terça-feira, outubro 23, 2012
a sensação de desencaixe desagradavel. libertador também. ontem e hoje um pouco mais leve, rindo por dentro. mas agora voltou a - como sempre- mania de analisar às vezes obsessiva. segunda terminei a vitrine e estou gostando rui me entendeu quanto à questão "r" pelo menos algum entendimento tacito entre nos ufa alivio (um pouco) e meu cinto 'cai' pendurado na porta do armario mania de aspas parênteses traços hoje hoje como se eu escrevesse sempre não importa. sera que voltei à ficar estressada? não posso. ler o texto novamente. não tenho quê.
segunda-feira, outubro 22, 2012
sábado, outubro 20, 2012
chove chove chove chove.
uma alegria e uma tristeza e não sei explicar nenhuma das duas. embates... e também proximidades. balzac usa seis pontinhos e não três no coronel chabert que é engraçadissimo e a moça no ônibus levando o carrinho e a filha de dois anos, saltaram no campo de santana (que adoro acho lindo europeu e queria fazer um piquenique la) para passear, acho, tomar sol? minha vizinha. achei incrivel e lindo. eu andei na central em algumas lojas e depois tentei fazer um "jardim suspenso" na vitrine ele ainda esta nascendo. chove muito e fez muito muito calor. a relação não importa! disse e isso me deu um alivio tão bom mas depois ele me irritou muito porque achei que ele fosse outra pessoa, participante, e tinha esquecido como era. sempre uma sensaçao muito solta...não sei. devo estar com stress crônico. ontem no municipal a. g. e eu não sabia o que falar e ele continua lindo. preciso de um manual. e sempre essa sensação de que não era isso, ai fatigué porque sempre essa forma instisfeita de reagir.
uma alegria e uma tristeza e não sei explicar nenhuma das duas. embates... e também proximidades. balzac usa seis pontinhos e não três no coronel chabert que é engraçadissimo e a moça no ônibus levando o carrinho e a filha de dois anos, saltaram no campo de santana (que adoro acho lindo europeu e queria fazer um piquenique la) para passear, acho, tomar sol? minha vizinha. achei incrivel e lindo. eu andei na central em algumas lojas e depois tentei fazer um "jardim suspenso" na vitrine ele ainda esta nascendo. chove muito e fez muito muito calor. a relação não importa! disse e isso me deu um alivio tão bom mas depois ele me irritou muito porque achei que ele fosse outra pessoa, participante, e tinha esquecido como era. sempre uma sensaçao muito solta...não sei. devo estar com stress crônico. ontem no municipal a. g. e eu não sabia o que falar e ele continua lindo. preciso de um manual. e sempre essa sensação de que não era isso, ai fatigué porque sempre essa forma instisfeita de reagir.
quinta-feira, outubro 18, 2012
20.9.12
"noturno da primavera"
com o pensamento em rilke
quando nasce o dia em nós
(porque é irrelevante quando nasce o dia no mundo)
arrumamos logo afazeres
que justifiquem sua morte em batalha:
arrumamos a estante, fumamos cigarros na janela,
planejamos ilhas, ouvimos frases futuras,
falsos amores, algo parece coçar no corpo,
algo como uma presença maior que começa
a invadir o espaço que nem sabíamos ter.
daí vêm os textos, frescos nas ideias,
pouco importa sejam ideias descartáveis;
o descartável, com o pavor do que se aguarda,
o dia que materializa e dispersa a louca
ideia de que somos algo e não qualquer coisa,
o dia que deverá, de todo modo, ser utilizado
até sua morte, sugado como um escravo,
torna-se perceptível, justo e firme
como uma realidade intransigente.
daí nos vem a ideia de colher
pequenas pétalas que caiam pelo chão.
daí a ideia de que, sendo noite de ninguém, ó rosa!
fechaste tantas pálpebras em pleno dia.
ideia, planos, a vertigem e o medo do que,
apenas sendo, não se sabe o que é.
vantagem e desvantagem da noite:
dentro dela nós não passamos
de restos do que não foi o dia.
quando nasce o dia em nós
(porque é irrelevante quando nasce o dia no mundo)
arrumamos logo afazeres
que justifiquem sua morte em batalha:
arrumamos a estante, fumamos cigarros na janela,
planejamos ilhas, ouvimos frases futuras,
falsos amores, algo parece coçar no corpo,
algo como uma presença maior que começa
a invadir o espaço que nem sabíamos ter.
daí vêm os textos, frescos nas ideias,
pouco importa sejam ideias descartáveis;
o descartável, com o pavor do que se aguarda,
o dia que materializa e dispersa a louca
ideia de que somos algo e não qualquer coisa,
o dia que deverá, de todo modo, ser utilizado
até sua morte, sugado como um escravo,
torna-se perceptível, justo e firme
como uma realidade intransigente.
daí nos vem a ideia de colher
pequenas pétalas que caiam pelo chão.
daí a ideia de que, sendo noite de ninguém, ó rosa!
fechaste tantas pálpebras em pleno dia.
ideia, planos, a vertigem e o medo do que,
apenas sendo, não se sabe o que é.
vantagem e desvantagem da noite:
dentro dela nós não passamos
de restos do que não foi o dia.
Leonardo Marona
domingo, outubro 14, 2012
Os Enamoramentos, Javier Marias, Companhia das Letras.
"Quando alguém esta enamorado ou, mais precisamente, quando uma mulher esta e além disso é no começo e o enamoramento ainda possui o atrativo da revelação, em geral somos capazes de nos interessar por qualquer assunto que interesse ou do qual nos fale quem amamos. Não so de fingir interesse para agrada-lo ou para conquista-lo ou para marcar nossa fragil posição mas também para prestar verdadeira atenção e nos deixar contagiar de verdade pelo que quer que ele sinta e transmita, entusiasmo, aversão, simpatia, temor, preocupação ou até obsessão. Não digamos acompanha-lo em suas reflexões improvisadas, que são as que mais prendem e atraem porque assistimos a seu nascimento e as incentivamos, e as vemos espreguiçar, cambalear e tropeçar. De repente nos apaixonam coisas a que jamais haviamos dedicado um pensamento, pegamos insuspeitas manias, prestamos atenção em detalhes que tinham nos passado despercebidos e que nossa percepção teria continuado omitindo até o fim dos nossos dias, centramos nossas energias em questões que so nos afetam vicariamente ou por feitiço ou por contaminação, como se decidissemos viver numa tela ou num cenario ou no interior de um romance, num mundo alheio de ficção que nos absorve e distrai mais do que nosso mundo real, o qual deixamos temporariamente suspenso ou em segundo lugar, e de passagem descansamos dele (nada tão tentador como se entregar a outro, mesmo que so com a imaginação, e fazer nossos seus problemas e submergir em sua existência, que por não ser nossa é por isso mesmo mais leve). Talvez seja excessivo expressar a coisa assim, mas nos nos colocamos inicialmente a serviço de quem cismamos querer, ou pelo menos à sua disposição, e a maioria de nos faz isso sem malicia, isto é, ignorando que chegara um dia, se nos fortalecermos e nos sentirmos firmes, em que ele olhara desiludido e perplexo para nos ao verificar que na realidade não damos importância ao que antes nos suscitava emoção, que nos aborrece o que esta nos contando, sem que ele tenha variado de temas nem que estes tenham perdido interesse." ...
quero mudar o fundo da tela e não lembro ou não acho o caminho. frase metaforica uma flauta toca o sol ensaia sair timidamente apesar do friozinho bom estou como uma ostra em minha casa de fim de semana dentro de mim dentro de casa sem sair ha dois dias, fora uma ida à lixeira la fora e a tentativa de abrir as janelas de madeira azuis por fora, quando percebi que era bem mais alto que imaginava bombardeio de idéias tarkovski partita pour violon seul n. 3 cruzeiro e a empregada lourdes guardar alguns contos que gosto é bom esse formato grande numa folha so não tem que virar a pagina ou ficar segurando de maneira incômoda como agora com o enamoramentos que tem um encadernamento meio duro ou as folhas talvez pudessem ser mais finas? e não sei se saio e quebro o encanto andar andar talvez isso eu ja faça durante os dias nomais e então posso aproveitar essa anormalidade uma mini férias eu uma viciada pelo ocio e Carlota esta aqui! de manhã na cama não foi embora ou foi e voltou que bom Frica não entende mas agora elas estão no mesmo lugar o que ja é um inicio. ia escrever de algo mas sempre o inicio é de algo. e posso fazer a lasanha de shitake sem comprar alho poro ou abobrinha...o azul e o cor de pele desse mergulho são deliciosos.
sábado, outubro 13, 2012
me realizando olhando outros trabalhos e adoro eu mesmo acho que não rola pelo menos por esses tempos mas é bom me realizar através dos outros! um dia someday terei um atelier enorme com pé direito alto e pardes brancas sujas de tinta e idéias espalhadas
coloquei os tecidos que estavam no armario para fora, "sairam do armario" e vou encarar tudo, feriado de decisões talvez apesar de que passei o dia na cama olhando olhando
coloquei os tecidos que estavam no armario para fora, "sairam do armario" e vou encarar tudo, feriado de decisões talvez apesar de que passei o dia na cama olhando olhando
eu queria que desse certo que desse em alguma coisa mas não fico à vontade completamente ou não sei quem sou quando estou la aqui em casa é mais confortavel pra minha crise de identidade ela fica mais controlavel ou muda de tamanho encolhe não pensar não sentir talvez seja o ideal Fernando diz que sou adolescente !sera que é nisso, ou em tudo em aceitar as coisas como são e não querer sempre que seja de outro modo deve ser isso então entrar na onda mergulho de agora em diante adoro i want you do dylan mas a outra cansa um pouco
depois de semanas sem passear dentro do pinterest me divertindo vendo capas fifities como se escreve não sei se tem y e estou com preguiça de sair daqui e procurar quando vi a caixa de fosforos não se escreve fosforo? lembrei das minhas coleções, caixas de fosforos, maços de cigarro e sera que ainda fazem coleções, eu achava andando na rua... era criança. Jack Johnson bom de reescutar, apesar do on and on eu quase não ter escutado. ficar na cama sentada melhor coisa do mundo entrou um forro agora, sem ter sido esperado nem convidado pedro toca piano?
sexta-feira, outubro 12, 2012
quinta-feira, outubro 11, 2012
pedro diz que durmo muito. eu durmo muito, acho. alias ainda estou acordada incrivelmente, em outras noites ja teria apagado com um livro meio caido sobre o corpo, miranda e frica ao lado talvez. participar não estou conseguindo muito e isso é chato acho um pouco feio jogar as coisas e pronto sem espaço pro outro deglutir e responder e isso que aconteceu todos esses dias. eu não sei o que fazer com a raiva. e meu sentimento de inadequação, ai de novo não. buraco negro, eu sendo sugada. ao mesmo tempo a idéia de poder dar um jeito nas coisas esses dias me anima, ...
quarta-feira, outubro 10, 2012
tentando precisar desde quando me separei e não consigo não lembro se ha 3 ou 4 anos. o tempo em que fiquei so no apto incrivelmente meio nebuloso, o "final" do nosso casamento meio nebuloso, os dias se arrastando dias meses anos talvez, eu perdida em meio à tudo se desintegrando a casa com cheiro de pipi de gato porque eles também pediam help por outras coisas e não conseguiamos não viamos. eu não lembro o que fazia. teve o aoquadrado no ultimo ano do apto, ainda estavamos juntos acho que não sim não. acordava meio sem querer ia pegar sol na escada os caras da obra em frente diziam oi e eu achava simpatico, ingenuamente talvez porque era provavel que eles estivessem por tras dos assaltos e aquela mulher louca com os filhos e eu dava dinheiro comida tudo e ela cada vez mais. unirio logico até porque a laura conheci la mas quanto tempo? as fotos dessa época horriveis eu gorda largada triste. rs...mas não estou triste escrevendo nada disso, é so uma situada no tempo no meu tempo.
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