Andei na praia final de tarde, já escuro, de vestido, bolsa e com a sapatilha na mão. Uma pessoa corre, saudade dessa sensação de liberdade . Passa um casal vestido, como eu. O mar lá na dele, ondas loucas que levantam caudas, falando o tempo todo. O mar molha meus pés. Muitas pisadas na areia, tento encaixar meu pé nelas. Pés indo e vindo, escuridão. Na areia fofa jogam vôlei. Comprei o Infância do Coetzee, mas não é lá muito animador para quem está desanimada como eu. No final, a praia escura me deu mais leveza e força.
terça-feira, maio 11, 2010
segunda-feira, maio 10, 2010
Fico sem saber o que fazer. Durmo. Penso. Vou à sala e vejo um pouco de televisão, enquanto folheio uma revista. Não. O telefone toca, falo um pouco mas não é isso, saem palavras sem expressão. Pego um livro da Clarice, mas não é esse livro. Sair e andar seria bom, fresco e escuro, sempre gostei de andar à noite e quase não se faz mais isso. Gostava de passear com os cachorros pelas ruas...mas não saio. Não saio do quarto que me sufoca. Vou para o computador, escrevo. O que mais? Fotos. Tenho que dormir pois amanhã tenho que acordar cedo, mas como dormi à tarde vai ser difícil. Aceitar. Pronto. Respiro.
domingo, maio 09, 2010
O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus, deslumbrante, lembrei de outros filmes que vi do Terry Gillian e em que tive êxtases de prazer pelo visual delirante e rebuscado, como o Barão de Munchausen e o Brazil. Uma colagem visual, lembrei do Fornasetti e daquelas coleções que se faziam antigamente em caixinhas, achar o nome. O Munchausen vimos no Roxy, saímos andando por uma copacabana gótica influenciados pelo filme, e lembro que ficamos horas olhando um prédio antigo fechado e em ruínas...
Um barulhinho de chuva caindo. Senti um alívio, um alívio quando troquei de roupa e de repente fiquei leve. Algo desbloqueou e saiu pelo ar. Me senti como se tivesse voltado à ser Andrea, ou a essência Andrea, embora as roupas nem fossem minhas. Talvez fosse isso que eu estivesse precisando, roupas que me devolvessem a minha identidade, e sempre tive uma relação com isso, a roupa era eu, uma fotografia do meu estado. E aquele vestido estava tão gasto...e sem cara. Bel disse que ele estava curto; isso não me importa, mas quando vesti uma saia linda e elegante e uma camisa simples e gracinha, era exatamente isso que estava querendo desde quinta quando me entristeci de não ser outra. Crise de identidade ; não sou mais quem eu era e nem sou o que acho que sou, ou essa outra pessoa que penso em me transformar às vezes. Não. Toda essa ansiedade me levou à isso, como um caminho -uma terapia permanente- um processo que vai, por esquisitos e estranhos caminhos, levando à conclusões. Só viver, deixar ser. E hoje andando pelo Lgo do Machado encontrei o Dib na loja de esfiha, e foi como uma volta espetacular no tempo. Atravessamos a rua de mãos dadas até o ônibus, como um entendimento que não precisa de mais nada. Facilidade. E facilidade ontem também com o Fernando. E todos os dias faço coisas e nunca páro. Agora, quando penso num mergulho naquele mar que dá uma leveza e ficar olhando a praia, chove. Risos. Amanhã, amanhã não sei. Voltar à criar, é disso que sinto falta. Só coisas práticas e práticas o tempo inteiro. Preciso de um dia que seja isso, um se largar e deixar ficar fazendo. Estava confusa vivendo um outro sonho que era confuso também e não era muito meu, embora muito bom também. e era eu também.
sexta-feira, maio 07, 2010
Hoje conversando com Fernando, tão bom, nos entendemos sem precisar falar, só estando. Mas falamos e falamos porque é bom. Sobre as tristezas e cobranças e culpas, ele tem razão: tenho que aceitar que tudo é um processo e não me cobrar pelo que não sou ou não consigo ser. Não adianta realmente. É como se punir, um vício de pensamento. Por isso estava triste, dessa forma no fundo não estava me aceitando. Pensar na vibração.
uniformes são tão bonitinhos, é a segunda loja que vejo hoje, vontade de comprar e dar um jeito, uma apertada, tem um ar retrô, e avental e bolsos grandes... pena que a foto saiu com flash. hoje no ônibus comecei à ficar muito triste, indo para o leblon uma tristeza infinita, uma falta de visão da vida, de possibilidades só via o impossível, me cobrando mil coisas...na aula fiquei triste mas continuei lá tentando, andamos pelo leblon, almoco na Bel que foi ótimo porque eles são bem-humorados e riem das coisas, banco rápido para nada, pintei o cabelo, durante 2 horas fiquei com aqueles papéis de alumínio no cabelo que sempre achei estranhíssimos! gastei 170 reais e sai loura de novo, rsrs, depois sai piruando e olhando...comprei um livro de moldes, calcinhas, 1 vestido coloridão que já cortei, nada. Alice falou : porque vc não foi à praia? mas nessas horas consumir dá um choque de felicidade, uma massagem no ego. mas também tenho que ir à praia, estou em ipanema e quase não aproveito.
é uma bobagem ficar triste.
domingo, maio 02, 2010
Rita diz que visitou 15 aptos até achar esse, fiquei pensando no que ja vi; o primeiro acho que foi na Gamboa, com uma vista incrivel mas com uma divisao estranha e o lugar, de dificil acesso: depois uma casa estranhissima em Santa, toda apertada, com uma garagem imensa e uma outra casa que nao dava para ver, outra com pisicina em santa, o duplex, o apto embaixo do jean, quatro na Equitativa que adoro, a casa do cosme velho que quase compramos, mais 3 ali perto, 2 no edificio perto do meu, 1 que a janela dava direto para a favela, 1 horrivel que tinha que reconstruir inteiro na rua da feira, 3 no mesmo edificio quando fomos com a Beth...mais 2 na Paula mattos, 1 sobrado perto da Paula Mattos, 2 no centro; acho que eu é que nao me decido, so pode ser; e mais...
Terminei o Anna Karienina, finalmente, e fiquei muito triste.
Terminei o Anna Karienina, finalmente, e fiquei muito triste.
como se chamam esses arranjos vocais do Mozart? Contrapontos vocais ?, onde as vozes se cruzam, os jogos das frases dos instrumentos e das vozes parecem ondas que vao e vem e se cruzam e às vezes vao juntas num dia de mar mexido e nublado, polifonias
amo
escutando Domine Jesu, pegar um libreto para saber o que dizem
amo
escutando Domine Jesu, pegar um libreto para saber o que dizem
sábado, maio 01, 2010
Escuto Bach, missas missas, Jesus Alegria dos Homens que tocava no piano sem nunca ter pensado no significado desse titulo e relacionado com a musica, com a forma da musica nessa época em que todas as musicas eram basicamente ligadas à devoçao, religiosas. E adorando esse tempo mais reflexivo da musica erudita e profundo antes so jazz jazz ou outras ou musicas misturadas de P. E olhando tantas fotos de diferentes épocas, parece que estou vendo diferentes andreas e tempos e é bom que eu nao seja mais assim, e fui pegando para mandar para as pessoas: Franklin na praia eu e a namorada suiça - o nome? tao infantil e bonitinha e Fernando e outra com Patricia e Sacramento outro Sacramento e a vista daquele dia chuvoso e o meu mural lindo e aniversario do Bob na champanheria e ilha ilha maravilha hehehe...e outras que vou mandar para alguns e Ursulinha e Maya
e essas da praia esquecidas e antigas
sexta-feira, abril 30, 2010
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