sábado, dezembro 24, 2011

vi um livro tão gostoso do Chagall e outros russos, catalogo acho de uma exposição no Georges Pompidour, vontade de te-lo aqui do ladinho...
bonito triste cinzas tempo parado lembra Vermeer e outros holandeses ele é dinamarques, o estilo /tema não muda, gostei
sol ou o que percebo é o calor gigantesco, deixa de ser calor e passa a ser um ar tão abafado e denso que te envolve como uma bolha e voce esta dentro dessa bolha eu estou dentro e andar na rua, uma experiencia surrealista, parecia tudo tão diferente e cheio, flutuando. cigarras cantam e eu 1. sem conseguir nem sair para ver pessoas por exaustão fisica e falta de interesse também e 2. não gostando de ficar em casa também, isso tudo igual à insatisfação preciso preciso arrumar outras vidas para escapar de viver so essa, ontem o Kafka do Crumb e identificação, apesar de antes ter me irritado com ele egocentrico nas cartas para Felice e medroso medroso, mas sim pelo "é e não é" uma coisa, e a culpa por tudo que não é e supostamente deveria ser; e irritação também. ao mesmo tempo comi um figo e adorei, chego em casa as coisas chamam, as roupas na cama e na cadeira, o chão para varrer, poeiras, poeiras nas coisas fora do lugar, e livros também me chamam vontade de deitar na rede e ler, ou pensar, e não dar a menor bola pro outros que estão chamando ... enfim, escrever também estava pulsando enquanto andava no sol escaldante; agora um banho de mangueira, desci um pouco à terra. O Pamuk aqui do meu lado, a pintura da capa é bonita, de Vilhelm Hammershoi, parece um detalhe, vou procurar saber quem é e a diarista quando veio foi otimo tudo tão arrumadinho e não precisaria desperdiçar meu precioso tempo, mas estranho que sumiram as minhas moedas do I-Ching que ficavam numa caixinha, anos e anos... vontade de mandar algumas pessoas catarem coquinho o exame deu negativo então é so uma dor muscular? e os sonos? uma certa depressão, deve ser.

domingo, dezembro 18, 2011

ah, porque fico com minhocas e me rejeito e "invento" coisas, no fundo fundinho é isso.
fico deitada na cama olhando pra Panda que dorme, olhos fechados, velhinha velhinha, a respiração parece ofegante, e que quase não sai mais do lugar, de noite à vejo entrando no quarto para comer ... nos domingos gosto de ficar com ela. ontem me deu um certo alivio quando, depois de beber umas cervejas e voltar pra casa, senti voltar a dor do lado direito, nas costas; realmente estou com algum problema que acho que é nos rins, e talvez isso explique tudo? o sono todas as tarde, acordar de madrugada, a falta de energia, o desanimo. ou eu esteja querendo que explique tudo, rs. mas senti como tudo esta ligado, o corpo e a cabeça e as sensações e pensamentos, tudo uma coisa so. e a cabeça confusa; ontem a cerveja ajudou a desconfusionar; na verdade minhas irritações livrescas são tão pessoais (e no fundo não servem para nada) ...e quero parar de dar importancia à elas, a unica coisa que é mais dificil é a falta de grana. o chato é que, pelo jeito, não posso mais usar desse artificio que relativiza tudo, que é beber. espero conseguir falar com o Francisco na segunda para ver se ele viu o resultado do exame e também marcar ou não o transporte do piano. sera que vai rolar Ilha Grande e como? dfgjdfjgdkfb

quinta-feira, dezembro 15, 2011

De onde vem esta ternura?
Não são os teus primeiros cabelos
Que afago, e ja conheci labios
Mais sombrios do que os teus labios.

Brilharam estrelas, depois ficaram palidas
(de onde vem esta ternura?)
brilharam olhos, tão perto dos meus olhos,
depois, quase se apagaram.

Melhores cantos que estes
ouvi eu no coração da noite
(de onde vem esta ternura?)
gravados no peito do cantor.

De onde vem esta ternura?
E que vem fazer com ela, o tu,
o astucioso, o estrangeiro de passagem?
E as tuas pestanas, as mais longas que ja vi?

(Marina Tsetaieva, trad Antonio Mega Ferreira)

E Cantou como canta a Tempestade

Musica

Para Dmitri Dmitrievitch Shostakovich

O vestigio de um milagre arde dentro dela,
e so o seu olhar, multiplo e brilhante,
me dirige a palavra, fala-me de perto,
quando outros receiam aproximar-se.

Quando o ultimo dos amigos despediu de mim o olhar,
ela veio deitar-se no tumulo ao meu lado
e cantou como canta a tempestade,
como se todas as flores começassem a falar.

Anna Akhmatova, 1958.
deve ser muito bom lamber as patas.
o mais estranho é que depois dos trovões assustadores, choveu uns dez minutinhos, ou um pouco mais, e depois parou.
hoje chuva de novo, meus sapatos encharcados, acho que me faço de vitima, ando sem animação nenhuma. desanimação.
ainda por cima final do ano, com essa energia toda no ar.
sei la mil coisas.

quarta-feira, dezembro 14, 2011

chove muito muito e caem raios assustadores ou os trovões que são assustadores
essa casa me parece meio fragil quando chove, a porta da cozinha não fecha direito, os panos ficaram la fora e não da, entra um pouco de agua por debaixo da porta de vidro da sala
espero que não acabe a luz
Panda ficou assustada
chego em casa e como ameixas, hoje, ontem, outro dia, parece até um ritual
o dia esta cinza claro, um grande céu cinza, as nuvens ja se desfizeram em agua
e hoje me enrolei com o exame, sempre me enrolo, apesar de ter feito tudo
e um grande tédio e vontade fisica de não fazer nada
e vontade de fazer e estar com disposição
mas não tenho

domingo, dezembro 11, 2011

Vontade de ler A Lebre com olhos de Ambar
Borges que quase não li, outro dia uma cliente falou de um conto no Livro de Areia
Istambul, do Pamuk
um livrinho que vi com poemas da Marina Tsetaeva e da Anna Akhmatova que não lembro o nome
biografia da Tsetaeva que o Pedretti falou, do Todorov
A Beleza salvara o Mundo, do Todorov
Ascensão e queda do Comunismo
Alain de Botton
Rimbaud
...

sábado, dezembro 10, 2011

Hermann Broch, Viena 1886 - Connecticut, 1951


Como sempre, me aproximo de alguns livros e não de outros, não sei exatamente porque, alguns me atraem piscando no meio da bancada, dou uma olhadela como um gato cheirando outro gato, meio desconfiada, um pouco curiosa; e então, num desses namoros, resolvi levar para casa o primeiro livro da trilogia Os Sonambulos, do Hermann Broch; é engraçado!, absurdo, os delirios que so acontecem na cabeça dele, as duvidas, um entre ... muito bom até agora . Engraçado como essa época - fim do século/começo do século 20, surgiram esses escritores austriacos, alemães como Kafka, Walser, Thomas Mann, Schnitzler, Musil, com uma escrita tão pessoal (não sei se existem escritas não pessoais, enfim...),tão significantes de uma época de mudanças...obvio tudo isso, enfim. Na verdade, desses que falo, o Thomas Mann nunca rolou, O Musil ainda não li, enfim de novo.
sabados sempre assim meio tristes e arrastados...dias sem sentido. hoje deitei no meu colchão/sofa em frente à porta de vidro, acabei dormindo... cinzas e brancos, horizontal.

sexta-feira, dezembro 09, 2011

Lidos/não lidos

Tarantula, por causa do filme do Almodovar, thriller estranho, um pouquinho diferente do filme, legalzinho
Os Irmãos Tanner, maravilhoso, adorei o Walser, meio naif, completamente anarquista, verdadeiro, pessoal
Bartleby, Melville, maravilhoso, tem à ver com o Walser, o personagem que faz o que quer e diz não mas o Walser é aberto pra vida e o Bartleby não
Jacob von Gunten, idem
Anticancer, gostei muito, pesquisas alternativas de tratamento, as estorias são legais, de mudança e superação, e também o relato do conservadorismo e protecionismo médico
O Fim do Sofrimento, gostei, é legal a mistura da historia da vida dele com o interesse pelo desaparecimento do budismo na India e a pesquisa que ele faz sobre isso, a historia do Buda, é muito bonito
Calma no Caos, foi o primeiro livro budista que li, aplicação pratica do budismo na vida diaria dele, muito bom, emprestei, tenho que pegar de volta
O Instante Continuo e Jeff em Veneza, morte em Varanasi, do Geoff Dyer, adorei, o primeiro pela estorias fotograficas, o segundo é um humor ingles, agil saboroso
Doutor Pasavento, Vila Matas (nt) e Historia abreviada da Literatura Portatil (não terminei), no começo amei, depois não sai mais daquilo, do autor que quer desparecer, repete, repete, e e então cansei, e o Historia Abreviada também fica aquela mesma coisa...
A Love Supreme, legalzinho, sobre a gravação do disco maximo do Coltrane
folheada no Atlas do Romance Europeu
Diario da Queda, gostei, escrita pessoal, um acerto de contas com o pai, tenho que achar a critica, hehehe
Dois Rios, bom, duas estorias parecidas, gostei do recurso das pausas quando os personagens "dançam", pausas são sempre boas
A Chave de Casa, bonzinho
A invenção de Morel, Adolfo Bioy Casares, otimo
O Mal ronda a Terra, Tony Judt, deixei de ler porque peguei algum outro livro e agora fica dificil voltar, toda uma analise historica que ele vai construindo sobre o desaparecimento do estado do Bem estar Social, muito bom, vontade de ler outros livros dele
Comecinho do Richard Rorty, Contingencia, ironia e sociedade, dificil
Comer Carne, Jonathan Safran Foer, importantissimo e corajoso pelas descrições terriveis da industria da carne, legal
pedaços do Cidades Invisiveis, não consigo ler o Calvino, acho bom mas não me "pega",
comecei Os Irmãos Karamazov mas parei, adorei Crime e Castigo e O Adolescente, mas esse é mais cansativo, os personagens discutem o tempo todo, enfim tenho que voltar
Aprender a Viver, Luc Ferry,que infelizmente parei e quero retomar, estava gostando
Do que eu falo quando falo de corrida, Apos o anoitecer e Kafka à Beira-mar, Murakami, tem um mistério que é legal mas enjoa um pouco, legal
Historia do Cabelo, yes!, frases longas cheias de pensamentos, correlações subjetivas, gostei muito do Alan Pauls
heisenberg, sim, as descrições das discussões e passeios e a "saga" da fisica quantica, Bohr, Schrodinger, etc
Sabedoria Incomum, o percurso do Fritjof Capra na década de 50/60/70, contracultura e as pessoas que ele conheceu, legal
Borges Oral, alguns gostei mais outros menos
Ezra pound, gostei bastante de conhecer a historia da vida dele, junto com analises de pedaços de poemas
eliot, sim!
amorpoesiasabedoria, legal
memoria de elefante, otimo
a liberdade oculta da mente, Tartang Thulku, budismo,otimo
poesias Eliot, Cummings, Pound, William Carlos Williams, Ana C, ...
o espirito zen
biografia da Anna Akhmatova
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