sábado, agosto 04, 2012

fiquei triste porque desde a manhã ja estava pensando no ingresso, e a roupa que vesti, a sapatilha verde e a camiseta um pouco que nunca uso mas achei que poderia variar porque ia la, depois a cerveja estranha que me fez mal definitivamente ja havia decidido que não queria mais participar desses negocios, enfim. (acho que fui meio rispida ?) quando o porteiro falou voce não pode entrar eu fiquei estupefata que otimo poder usar essa palavra que achei que nunca escreveria estupefata. fui embora triste e derrotada. mas foi o resto todo também..
no texto da minha cabeça a conversa era com os livros. a beleza salvara o mundo frase bela e um pouco enigmatica e o fim da vida de Oscar Wilde tão triste sera que por isso comecei à ler o africano levemente lirico e o vila-matas e o fracasso ficaram meio de lado apesar de que, apesar de alguma resistência minha estava gostando. isso deve ser alguma maluquice ou é assim mesmo.  

sábado, julho 28, 2012

                    Foto : George Charles Beresford
as estorias. que grandes e obviamente a que existe na minha cabeça é unica diferente de qualquer outra que possa existir em cabeças outras se é que existem ou de que jeito são. ou não são, pequenos pedacinhos so. ou é tudo fingido, colocado num outro lugar meio escondido. também. me sinto mais leve agora como se algo tivesse ido embora se libertado. ouvindo qualquer coisa - de 75 - que comprei hoje, depois de chegar com o quadro do caloca que não sei onde colocar. flash rapido: Tuca. fecha o pano. na época acho que as coisas iam indo se atropelando como uma onda trombolhão um caldo a casa esta um caos ou a vida é isso mesmo. começando à me acostumar. your day breaks.  olho a foto da Virginia ( nome da minha mãe, penso agora) Woolf, tão belamente pensativa, absorta melancolica. como assim não usar adjetivos? moveis.

sexta-feira, julho 27, 2012

todas as sensações esquisitas ou devo simplesmente relaxar todo esse tempo com pessoas que são de mundos distantes e às vezes canso disso agora o sol ficou firme sem aquele vento até frio que estava quando acordei e por isso não sai nem acordei mesmo fiquei na sala enrolada no lençol tentando me convencer ontem levantei por habito comi por habito variar alguma coisa por outro lado segunda foi delicioso mexendo no quadro etc  terça dentista e falamos muito de esse o problema talvez que tenha desencadeado depois quando o vi chegando o sol parece escaldante la fora agora não sei se saio ou se fico.

quinta-feira, julho 26, 2012

Olhando o Beckett que esta na pilha ao lado da cadeira - o personagem andando andando e se relacionando so com ele mesmo, ele é a estoria que esta sendo "não contada", porque tudo é a mesma coisa, uma espécie de lamaçal que não deixa que nada mude muito, penso no Cidade Aberta, onde o personagem principal também sai caminhando a esmo quase todas as noites por Manhattan apos o trabalho, mas que pensa sobre mil coisas, se relaciona, conta varias estorias, tem considerações sobre os assuntos, e talvez isso tenha um lado meio acadêmico, de tese, que me fez desinteressar do livro... não acho que seja flaneur por que ele tem muitas opiniões e se envolve realmente e o flâneur acho que era mais blasé

domingo, julho 22, 2012


Yalo,  de Elias Khouri - obrigado à escrever a estoria de sua vida apos ser torturado -  em cenas bem violentas, vai tentando entender quem é e o que se tornou sua vida. Pra ele tudo é confuso e embaralhado, numa visão labirintica que é também a forma como o livro é escrito. Num momento caotico de guerra civil no Libano, ele, meio abandonado, foge da mãe que esta enlouquecendo e vai sendo levado pelos acontecimentos. As estorias vão sendo escritas e contadas varias vezes, com acréscimos ou mudanças, é um livro denso, as descrições das torturas é que são um pouco over de se ler, mas estão totalmente dentro do contexto. Quase acabando, parei para respirar um pouco. Capas.



sexta-feira, julho 20, 2012

acordei um pouco tarde para que o dia possa realmente ficar grande, sentir grande. não sei como escrever isso: senti-lo grande, o sentir grande, tudo fica esquisito. meu dente doi um pouco, incomoda, o não dente na verdade; como um pouco do pão rustico que Pedro comprou, que é lindo, e nunca tinha parado para ler escrito no saquinho de papel, cor de papel de pão: linhaça aveia gergelim. e eu pensando que era um simples pão integral. mas tem também estabilizante não sei das quantas e etc. café meio ruim, faço outro depois, não muito bom também. lavo a louça, enquanto Sybill olha o enigmatico bicho que supostamente mora atras da maquina ; colocar uma cortina ali, talvez, pelo menos a bagunça sumiria; olhar os tecidos, comprar...sol la fora. olho o facebook, gmail, pinterest, escuto mammas and the papas, que sempre achei que tivessem morado juntos numa comunidade mas foi tudo uma invenção minha; so um grupo, com brigas internas e etc, embora a mensagem seja sol california alegria. ontem coloquei a foto do sofa/estante no face, varias pessoas gostaram, bonitinho. o face serve pra isso, carências...rs. daqui à pouco trabalhar, sair desse mundo xangri-la que fiquei esses quase 3 dias. um pedaço de giz.

quinta-feira, julho 19, 2012



Charles Baudelaire


Le Spleen de Paris
Reeditado em 1864 sob o titulo Petites Poémes en Prose


L'étranger


  "Qui aimes-tu le mieux, homme énigmatique, dis? ton père, ta mère, ta soeur ou ton frère?
   - Je n'ai ni père, ni mère, ni soeur, ni frère.
   - Tes amis?
   - Vous vous servez là d'une parole dont le sens m'est resté jusqu'à ce jour inconnu.
   - Ta patrie?
   - J'ignore sous quelle latitude elle est située.
   - La beauté?
   - Je l'aimerais volontiers, déesse et immortelle.
   - L'or?
   - Je le hais comme vous haïssez Dieu.
   - Eh! qu'aimes-tu donc, extraordinaire étranger?
   - J'aime les nuages... les nuages qui passent... là-bas... là-bas... les merveilleux nuages!"




acho que sempre quis ter de novo a casa da Bulhoes... que nem existe mais, pelo menos fisicamente. nao sei se essa época, dos 8 aos 12 anos, mais ou menos, as coisas ficam realmente marcadas na nossa mente, ficam marcadas nao sei exatamente onde. aqui nessa casa sinto como se isso estivesse, de novo, esse clima de casa, janelas fechadas, chove la fora, os livros na estante, musica. aconchego, talvez seja isso.

quarta-feira, julho 18, 2012



acho um bilhete de loteria que um moço me entregou na rua, outro dia, sem estar preenchido. e varrendo embaixo da cama um ingresso pro Pina do dia 28 de março, tento achar que dia é esse, se da primeira ou da segunda vez que fui, com significados tao diferentes. o primeiro chuva, repentina, ele meio mal humorado quando chegou, eu estava terminando uma pizza naquela lanchonete mais barata ali do lado chovia e ele meio de mal humor fingi que nao reparei como se eu o tivesse obrigado à estar ali e ele que tinha se convidado mas vai ver se arrependeu depois e o filme maravilhoso fiquei ali dentro voando junto com os bailarinos e desejando ser aquela pessoa que teve esse trabalho tao intenso e desnudador e depois taxi estranho e distante e fiquei emburrada me lembro que ele disse você parece uma menina de treze anos sera que pareço, rs. deixei ele no meio da escuridao perto da rua aarao reis e esqueci de deixar dinheiro e b. ficou tao chateada porque eu disse que queria ir trabalhar na quinta-feira e ela desligou o telefone..? as pessoas me preenchem, deixam o espaço mais gordo, acho que é disso que sinto falta.
estar sem trabalhar é estranho. apesar de que sempre no começo do dia ou no final tanto faz nao estou querendo e so o que quero é estar deitadinha na cama envolvida pelo edredon e meu corpo diz nao e Miranda me olha diretamente nos olhos ou olha diretamente para tudo, eu incluida, eu-toda-amor-por-ela-quarto e nao sei o que mais e ela diz nao também. mas agora que estou aqui penso em la, penso em la ficou estranho. na vitrine que queria olhar mais e nas pessoas e tudo o mais. estou maluca talvez? talvez. e o tempo esta cinza e quieto.

sábado, julho 14, 2012

Tarkovsky polaroid
dança das cabeças. às vezes enjôo de fotografias o tempo todo fotos fotos fotos. e eu que tenho uma maquina. saudades de ver um filme qualquer deveria ter pego. viciada em olhar olhar no pinterest.

sexta-feira, julho 13, 2012

hoje fui paquerar o quadro-negro e os cavaletes... ainda na duvida dos dois, principalmente do quadro - negro.
ao mesmo tempo sonho com ele aqui na parede do quarto, escrito à giz. pena que é verde e não negro, negro, como antes.
o cavalete ja quase convencida, ja que o grandão esta meio podre.
Pedro conta de quedas de bicicletas, quer contar, e eu não quero.
hoje estava completamente out, e foi difici, não queria, mergulhei completamente num aconchego fora do mundo e ...fui. sera que deu pra perceber? enfim, não importa.
um problema de tempos.
de climas, sei direito não.
às vezes completamente perdida.
comprei tinta para mudar o cabelo, tenho que mudar algo.
descobri que: um. saio da livraria e fico querendo me compensar de alguma forma, me dar algum tipo de prazer, ansiosa perseguindo o tempo.
dois. venho pra casa imediatamente, casa casa casa como sendo o unico lugar onde posso estar.
ter essa consciência ajuda?
ontem cheguei aqui baqueada - ja estava antes, e isso não deu certo. crise com isso, a casa.
três. não sei se tenho um numero três.
tem,  hoje tentei relaxar desse quase compromisso, dessa obrigação comigo mesma que inventei de ter que voltar e vi oculos rapidamente, casa cruz e lojas americanas. depois achei que ja eram coisas demais e voltei para casa - com parada quase surreal na casa do nilton onde gosto mas não relaxo totalmente. acho que não da para relaxar mesmo.
arrumar almofadas maiores pra cama, ou mais travesseiros.
no livro diz para perceber so o presente, sem cobrar como deveria ser, sem perceber as faltas e que ele basta. quando isso vem, como um flash, relaxo.