo menos
quarta-feira, abril 11, 2012
vendo o Alan Pauls e gostei tanto do Historia do Cabelo a forma como ele escreve um pensamento indo à outro e à outro e depois volta e fecha, paragrafos grandes com muitas virgulas enfim o estilo é tudo ja dizia o Celine numa entrevista que eu guardava e que perdi não importa como alias nem lembro direito as circunstâncias e voltando ao Alan Pauls quero ler o primeiro da trilogia Historia do Pranto e a edição também é muito bonita e queria ter esse livro como outros que li e gostei mas esta dificil de ter talvez isso seja um certo fetiche ter os livros que gostamos como uma identidade nossa que carregamos por ai ao invés de mostrar a carteira ou as fotos da familia mostrar os ultimos livros lidos ou os primeiros olha esse foi o primeiro livro que li e esse é o ultimo e ele fala também do manuel Puig - em outra entrevista - e lembro que tinha la em casa la em casa quer dizer na minha casa de criança tinha Boquitas Pintadas e não lembro se dei uma olhada ou não mas gostava desse titulo e comi uma coalhada das que fiz em casa semana passada orgulhosamente e ficaram muito boas realmente e é o que tem para distrair quando chego em casa e não consigo dormir e por isso não queria voltar pra casa enfim voltei ouvindo musica musica musica e acabei saltando antes e andei um pouco no meio do entardecer quase escuro e fiquei bestamente na rede
segunda-feira, abril 09, 2012
Querido Scott, querida Zelda,
O SEGREDO DE jOE gOULD, a HORA DOS aSSASSINOS
caIxa alta não quer sair de jeito nenhum, não sei como ela começou, lendo numa coluna titulos de livros sobre lunaticos, além do Oliver SACKS E DO DEMONIO DA MEIA NOITE E O OUTRO VI HJ E ME INTERESSEI TENHO QUE ANOTAR SENÃO AS COISAS VÃO INDO E ATROPELAM E PASSAM E NÃO SEI PORQUE ESTOU COM RAIVA vou ligar e desligar o computador pra ver se e corri a maior dificuldade voltar à so consegui 20 minutos e a chuva começou na volta primeiro fraquinha e depois mais forte e foi otimo sbrinfs e ao mesmo tempo de repente vi o ridiculo de tudo e ai
O SEGREDO DE jOE gOULD, a HORA DOS aSSASSINOS
caIxa alta não quer sair de jeito nenhum, não sei como ela começou, lendo numa coluna titulos de livros sobre lunaticos, além do Oliver SACKS E DO DEMONIO DA MEIA NOITE E O OUTRO VI HJ E ME INTERESSEI TENHO QUE ANOTAR SENÃO AS COISAS VÃO INDO E ATROPELAM E PASSAM E NÃO SEI PORQUE ESTOU COM RAIVA vou ligar e desligar o computador pra ver se e corri a maior dificuldade voltar à so consegui 20 minutos e a chuva começou na volta primeiro fraquinha e depois mais forte e foi otimo sbrinfs e ao mesmo tempo de repente vi o ridiculo de tudo e ai
domingo, abril 08, 2012
escutando as musicas do Pina depois de assistir pela segunda vez ontem sempre tenho vontade de me jogar ali la dentro o filme é incrivel o trabalho dela incrivel e emociona muito os nomes são Thom Hanreich Jum Myiake Rene Aubry acordei com uma das musicas na cabeça e o vinho ontem me deu um enjôo durante a noite e agora ainda e acabei tomando um banho de madrugada Miranda corria pelo quintal mas depois sumiu minhas gatas loucas e achei um ingresso do Circo Voador de começo de setembro porque fiquei com novembro na cabeça e essa minha mania detetivesca de reconstituição dos passos
quinta-feira, abril 05, 2012
estava escutando pela segunda vez o Keith Jarrett a gravação do show que ele fez aqui no Rio descobrindo e adorando e quando acabou começou o Nick Cave que esta embaixo que peguei do L. e engraçado como por um lado é bom esse descobrir outras coisas do outro e não ser sempre eu e o que escuto e então mergulhar num outro mundo mas acho que quando mergulho esqueço do meu mundo ou não mergulho fundo o suficiente sei la ontem quando peguei o ônibus pra Taquara ja senti que ia ser uma viagem estranha desde o começo uma criança numa cadeira de rodas com problemas mentais o ônibus não andava Presidente Vargas parada lembrei da Panda porquê? ou foi antes enquanto andava até a praça xv e pensei que ela provavelmente sofreu, de fome? e foi tudo tão desesperador porque eu não tinha dinheiro e não consegui embora tenha ido ao veterinario feito exames e gasto uma grana enfim lembrei e chorei e depois chorei varias vezes mini choros por tristeza minha uma exaustão um homem grande que estava em pé às vezes me olhava rapidamente é meio estranho ver alguém chorar em publico bem eu sou mestra nisso durante a enorme viagem que demorou quase duas horas insuportavel e quente eu escutava a Amy que tocou duas vezes e na terceira rodada parei e lia também sobre Schopenhauer gostando da vida dele e da idéia de representação subjetiva e da vontade que ainda não falou muito depois uma mulher desmaiou o ônibus inteiro falava e estava cheio de pessoas em pé paramos na Upa entrou um enfermeiro deu uma examinada nela e depois a levaram de maca e cheguei logo depois ja eram cinco e tal e na sala de espera tinham umas cinco pessoas e a televisão muito alta dois homens assistiam atentamente folhei uma revista que estava em cima de moda e outra e começou malhação que é muito ruim eu estava de costas mas escutava e tinha uma revista do sheicho no ie que acho é uma religião e me fez bem porque sempre tem palavras bonitas e tranquilizadoras e dormi acordei pensando a minha vida é essa e é assim porque eu quis e então não tenho que ficar achando que não fui atendida rapidamente pelas malucas ana e marina sempre felizes e volta horrivel cheguei em casa pensando na musica que acho que é do John I'm so tired do album branco hoje consegui focar no que tinha que fazer mas ai fico séria séria
domingo, abril 01, 2012
vendo as fotos que tirei no ônibus fase ônibus no mesmo ônibus onde estupidamente perdi minha carteira e tento ver esse momento quando a carteira caiu deslizou ou ficou esquecida no banco mas essa imagem não vem porque ela não existiu não foi gravada na minha mente e achei que poderia estar no quarto também em algum lugar fico perplexa com essas situações que acontecem sem que tenhamos nenhum controle escapou aconteceu e deve ser um retrato do que tem acontecido o que tem acontecido ontem pensava que incrivel consegui estar tão feliz - em alguns momentos, ressalva tão zen nas minhas férias nessa pausa e entrei num turbilhão de carências e impossibilidades e o Bergson diz que a possibilidade não existe e pra mim a possibilidade sempre existiu num canto qualquer então ai deve estar o erro
terça-feira, março 27, 2012
“o
vinho da eternidade”
relendo um pouco de Fante,
O Vinho da Juventude,
na cama
nesse meio de tarde,
meu gato gordo
BEAKER
dormindo ao meu
lado.
a escrita de alguns
homens
é como vasta ponte
que leva você
através
das muitas coisas
que agarram e rasgam.
de Fante a pura e mágica
emoção
se atém à simples
limpa
linha.
e este homem morreu
uma das mais lentas e
mais horríveis mortes
que eu jamais testemunhei
ou ouvi
falar....
deuses não escolhem
favoritos.
ponho o livro no chão
ao meu lado.
livro de um lado,
gato do
outro...
John, conhecer você,
mesmo do jeito que
foi foi o evento da minha
vida. não posso dizer
que eu morreria por
você, eu não saberia lidar
com isso bem.
mas foi bom ter visto você
de novo
esta
tarde.
relendo um pouco de Fante,
O Vinho da Juventude,
na cama
nesse meio de tarde,
meu gato gordo
BEAKER
dormindo ao meu
lado.
a escrita de alguns
homens
é como vasta ponte
que leva você
através
das muitas coisas
que agarram e rasgam.
de Fante a pura e mágica
emoção
se atém à simples
limpa
linha.
e este homem morreu
uma das mais lentas e
mais horríveis mortes
que eu jamais testemunhei
ou ouvi
falar....
deuses não escolhem
favoritos.
ponho o livro no chão
ao meu lado.
livro de um lado,
gato do
outro...
John, conhecer você,
mesmo do jeito que
foi foi o evento da minha
vida. não posso dizer
que eu morreria por
você, eu não saberia lidar
com isso bem.
mas foi bom ter visto você
de novo
esta
tarde.
(Charles
Bukowski)
segunda-feira, março 26, 2012
estava tão estupidamente feliz sem -motivo feliz que sabia que depois tudo ia cair e ia ficar triste triste estupidamente triste e ter uma crise e chorar e chorei um pouco talvez por ter estado antes tão feliz por nada so por andar na rua e a musica tocando e chegar em casa e pintar um pouco até ficar escuro o que foi mais ou menos rapido pîntar um quadro que esta meio ruim talvez ou esta um quadro e talvez não seja novo e escrever também não tem porquê mas preciso e nada tem sentido mas ou pela ansiedade toda e ler hoje também foi estupidamente bom no ônibus minha especialidade ou porquê consegui ficar livre me senti livre alguns momentos sensações somos sensações ambulantes so isso
domingo, março 25, 2012
mudou o estilo da postagem e não sei como voltar ao que era antes e . me liga mas fico um pouco sem graça talvez porque não seja nada de novo jantar beber um vinho queria algo mais louco como ter um filho que provavelmente não posso mais e talvez nunca tenha podido em outros sentidos que tal adotar um bebê agora olho pra todos os que cruzo pelo caminho no colo em carrinhos por ai e gostaria de um no colo como se fosse uma coisa um objeto um objeto de afeto com certeza e olho a janela onde nuvens fatasticas andavam rapidamente andavam se mexiam corriam não sei como me referir ao modo de locomoção delas e talvez elas realmente não andem ja que não tem pernas se deslocam mas agora o céu esta negro e quer dizer que o dia acabou e queria ter pintado na varanda ja que no meu ultimo dia de férias tive a coragem subita de atacar uma tela quase em branco e foi otimo mas nenhuma lâmpada quer funcionar no bocal a revolta sem sentido dos bocais dessa casa primeiro no quarto e agora saiu um café diz o Pedro e pensei muito pensamentos que são pura ansiedade e que não são pensamentos, realmente, e tentar entender o Bergson não achei tão facil como o Chico falou mas bonito talvez pela minha dispersão tenha dificuldades gigantes mortos que ainda não foram enterrados algo assim li no LCohen e mais dois livros que trouxe e então amanhã mas como vou saber o que farei amanhã sexta tentei correr mas veio aquela dor de respiração mal feita parece e então foi so uma introdução e esses dias tudo girando em torno de... e muito sono pelo menos dei uma disfarçada nos cabides e sapatos agora atacar as gavetas vergonhosamente desarrumadas e fico triste com isso de não poder mais poderia tentar mas e outro dia escrevi muito muito no caderno que Pedro me deu meu querido diario enquanto tomava sol no meu quintal so com a parte debaixo do biquini vigiando se havia alguém na casa de cima que estava com a porta fechada e assim permaneceu e escutei musica deitada no chão da sala com as pernas no sofa e andei até o mercado e o pão enquanto ouvia alguns tiros e as pessoas se escondiam atras dos muros e eu passei comendo um maçã e não me escondi em nenhum lugar e acabou esse que foi o dia mais maravilhoso
quinta-feira, março 22, 2012
quarta-feira, março 21, 2012
o blog esta diferente uma tentativa frustrada mais uma me sinto meio ao léu enfim os encaixes se dão de uma maneira não previsivel pelo menos a estante esta arrumada arrumada até demais amanhã dar uma bagunçadinha pelo menos e ainda faltam as gavetas e o armario porque não agora que não consigo dormir provavelmente porque jantei e comida de noite é punk e estou conseguindo me cobrar cobrar cobrar menos vamos ver quando voltar à trabalhar e o dormir porquê porquê glkjfljdjnnkn vou gambas estão fazendo muita bagunça na cozinha ouço daqui
terça-feira, março 20, 2012
Histeria, Charcot, Breuer, Anna O.
A histeria é uma neurose de conversão caracterizada por sintomas físicos (dormência/paralisia de um membro, perda da voz ou cegueira), quando a pessoa desfruta de plena saúde física.
O neurologista francês, Jean Martin Charcot, interessado no tratamento da histeria, a qual considerava como uma verdadeira moléstia que atingia a homens e mulheres, tentou livrar seus pacientes de pensamentos indesejáveis, através de sugestão hipnótica.
Joseph Breuer, médico vienense, também adotava o procedimento da hipnose, não apenas para suprimir sintomas, mas também para descobrir as causas profundas do sofrimento de seus pacientes. Ele percebeu, durante o tratamento da jovem "Anna O." (1880-82), que os resultados tinham um alcance muito maior, ao lhe permitir contar seus pensamentos e sentimentos. Ele chamou de "auto-hipnose" os estados alterados de consciência de Anna, a qual denominou de "cura pela fala" o processo que levava ao desaparecimento de seus sintomas, toda vez que ela conseguia se lembrar dos acontecimentos que os originara.
Durante seus estudos com Charcot (1885), Freud praticou e observou o emprego da hipnose. Em seguida, tornou-se colaborador de Joseph Breuer. Enquanto progressivamente delineava sua teoria sobre a mente, Freud considerava a hipnose mais satisfatória do que a eletroterapia que havia experimentado até 1890.
Através da hipnose, os pensamentos e as lembranças ligadas aos sintomas chegavam eventualmente à consciência. A 'catarse' (purificação, em grego) ocorria através de uma descarga normal de afeto; apesar desse fato, os sintomas tendiam a ser recorrentes.
Primórdios da Psicanálise
Breuer e Freud publicaram suas descobertas e teorias em Estudos sobre a Histeria (1895). Consideravam que os sintomas histéricos ocorriam quando um processo mental caracterizado por intensa carga de afeto ficava bloqueado, impossibilitado de expressão, através da via normal da consciência e dos movimentos. Esse afeto 'estrangulado' percorria vias inadequadas e derramava-se sobre a inervação somática(conversão).
Os autores afirmavam que esses sintomas, substitutos de processos mentais normais, tinham sentido e significado, sendo causados por desejos insconscientes e lembranças soterradas. Dado que essas idéias patogênicas, descritas como traumas psíquicos, eram oriundas de um passado remoto, as histéricas sofriam de 'reminiscências' que não tinham sido elaboradas.
A pedra angular dessa teoria era a hipótese da existência de processos mentais inconscientes, que seguem leis que não se aplicam ao pensamento consciente. Posteriormente, um entendimento mais aprofundado desses processos viria a esclarecer produções psicológicas previamente incompreensíveis, como é o caso dos sonhos.
A Regra Fundamental
Considerando a hipnose inadequada, Freud aprimorou os métodos de Breuer, baseado numa crescente compreensão clínica das neuroses. Ele percebeu que o êxito do tratamento dependia da relação paciente x médico, cabendo a este tornar consciente o inconsciente.
Desenvolveu-se uma relação inteiramente nova entre paciente e médico, a partir de uma mudança na técnica, e os surpreendentes resultados, assim obtidos, estenderam-se a muitas outras formas de neurose. Em 1896, Freud denominou esse procedimento de Psicanálise - a arte da interpretação.
Freud considerava que pensamentos perturbadores e anseios conflitantes eram mantidos inconscientes (repressão), mas mesmo assim causavam fortes sentimentos de culpa e intensa ansiedade, interferindo na atividade mental consciente, consumindo energia psíquica vital em busca de liberação. Por serem incompatíveis com os padrões normais do indivíduo, este se sentiria compelido a defender-se contra essas idéias intrusivas e a liberação desses impulsos, a fim de manter seu equilíbrio interno (mecanismos de defesa).
Como Freud acreditava na sobredeterminação dos eventos psíquicos, supondo que todas as lembranças estavam organizadas numa rede associativa, de forma que uma recordação levaria à outra, e considerando possível recuperar e compreender lembranças cruciais estando consciente, Freud insistia para seu paciente lhe dizer tudo que lhe ocorresse à mente (associação livre), a despeito de quão irrelevante ou potencialmente embaraçosa a idéia pudesse lhe parecer.
Ao entregar-se à sua própria atividade mental insconsciente (atenção flutuante), Freud acompanhava o fluxo inconsciente das produções mentais do paciente, a fim de estabelecer conexões entre o fio associativo das comunicações alusivas e as lembranças esquecidas.
Ocasionalmente, o paciente poderia omitir o material considerado absurdo, irrelevante e vivenciado como desagradável e precisamente essa lacuna na comunicação revelaria que a associação era evitada (resistência) devido ao seu potencial evocativo para trazer lembranças submersas à superfície da consciência, tornando emergente o significado oculto, previamente inacessível.
Freud notou que, na maioria dos seus pacientes, o material mais frequentemente reprimido estava relacionado à idéias perturbadoras referentes à sexualidade. Em 1897, percebeu que, ao invés de serem lembranças de acontecimentos reais, esses eventos eram resíduos de impulsos e desejos infantis (fantasias). E concluiu, portanto, que a ansiedade era consequência da libido reprimida, a qual encontrava expressão em vários sintomas.
Em contato com vivências internas, num estado de regressão, o analisando passava a se relacionar com o analista, como se este fosse uma figura do seu passado (transferência), frequentemente revivendo com grande intensidade emocional 'eventos' esquecidos de longa data.
Freud, então, comunicaria a ligação entre as fantasias e sentimentos do analisando pelo analista e a origem desses pensamentos e emoções nas experiências da infância do paciente (interpretação).
Essa intensa vivência dos conflitos originais era um processo doloroso para o paciente, mas a elaboração desse sofrimento emocional (insight) tornava o tratamento eficaz, devido a um novo equilíbrio e distribuição de energia psíquica, promovendo uma reorganização das estruturas psicológicas, com configurações mentais mais saudáveis.
A histeria é uma neurose de conversão caracterizada por sintomas físicos (dormência/paralisia de um membro, perda da voz ou cegueira), quando a pessoa desfruta de plena saúde física.
O neurologista francês, Jean Martin Charcot, interessado no tratamento da histeria, a qual considerava como uma verdadeira moléstia que atingia a homens e mulheres, tentou livrar seus pacientes de pensamentos indesejáveis, através de sugestão hipnótica.
Joseph Breuer, médico vienense, também adotava o procedimento da hipnose, não apenas para suprimir sintomas, mas também para descobrir as causas profundas do sofrimento de seus pacientes. Ele percebeu, durante o tratamento da jovem "Anna O." (1880-82), que os resultados tinham um alcance muito maior, ao lhe permitir contar seus pensamentos e sentimentos. Ele chamou de "auto-hipnose" os estados alterados de consciência de Anna, a qual denominou de "cura pela fala" o processo que levava ao desaparecimento de seus sintomas, toda vez que ela conseguia se lembrar dos acontecimentos que os originara.
Durante seus estudos com Charcot (1885), Freud praticou e observou o emprego da hipnose. Em seguida, tornou-se colaborador de Joseph Breuer. Enquanto progressivamente delineava sua teoria sobre a mente, Freud considerava a hipnose mais satisfatória do que a eletroterapia que havia experimentado até 1890.
Através da hipnose, os pensamentos e as lembranças ligadas aos sintomas chegavam eventualmente à consciência. A 'catarse' (purificação, em grego) ocorria através de uma descarga normal de afeto; apesar desse fato, os sintomas tendiam a ser recorrentes.
Primórdios da Psicanálise
Breuer e Freud publicaram suas descobertas e teorias em Estudos sobre a Histeria (1895). Consideravam que os sintomas histéricos ocorriam quando um processo mental caracterizado por intensa carga de afeto ficava bloqueado, impossibilitado de expressão, através da via normal da consciência e dos movimentos. Esse afeto 'estrangulado' percorria vias inadequadas e derramava-se sobre a inervação somática(conversão).
Os autores afirmavam que esses sintomas, substitutos de processos mentais normais, tinham sentido e significado, sendo causados por desejos insconscientes e lembranças soterradas. Dado que essas idéias patogênicas, descritas como traumas psíquicos, eram oriundas de um passado remoto, as histéricas sofriam de 'reminiscências' que não tinham sido elaboradas.
A pedra angular dessa teoria era a hipótese da existência de processos mentais inconscientes, que seguem leis que não se aplicam ao pensamento consciente. Posteriormente, um entendimento mais aprofundado desses processos viria a esclarecer produções psicológicas previamente incompreensíveis, como é o caso dos sonhos.
A Regra Fundamental
Considerando a hipnose inadequada, Freud aprimorou os métodos de Breuer, baseado numa crescente compreensão clínica das neuroses. Ele percebeu que o êxito do tratamento dependia da relação paciente x médico, cabendo a este tornar consciente o inconsciente.
Desenvolveu-se uma relação inteiramente nova entre paciente e médico, a partir de uma mudança na técnica, e os surpreendentes resultados, assim obtidos, estenderam-se a muitas outras formas de neurose. Em 1896, Freud denominou esse procedimento de Psicanálise - a arte da interpretação.
Freud considerava que pensamentos perturbadores e anseios conflitantes eram mantidos inconscientes (repressão), mas mesmo assim causavam fortes sentimentos de culpa e intensa ansiedade, interferindo na atividade mental consciente, consumindo energia psíquica vital em busca de liberação. Por serem incompatíveis com os padrões normais do indivíduo, este se sentiria compelido a defender-se contra essas idéias intrusivas e a liberação desses impulsos, a fim de manter seu equilíbrio interno (mecanismos de defesa).
Como Freud acreditava na sobredeterminação dos eventos psíquicos, supondo que todas as lembranças estavam organizadas numa rede associativa, de forma que uma recordação levaria à outra, e considerando possível recuperar e compreender lembranças cruciais estando consciente, Freud insistia para seu paciente lhe dizer tudo que lhe ocorresse à mente (associação livre), a despeito de quão irrelevante ou potencialmente embaraçosa a idéia pudesse lhe parecer.
Ao entregar-se à sua própria atividade mental insconsciente (atenção flutuante), Freud acompanhava o fluxo inconsciente das produções mentais do paciente, a fim de estabelecer conexões entre o fio associativo das comunicações alusivas e as lembranças esquecidas.
Ocasionalmente, o paciente poderia omitir o material considerado absurdo, irrelevante e vivenciado como desagradável e precisamente essa lacuna na comunicação revelaria que a associação era evitada (resistência) devido ao seu potencial evocativo para trazer lembranças submersas à superfície da consciência, tornando emergente o significado oculto, previamente inacessível.
Freud notou que, na maioria dos seus pacientes, o material mais frequentemente reprimido estava relacionado à idéias perturbadoras referentes à sexualidade. Em 1897, percebeu que, ao invés de serem lembranças de acontecimentos reais, esses eventos eram resíduos de impulsos e desejos infantis (fantasias). E concluiu, portanto, que a ansiedade era consequência da libido reprimida, a qual encontrava expressão em vários sintomas.
Em contato com vivências internas, num estado de regressão, o analisando passava a se relacionar com o analista, como se este fosse uma figura do seu passado (transferência), frequentemente revivendo com grande intensidade emocional 'eventos' esquecidos de longa data.
Freud, então, comunicaria a ligação entre as fantasias e sentimentos do analisando pelo analista e a origem desses pensamentos e emoções nas experiências da infância do paciente (interpretação).
Essa intensa vivência dos conflitos originais era um processo doloroso para o paciente, mas a elaboração desse sofrimento emocional (insight) tornava o tratamento eficaz, devido a um novo equilíbrio e distribuição de energia psíquica, promovendo uma reorganização das estruturas psicológicas, com configurações mentais mais saudáveis.
engraçado porque às vezes confundia os dois livros e de repente dou de cara com uma carta entre os dois escritores falando dessa proximidade e pegando sol no meu quintal enquanto costuro almofadas descosturadas...e o tempo infinito que finalmente consegui pegar de volta 3 dias antes de acabarem minhas férias e acabarem os tempos enfim um pouco de temor ontem visitando uma tia que não via ha anos irmã do meu pai e nem sei quase nada sobre a familia do meu pai e então morreu a irmã do meu avõ e eu nem sabia quem era e que era irmã do meu avô e ela me deu um retrado dela e nem sei porquê aceitei se nem a conhecia so lembro de uma vez e eles eram meio brigados papai e ela que coisa ididota e tenho que assumir que sou uma bagunceira começo à fazer as coisas e não termino então ficam começos espalhados pela casa começos de arrumação começos de costura papai dizia que eu nunca terminava nada porque sera? e Rita pergunta se foi bom cobranças que a gente se faz o tempo todo e que quero me livrar delas e quando ele disse vamos namorar não disse nada as coisas acontecem e não sei bem o que muda se precisa de uma permissão verbal pra isso e como ele tem varias outras estorias que acontecem voltamos aos dez anos diz Rita e rio minha barriga inchada hoje livre de obrigações so as minhas pessoais
segunda-feira, março 19, 2012
sexta-feira, março 16, 2012
agora escutando o Paul Mc Cartney e L. também gostou e comprou engraçado isso as ondas que se vão ui que coisa mais cafona e esse livro que eu queria fazer uma peça dele com todas aquelas vozes e o tempo passando talvez teria que estudar mais a virginia woolf e tudo o que passa pela minha cabeça as estorinhas todas que vão sendo narradas o desencanto, na praia outro dia percebi oh como tudo demora! percebi que estava tudo muito cheio de tarefas e obrigações e me vem algumas pessoas decididas à cabeça e sera que sempre vamos indo e agindo empurradas pelas impressões invisiveis jet porque gostava mais quando era uma fantasia preciso sempre de uma fantasia e quando é real e tudo abre e aparece a paisagem sem nenhuma névoa e sinto falta de e de uma excitação que não tenho chove parece e tinha deixado pra ir à praia hj e tinha todo um roteiro e sempre que tenho um roteiro ele não serve pra nada e chove estou em casa dei um branco na tela! uhu incrivel mas isso não é nem o começo realmente e vou cortar o pano as coisas estão indo indo? porque tem que ir e não sei porque Miranda não fica aqui sinto falta de um gato um poder pegar e calorzinho como um corpo grande na cama e dificuldade em dormir sempre porque não estou aterrisada estou em outra imagem whats the use of worrying e quando tinha meu outro blog e não conseguia mais fazer nada e deletei e tenho saudades dele é bom estar em casa e a chuva pela janela e tudo esta ficando branco la fora descobri outra aranha gigantesca na entrada da casa la casa de las aranãs e achei que iam ficar aqueles dias azuis e quentes para sempre sempre gosto dessa no words e é estranho porque cada um vive uma outra estoria totalmente diferente
terça-feira, março 13, 2012
agora toda hora minha pressão baixa ou fico tonta deve ser a mesma coisa e não sei se é pelo calor ou se por alguma outra coisa e que outra coisa poderia ser agora mesmo acabei de levantar do sofa onde tive que deitar um pouco porque minha pressão baixou e não sei porque não convidei varias pessoas pro meu aniversario e isso vem às vezes inutilmente martelar minha cabeça tinha que sair e comprar viveres que estão escasseando mas com esse calor e tudo o mais, tudo o mais podendo significar qualquer coisa e gostaria tanto de poder tocar o piano e vou pedir dinheiro emprestado pra alguém para poder afina-lo e dinheiro emprestado também para tantas outras coisas a palavra que mais repeti coisas coisas coisas e surgiu uma nova marquinha no meu rosto e acho que ela podia ir embora a vista daqui é realmente incrivel ainda descubro ruas e casas que não tinha reparado e outras vezes parece que esta tudo tão calmo e parado apesar da cidade la embaixo sempre se mexendo e nuvens de todas as formas bocas discos voadores explosões de hiroshima cogumelos
domingo, março 11, 2012
sábado, março 10, 2012
toda hora tem que arrumar tudo e colocar no lugar porque as coisas não ficam paradinhas nos seus lugares a gente pega a coisa e olha e pensa e deixa depois em algum outro lugar porque senão toda hora tem que ir até la e pegar e depois deixar e limpar também quando se vê a bancada esta suja e a louça e o chão do banheiro mas tem uma barata que resolveu passar o dia la e então amanhã eu lavo o chão
e passou uma semana e nem vi
e amanhã e todos os dias fico pensando no que fazer
férias é muito tenso, rsrsrs
e passou uma semana e nem vi
e amanhã e todos os dias fico pensando no que fazer
férias é muito tenso, rsrsrs
sexta-feira, março 09, 2012
a estoria é
eu e Cristina estavamos juntas sentadas o corredor da casa daquele fotografo que não lembro o nome, conversando e jogando charme com ele, Fernando
tinhamos, eu e ela, um amigo em comum, Dudu,
e dormimos juntos, naquela noite na propria casa
e ele estava com um certo ar de cachorro abandonado, lembro
e outro dia quando vi o livro /catalogo e disse eu queria ter sido ela, não ela a pessoa mas sim ela a pintora que assumiu a pintura bla bla bla e fez quadros que gosto
e Fernando disse vc queria ser ela mas eu escolhi vc
e nessa época em que eu me vestia como uma inglesa?
com aquela saia preta e a blusa italiana de bolinhas, transparente, que ainda guardo como reliquia e que queimou um pedaço passando à ferro, sem sutiã que alias eu nem tinha e nem usava
e minha pressão baixou um pouco agora
e ontem o que me apavorou ( um pouco) foi a percepção de que mal nos conhecemos e que não podemos cometer essa loucura
engraçado esse desejo, de outra esfera galactica
eu e Cristina estavamos juntas sentadas o corredor da casa daquele fotografo que não lembro o nome, conversando e jogando charme com ele, Fernando
tinhamos, eu e ela, um amigo em comum, Dudu,
e dormimos juntos, naquela noite na propria casa
e ele estava com um certo ar de cachorro abandonado, lembro
e outro dia quando vi o livro /catalogo e disse eu queria ter sido ela, não ela a pessoa mas sim ela a pintora que assumiu a pintura bla bla bla e fez quadros que gosto
e Fernando disse vc queria ser ela mas eu escolhi vc
e nessa época em que eu me vestia como uma inglesa?
com aquela saia preta e a blusa italiana de bolinhas, transparente, que ainda guardo como reliquia e que queimou um pedaço passando à ferro, sem sutiã que alias eu nem tinha e nem usava
e minha pressão baixou um pouco agora
e ontem o que me apavorou ( um pouco) foi a percepção de que mal nos conhecemos e que não podemos cometer essa loucura
engraçado esse desejo, de outra esfera galactica
quinta-feira, março 08, 2012
passei o dia ontem fazendo uma coisa que não deu certo incrivel não ter visto que não estava bom e insisti sem ver problemas de visão gigantescos hoje ressaca existencial depois de uma noite com pessoas teatrais mas ao mesmo tempo vivas e eu sempre distante e não me emociono mais com nada caralho e preciso preciso voltar `a talvez esteja ...talvez mas ainda esta meio longe de saber e provavelmente não estou então porque a preocupação se era isso que eu queria irrefletidamente antes o problema é esse irrefletida e agora deu um tempo para a reflexão e me sentindo inutil ontem não me sentia bem comigo mesma e depois li no Henri Michaux algo parecido so que maior ou mais sem sentido ainda e depois da acupuntura uma leveza como sempre mergulhar num barril de acupuntura para sempre e hoje so dormi dormi virei uma maquina sexual e não vivo para nada terminei o livro finalmente envergonhadamente demorei triste os fins da Milk e do Sr. Singer personagens mais fortes pra mim e que mais gostei ele solitario apesar de todos o procurarem para curarem suas proprias solidões mas ele não os entendia muito e ela e seu mundo interior, largada vagando. e agora não sei as pessoas sempre sabem tudo e amanhã porque hoje foi um dia perdido ver um filme talvez amanhã resgatar algo
quarta-feira, março 07, 2012
a aranha em frente à minha janela placida na mesma posição dorme talvez depois de comer muito algum bichinho preso em sua teia ou o que parece ser a mesma posição apesar de que a vimos numa dança frenética numa manhã dessas ela acordando também a gente no parapeito da janela de novo parapeito e ontem quando conversamos rapidamente sobre minha rabugentisse fiquei mais pesada ainda e triste triste e ainda estou porque me pareceu que tudo estava coberto com isso tudo tudo e não pode ser so isso e toda hora olho pra ela que esta bem no centro e não consigo responder o som pifou tenho que bordar e
terça-feira, março 06, 2012
Simplesmente Doisneau
Simplesmente Doisneau, uma iniciativa da Aliança Francesa do Brasil, é o título da exposição, inédita no país, que celebra o centenário de nascimento de Robert Doisneau. Um dos maiores nomes da história da fotografia mundial, desde o início da carreira ele se mostrou apaixonado pela poesia do cotidiano, a ponto de desenvolver um novo modo de pensamento visual, audácia esta colocada a serviço de um pensamento social rigoroso. Influenciado pelas obras de Henri Cartier-Bresson, Eugène Atget e André Kertész, ganhou fama por fotografar a vida social de Paris e de seus arredores, sem distinção de classe social: uma visão da fragilidade humana e das contradições da vida. Robert Doisneau morreu em 1994.
Curadoria: Agnès de Gouvion Saint-Cyr
De 08/03 a 17/06
Terça a domingo, das 12h às 19h
Galerias do 2º andar CCJF
segunda-feira, março 05, 2012
ganhei dois vestidos lindos uma camisa bacanérrima flores de pano o livro do Bolaño que me fascinou de tão dentro que se fica lendo o entrelaçamento de tudo os catalogos lindos a pessoa que eu disse que queria ser Miranda come feliz Carlota olha de cima da mesa minha vida é sempre medida pelo tempo dos gatos ou eles são uma pausa onde me refugio li o blog do escreve tão denso e bom queria ser escritora densa queria ser pintora densa mas não sou nada disso um sabonetinho verde ficou fora da caixa tão bom receber os amigos poucos tudo nunca mais liguei a televisão tenho que me segurar na sensação de sonho porque sonho é outra coisa que não é essa aqui ou tudo é sonho e não é ao mesmo tempo
tenho que fazer minhas unhas um romance existencial entre pessoas underground do mundo pornô incrivel a textura é bom quando vc se sente la dentro hoje estou realmente sem nenhum compromisso e ler de dia ainda não tinha feito so nas idas e voltas no metrô indo encontrar Ursula praias de sol intenso um tempo suspenso ou à noite uma ou duas o vestido que Ruben me deu jogado no parapeito da janela onde ficamos também algumas vezes ele gosta de parapeitos como li, ou estou confundindo criador e criatura mas é a mesma coisa no fundo hoje não saio de casa para fazer unha nem nada amanhã e toda a casa espera me espera para ser arrumada bluebird
quinta-feira, fevereiro 23, 2012
Um hoje intermediario intermezzo entre - um bichinho verde escala os objetos na mesa, esse bichinho que ja esteve aqui outro dia - entre o abandono do tempo gordo redondo e o tédio de outro dia. consegui começar uma coisa que me alinha um pouco comigo mesma. depois furacão Ursula e eu fiquei um pouco perdida... logico que é otimo. casa do N. inspira apesar da maluquice toda. juntar os espaços.
quarta-feira, fevereiro 22, 2012
pensando tanto nas férias e hoje ela chegou e estou deprimida deprimida
como sempre me sinto so e sem nada
e estava tão cheia de projetos (que fui inventando) mas eles sumiram como se fossem de ar
e que eu achei que ia ser tudo encaixado mas hoje os encaixes se dispersaram por ai
cansada disso tudo desse se-sentir mal-essa-sensação-de-abandono-que-so-pode-ser resgatado-por-alguma-outra-coisapessoasituação e não simplesmente
e não tem essacoisapessoasituação
deve ser um colo que eu quero e preciso
mas não tem tem mas acabou
e em cima da mesa varios livros que começo à ler e vou abandonando pelo caminho
um vento entra pela janela Leonora esta na cama Miranda e Carlota so passam as noites aqui depois vão se vão misteriosamente
e ontem vi Missisipi em chamas e um documentario sobre um fotografo de guerra muito determinado e sério Jim Nacht... e o Abujamra entrevistando um travesti e um pouco do Monobloco e MTV também e o gamba comeu todo o doce de banana espero que ele eles tenham gostado
vou fazer algo praia talvez
como sempre me sinto so e sem nada
e estava tão cheia de projetos (que fui inventando) mas eles sumiram como se fossem de ar
e que eu achei que ia ser tudo encaixado mas hoje os encaixes se dispersaram por ai
cansada disso tudo desse se-sentir mal-essa-sensação-de-abandono-que-so-pode-ser resgatado-por-alguma-outra-coisapessoasituação e não simplesmente
e não tem essacoisapessoasituação
deve ser um colo que eu quero e preciso
mas não tem tem mas acabou
e em cima da mesa varios livros que começo à ler e vou abandonando pelo caminho
um vento entra pela janela Leonora esta na cama Miranda e Carlota so passam as noites aqui depois vão se vão misteriosamente
e ontem vi Missisipi em chamas e um documentario sobre um fotografo de guerra muito determinado e sério Jim Nacht... e o Abujamra entrevistando um travesti e um pouco do Monobloco e MTV também e o gamba comeu todo o doce de banana espero que ele eles tenham gostado
vou fazer algo praia talvez
segunda-feira, fevereiro 20, 2012
importando imagens e a impressão que tenho é que sempre importa as mesmas imagens ele ela a camera ou ele um sistema qualquer que foi pensado por alguém e que age na nossa vida esse tempo elastico que eu estava precisando muito como na Ilha de outra forma esse dia enorme onde cabe tudo encontros pessoas o que vier sem nenhuma tarefa que rouba as horas obrigações é a palavra paroles e isso me faz bem bem sera que isso é...foda-se. as coisa são o que são, não o que tem que ser. ontem sargent peppers bjork simongarfunkel dois cds cat stevens, gold frapp hoje de manhã e mamas and the papas sempre estava tão estressada sexta acho que foi o dia record de loucura tpm a pressão constante da falta de dinheiro a ansiedade pelas férias e arrumar as coisas antes de sair e pré-carnaval ao mesmo tempo e ansiedade com o L. que foi juntando com a irritação e criando um grande monstro verde e gosmento...pelo menos chorei e queria escrever realmente sobre isso mas por enquanto não. bom que esse tempo maravilhoso e enorme de pausa e distância e silêncio de tudo esta sendo otimo uma nova situação libertadora de certa forma de uma maquininha que estava rodando sempre como sempre sempre e que bom que é carnaval antes das férias mesmo porque esse tempo maluco ajuda
domingo, fevereiro 19, 2012
dando uma geral rapida nos emails e as pessoas estão sempre produzindo e criando up to date e eu sempre vagando perdida sem me decidir ali ou aqui e quem são essas pessoas e como conseguem e então me da um pouco de enjôo de tudo e também raiva e frustração sei que isso não é nada bonito de se ter sentir penso Andrea que feio você não tem que ter raiva nem nada e...e não sei mudar a chave da frustração e voltar à fazer essa é a unica forma de mudar e então nas minhas férias que nao começaram mas ja começaram embora seja carnaval e então é so isso e ver a Ursula tenho que pensar bem em tudo o que quero ver e fazer as exposições galeria do lago mam arthur fidalgo graphos e o catalogo da Cristina e praia correr yoga sjdnksdjn mK PARAR RESPIRAR simplesmente sempre escrevo as mesmas coisas correr ler pintar e
terça-feira, fevereiro 07, 2012
hoje enquanto voltava estupidamente pro trabalho aproveitei o transito e tirei fotos otimas naquele novo edificio espelhado da avenida chile...e os blocos de prédios pobres e com infiltração na Lavradio...mas estava sem a maquina fotos mentais semana passada andei com ela todos os dias mas hoje como foi meio uma correria e a pracinha na esquina com a rua do palacio de governo e ver a exposição de bancos e muito mau humor e irritação com tudo e nada para dar uma apaziguada apaziguada palavra sem charme nenhum
domingo, fevereiro 05, 2012
viagem ao redor do meu quarto
nas minhas férias quero acordar a hora que quiser
e ficar arrumando e pensando e guardando e... a casa tudo tudo tudo
ir à praia talvez
ler
voltar a pintar
ver pendencias
ler
dormir
viagem em volta da minha casa
...
e ficar arrumando e pensando e guardando e... a casa tudo tudo tudo
ir à praia talvez
ler
voltar a pintar
ver pendencias
ler
dormir
viagem em volta da minha casa
...
porque o cara colocou o ralo torto é o que sempre me pergunto quando lavo a cozinha e hoje tomamos mais posse da casa que estava meio largada eu por falta de tempo bom e Pedro também + falta de iniciativa e florzinhas de plastico na cozinha e os cds que nunnnccaaa mais arrumei estão meio que esperando e e e os livros as coisas pelo menos o quintal que esta logo na cara e estava - sem palavras ufff não entrar de novo nessa
sábado, fevereiro 04, 2012
fico nervosa e fiz o soro caseiro errado, coloquei uma colher de sopa de sal e uma de açucar e era uma colher de cha... agora acho que nem precisa mais, porque o que dei ja basta pro resto da vida. M. com problemas conjugais, eu com problemas existenciaisfinanceirosfelinos P se separando, F. vivendo uma vida tranquila, A. com panico, R. gasta demais e agora fica em casa até se recuperar, a fauna, edificio master, vida modo de usar.
sexta-feira, fevereiro 03, 2012
cada vez uso mais os oculos, o que me irrita profundamente. depois pensei em não escrever profundamente mas. panda quase não come, se arrasta para ficar embaixo da luz, remédios remédios. agua gelada, disse o veterinario, então coloquei uma xicara hoje na geladeira. geladeira que não gela e o frango estragou, um cheiro horrivel. tudo uma bagunça. hoje so fui trabalhar porque tinha que fazer pedido pra T. vontade era de ir fazer acupuntura pra dar uma levantada na moral levantada. mas cheguei às duas da tarde, sem poder, alias. estava um sol... alias agora so quinta que vem. ou desmarco a dentista, dentista pra que? livros, separei uma pilha pra vender. nada, hoje nada.
Assinar:
Postagens (Atom)