quinta-feira, maio 27, 2010

domingo, maio 23, 2010

Número Mil

a imagem que sempre vem é um dia de sol eu e ele chegando no condomínio animados e depois saindo e depois andando e eu dando um beijo nele rápido encostado numa parede de uma sala do CCBB e estava sorrindo tanto e com aquela saia da Krishna de pregas e blusa de estrelinhas azul marinho e branca e ele estava de jeans e camisa meio laranja
depois tive um sonho ou foi antes com a Ursula e ela não gostava da casa definitivamente e tinha uma janela enorme como uma parede onde uma onda do mar imenso batia e cobria todo o vidro de cinza
vai ser bom voltar à ter meu piano e calma
é uma imagem
La Dispute e outros, Yann Tiersen, trilha sonora do Amelie Poulain, que é um delírio visual e a estória também delirante, a direção de arte é totalmente conceitual, lembro do apto dela que é todo em tons vermelhos e aquele apto do velhinho que pintava todos os anos o mesmo quadro do Renoir e que era frágil, de vidro, e o apto da senhora das cartas e estou ouvindo depois de muito tempo, enquanto mexo em algumas fotos e nessa a idéia era a torrezinha entre os prédios grandes e nem tinha notado nos homens no andaime pintando, Blow up total, é bom quando acontece isso




computador se recusa a salvar fotos das casas por ai pela cidade pelas ruas bairros em que vou andando e desejando e porque não consigo ficar relaxada em mesas de bares restaurantes me sinto desconfortável talvez porque tenha a obrigação de falar coisas interessantes engraçadas leves e não sai nada fico calada não consigo conversar fazer um curso a arte da conversação deve existir se estivesse em mil oitocentos e qualquer coisa e tivesse que frequentar salões chás festas estava ferrada

palestra do Wisnick sobre Machado de Assis e o Rio, Elisiário, fulgor de uma promessa, extraordinário, criadores de uma criação desencontrada com a criação, Eliziário detém a chave do Rio de Janeiro, palimpsesto, Pestana, dizem à bocas vadias, puro gozo da cidade, desvãos pelos quais a cidade se deixa ver, Machado de Assis paisagista Roger Bastide, Teorias da Alma, Machado como escritor urbano, entranhar a paisagem no próprio personagem, nos decotes, nos cabelos, mulheres paisagem, olhos de ressaca de Capitú, alucinante presença de uma ausência, atmosfera que permeia o texto, baforada de ar iodado, a cidade fala, o que é palimpsesto mesmo?

quarta-feira, maio 19, 2010

imagem bucólica, parece Tarsila do Amaral , anos 30, o barquinho já está quase saindo de quadro...

nada dá para ver muito bem, nem os azulejos, nem a escada ou as grades deco, e o elevador onde as duas grades tem que ser puxadas, na subida já fui reparando encantada, fotografei rapidamente enquanto o corretor me esperava.

ruas do centro com prédios antigos misturados ao caos



edifício construído por ingleses, segundo um morador, tem até pátio interno, lindo, numa rua do centro

as janelas...

portaozinho de entrada de uma casa que vi, toda detonada e linda, com uma janela acompanhando o leve arredondado da parede.

sexta-feira, maio 14, 2010


Diário visual, indo para a aula de modelagem já havia passado por esse painel rápidamente e gostado, ontem deparei com ele de novo, adoro esses mosaicos singelos, parece anos 5o pelas linhas, pena que as plantas estão encobrindo, ontem fiz uma gola para o meu vestido, emoção - rsrs - é complicadíssimo, quando tudo estiver pronto vou levar um champagne!, depois foi uma delícia (...) e louco e triste e bom, e exposição de aquarelas e desenhos rápidos do Torres Garcia em Nova York um deslumbre, vivacidade, vou escanear o postal que é lindinho e a exposição é leve e clara e...hoje acordei enjoada e cansada cansada. e com uma sensação de ter falado coisas que não devia, como sempre.