quinta-feira, outubro 15, 2009

fui postar e a diagramação não tinha mudado então foi melhor
tecidos tecidos tecidos quero este e este e o outro
morena dos olhos d'agua
a palavra que estava antes era semeio, e vento
levantei e tranquei a porta
é mais realista ou mais paranoico?
tiro os quadros do banheiro, umidade, preciso de sol precisamos
rearrumei um pouco os 2 qtos falta a sala incompleta e meu quarto com roupas e roupas
as coisas tem que ter lugares aonde estão
o rio é lindo não aguento mais chuva queria como segunda solsolsol
its a long way procurando algumas fotos que nao sei onde estao em que ano que mês e leio outras coisas pelo caminho e estava bom cheia de coisas e agora não tenho conseguido mais escrever talvez porque eu esteja vivendo a vida pratica que também tem sido bom e que nao tem sido bom não correr ou chegar em casa às vezes e ficar perdida sem saber o que fazer e não fazer esses cds sao maravilhosos qualquer coisa transa mas vou fazendo mesmo assim depois quando vejo
calma

terça-feira, outubro 13, 2009

variações em torno do mesmo

resolvi levar esse amanhã pra loja, ai dei uma mexidinha nele... ha um tempão que não pintava!

estava fazendo um alongamento e vi a Panda deitadinha, o quadro, o velocipede, tudo tão encaixadinho...
caixinhas em cima do piano na Bel, acompanhadas pelo Marcos Chaves e por um botão gigante que não sei de quem é...

segunda-feira, outubro 12, 2009


hoje dia lindo seis da manhã filmando com a luz suave suave
espontaneidade
ontem fumarbeberfumarbeberbordarestar estar comigo e com os outros
tenho comido muito
corrida zero
Coco esta quase bom quase não consegui levantar da cama que ja esta no chão estava afundada afundada depois que levantei fui fiz
esta tudo parado aqui em casa...um pouco, Coco desestabilizou e...
adorei os varredores de rua adorei texto sobre diario e hoje tirei muitas fotos mas não com a minha maquina depois perdi me perdi
quero tudo e todos
Os Varredores de Rua
Herta Müller
peguei do Prosa e Verso, dia 12/10

A cidade esta impregnada de vazio.
Um carro atropela meus olhos com suas luzes.
O condutor foge, pois não podem me ver na escuridão.
Os varredores de rua tem trabalho.
Eles varrem as lâmpadas, varrem as ruas para fora da cidade, varrem o morar das casas, varrem-me os pensamentos da cabeça, varrem-me de uma perna para outra, varrem-me os passos do andar.
Os varredores de rua enviam-me suas vassouras, suas magras e saltitantes vassouras. Os sapatos batem fora do meu corpo.
Caminho atras de mim, caio fora de mim sobre a margem de minhas imaginações.
O parque late ao meu lado. As corujas comem os beijos que ficaram sobre os bancos. As corujas não dão por minha presença. Os cansados e estafados sonhos acocoram-se nos arbustos.
As vassouras varrem-me as costas porque me apoio muito na noite.
Os varredores de rua varrem as estrelas formando uma pilha, varrem-nas sobre suas pas e as esvaziam no canal.
Um varredor de rua chama outro varredor, este um outro e este novamente um outro.
Agora todos os varredores falam e misturam todas as ruas. Caminho através de seus gritos, através da espuma de seus chamados e quebro e caio na profundidade das significações.
Dou passos grandes. Arranco minhas pernas com o andar.
O caminho foi varrido para longe.
As vassouras caem sobre mim.
Tudo da voltas sobre si.
A cidade erra sobre o campo, em algum lugar.

domingo, outubro 04, 2009

e esses dias de acordar cedo e varrer a sala e a mesa e ver apartamentos e tirar a agua la de fora e cozinhar e cuidar dos gatos e cortar os tecidos Marta o dia inteiro e pegar coisas no centro correndo...
sexta atum fresco grelhado souflé de ricota temperada vagens raris salada verde rucula agrião hortelã
quero fotografar meu espelhamento na parede lateral da cama; agora no quarto com o Coquinho meu gato não tenho mais um quarto fixo, ao mesmo tempo dormir nesse quartão(e nessa caminha) tem sido bom, voltar à ter intimidades com esse quarto, apesar de estranho a porta fechada e ao mesmo tempo desligada da casa e eu, so eu na casa...

descobrir porque não me sinto bem, ou tentar me sentir bem?

estava gostando de dançar, algumas pouquissimas vêzes flashs consegui não julgar passar pelo filtro das minhas, minhas, é raro
aceitar e ver além

sexta-feira, outubro 02, 2009


Espaço de espaços, rede de redes


Uma exposição subjetiva. Do blog. Das cartas. De objetos pessoais em caixas. Um diário, intimo ou não; exposição. Diluição da fronteira entre arte e vida, publico e privado, subjetivo e objetivo.
Um diário também é uma imagem criada, por mais fiel que seja. Às vezes um auto-retrato, expõe uma imagem; às vezes entra no espelho e vê um mundo do outro lado, são os olhos+o corpo interagindo no espaço com tudo, não é mais uma visão bidimensional.
Um relato do que acontece, do que se passa, passando dó privado ao publico, do interior ao exterior e vice-versa. Um hiperespaço onde continuo à escrever como fazia desde os 17, 18 anos, em pilhas de cadernos, juntando a escrita com a tecnologia, dois espaços e dois tempos distintos. Uma coleção de memorias que se materializam através de pequenos objetos do cotidiano coletados e armazenados ao longo do tempo.
Pequenos objetos, aparentemente sem nenhum valor além da função pratica à que foram destinados, que retornam, transformam seus significados. Um ingresso de cinema também é o filme; cartas que conservam para sempre o que são, memória;um esboço de desenho; etiquetas de roupas, e etc.

Virtual não é oposto de real; o virtual é potencial, conjunto de possíveis, possibilidades, onde se ganha liberdade para a construção do mundo e para a construção do eu online, de uma “hiperidentidade”. Ele suprime a idéia de tempo e de espaço, pois desterritorializa o texto no ciberespaço, onde as noções de identidade e localização deixam de ter sentido. Um espaço de espaços, rede de redes.
O virtual não é ausência de presença – è uma metáfora da presença, uma desapropriação do aqui e agora. O aqui e agora e sua mudança de identidade para um ciberespaço onde tudo é possível e atualizável.
Com a transposição do mundo virtual do blog para o material, através da impressão e exibição, um novo espaço é criado, resultado da mistura desses dois, virtual e real : um espaço do momento, do atual, existindo um fluxo multi-direcional entre eles; se por um lado se cria o real no virtual, por outro lado o virtual transforma e complementa o real; as fronteiras estão difundidas, difusas e interligadas. O blog, criado em outro espaço e tempo, agora esta ali, nesse tempo quase “eterno”.
As caixas, as cartas, o blog. Tirados do espaço onde estavam guardados, encapsulados fora do tempo, se transformam em quebra-cabeças de significados, caleidoscópios de instantes, de sentidos, de olhares.