sábado, maio 05, 2012

subindo as escadas da livraria ja sem cracha indo embora quando entrou um francês e me perguntou se eu falava inglês espanhol eu disse francês un peu e indiquei onde estavam os livros que ele queria para aprender português e disse eu ja estava indo acabou meu horario e sai meio perdida como às vezes saio sem saber o que fazer da vida que resta ja que nas horas anteriores eu estava so no automatico robô cumprindo funções às vezes compenetrada às vezes entediada liguei pra A. pra combinar das roupas e vi o francês passando à minha frente acho que não tinha quase nada do que ele queria parei pra esperar o sinal fechar ele surgiu e me convidou para um café prend un café e perguntou se eu falava francês respondi de novo que um pouco e ele ficou decepcionado e perguntou como eu estava ou algo assim e eu fiz uma expressão significando indo e ele disse que viu pelos meus olhos que eu não estava muito bem (?) e perguntou se eu ja tinha 40 e eu disse que sim e ele disse pensamos muito com essa idade e ele tinha 49 embora tenha dito que nascera em 62 e perguntou se eu era de 63 e eu disse que não e andamos mais um pouco e ele disse que morava na Thailandia e estava passeando pelo Brasil e quis colocar cartas num negocio dos correios que tinha na rua e me perguntou se isso funcionava e eu nunca soube se isso funcionava e não acredito que funcione e ele ficou meio surpreso e então eu disse tchau e atravessei a rua indo para o meu ponto de ônibus mas estava meio deprimida e pensei ir para casa porquê sempre vou para casa como um cachorro ou como uma necessidade de ninho mas ia ser horrivel ir para casa e ser tudo sempre igual então fui indo pro metrô e saltei em botafogo e andei nos estações vendo que  filmes tinham comendo pão de queijo de um saquinho que tinha comprado na estação otimo quentinho e liguei pro A. e ele me ligou e resolvemos ver Paraisos Artificiais e enquanto estavamos na lanchonete porque dentro do cinema é tudo muito caro vi uma foto que perdi estava sem a maquina olhando pelo vidro o corredor adoro corredores vazios e outro dia com Alcy também o muro cinza da voluntarios e ainda fui pegar o amplificador do papai e as roupas em ipanema fiquei menos estatica paralisada como tenho andado

quinta-feira, maio 03, 2012

Comprei três xicaras tipicas de bar, naquelas lojas que vendem pra restaurantes e adjacências, perto da Marechal Floriano. Quase todas que tinhamos foram quebradas pelo gamba, ou quebraram quebrando por ai. Não sei porquê três e não quatro, rs. Acho que vou voltar la e comprar mais uma... se eu tiver coragem, porque eu estava tão" carregada", depois de uma discussão aos berros na livraria de manhã, mas que ainda estava dentro de mim, que provavelmente o dono da loja sentiu e deixou cair no chão o embrulho, que quebrou, e teve que embrulhar mais três xicaras.




Achei muito legal esse projeto de dois fotógrafos franceses :, uma série fotográfica  onde eles  imaginaram o mundo vazio, praticamente sem pessoas  ( embora sempre tenha uma pessoa). "As principais avenidas e centros das cidades mais populosas do mundo ganham uma calma majestosa. " As fotos devem ter sido tiradas bem cedinho, em feriados...
http://www.lucieandsimon.com/works/silent_world

segunda-feira, abril 30, 2012


Trechos da única entrevista feita com Rê Bordosa, em 1985. por Benevides Paixão

Benevides Paixão: Como foi que começou a sua vida de delírios, porres homéricos e carreiras quilométricas?
Rê Bordosa: Eu fui muito presa, sabe?!... Meus pais eram fodinhas, mas um dia esqueceram a porta de casa aberta... saí de lá direto para um bar. No caminho, fui perdendo minha virgindade, minha vergonha, calcinha, sutiã...

BP: Como foi perder sua virgindade? Doeu?
RB: Só na hora que entrou. Na hora que saiu foi gostoso.

BP: E as mulheres de hoje, como você está vendo?
RB: Meu negócio é homem. As mulheres que passaram por esta banheira foram por puro erro de cálculo.

BP: Erro de cálculo? Como é isso?
RB: É quando saio à procura de um pênis e acabo encontrando
um tênis. Nunca fui chegada em roçar no couro de jararaca
e toda vez que aconteceu foi desvio de verbas. Na falta de um coturno do exército a gente usa havaiana. Não tem cheiro e nem solta as tiras.

BP: Quantos erros de cálculo você comete por noite?
RB: Só sei contar até a quinta dose. Depois, só Deus sabe!

BP: Ué? Você acredita em Deus?
RB: Até a décima dose.

BP: Sua vida é um mar de prazeres, sexo, drogas, festas, aventuras... Isso é o paraíso?
RB: Paraíso? Meu chapa... isso é o inferno. Já disse mil vezes que não nasci para ser a cura e sim a doença.

BP: Como você se define? Uma mulher liberada, moderna...
RB: Sou uma barata que resiste a todos os inseticidas.

sábado, abril 28, 2012

a cadeira é uma cadeira é uma cadeira

cortei o cabelo depois de pegar cenas da Bibi Anderson no Persona e mostrar pro Val, o cabeleireiro, que disse que não dava pra sacar  muito não. ficou legal. depois fiz as unhas e o pé e não conseguia falar nada. e a moça, Gleize, perguntou se eu estava cansada. ela faz massagem no pé e fecho os olhos. voltei à livraria so pra comer bolo e comi duas fatias que me pesaram enormemente. em casa sonoterapia, imediatamente. M. V disse que eu estava com cara de choro e quando tentei explicar, a voz veio cheia de choro, o que é mais constrangedor pra quem escuta. pra mim também. não consegui me concentrar em nada. ontem à noite culpa e vazio e me sentindo presa, deitei no sofa com o vinho horrivel que so consegui beber um pouco ouvindo gotan project, não sei exatamente porquê. alias saber o porquê não é minha especialidade. alias qual é a minha especialidade. outra noite so delirios. F. vai dizer que adoro me fazer de vitima, vicio, bjhbhb. Carlota pula em cima da cômoda e tenta rasgar o saco de ração, peste. A. me escreve dizendo da analise, seria otimo.

segunda-feira, abril 23, 2012

as vezes meu quarto me sufoca, muitos moveis coisas e não é muito grande, é meio ninho, talvez tirar a televisão pintar o armario de branco ou verde claro e tirar o verniz da mesa ela era muito mais bonita sem crua e rustica assumida e então vim pra sala laptop no colo esperando a bateria da maquina recarregar queria ter tirado mais fotos da exposição e da escada e das lonas mas ai acabou não achar nada isso seria o ideal F. diz que eu falo muito de mim e que não "sei" embarcar em outros assuntos, so quando é uma coisa que sei muito e eu não queria isso e acho que às vezes falo alto sem perceber estranhezas que acontecem  e fiquei lendo estudando sobre os cérebros emocional limbico e o cognitivo e etc etc adorei esse estudo hoje e sabado uma meio analise, sexta acabei ficando meio pasma no sofa pensando se ia ou não encontrar a Rô mas não estava muito plena de energia, plena  uma boa palavra estava meio esvaziada na verdade e fui ler o Rimbaud depois mas... e agora na duvida do que fazer, como sempre, se termino uma estoria que me perturba ou se tento fazer com que ela deixe de me perturbar sem dar importância o tamanho das coisas do que se sente varia nas horas e depende, pesos e medidas

MORTE EM FAMiLIA, UMA

MORTE EM FAMiLIA, UMA

Esse é o outro livro que saiu agora, do James Agee, e que ganhou um Pulitzer postumo em 1958.

MULHER CALADA, A

MULHER CALADA, A 
Dar uma olhada. Sylvia Plath me interessa, ou me interessava, quando li A Redoma de Vidro e também a biografia dela.

ELOGIEMOS OS HOMENS ILUSTRES

ELOGIEMOS OS HOMENS ILUSTRES
Uma vez dei de cara com esse livro, ou mais de uma vez, indo arrumar a sessão de comunicação, e ficava na duvida se ele não deveria estar, também, na sessão de fotografia,  e sempre ficava paquerando, pensando se pegava pra dar uma olhada, curiosa, ja que as fotos são do Walker Evans, numa viagem que os dois fizeram ao sul dos Estados Unidos em 1936, depois da Depressão, e ficaram 4 semanas convivendo com roceiros. As fotos são documentais-tragicas-humanas-lindas, e como estava lendo sobre outro livro do mesmo escritor que saiu agora, James Agee, resolvi "guardar" pra ver se não esqueço de pegar os dois livros.
     indo pra casa da Ana...

domingo, abril 22, 2012

adorei essas letras do livro sobre letras Escrito a Mano, estava tentando me inspirar para fazer as poesias beatnics na Travessa, acabou que ficou tudo mais normal mesmo

segunda-feira, abril 16, 2012

quando estou down perco horas olhando a "vida" das pessoas, entrando em suas paginas, olhando as fotos, o que so me faz sentir pior ainda, hehehe.
acordei de manhã querendo escrever querendo fazer yoga querendo varrer o quarto mas precisando comer e tomar banho e sair e recaregar o mp3 e então não deu tempo pra nada que eu queria. e no ônibus tentei mas como ele sacoleja muito verdadeiro inferno. e depois que conversei com o Chico percebi como continuo cada vez mais histérica provavelmente não tem fim é um negocio que vai embolando e embolando e aumentando e também como essa coisa nada mais um nada sucessão de nadas todo o meu dia vai indo pra lugar nenhum não me conecto à nada e pronto parece que é isso uma coisa assim meio fatalista sem fim sem solução que não consigo ver. e na sexta ou sabado tanto faz mais horas estéreis inocuas sem sentido ? passei o final de semana me odiando. porque eu permito o nada e não consigo sair dele e criar o tudo ou o alguma coisa, pelo menos. queria dormir e sumir mas não, dormi so o suficiente de sempre e não sumi, como fazer para?  fiquei so me odiando desanimada. vi um pedaço do Torremolinos mas não aguentei ver tudo. li jornais, artigos que ja esqueci. tentei ler o Schopenhauer, ja que ele fala do que mais me interessa no momento, que é a vontade, o querer, mas não consegui me concentrar muito. não conseguia me concentrar em nada! acabei vendo um documentario sobre Hitler...buf, que merda. essa tv a cabo é uma porcaria, tenho que cancelar ja que não tenho dinheiro mesmo e cada vez passa menos coisas boas. sensação ruim, mal humor. mesmo assim como, leio, durmo, trabalho, falo.