segunda-feira, janeiro 02, 2012
segunda-feira, dezembro 26, 2011
adoro esse coro feminino do Tous les matins du monde, de repente se esta em outro lugar, Troisieme Leçon de Tenebres à 2 voix, François Couperin, XVII seculo, Sainte Colombe, as fotos poucas que tirei ficaram ruins... hoje sem sentido nenhum na T., agora fiquei viajando numa vitrine quem sabe, sdkvbn vdsqueria tanto escrever, com estorias na cabeça e agora nada,
sábado, dezembro 24, 2011
sol ou o que percebo é o calor gigantesco, deixa de ser calor e passa a ser um ar tão abafado e denso que te envolve como uma bolha e voce esta dentro dessa bolha eu estou dentro e andar na rua, uma experiencia surrealista, parecia tudo tão diferente e cheio, flutuando. cigarras cantam e eu 1. sem conseguir nem sair para ver pessoas por exaustão fisica e falta de interesse também e 2. não gostando de ficar em casa também, isso tudo igual à insatisfação preciso preciso arrumar outras vidas para escapar de viver so essa, ontem o Kafka do Crumb e identificação, apesar de antes ter me irritado com ele egocentrico nas cartas para Felice e medroso medroso, mas sim pelo "é e não é" uma coisa, e a culpa por tudo que não é e supostamente deveria ser; e irritação também. ao mesmo tempo comi um figo e adorei, chego em casa as coisas chamam, as roupas na cama e na cadeira, o chão para varrer, poeiras, poeiras nas coisas fora do lugar, e livros também me chamam vontade de deitar na rede e ler, ou pensar, e não dar a menor bola pro outros que estão chamando ... enfim, escrever também estava pulsando enquanto andava no sol escaldante; agora um banho de mangueira, desci um pouco à terra. O Pamuk aqui do meu lado, a pintura da capa é bonita, de Vilhelm Hammershoi, parece um detalhe, vou procurar saber quem é e a diarista quando veio foi otimo tudo tão arrumadinho e não precisaria desperdiçar meu precioso tempo, mas estranho que sumiram as minhas moedas do I-Ching que ficavam numa caixinha, anos e anos... vontade de mandar algumas pessoas catarem coquinho o exame deu negativo então é so uma dor muscular? e os sonos? uma certa depressão, deve ser.
domingo, dezembro 18, 2011
fico deitada na cama olhando pra Panda que dorme, olhos fechados, velhinha velhinha, a respiração parece ofegante, e que quase não sai mais do lugar, de noite à vejo entrando no quarto para comer ... nos domingos gosto de ficar com ela. ontem me deu um certo alivio quando, depois de beber umas cervejas e voltar pra casa, senti voltar a dor do lado direito, nas costas; realmente estou com algum problema que acho que é nos rins, e talvez isso explique tudo? o sono todas as tarde, acordar de madrugada, a falta de energia, o desanimo. ou eu esteja querendo que explique tudo, rs. mas senti como tudo esta ligado, o corpo e a cabeça e as sensações e pensamentos, tudo uma coisa so. e a cabeça confusa; ontem a cerveja ajudou a desconfusionar; na verdade minhas irritações livrescas são tão pessoais (e no fundo não servem para nada) ...e quero parar de dar importancia à elas, a unica coisa que é mais dificil é a falta de grana. o chato é que, pelo jeito, não posso mais usar desse artificio que relativiza tudo, que é beber. espero conseguir falar com o Francisco na segunda para ver se ele viu o resultado do exame e também marcar ou não o transporte do piano. sera que vai rolar Ilha Grande e como? dfgjdfjgdkfb
quinta-feira, dezembro 15, 2011
De onde vem esta ternura?
Não são os teus primeiros cabelos
Que afago, e ja conheci labios
Mais sombrios do que os teus labios.
Brilharam estrelas, depois ficaram palidas
(de onde vem esta ternura?)
brilharam olhos, tão perto dos meus olhos,
depois, quase se apagaram.
Melhores cantos que estes
ouvi eu no coração da noite
(de onde vem esta ternura?)
gravados no peito do cantor.
De onde vem esta ternura?
E que vem fazer com ela, o tu,
o astucioso, o estrangeiro de passagem?
E as tuas pestanas, as mais longas que ja vi?
(Marina Tsetaieva, trad Antonio Mega Ferreira)
Não são os teus primeiros cabelos
Que afago, e ja conheci labios
Mais sombrios do que os teus labios.
Brilharam estrelas, depois ficaram palidas
(de onde vem esta ternura?)
brilharam olhos, tão perto dos meus olhos,
depois, quase se apagaram.
Melhores cantos que estes
ouvi eu no coração da noite
(de onde vem esta ternura?)
gravados no peito do cantor.
De onde vem esta ternura?
E que vem fazer com ela, o tu,
o astucioso, o estrangeiro de passagem?
E as tuas pestanas, as mais longas que ja vi?
(Marina Tsetaieva, trad Antonio Mega Ferreira)
E Cantou como canta a Tempestade
Musica
Para Dmitri Dmitrievitch Shostakovich
O vestigio de um milagre arde dentro dela,
e so o seu olhar, multiplo e brilhante,
me dirige a palavra, fala-me de perto,
quando outros receiam aproximar-se.
Quando o ultimo dos amigos despediu de mim o olhar,
ela veio deitar-se no tumulo ao meu lado
e cantou como canta a tempestade,
como se todas as flores começassem a falar.
Anna Akhmatova, 1958.
Para Dmitri Dmitrievitch Shostakovich
O vestigio de um milagre arde dentro dela,
e so o seu olhar, multiplo e brilhante,
me dirige a palavra, fala-me de perto,
quando outros receiam aproximar-se.
Quando o ultimo dos amigos despediu de mim o olhar,
ela veio deitar-se no tumulo ao meu lado
e cantou como canta a tempestade,
como se todas as flores começassem a falar.
Anna Akhmatova, 1958.
o mais estranho é que depois dos trovões assustadores, choveu uns dez minutinhos, ou um pouco mais, e depois parou.
hoje chuva de novo, meus sapatos encharcados, acho que me faço de vitima, ando sem animação nenhuma. desanimação.
ainda por cima final do ano, com essa energia toda no ar.
sei la mil coisas.
hoje chuva de novo, meus sapatos encharcados, acho que me faço de vitima, ando sem animação nenhuma. desanimação.
ainda por cima final do ano, com essa energia toda no ar.
sei la mil coisas.
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