quarta-feira, agosto 22, 2012



tentei "devastar" o jardim pra fazer uma horta, não consegui ainda, muito.  as plantas que tirei largadas, como se pudessem ressuscitar, eu com pena.. Outras se recusam à sair. meio duro, isso. E o super operario com roupa camuflada, fazendo feixes sem o menor sentimento ...a agua enche o balde, ja que até agora nada de mangueira. As plantas que sobraram mais felizes. Byron apaixonado é uma confusão atras da outra, cansa, e ainda estou no meio do livro, que eu não imaginava que era um livro de aventuras. e também o livro sobre sentimento de culpa, rs, esperando. sol muito muito forte aqui no meu braço, agora que virou uma tradição ficar aqui no quintal. Tão pouco tempo, não sei ainda como é isso. uff...tantas coisas.

terça-feira, agosto 14, 2012


em mim 
eu vejo o outro
e outro
e outro
enfim dezenas
trens passando
vagões cheios de gente
centenas

o outro que ha em mim
é voce
voce
e voce

assim como eu estou em voce
eu estou nele
em nos
e so quando
estamos em nos
estamos em paz
mesmo que estejamos a sos

p. leminski caprichos e relaxos


olho muito tempo o corpo de um poema
até perder de vista o que não seja corpo
e sentir separado dentre os dentes
um filete de sangue
nas gengivas

Ana Cristina César

quinta-feira, agosto 09, 2012

his babys don't care for... sempre vai ser uma zona, penso sobre a casa, enquanto vem a imagem dos ambientes onde se passam os filmes do Woody Allen alta classe levemente cafona talvez justamente por isso misturado com algumas pessoas desajustadas impulsivas as coisas acontecem. é estranho porque gosto das visitas, talvez um pouco raras, sem saber o que é realmente, tem que saber? não sei. so sei isso.  teria que não gostar? ponto alto : ele lendo o Leskov, carinhoso, eu sentada no seu colo, estavamos perto um do outro. depois não. voltar para ca, sala, Miranda passa, a maquina aqui ao lado, esperando a tinta secar para clarear mais essa faixa que deixara de ser azul e sim amarelo misturado com branco e areia. lembro de um trabalho do Zerbini que vi anos atras no Parque Lage, bem grande, uma praia também cheia de coisas, areia e um sapato, um tênis talvez colado na tela, acho que naquela sala maior da frente e fiquei impressionada, outros quadros que me impressionaram nessa época, anos 90 por ai, o Rodrigo Andrade que mudou radicalmente depois, mas pintava nessa época pedaços de ambientes, alguns moveis e era o que eu queria fazer, e talvez ainda seja até hoje um pouco. ou não. uma influência, varias, Appel, cristina, tudo se mistura com os anos que vem depois.
semana passada quebraram : uma garrafa grande de suco de uva, o azeite, a garrafa de vinho branco. signos de alguma coisas, provavelmente isso é uma bobagem, Paul Auster.

sábado, agosto 04, 2012

adorei essa capa essa pintura mas não consegui achar de quem é
fiquei triste porque desde a manhã ja estava pensando no ingresso, e a roupa que vesti, a sapatilha verde e a camiseta um pouco que nunca uso mas achei que poderia variar porque ia la, depois a cerveja estranha que me fez mal definitivamente ja havia decidido que não queria mais participar desses negocios, enfim. (acho que fui meio rispida ?) quando o porteiro falou voce não pode entrar eu fiquei estupefata que otimo poder usar essa palavra que achei que nunca escreveria estupefata. fui embora triste e derrotada. mas foi o resto todo também..
no texto da minha cabeça a conversa era com os livros. a beleza salvara o mundo frase bela e um pouco enigmatica e o fim da vida de Oscar Wilde tão triste sera que por isso comecei à ler o africano levemente lirico e o vila-matas e o fracasso ficaram meio de lado apesar de que, apesar de alguma resistência minha estava gostando. isso deve ser alguma maluquice ou é assim mesmo.  

sábado, julho 28, 2012

                    Foto : George Charles Beresford
as estorias. que grandes e obviamente a que existe na minha cabeça é unica diferente de qualquer outra que possa existir em cabeças outras se é que existem ou de que jeito são. ou não são, pequenos pedacinhos so. ou é tudo fingido, colocado num outro lugar meio escondido. também. me sinto mais leve agora como se algo tivesse ido embora se libertado. ouvindo qualquer coisa - de 75 - que comprei hoje, depois de chegar com o quadro do caloca que não sei onde colocar. flash rapido: Tuca. fecha o pano. na época acho que as coisas iam indo se atropelando como uma onda trombolhão um caldo a casa esta um caos ou a vida é isso mesmo. começando à me acostumar. your day breaks.  olho a foto da Virginia ( nome da minha mãe, penso agora) Woolf, tão belamente pensativa, absorta melancolica. como assim não usar adjetivos? moveis.

sexta-feira, julho 27, 2012

todas as sensações esquisitas ou devo simplesmente relaxar todo esse tempo com pessoas que são de mundos distantes e às vezes canso disso agora o sol ficou firme sem aquele vento até frio que estava quando acordei e por isso não sai nem acordei mesmo fiquei na sala enrolada no lençol tentando me convencer ontem levantei por habito comi por habito variar alguma coisa por outro lado segunda foi delicioso mexendo no quadro etc  terça dentista e falamos muito de esse o problema talvez que tenha desencadeado depois quando o vi chegando o sol parece escaldante la fora agora não sei se saio ou se fico.

quinta-feira, julho 26, 2012

Olhando o Beckett que esta na pilha ao lado da cadeira - o personagem andando andando e se relacionando so com ele mesmo, ele é a estoria que esta sendo "não contada", porque tudo é a mesma coisa, uma espécie de lamaçal que não deixa que nada mude muito, penso no Cidade Aberta, onde o personagem principal também sai caminhando a esmo quase todas as noites por Manhattan apos o trabalho, mas que pensa sobre mil coisas, se relaciona, conta varias estorias, tem considerações sobre os assuntos, e talvez isso tenha um lado meio acadêmico, de tese, que me fez desinteressar do livro... não acho que seja flaneur por que ele tem muitas opiniões e se envolve realmente e o flâneur acho que era mais blasé