terça-feira, julho 06, 2010


Uma delicia ver a exposição da Cristina Canale, cores que dão vontade de mergulhar e de boiar nelas e de se fundir com esse verde que é também azul, linhas não muito marcadas, talvez por essa impressão de movimento contínuo, de expansão, nada muito definido nem parado. As cores parecem meio jogadas, meio borradas, meio sujas, com uma liberdade... mas vibrantes também. Vontade de materializar e ter essa poltroninha verde em três dimensões, na minha sala! Me lembrou um pouco o Appel, uma exposição dele que vi há muitos anos atrás, soube distraidamente, por acaso, olhando naqueles guiazinhos de Paris, que era o último dia, numa galeria comercial perto do Boulevard Haussmann. Eram telas enormes, com uma liberdade pictórica incrível, muito uso do preto, uma mistura bem grande entre figura e fundo, abstrato e figura. "As figuras aparecem nas pinturas de Cristina Canale como se brotassem na própria tela...há tanta cumplicidade entre as figuras e o fundo, entre a linha e a cor, que a impressão é de que elas vieram de dentro, como pequenas células que repentinamente germinaram e cresceram na superfície do quadro. É como se a figura fosse surgindo para potencializar campos/massas de cor postos em tensão...", Luiz Camilo Osório, texto da exposição.

costurando uma bolsa enquanto espero, influenciada abertamente também pelas cenas iniciais do Brilho de uma paixão, rsrsrs...

começando à desmontar minha casa, objetos escondidos aparecem, pedaços de exposições, as caixas.
Adorei Brilho de uma Paixão ( Bright Star, no original), filme da Jane Campion sobre o poeta John Keats e a paixão por Fanny Brawne. As primeiras imagens num super close de uma agulha costurando um tecido, furando o pano e saindo do outro lado, a voz do ator que interpreta Keats, as cartas e poesias romanticamente lindas (saiu horrível isso...), a fotografia...e o filme é sobre o desejo, a paixão, o desejo que fica só nele mesmo e que não se realiza.

sábado, julho 03, 2010

Teoría de la escritura
de Alejandro Rozitchner

No importa qué escribo, importa que escriba. La escritura es una búsqueda constante, de un tono, del desarrollo de la propia mirada, de ideas, de nuevas perspectivas de las cosas que pasan, de aclaraciones y de problemas. Una práctica constante con la que me esfuerzo por expresar lo que se envuelve en nebulosas, las formas del caos. Un trabajo, una militancia, un sacerdocio, un esfuerzo, un placer, un desarrollo con el cual hay que convivir y al que hay que abordar de distintas maneras.

La escritura arma una experiencia que tiene un cierto carácter místico, ya que se trata de captar algo que está en nosotros pero que nos resulta inaccesible. Qué mezcla particular de participación y lejanía simultáneas debe darse para que la experiencia se produzca es difícil de determinar, y también difícil de vivir...

(www.bienvenidosami.com.ar)
50. TING / O CALDEIRÃO
Acima LI, O ADERIR, FOGO
Abaixo SUN, A SUAVIDADE, MADEIRA

As transformações ocasionadas pelo Ting são por um lado as mudanças sofridas pelos alimentos ao cozinharem e, por outro, em sentido figurado, os efeitos revolucionários que resultam da colaboração de um príncipe com um sábio.

O TING significa a acolhida do novo.
...o hexagrama TING mostra o caminho correto para se efetuar uma reorganização social. Os dois trigramas básicos se movem de tal modo que suas atividades reforçam-se mutuamente. Os dois trigramas básicos nucleares Ch'ien e Tui, significando ambos metal, completam a idéia do Caldeirão como um utensílio sagrado de cerimonial. Esses antigos recipientes de bronze foram com o tempo associados às mais elevadas expressões da cultura.

O CALDEIRÃO. Suprema boa fortuna. Sucesso.

Seis na primeira posição significa:
Um Ting com os pés para o alto, emborcado.
É favorável remover o conteúdo estagnado.
Uma concubina é aceita em virtude do filho. Nenhuma culpa.

Seis na quinta posição significa:
O Ting tem alças amarelas e argolas de ouro.
A perseverança é favorável.
Nada transforma as coisas tanto como o Ting.
Hoje me senti bem com tudo. Fui mexer nos armários e isso foi delicioso, delicioso, jogar coisas fora, rever outras. Por mim continuava horas ali, estava sendo tão leve e bom. E depois aoquadrado e percebi que tinha que ter leveza com tudo aquilo também, que a estagnação queria dizer que tinha que mudar e transformar, foi libertador olhar para tudo com outro olhar. E a casa está tão cheia de possibilidades, e isso é o mais importante. Me deixar inundar por isso, as possibilidades possíveis possibilities.

sexta-feira, julho 02, 2010


As cores estavam tão combinandinho, a barraca com as mesmas cores da bolsa, amarelos salpicados aqui e ali, o verde do balde que também está na barraca e também na bolsa, as sandálias, até a blusa em cima do guarda-sol combina, a bagunça de verdade, tão à vontade, muito lindo!
Dor de cabeça, já tomei duas novalginas não sei se posso tomar uma terceira, acabo de passear pelo blog da Andrea Dutra, tão bonitinho, amante de bares e saideiras, e eu quase não bebo, as pessoas fazem coisas e eu não me sinto muito bem, passei pelo Paulo que não conheço, todos tão gentis, as pessoas são gentis, lá ri lá lá. ficar triste é tão estúpido, o melhor é ser feliz, ia no Mam ver a Cristina Canale não consegui sair, dormi, tudo vai melhorar, eu vou melhorar, achei incrível L. dizer que não tem prazer em andar na areia e pegar sol, não tem lanche grátis, hoje não tinha ninguém na obra, obrare.

terça-feira, junho 29, 2010

IN THE MOOD FOR LOVE trailer

Remains of these days

é muito louco tudo isso...pare de sofrer!
de repente vi que estava com os pés entre as marquinhas dos pombos na areia...
gostei das cores andando juntas, apesar da falta de foco!
mais uma coleção : nomes de edifícios, que às vezes são engraçados, às vezes absurdos, às vezes bonitinhos, às vezes prosaicos...Park Lane é ótimo, tudo à ver...!
esse é da coleção de portarias, entrada de prédios...
Maria Lucia, lindo, rs!
Belzinha e seu carro lindinho, cinquecento, indo dar idéias na obra da casinha.

















Gostei dessa mistura de padrões pela rua.

segunda-feira, junho 28, 2010


dia lindo, fiz a pré-montagem do chão do banheiro e acho que vai dar pé, fotografei o trenzinho, tudo, feliz, visitei meus gatos maravilhosos e amorosos, voltei de metrô achando que tinha sido um erro porque ele não parava de encher, por outro lado adorando ver as pessoas, aquela, a outra, velhas, jovens, loiras, peruas, homens de terno, vê-las, estava adorando isso, pessoas, tão diferentes cada uma e ao mesmo tempo tão parecidas e com suas roupas, seus sapatos, suas unhas pintadas ou não. essa invenção. depois cheguei aqui e a internet nada, não consigo mais ficar sem essa dimensão que anda quilômetros e horas, é uma forma de comunicação com L. e com o blog e com todos.fui no salão e pintei as unhas. é bom poder ser outra pessoa, nem que seja só uma experiência, tudo é experiência. outro dia ganhei pedrinhas na saída da leroy e nem escrevi sobre, mas gostei. pedras destituídas de significado mas como não era esperado, foi bom. e a moedinha com o urso que levei na bolsa...

Bright Star - A Room Of Butterflies

Bright Star - Fanny's First Letter


meu caminho diário...

sábado, junho 26, 2010

Indo pra Barra de ônibus, ônibus do metrô pelo menos que é mais "civilizado", levo o meu kit viagem : ipod, caderno literário de sábado - li até uma resenha sobre Walter Benjamin e Goethe, rs, um livro, garrafinha de água, caderninho e caneta para eventuais anotações, máquina fotográfica. Ouvindo Amy lembro de J. e da paixão fulminante, risos, que Fernando depois disse que era infantil. E era mesmo, não tinha nada de real. Era tudo tão fantasioso como uma foto colorida desfocada; só movimento e cores indefinidas, desejo, sem direção. Encontros sexuais, as sopinhas carinhosas, ficar vendo algo na televisão. Algumas conversas, aliás eu falava. Ele me levava depois, eu agarrava sua camisa na moto. Estava tudo tão largado na minha vida que isso me preenchia loucamente. Óbvio que só enxergo isso assim tão claro agora. E era tanto sofrimento! Não entendo o sofrimento...parece um sentimento artificial, um desespero sem sentido. Amy comecei à escutar naquela época, por isso. E Paraty... uma sensação de dívida com os outros que é uma merda. Na verdade as relações com os amigos vão se distanciando, normal, as vidas vão tomando rumos para lá, outras para cá. A vida é assim, movimentos, não fica sempre tudo igual ou quentinho, embora seja dificil de aceitar, hehehe. E quando penso em trabalho ou ganhar dinheiro me dá um aperto no coração e não sei porquê. Pelo menos isso está claro. Deveria conseguir encarar isso normalmente, como todas as pessoas do mundo, sem essa tristeza. Deve ser infantil isso também. Estou conseguindo ser mais positiva e concreta... como tudo demora. Tenho que "encarar" mais os santos e encarar mais as roupas, por enquanto. Assumir. Como isso vai dar mais dinheiro ainda não sei, rsrs...

sexta-feira, junho 25, 2010

ladrilhos hidraulicos













Eu acho a televisão muito educativa. Toda a vez que alguém liga um aparelho eu vou pra sala ler um livro.

(Groucho Marx)

Obra!

























Resolvo ligar a televisão para saber algo do jogo, mas como abre direto no GNT, acho mais interessante a receita da salada de agrião com pêra e nozes, lascas de parmesão e molho de limão...parece que o jogo está empatado.
Estou morrendo de vontade de ir à praia, e aproveitar o dia lindo que está lá fora.

quarta-feira, junho 23, 2010













madeireira, olhando portas, viajei nesse galpão enorme, repleto de madeiras com um cheirinho maravilhoso, uma luz meio ocre, um cenário incrível
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Pintei minhas unhas de vermelho-vivo! E pior é que achava horrível e agora estou gostando, rsrsrs. Meu amigo Franklin vai odiar...

loja de azulejos antigos, vários dos anos 70 típicos como esses de flores, uma delícia ficar vendo todas essas estórias que eles carregam, lembrando das cozinhas cafonas, das calças boca-de sino, sei lá mil coisas. adoro lojas com muitas coisas.